Game controlado pela mente chega ao mercado em 2008

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Game controlado pela mente chega ao mercado em 2008

Criadores, baseados nos Estados Unidos e na Austrália, dizem que tecnologia representa próxima onda de inovação tecnológica da indústria de jogos

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Por Larissa Santana

EXAME Os desenvolvedores de videogames têm queimado neurônios à procura de novidades que aproximem a indústria de seu objetivo: tornar o virtual cada vez mais real. Uma empresa sediada nos Estados Unidos, no entanto, quer mostrar que a solução não está exatamente nessas cabeças pensantes, e sim na dos jogadores – literalmente. Em 2008, a Emotiv Systems lançará no mercado um protótipo que pretende abolir os joysticks como conhecemos e confiar apenas à mente o controle dos personagens dentro dos games.

Joystick dá lugar a capacete no protótipo da Emotiv

Atirar, pegar, bater, correr e tantas outras ações dos games serão comandadas apenas pelo pensamento dos jogadores nesse protótipo, o resultado final de uma pesquisa batizada de Projeto Epoc e conduzida pela Emotiv desde 2003. Basicamente, o que a empresa descobriu foi uma forma de um computador responder a estímulos do cérebro humano, captados por um capacete usado pelo jogador. O capacete repassa os comandos a um receptor wireless que pode ser plugado a um computador ou a um console. As implicações disso são do tamanho da imaginação, pelo menos de acordo com os anúncios da companhia, já que os personagens reproduzirão gestos e até mesmo emoções dos jogadores. Se o resultado for fiel à promessa, a indústria poderá ter de rever o modo como hoje são desenvolvidos os games, exigindo, por exemplo, que o jogador não ultrapasse certos níveis de estresse para completar determinada tarefa.

Tudo isso ainda está apenas nos planos da Emotiv. O produto que a empresa apresenta hoje e divulga com um vídeo na internet (assista aqui ao vídeo ) está em desenvolvimento; a resposta aos movimentos do jogador se mostra lenta, pouco ágil. De qualquer forma, este é só o início da nova onda tecnológica na indústria de games, segundo a Emotiv, baseada no aperfeiçoamento da interação entre computadores e humanos. Uma onda já visível no mercado. Vide o sucesso do Wii, da Nintendo, que inovou com um joystick-"bastão" capaz de refletir os movimentos dos jogadores em partidas de tênis, golfe, boliche, e a explosão do Second Life, um simulacro virtual da vida cotidiana que conta com quase 6 milhões de usuários no mundo. Mais do que os consumidores finais, são justamente estas empresas, as que já detectaram o interesse dos jogadores por maior interação, o alvo do projeto da Emotiv. A empresa está à procura de parceiros interessados por desenvolver a tecnologia e aplicá-la em jogos.

Os atuais aliados da empresa - o governo federal australiano e os fundos Technology Venture Partners e Epicure Capital Partners - já garantiram ao projeto um investimento total de 6,3 milhões de dólares. O dinheiro vindo da Austrália se justifica pela origem da tecnologia: as invenções de Allan Snyder, cientista e professor do australiano Centro da Mente. Um dos agraciados pelo prêmio internacional de tecnologia Marconi, já concedido a inovadores como os fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, Snyder atraiu ao projeto empreendedores de tecnologia e executivos da indústria de games, como Ed Fries, que ajudou a criar o Microsoft Game Studios e o X-box na Microsoft, e Randy Breen, ex-Electronic Arts e LucasArts. Em entrevista concedida ao Portal EXAME por e-mail, Breen, hoje diretor de produto da Emotiv, explicou quais as ambições da companhia com o Projeto Epoc.

EXAME: Como surgiu a idéia do Projeto Epoc?

Randy Breen: Quatro executivos e cientistas premiados fundaram a Emotiv Systems em 2003. A companhia foi inspirada por um trabalho revolucionário de Allan Snyder, que demonstrou ser possível estabelecer uma conexão com a parte não consciente do cérebro para detectar pensamentos e emoções.

EXAME: Por que o projeto te atraiu, particularmente?

Breen: Meu interesse foi despertado pela contínua inovação na indústria de tecnologia, particularmente a participação da Emotiv na próxima onda de inovação, a interação entre computadores e humanos.

EXAME: Quantas pessoas testaram o jogo controlado pela mente? Funciona bem com qualquer um?

Breen: Um número exato de quantos testaram o jogo não está disponível. Não há nenhuma restrição, basta um treinamento mínimo. A resposta média do jogo ao estímulo varia de jogador para jogador, com base em seu nível de concentração.
EXAME: Qual será o nome e o preço do protótipo a ser lançado em 2008?

