Fotografar em RAW

Não é tão óbvia como parece... Na 40D dá para escolher entre um RAW de 10Mp e um RAW de 5Mp. E na 50D há três resoluções possíveis.

Isso não é tipo ... dumb?

Falo por mim, que nunca sequer alterei o tamanho das fotos em nenhuma máquina minha, tiro tudo sempre ao máximo, e se quero mais espaço reduzo a qualidade, não o tamanho :\
 
Marto, na 40D o sRAW é de 2.5 MP (bem k podiam ser 5mp)
Ou isso... :p

Isso não é tipo ... dumb?

Falo por mim, que nunca sequer alterei o tamanho das fotos em nenhuma máquina minha, tiro tudo sempre ao máximo, e se quero mais espaço reduzo a qualidade, não o tamanho :\

Não, numa máquina orientada para a rapidez/desporto/acção faz todo o sentido. Assim tens a opção de sacrificar resolução, em troca de espaço, permitindo-te fazer sequências maiores em RAW e poupar cartão.

E como é que baixas a qualidade num RAW?
 
Última edição:
Por alguma razão é aconselhado tirar quase tudo a -0.3EV ou mesmo -0.7EV desde a D40 até à D80 (incluindo as D70). A D90 já não sofre desse mal, foi remediado :)

E nos jpegs ainda se nota mais, já agora ...


Eu pessoalmente acho que isso é uma daquelas coisas que se vai repetindo e repetindo na Internet e agora é visto como uma verdade inquestionável, mas quanto a mim é um erro muito grande...


Como é sabido os sensores têm uma resposta linear à luz, ao contrario dos nosso olhos, que têm uma resposta logarítmica.. Ou seja, para os nosso olhos duplicar a quantidade de luz existente (+ 1 Stop) é apenas mais um passo, se duplicarmos outra vez, parece uma evolução linear igual à anterior, e se duplicarmos outra vez quando na verdade estamos a adicionar 8 vezes mais luz do que no passo inicial, para os nosso olhos parece uma adição de luz igual à do primeiro passo... Mas para um sensor, o dobro da luz é efectivamente o dobro da luz, e se voltarmos a duplicar, ele "sente" esse aumento como um aumento de 4 vezes em relação ao inicial e por ai fora.. Por isso é preciso converter as imagens RAW (espaço de cor linear) para JPG (espaço de cor logaritmico), para que estas tenham utilidade e possam ser usadas.

Ao converter o sinal linear dos RAW, para o sinal logarítmico dos JPG's, assumindo que um JPG de 8 bits (256 gradações de cinza por canal) em média consegue ter uma gama dinâmica de uns 5 stops (5EV) significa isto que praticamente metade da gama dinamica do sensor será usada para os tons que se enquadram no stop mais claro dos 5 que o JPG compreende.. Ou seja, para o 1/5 dos tons mais claros, ou pegando nas gradações do cinza, os tons com uma claridade entre o 255 e 204, vão usar metade da capacidade dinamica do sensor. O stop seguinte, vai usar metade do que sobra, e por ai a fora... Até que os tons mais escuros estão a usar uma pequena fracção da gama dinamica e por isso mesmo, é que nas zonas mais escuras encontras ruido, muitas vezes mesmo com ISO baixo..


Ora, se tu na tua máquina pões constantemente uma compensação negativa de 0.7EV, significa que estás sempre a deitar fora praticamente metade da gama dinamica do teu sensor.. Ou seja, estás a captar a imagem com apenas 50% da capacidade do sensor da tua máquina..

O resultado em máquinas mais antigas em que o ruido é bem presente, como a D70, é que mesmo a ISO 200 vais notar uma subida consideravel do ruido... Especialmente nos canais vermelho e azul..


Quando fotografas em RAW o ideal é tentar encostar o histograma da fotografia o mais à direita possivel.

Formas fáceis de o fazer:
- Disparar, olhar para o LCD, compensar e disparar outra vez...
- Colocar a máquina em medição pontual, com uma compensação de +2EV. Ao fotografar, apontar para o ponto mais brilhante da cena, carregar no AE lock, enquadrar e disparar..
Etc.. Etc.. Etc... Cada um pode encontrar o seu truque..

Como é obvio fotos tiradas assim precisam sempre de pós processamento, porque foram deliberadamente mal expostas. É preciso depois no conversor RAW definir o black point de forma adequada e por vezes dar compensação negativa.. De forma a tornar as fotos contrastadas e naturais e sem o aspecto deslavado que esta técnica introduz nas imagens.

O resultado é imagens MUITO mais limpas de ruido..


A técnica do -0.7 EV, muito pessoalmente só deve ser usada quando se está a fotografar pessoas, eventos, etc, em que as situações não ficam ali à espera que nos configuremos a exposição da máquina, e em que perder uma foto é muito mais grave do que introduzir ruido desnecessario na mesma.. Quando fotografo paisagens, locais, ou coisas que não vão sair dali e não, nunca uso compensações negativas à partida.
 
Última edição:
Quando fotografo em Raw e vejo as fotos no programa Microsoft windows live abro a foto e estão com umas cores mais vivas e passado 2/3 segundos as cores mudam ficando mais palidas.

