Promessas sempre houveram, e por vezes eram cumpridas, outras vezes não, tal como hoje.
A diferença entre o passado e o presente está no facto dos consumidores estarem cada vez mais em contacto próximo com os desenvolvedores. Antigamente o jogador acompanhava a indústria à distância, ficava a saber das notícias pelas revistas e outros tipos de media e apenas assim. Vias um trailer, uns screenshots, tinhas um demo de um nível ou dois pouco antes do lançamento, e só punhas a "mão na massa" no dia de lançamento.
Hoje em dia, um dev ou editora "tweeta" directamente para o consumidor e há interacção directa, podes discutir e perguntar sobre desenvolvimentos quase que abertamente e directamente com quem desenvolve e publica jogos. Tens kickstarters, alphas, betas, early accesses, updates informativos sobre o desenvolvimento, programas insider para testar futuros updates antecipadamente e dar feedback sobre os mesmos, etc.
Até a E3, maior mostra mundial de videojogos, e que antigamente era de acesso exclusivo à imprensa e meios especializados, abriu ao público em geral há uns anos, o que motivou críticas de alguns, pois isso também alterou a forma de como a E3 passou a ser montada.
O facto de haver uma interacção e uma comunicação mais directa entre a fonte e o consumidor, leva a que o consumidor acabe por ser mais exigente, quando tem razões para o ser, e quando não tem também, já agora, e que levam a situações como casos de ameaças de morte...
Era impensável há uns anos acontecer o que se passou com o Halo Infinite. Exigência e pressão por parte do público de alguma mostra de gameplay, e quando a mesma é mostrada, haver críticas acérrimas a tudo o que foi visto menos ao gameplay. Críticas essas que levam ao adiamento por um ano de um jogo flagship e que seria launch title de uma nova consola/geração. Algo inédito.