Game Gear Game Gear

jabun

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Depois do lançamento do Game Boy ter-se revelado um sucesso enorme para a Nintendo, ficou claro que o mercado dos videojogos portátil era uma mina de ouro, que poderia ser muito bem explorado não sendo por isso de estranhar o repentino aparecimento de uma nova geração de consolas portateis, como a Atary Lynx ou a NEC TurboExpress. Com o Game Boy a ser um sucesso e a vender milhões de unidades, a Sega resolveu tentar a sua sorte neste segmento do mercado, apresentando o seu "Projeto Mercúrio", uma consola com um ecrã a cores e tecnicamente superior ao Game Boy, que se transformou na Game Gear (GG).



A Game Gear foi lançado inicialmente no Japão, a 6 de Outubro de 1990, chegando àos E.U.A e Canadá no final de 1991 e à Europa apenas em 1992. A GG é considerado por muitos como uma Master System portátil, pela semelhança técnica entre as duas consolas, mas a portátil leva vantagem ao ter uma paleta de 4096 cores (512 podem ser usadas ao mesmo tempo) e som stéreo. Em 1997 a Sega abandonou oficialmente a produção da sua primeira e única portátil, tendo vendido mundialmente cerca de 11 milhões de unidades.

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A Game Gear nunca conseguiu ser muito popular no Japão, tendo sempre vendas extremamente baixas, por isso, aquando do lançamento nos Estados Unidos, a Sega criou uma agressiva campanha publicitária de TV, onde promovia o sistema como sendo superior ao Game Boy, apostando muito no facto da GG ter um ecrã a cores. Apesar dos esforços, a consola também não vendeu bem no continente americano. Na Europa, embora a situação não tenha sido diferente, ainda conseguiu ser o território onde a consola alcançou melhores resultados, fruto da boa prestação quer da Mega Drive, quer da Master System.


No Japão a consola teve algumas edições especiais, como esta alusiva à Coca-Cola​

Apesar da ambição da Sega e das especificações técnicas superiores em comparação ao Game Boy, a Game Gear não conseguiu sequer beliscar a merecida liderança da portátil da Nintendo, devido a diversos fatores:

1) Mesmo sendo uma portátil, a Game Gear ainda era muito grande em comparação ao seu concorrente, o que dificultava seu transporte, sendo, por isso, pouco portátil.

2) A necessidade de 6 pilhas AA para fazê-lo funcionar, que, ainda por cima, rapidamente se esgotavam (duravam cerca de 4 horas), o que, mais uma vez, reduzia a portabilidade da consola. A GG rapidamente ganhou a alcunha de "papa-pilhas" para muitos gamers, sendo a única forma econimicamente viável de a sustentar a compra de uma bateria ou a ligação da consola à tomada. Esta última solução, uma vez mais, retirava o factor portabilidade à consola da Sega.

3) Tal como aconteceu com a NES, o Game Boy foi lançado um ano antes, conquistando grande parte do mercado, não dando grande margem de manobra à Sega, que não conseguiu convencer os jogadores a trocarem os seus Game Boys com o Tetris e o Super Mario Land, por uma Game Gear.

4) Para último, ficou o ponto mais importante para o sucesso de uma consola: os jogos. Comparativamente com o Game Boy, a portátil da Sega tinha um número de jogos bastante inferior, mas, o que ditou verdadeiramente a vitória da Nintendo nesta batalha foi o facto de o GB ter jogos exclusivos e de grande qualidade, feitos a pensar exclusivamente na portátil. Basta vermos que Mario, Zelda e Metroid tiveram jogos exclusivos para o GB, pelo que os fãs para os jogarem tinham de comprar a consola. Já a Game Gear levou essencialmente com ports dos grandes Master System e Mega Drive, e embora seja verdade que a consola teve ports de alguns dos melhores jogos de sempre, também é verade que quem, por exemplo, tinha em casa uma Mega Drive não via grande necessidade de ter também uma Game Gear. Já o Game Boy e a Super Nintendo complementavam-se muito bem.


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Acessórios

A Sega inovou ao criar alguns dos mais interessantes e inovadores acessórios para a sua portátil:

Conversor Master Gear: permite executar jogos da Master System na Game Gear.
TV Tuner: permite exibir canais de televisão e a conexão de outros equipamentos de vídeo na Game Gear
Rádio Tuner Fm: permite que a consola se transforme numa estação de rádio Fm
Bateria Solar: um sistema de baterias que se carrega pela luz solar.

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TV Tuner​

Apesar de ter ficado aquém das expectativas da Sega, a Game Gear foi uma excelente consola, com excelentes jogos como os variados Sonic, Tails Adventure, Shinobi, Ristar, The Lion King, Streets of Rage, Mortal Kombat, etc. Pode-lhe ter faltado um killer app que fizesse as vendas da consola dispararem, mas a verdade é que quem, na época, teve a sorte de ter uma Game Gear, dificilmente a trocava por outra.

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Especificações da Game Gear

Processador central: Zilog Z80 de 8-bit rodando a 3.6 MHz.
Memória: 8 KB RAM
Cores disponíveis: 4.096.
Resolução: 256 x 192 pixels.
Ecrã: aproximadamente 8 centímetros de comprimento, com iluminação interna.
Máximo de cores ao mesmo tempo: 512.
Tamanho dos sprites: 8 x 8.
Áudio: 4 Canais Mono
Limite máximo de sprites na tela: 64

 
Tive uma quando era novo. Muito mais novo.
Até cheguei a experimentar um TV Tuner de um amigo, mas nem eu nem ele conseguimos pôr a funcionar.

Ainda me lembro de vários jogos que joguei nela. Alguns melhores do que outros, mas que me deram muitas horas de diversão.
Sonic Triple Trouble
Shinobi
Strider Return
Primal Rage
Mortal Kombat
Fatal Fury Special
Sega game pack 4 in 1
 
Embora não tenha tido nenhuma, um miúdo no ATL onde andava tinha uma GG que levava para lá de vez em quando. Lembro-me bem que jogava bastante um jogo de futebol com visão lateral, não sei precisar qual.
 
Tal como user @jabun disse, a GG não teve o sucesso do GB, mas eu sempre preferi a GG ao GB pelo facto de poder ser usada durante a noite sem ser preciso estar perto de uma fonte de luz ou sem ter necessidade de usar a lupa iluminada como no GB. Em dias de muito sol, o GB também perdia para a GG.

Nunca tive nenhuma destas consolas, mas joguei bastante nelas ;)
 
Sempre desejei ter esta consola, o facto de na altura ser como uma TV portátil para mim valia ouro, mas para os meus pais também valia ouro porque não tinham dinheiro para tal.
 
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