Discussão Holanda, proibido não contabilizar trafego para serviço de streaming do operador

Warlord

Portugal@Home Member
The Dutch Consumer and Markets regulator (AFM) on Friday ordered T-Mobile to stop offering a streaming music product which did not count toward customers' data usage.

The AFM said the practice, often called "zero rating" is a violation of Dutch net neutrality rules, because it puts rival services such as Spotify at a competitive disadvantage.

Deutsche Telekom subsidiary T-Mobile Netherlands, which had introduced the product on Oct. 10, must stop offering it or face penalty of 50,000 euros ($52,000) per day, the AFM said.

Zero rating is shaping up as one of the major battlegrounds for European telecommunications companies as they seek ways to attract customers. The Dutch net neutrality law unambiguously forbids the practice, but European Union rules are less clear.

T-Mobile could not immediately be reached for a reaction. The AFM said it expects the company may launch a legal challenge to the decision.
http://www.reuters.com/article/us-deutsche-telekom-netherlands-regulato-idUSKBN14C0LS


Se virar moda por cá, existem pacotes de operadores que oferecem trafego ilimitado para determinados serviços que vão deixar de existir... Já para não falar das apps dos ISPs que se vão tornar muito menos apeteciveis...
 
http://www.reuters.com/article/us-deutsche-telekom-netherlands-regulato-idUSKBN14C0LS


Se virar moda por cá, existem pacotes de operadores que oferecem trafego ilimitado para determinados serviços que vão deixar de existir... Já para não falar das apps dos ISPs que se vão tornar muito menos apeteciveis...

Quem é a favor da neutralidade deve de aplaudir isto. Por cá o problema nunca se pôs, mas nos EUA tentaram fazer trinta por uma linha com a diferenciação de trafego.
Eu até não sou contra os WTFs desta vida, mas é até ao momento que isto der para o torto e na Holanda entendeu-se que é melhor cortar o mal pela raiz.
 
Isto vai no sentido do que foi aprovado pela União Europeia.
E acho muito bem senão qualquer dia tanto os consumidores como os serviços iriam estar à mercê dos operadores. Qualquer dia teríamos sites exclusivos de operadores ou "net premium" mais cara que dá acesso mais rápido em certos sites.
 
Discordo completamente, sou bem a favor de mais conteudo a custo zero, uma vez que pagamos pelo serviço, se esse mesmo produto for oferecido para quem tem o pacote qual é o problema ? Enfim.

Ainda bem que certas estupidez não chegam cá, até porque seria mau para a economia, porque consequentemente os mesmos pacotes teriam de baixar de preço ou então muitos clientes iriam meter outros pacotes mais baratos.
 
Discordo completamente, sou bem a favor de mais conteudo a custo zero, uma vez que pagamos pelo serviço, se esse mesmo produto for oferecido para quem tem o pacote qual é o problema ? Enfim.

Ainda bem que certas estupidez não chegam cá, até porque seria mau para a economia, porque consequentemente os mesmos pacotes teriam de baixar de preço ou então muitos clientes iriam meter outros pacotes mais baratos.

Mas que mais conteúdo? O conteúdo é só um, a Internet. Se querem melhorar as ofertas melhorem, não precisam de estar a escolher que domínios merecem ter mais trafego que outros para que o consumidor saia beneficiado...

É só ver na França 5Gb, 10Gb a preços ridículos...
 
Discordo completamente, sou bem a favor de mais conteudo a custo zero

Como diz o viperbruno, o único conteúdo que pagas é o acesso à Net, os operadores não deveriam discriminar. O que todos queremos é acesso a todos os sites duma forma rápida e pagando o mínimo possível. Se os limites de tráfego atuais são baixos, isso já é outra questão.
O que não se pode criar é uma net de segunda e de primeira para certos sites. Ainda por cima, sites esses que são sempre de grandes multinacionais - as que menos precisam de ajuda dos operadores -, não me lembro de ver "net à borla" para sites nacionais.
 
Discordo completamente, sou bem a favor de mais conteudo a custo zero, uma vez que pagamos pelo serviço, se esse mesmo produto for oferecido para quem tem o pacote qual é o problema ? Enfim.

Ainda bem que certas estupidez não chegam cá, até porque seria mau para a economia, porque consequentemente os mesmos pacotes teriam de baixar de preço ou então muitos clientes iriam meter outros pacotes mais baratos.
O acesso ao conteúdo (mensalidade para o acesso ao mesmo) pode continuar a ser oferecido, não podem é não contabilizar tráfego para o serviço xpto e contabilizar para o concorrente xyz. Ou contabilizam para todos ou não contabilizam para nenhum.