Breen: Uma versão para os consumidores estará disponível em 2008, mas nenhum nome foi anunciado ainda. Não definimos um preço, só sabemos que ficará ao alcance do consumidor.

EXAME: A idéia da Emotiv é levar o produto ao mercado sozinha ou vender a tecnologia a algum parceiro?

Breen: Um kit da Emotiv está atualmente disponível para a apreciação de desenvolvedores de jogos, para que eles possam adaptar a tecnologia. Nenhum parceiro foi anunciado ainda, mas a Emotiv está trabalhando com um grupo seleto de desenvolvedores.

EXAME: A Emotiv tem a intenção de revolucionar o modo como se joga videogame hoje?

Breen: Há potencial para neurotecnologia em todo jogo eletrônico – com atualmente mais de mil companhias de desenvolvimento em operação e custos entre 20 e 30 milhões de dólares por jogo, as chances no mercado são significativas. Nesta indústria, aprimorar a experiência do jogador, garantir sua fidelidade e diferenciar-se de jogos competitivos são as grandes prioridades. O impacto da relação entre humanos e computadores nessas três questões representa a oportunidade para a tecnologia da Emotiv.

EXAME – O sucesso de jogos como o Wii indica que os consumidores procuram interação nos jogos. O Projeto Epoc segue nessa linha, mas de forma diferente do jogo da Nintendo, por meio da imersão e da concentração. Isso pode representar uma chance de fracasso no mercado, já que o Wii, baseado na ação dos jogadores, conquistou uma grande aceitação?

Breen: É evidente que a próxima onda da inovação na indústria da tecnologia ficará em torno do modo pelo qual os humanos interagem com computadores. Há oportunidades significativas de melhorar nessa área, especificamente com relação a tornar as interfaces mais intuitivas e ligadas à absorção.

Como a adoção maciça de conceitos como redes sociais e mundos virtuais tem mostrado, estamos interagindo com computadores de maneiras completamente novas e incorporando atividades baseadas em computação não apenas no modo pelo qual trabalhamos, aprendemos e nos comunicamos, mas também na maneira pela qual relaxamos e nos divertimos. É natural que tentemos aprimorar essas experiências para tornar a interação com computadores mais "realística". É aqui que a tecnologia altamente inovadora da Emotiv entra.

EXAME: Além dos games, para que outra indústria vocês pretendem levar o Projeto Epoc?

Breen: No futuro, a tecnologia da Emotiv tem o potencial de ser aplicada em inúmeras indústrias, como televisão interativa, pesquisa de mercado, medicina e segurança.

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Como funciona a tecnologia
Um capacete recebe os estímulos do cérebro e os reproduz no jogo por meio de três dispositivos

Expressivo
Identifica expressões faciais em tempo real - se o jogador piscar, o personagem pisca

Afetivo

Monitora o estado emocional do jogador - o jogo responde às emoções

Cognitivo
Lê e interpreta os pensamentos conscientes do jogador - personagens manipulam objetos virtuais só pelo poder do pensamento"
Fonte: http://portalexame.abril.uol.com.br/tecnologia/m0127535.html

...
 
Qualquer dia provam que o capacete enfia radiação no cérebro tal como os telemóveis...

Continuo a gostar da ideia do meu rato gasto e teclado sujo :-D
 
Pelo video que está no Youtube, é que aquilo não está sincronizado correctamente com os movimentos que o jogador faz às pedras...

Antes prefiro o teclado para jogar...
 
a tecnologia ainda está em evolução... :P

Eu axo interessante... especialmente no ponto se nos dar a capacidade de sentir o nosso corpo virtual, de o mexermos como mexemos o nosso real, de reflexos mais rápidos. Abre mtas possibilidades.

Então se visto em combinação com um capacete 3D de gráficos de grande qualidade... abre novos horizonte, especialmente em alguns géneros como o survival horror.

Estar imerso na escuridão do Resident Evil 6... :drooling:
 
Uma ideia interessante sem duvida e um grande passo para a evoluçao, mas sera que n trara coisas prejudiciais?

Como ja referido acima pode mandar radiaçoes que afectem o nosso cerrebro; as pessoas tornar-se-ao ainda mais perguiçosas se implementarem esta tecnologia em todas as empresas industriais; ate que ponto e que desenvolverao esta tecnologia? Ate ao ponto de qualquer dia conseguirmos ler os pensamentos das outras pessoas, quebrando assim toda a nossa privacidade?

