HP inventa o memristor

Esta parte do quote não está correcta. Apesar de poder funcionar entre 2 estados (0 e 1), o memristor tem a capacidade de funcionar analogicamente, isto é, pode armazenar todos os valores entre 0 e 1. Ao pé das possibilidades que isto abre, o facto de poder funcionar como um SSD ultra rápido é insignificante.

é um bom pressagio para armazenamento "quantico", mas também é uma boa forma de compressão de dados, i.e. se for possivel armazenar num "bit" (não é bit, dado que pode ter mais que dois estados - é um elemento de memoria) informação correspondente a 2 bits, a rentabilidade da memoria é muito superior.
desde que se criem DACs capazes de desenvolver o trabalho com velocidade apreciavel...
pode-se guardar num unico elemento de memoria palavras de 4, 8 ou mais bits, dependendo dos DACs e da sua precisão.
isto abre caminho a discos solid state, com capacidades brutais, e sem perder nada em velocidade.

resta saber quando se tornará viavel a produção de elementos de memoria recorrendo a esta tecnologia.
 
acho que isto vai ser substancial para aperfeicoar inteligencia arteficial

a menos de 30 anos, vai haver um dakeles cmo no i, Robot :S
 
HP Collaborates with Hynix to Bring the Memristor to Market in Next-generation Memory


HP today announced that it has entered into a joint development agreement with Hynix Semiconductor Inc., a world-leading memory supplier, to bring memristor, a new circuit element first intentionally demonstrated in HP Labs, to market in future memory products. Memristors require less energy to operate, are faster than present solid-state storage technologies and can retain information even when power is off. The memristor, short for “memory resistor,” was postulated to be the fourth basic circuit element by Prof. Leon Chua of the University of California at Berkeley in 1971 and first intentionally reduced to practice by researchers in HP Labs, the company’s central research arm, in 2006.

Earlier this year, HP announced the discovery that the memristor also can perform logic, showing that memristor-based devices could change the standard paradigm of computing by enabling computation to one day be performed in chips where data is stored, rather than on a specialized central processing unit.

Bringing research to market
Joint development agreements are one way in which HP partners with others to leverage its intellectual property, which includes a portfolio of more than 30,000 patents. By collaborating with others to bring new technologies to market through intellectual property licenses and other technology transfer agreements, HP helps create new markets and generates a return on its research and development investment.

Supporting quotes
“The memristor has storage capacity abilities many times greater than what competing technologies offer. By adopting HP’s memristor technology we can deliver new, energy-efficient products to our customers more quickly,” says Dr. S.W. Park, executive vice president and chief technology officer, Hynix.

“This agreement brings together HP’s core intellectual property and a first-rate supplier with the capacity to bring this innovation to market in world-class memory on a mass scale. It is the most recent example of HP’s ability to drive product innovation from the Labs out into the commercial world. This is discovery and invention with clear purpose, which differentiates HP and reinforces the value of our research enterprise to HP as a whole,” says Stan Williams, senior fellow, HP, and founding director, Information and Quantum Systems Laboratory, HP Labs.

Highlights

* The two companies will jointly develop new materials and process integration technology to transfer the memristor technology from research to commercial development in the form of Resistive Random Access Memory (ReRAM). Hynix will implement the memristor technology in its research and development fab.
* ReRAM is non-volatile memory with low power consumption that holds the potential to replace Flash memory currently used in mobile phones and MP3 players. It also has the potential to serve as a universal storage medium – that is, memory that can behave as Flash, DRAM or even a hard drive.

fonte
 
Bem... isto só melhora, agora já têm um plano para lançarem a curto/médio prazo o hardware, que agirá como um SSD/Flash, de forma a que se consiga utilizar nos sistemas actuais.

Mas o melhor do pacote é que a tecnologia em sí tem a capacidade intrínseca de funcionar como um sistema integrado de memória e processamento no mesmo suporte... mindblowing, se tivermos a perspectiva que tal "produto" possa estar à venda em poucos anos e com um target generalizado.

Outra característica interessante é a proximidade que isto demonstra da computação quântica em termos conceptuais, até pode ser que isto consiga dar o boost start à verdadeira computação quântica, onde algo não tem de ser I ou 0, mas pode assumir ambos, ou nenhum, uma perspectiva quase analógica.