Seria o mesmo que ires à rede gratuita WiFi do McDonald's e conseguires ir visitar o site do record, mas quando ias ao site da abola obrigavam-te a pagar.
 
Essas comparações com o EUAs estão erradas. Nos EUAs pagavam para ter prioridade de tráfego para X serviço. Neste caso tratava-se apenas da não contabilização do tráfego. Era apenas uma prática comercial discutível. Errado é quando fazem distinção de tráfego e dão prioridade a uns sobre os outros. Não era este caso.

Por exemplo, se a Vodafone der tráfego ilimitado para a sua APP móvel e cobrar o tráfego das outras APPs (meo go, etc) isto é errado? Não e faz todo o sentido. O que alguns estão a sugerir é que os próprios clientes da Vodafone deviam de deixar de ter tráfego ilimitado para o serviço que pagam e serem tratados como se fossem clientes da concorrência! Não faz sentido. A contabilização de tráfego não vai tornar a internet mais neutra. O tratamento de tráfego por igual é que é necessário para que a internet seja verdadeiramente neutra.
 
Última edição:
A contabilização de tráfego não vai tornar a internet mais neutra.
A não contabilização de tráfego apenas para algumas apps ou protolocos escolhidos a dedo pelo ISP é que garantidamente não torna a internet mais neutra...

Será que existe neutralidade se o trafego para o snapchat não for contabilizado e o trafego para o whatsapp for? Será que existe neutralidade se o acesso ao hotmail não for contabilizado e o do gmail for?

Achas que existia neutralidade se por exemplo os ISP nacionais a partir de hoje começassem a contabilizar trafego não HTTP e a darem ilimitado apenas para acesso a sites HTTP?

Net neutrality is the principle that Internet service providers and governments regulating the Internet should treat all data on the Internet the same, not discriminating or charging differentially by user, content, website, platform, application, type of attached equipment, or mode of communication
https://en.wikipedia.org/wiki/Net_neutrality

Parece-me claro que a não contabilização de trafego apenas para determinados sites se inclui neste principio. Querem oferecer trafego ilimitado? muito bem, ofereçam para todos!
 
Eu dei a minha opinião. Não o que está definido na neutralidade de internet. Para mim é muito mais importante que o tratamento do tráfego seja feito de igual forma do que aplicação X tenha tráfego ilimitado e a Y não. Isso são questões comerciais que os próprios responsáveis devem negociar com os ISPs para melhor venderem o seu produto. Mas o que é realmente importante é que todas as aplicações têm a mesma prioridade de acesso e que lhes permita fornecer o serviço em pé de igualdade. Não é umas terem uma largura de banda de 100 Mb e outras de apenas 1 Mb.
 
Eu para mim sou a favor desta medida. Visto muitas apps usarem conteudo externo para fornecer os seus serviçoes fazendo induzir em erro os consumidores.

Mas tambem sou a favor que se crie maiores limites de tráfego principalmente ca em Portugal. O futuro é a internet e ainda haver limites de 200MB ou 500MB isso sim é ridiculo. Tem que se pensar no futuro e tem que se pensar que estes limites de tráfego têm de aumentar e muito.
 
@PWP certo, mas então de certa forma tb podes ver a questão do tratamento de trafego como podendo ser uma questão comercial, os ISPs poderiam ter tarifarios com larguras de banda distintas para aplicações, i.e. podias ter um tarifário ilimitado com 20mb/s de largura de banda para o youtube ou vimeo, 10mb/s para restante HTTP, e o resto (torrent p. ex.) ficava limitado a 200kb/s. Acho que são caminhos perigosos e que devemos lutar contra.

agora a questão aqui é esta neutralidade jogar em certos casos contra o interesses dos utilizadores, quem tinha trafego ilimitado para fazer streaming das musicas do operador, poderá deixar de ter...

outra questão, será que se pode aplicar este principio ao preço das chamadas para diferentes operadores? faz sentido que a chamada para o operador X custe mais que para o operador Y?
 
Não vamos falar de hipotéticas situações. Vamos falar da realidade! Tu contratas X Mb de velocidade. Não contratas X Mb para site ou protocolo Y. Ponto! Esta situação nem se discute. Embora a maior parte dos isps não a respeita (TS) e isto aqui é que é grave!