Eu sei que estou simplesmente a divagar e que o provavel e k esta tecnologia caia no esquecimento, mas isto da que pensar e muito...
 
a tecnologia ainda está em evolução... :P

Eu axo interessante... especialmente no ponto se nos dar a capacidade de sentir o nosso corpo virtual, de o mexermos como mexemos o nosso real, de reflexos mais rápidos. Abre mtas possibilidades.

Então se visto em combinação com um capacete 3D de gráficos de grande qualidade... abre novos horizonte, especialmente em alguns géneros como o survival horror.

Estar imerso na escuridão do Resident Evil 6... :drooling:

Imagina então em Crysis ou Unreal Tournament! Havia de ser brutal!
 
re:

Eu sempre queria saber quanta energia e a que frequência vão transmitir os dados captados por esse capacete. Espero que não seja para fritar.....

Penso que este tipo de dispositivos serão interessantes para outro tipo de aplicações para além dos jogos e acho que podia começar por pessoas mais necessitadas a nível motor.


E de radiações já nos basta o que temos actualmente, infelizmente a novas tecnologias "sem fios" que andam a surgir no mercado tem pouca sensibilidade em reduzir os níveis de radiação.
 
Uma ideia interessante sem duvida e um grande passo para a evoluçao, mas sera que n trara coisas prejudiciais?...
Hão de dscobrir alguma coisa, se é que isto faz mal ao cerebro...

Imagina então em Crysis ou Unreal Tournament! Havia de ser brutal!
Excelente...
Penso que este tipo de dispositivos serão interessantes para outro tipo de aplicações para além dos jogos e acho que podia começar por pessoas mais necessitadas a nível motor.
Se não me engano há "muita coisa" que ajuda pessoas com defeciencias motoras.
 
Teclado+Rato é q é o futuro :P

Realmente a ideia em conceito é engraçada mas não é aplicável a todos os níveis, FPS's por exemplo que sao capaz de stressar as pessoas iriam desconcentrar quem estava a jogar e resultar num comando completamente inutil por n estarmos concentrados. Isto pelo menos por agr mais tarde nao se sabe q niveis de precisao o detector atingirá.

Por agr para revolucionário é o Wiimote, e será mto provavelmente o degrau antes de alguma coisa mais avançada... :)
 
Por agr para revolucionário é o Wiimote, e será mto provavelmente o degrau antes de alguma coisa mais avançada...
tb axo.

E a nível de radiações e campos magnéticos... nós estamos rodeados por eles. todas as máquinas emitem um.

A ideia do aparelho é captar frequências não transmiti-las ao cérebro.

Realmente a ideia em conceito é engraçada mas não é aplicável a todos os níveis, FPS's por exemplo que sao capaz de stressar as pessoas iriam desconcentrar quem estava a jogar e resultar num comando completamente inutil por n estarmos concentrados. Isto pelo menos por agr mais tarde nao se sabe q niveis de precisao o detector atingirá.
Quando uma pessoa está stressada não joga bem, com um teclado e rato ou com um aparelho assim... :p

Em relação à precisão do detector, axo k já vai ter uma qualidade mto boa, até pk a tecnologia de captar sinapses do cérebro já é usada à mto tempo em testes científicos, logo embora possa parecer uma tecnica realmente inovadora, só apenas alguns aspectos são de factos novos, o resto é a aplicação de anos de experiencias bem sucedidas.

Imagina então em Crysis ou Unreal Tournament! Havia de ser brutal!
era msm fabuloso. :P

Em relação a problemas dessas tecnologias, preparem-se para crises de paranóia, alienação, bipolaridade... :\

Acho tb k a microsoft tem uma patente qq neste domínio... pk eles tb axam k isto é o futuro da comunicação entre o ser humano e uma máquina.

E realmente parece o futuro. A capacidade de comunicarmos com uma máquina sem interfaces.
 
Última edição:
não gosto da ideia... é impressionante, mas... well eu preciso de estar a fazer algo com as mãos, ou seja tocar em algo. é por isso que quando vejo um filme costumo tambem estar a jogar ao mesmo tempo ou estou num forum ou assim. Eu sentiria falta de segurar algo na minha mão quando disparo noutras pessoas, nem que seja só um rato...
já vi algo semelhante na TV, mas era com um jogo muito simples (provavelmente PONG)... e agora que vi o video... não era necessario mexer as mãos e respondia melhor à pessoa
 
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