A Intel deve estar neste momento de volta do pessoal a pressioná-los para fazerem um produto que consiga rivalizar com isto a partir dos mambo jambos todos que eles têm na manga, que acredito que tenham, mas que como conseguem facturar mais com o estado actual das coisas se deixam estar...

Ahh e a Hynix está numa posição de graça no meio disto tudo, gostaria de saber o que têm a Hynix a mais que os outros... algo certamente terá.

Tenho de ver se leio mais sobre isto, parece mesmo promissor.
 
Última edição:
não sei se sabem mas antes da era analógica a informação era transmitida digitalmente com o código morse. nunca se sabe se voltaremos a dar em força na analógica.

o memristor já podia ter sido "inventado" à mais tempo só que não houve necessidade de haver investigação porque já havia a memoria DRAM, SRAM e o disco magnético.

o memristor ira acabar com a arquitectura de vários níveis de memoria
 
novo tipo de construção de memórias: memristor

Investigadores da HP deram mais um pequeno passo no desenvolvimento de uma nova geração de dispositivos de memória, memristores ao conseguirem produzir um mapa do que se passa dentro do componente em funcionamento. O sector já vê este tipo de dispositivo, a ser lançado durante 2013, como potencial substituto das memórias Flash e DRAM.
Num artigo da revista “Nanotechnology”, os investigadores explicam que a HP conseguiu delinear o funcionamento eléctrico dentro do componente. Anteriormente, embora os memristores tenham sido desenvolvidos em laboratório, os cientistas não sabiam exactamente o que acontecia dentro das estruturas minúsculas do dispositivo. E embora a HP estivesse confiante na comercialização do componente, mesmo assim, a descoberta permitirá melhorar o referido funcionamento, acredita Stan Williams, investigador sénior da HP.

Os dispositivos foram inicialmente descritos em 1971 por um professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Antes desta descoberta, os cientistas conheciam apenas três elementos básicos do circuito: resistência, capacitador e indutor. O professor Leon Chua postulou que poderia haver um quarto.
Décadas mais tarde, os investigadores da HP demonstraram a possibilidade de os memristores existirem. E mais, provaram como estes poderiam alternar entre dois ou mais níveis de resistência eléctrica, permitindo-lhes representar os uns e zeros usados ​​na computação digital.

Os cientistas sabiam que o processo de transferência era realizado, mas tiveram muita dificuldade em realizar uma análise aprofundada, devido às dimensões reduzidas dos componentes. O desenvolvimento mais recente da HP, a este respeito, foi ter conseguido utilizar raios-X altamente concentrados para abrir um canal, de cem nanómetros, onde a alternância de resistência tinha lugar.
Depois, traçaram a estrutura e determinaram a química dessa abertura, obtendo assim uma melhor ideia sobre o funcionamento dos memristores. O artigo foi publicado em conjunto pela HP e a Universidade de Santa Barbara, na Califórnia.
O tipo de memória que pode ser construído com memristores, a ReRAM, não é volátil. Isso significa que esses dispositivos podem manter os seus dados mesmo depois de desligada a fonte de alimentação. Trata-se de uma clara diferença de memória face às DRAM, nas quais os dados armazenados são perdidos quando a energia é desligada.

Williams acredita que a tecnologia memristor da HP pode estar comercialmente disponível em meados de 2013, mas “não é uma promessa da HP mas como funcionário da empresa”, ressalvou.
A HP desenvolveu dispositivos nos seus laboratórios capazes de suportar densidades de armazenamento na ordem dos 12 Gb por polegada quadrada. Além disso, Williams anunciou que está a usar um processo de produção de 15 nanómetros e uma arquitectura de múltiplos níveis, na qual haverá quatro camadas de células de memória empilhadas.
Os memristores constituem um de vários tipos de memória a serem desenvolvidos como possíveis substitutos para as Flash e DRAM. As memórias serão as primeiras a atingir os seus limites de densidade. Williams prevê que isso acontecerá em uma ou duas gerações de produto, cerca de quatro anos no máximo.
As DRAM vão ter “mais algumas gerações” antes de atingir os seus limites físicos. Contudo, segundo Williams, os fabricantes de memórias podem conseguir ter essas gerações em utilização durante mais tempo do que os 18 meses ou dois anos actuais.
 
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