Em relação ao tráfego visto que em tarifários com limite de tráfego este é cobrado já pelo tarifário contratado, por isso teres oferta de tráfego para aplicação Y ou X é apenas um bónus. Isto não interfere em nada com a neutralidade da internet do ponto vista do utilizador. Porque este sabe que tem limite de tráfego no seu tarifário. O facto de poder ter mais tráfego ou até ilimitado para algumas aplicações é apenas um bónus como disse, pois o tarifário base é o que predomina para globalidade da utilização do seu serviço de internet.

Estou muito mais preocupado com as prioridades do tráfego do que propriamente se APP A ou B tem mais ou menos tráfego.
 
Última edição:
Atualmente contratas Xmb de velocidade, teoricamente comum a tudo (com TS à mistura é certo), mas seguindo o teu argumento de poderem existir condições de foro contratual que devem ser excluidas do "net neutrality", nada impede um ISP de passar a comercializar tarifários com velocidades diferenciadas consoante o site, app ou protocolo. Podiam fazer da mesma forma, tens 1MB/s de acesso à net, mas para HTTP tens 50MB/s, e se usares o browser martelado pelo ISP com publicidade à mistura (estilo AOL explorer) consegues 100MB/s. E isso é algo que não quero ver, seja limitação de velocidade ou limitação de trafego, é IMO errado efetuar distinções seja limitando para baixo ou privilegiando para cima.
 
Estas a misturar as coisas. Ninguém estava a limitar o tráfego. Pelo contrário estavam a oferecer X tráfego para além daquele incluído no tarifário. Isto é que o acontece nos yorn x, wtf, etc. Não vejo nada de errado e muito menos uma ameaça à neutralidade da internet.

Se quiseres inventar mais cenários apocalípticos do tipo youtube a 1 KB tudo bem, mas a realidade não é nada disso. A decisão do tribunal pode ter ido de encontro ao que está delineado no tratado da neutralidade da internet, mas na verdade quem sai prejudicado é o utilizador que deixa de ter o "bónus" de tráfego que tinha no seu tarifário e passa a ter só o tráfego base.
 
é uma questão de ponto de vista, ao oferecerem trafego ilimitado para o site X, Y, Z, estão indiretamente a limitar o acesso aos sites concorrentes por serem contabilizados.

pegando na situação de largura de banda, hipoteticamente podem vender-te tarifário com 1MB/s de acesso, mas para uma lista de sites/apps que o ISP entende consegues 100mb/s, para todo o resto tens os 1MB/s.

Acho que ninguem gostaria de caminhar por aí...
 
Continuo a achar que os isps oferecem o que bem entender se te dão apps com trafego ilimitado melhor porque já sabias que á partida iriam contabilizar assim sendo melhor, fora dessas apps já sabes que conta. Se contam bem ou mal acho que cada isp sabe de si e gere o seu património como quiser.

Nem tão pouco me parece que seja por causa disso que eu vá ter uma net melhor ou pior que alguém que não tenha trafego ilimitado para as mesmas apps/sites.
 
do que percebi da regulamentação , situações como as dos wtf's, moches e yorn, não serão permitidas, ou seja, dar trafego para spotify e não para deezer, ou dar youtube e não twitch, etc.

o objetivo é não limitar a entrada e acesso aos clientes por parte dos fornecedores de apps, conteudos, etc.

como os operadores vão reagir , é o que resta saber.

No caso que foi indicado , não é permitido não contabilizar o serviço de streaming do operador , se os serviços identicos de outro fornecedor forem contabilizados. nesta caso estaria-se a privilegiar o próprio operador
 
A questão aqui é sobretudo de concorrência. E também tem em conta que o tráfego móvel assume uma quota cada vez mais importante.
Se ofereces tráfego na app oficial do twitter e não no TweetCaster ou TweetBot estás a interferir no mercado. O mesmo é válido para outras redes de microblogging que possam aparecer. Uma startup não terá capacidade para negociar este tipo de acordos com isps e isso mata a concorrência à nascença provocando um lock-out desse mercado. Teria impossibilitado o aparecimento do facebook, por exemplo, e teriamos continuado com o hi5 (ou o myspace nos EUA).
 
Uma startup não terá capacidade para negociar este tipo de acordos com isps
Acordos ? noinhguem falou em acordos na europa. Efectivamente nos EUA havia operadores a estabelecerem acordos para privilegiarem determinados serviços , na europa isso não aconteceu (que se saiba).
Isso não invalida a questão das startups - caso apareça uma empresa tipo youtube, porque não há-de esta de ser tratada do mesmo modo que a existente ? è nesse sentido que vai a regulamentação europeia.
pessoalmente acho que na ânsia de tratar todas bem, vai acabr por correr mal para todas.
 
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