Porque acontece isto?
 
As cores que vez no inicio são o resultado do perfil de cor e balanço de brancos e de um processamento feitas por um chinoca. Podes processar o raw para ficar dessa forma ou processar para ficar de uma forma diferente. Em raw podes em casa decidir quais as cores que são as mais certas (ou introduzir cores erradas propositadamente)
 
Mas as cores verdadeira do ficheiro Raw são as da primeiro preview certa?

Não existem "cores verdadeiras" no Raw, porque o Raw é um negativo digital, e cada programa vai revelá-lo de maneira diferente. Mas se queres um resultado mais próximo do que o que vês no ecrã da máquina , então normalmente o software da própria marca faz isso melhor do que os outros. Mas vai ser sempre uma apróximação, porque no caso no Jpg, quem processa a informação é a própria máquina.
 
Aproveitando o tópico, alguém já tem experiência com o novo formato Lossy DNG? Estou a pensar seriamente a converter todos os meus DNG's para este formato.
 
OK, após alguma leitura decidi converter a praticamente todos os meus DNG para Lossy DNG. Os ficheiros passaram para aproximadamente metade to tamanho e não noto diferenças nem em crops 100%.
Aconselho seriamente a testarem. Ocupam muito menos espaço, o detalhe está lá. Já era fã do DNG por não serem necessários os ficheiros âncora, agora fiquei muito surpreendido com o DNG com compressão.
 
OK, após alguma leitura decidi converter a praticamente todos os meus DNG para Lossy DNG. Os ficheiros passaram para aproximadamente metade to tamanho e não noto diferenças nem em crops 100%.
Aconselho seriamente a testarem. Ocupam muito menos espaço, o detalhe está lá. Já era fã do DNG por não serem necessários os ficheiros âncora, agora fiquei muito surpreendido com o DNG com compressão.

Por mais que pequena que seja, há sempre perda de informação. Mas hoje em dia, questão de espaço não é problema.
 
A perca de qualidade não está em questão, perde claro, é lossy, mas eu não noto. Experimenta e vê se notas. Quanto ao espaço, é dinheiro, e hoje em dia o € é um problema para cada vez mais gente.

Se tiveres 500 GB em DNG's nativos facilmente passas para menos de 250G em Lossy sem notares perca de qualidade (segundo o que li, vi e experimentei).

Para quem pensa no espaço e na qualidade, o DNG Lossy é concerteza muito melhor do que ter apenas JPEG, ocupando apenas um pouco mais espaço.

Há várias comparações pela web (por exemplo aqui: http://forums.dpreview.com/forums/post/41725407), eu já me decidi e quis deixar feedback aqui à malta.

Abraços
 
com discos de 2TB novamente abaixo dos 100€, estou com o RadioMusic.

eu apenas fico com os raws das melhores fotos, o resto ou e apagado ou passa para jpg.
 
eu apenas fico com os raws das melhores fotos, o resto ou e apagado ou passa para jpg.
Também eu, mas os raw irei converte-los para Lossy (a grande maioria). Atenção que tive vários DNG's Lossy que ficaram com o tamanho aproximado a JPEGs (4-6Mb), ora para quê ter um JPEG se consigo um DNG Lossy com o mesmo tamanho e com mais flexibilidade de edição?

Suponho que para quem viva da fotografia o espaço é ainda mais crítico se fotografarem sempre em RAW (para não falar nos backups). Mas deixo o desafio para agarrarem no mesmo raw em DNG e DNG Lossy, aplicarem a mesma edição, e depois tirarem algumas conclusões ;) Se não experimentarem nunca vão notar.
 
tive vários DNG's Lossy que ficaram com o tamanho aproximado a JPEGs (4-6Mb), ora para quê ter um JPEG se consigo um DNG Lossy com o mesmo tamanho e com mais flexibilidade de edição?

Sem dúvida que este é um bom argumento. Alguém com o workflow do Warlord passaria a guardar imagens em "alguns RAW + resto em DNG Lossy" em vez de "alguns RAW + resto em JPEG", ganhando muita flexibilidade sem ocupar muito mais espaço. Convém não esquecer que o JPEG é um formato que remove mesmo muita informação da imagem.

Pode ser que o DNG Lossy dê o empurrão que o formato DNG necessita para se impor. Porque atualmente vejo poucas razões para converter um RAW da máquina em DNG.
 
epah se realmente ficarem sensivelmente com o mesmo tamanho... tenho é de ver se dá para fazer o "export to Lossy DNG" no lightroom. porque eu processos os raws e depois é que os converto (ja processados) para jpg. Neste caso teria de dar para exportar o raw processado para Lossy DNG, sem perder os ajustes.
 
Eu acho que dá Warlord independentemente de teres os RAW nativos ou já convertidos para DNG (standard), quando exportares é escolher nas configurações de arquivo "DNG", e escolher o tamanho de visualização JPEG (eu uso médio), e escolher tb "Incorporar dados de carregamento rápidos" e "usar compactação com perda".
 
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