MWC17: Huawei P10 é o novo porta aviões da marca à conquista da liderança do mercado
(Atualizada) O novo smartphone da Huawei é mais um argumento na escalada de posições no mercado de consumo que a marca tem vindo a fazer. Para além do design e da capacidade volta a destacar-se a fotografia, com a Leica.
As confirmações já tinham sido feitas pela própria marca: ao contrário do que tem acontecido noutros anos, a estrela da companhia no MWC é o topo de gama da linha P, desta vez o P10. No Mobile World Congress a Huawei tem apresentado sobretudo acessórios, como os
Watch em 2015 e o
MateBook em 2016. Mas este ano há um espaço adicional aberto pelo recuo da Samsung na apresentação do novo Galaxy S8.
O novo Huawei P10 continua a aposta na parceria com a Leica para as câmaras, que tem dado bens resultados e tem sido bem acolhida pela crítica e pelos utilizadores, e coloca um sensor duplo traseiro no dispositivo, uma das especificações mais interessantes do topo de gama.
"Muitos consumidores têm questionado como é que o P10 vai somar ao sucesso do P9 e como vai continuar a desenvolver a fotografia", explicou Andrew Garrihy, CMO Western Europe Region Consumer Business Group. A explicação foi dada por Richard Yu, CEO da Huawei Consumer Business Group, que apresentou os novos P10 e
P10 plus, e as novidades que estão centradas no design, na utilização de materiais mais nobres, e em novas cores, entre as quais o Greenery e o Dazzling Blue, destacadas pelo Pantone Intitute.
A comparação com o iPhone era inevitável e não faltou na apresentação, focando-se no tamanho do ecrã, mas também na espessura do smartphone e na duração da bateria.
"Conseguimos fazer um telefone mais compacto, mas com mais bateria, justifica Richard Yu, que garante que consegue carregar a bateria em 30 minutos para uma duração de 1 dia e que a carga total dura 1,8 dias em "uso normal" com a bateria de 3.200mAh. No caso do P10 plus a bateria é de 3.750 mAh e a duração vai até aos dois dias completos, garante Richard Yu.
Por dentro conte com um processador um processador "da casa", o Kirin 960, com velocidades de 2,3 GHz, mas que ganha 15% em eficiência, defende o executivo da Huawei, que explica também que foi melhorada a tecnologia de rede para suporte ao 4,5 G.
Para os que estavam habituados aos modelos das gerações anteriores da gama P e da gama Mate da Huawei vão também sentir uma mudança significativa: a alteração do sensor de impressão digital para a parte da frente do telemóvel, mas com uma boa integração no vidro do P10.
Foco na fotografia
Apesar do P9 e do Mate 9 já serem considerados por muitos os melhores smartphones a nível dos sensores e das câmaras, para o que contribui muito o trabalho com a Leica, a Huawei continua a adicionar alguns toques na fotografia profissional e de baixa luminosidade, e as novas câmaras têm um sensor de 20MP a preto e branco e 12 RGB e uma lente de abertura f1.8).
E o modo selfie ganha novo destaque, com a tecnologia Leica a assumir também presença na câmara frontal do P10. É um "estúdio de fotografia de trazer no bolso", explicam.
Entre as muitas novidades esperadas para o MWC, o lançamento do P10 era um dos mais aguardados, e o que gerou maior
expectativa entre os leitores do TeK. Num inquérito realizado pelo TeK nas últimas semanas, 27% dos leitores responderam que é esta a marca que mais pode surpreender no MWC.
Para o mercado internacional o P10 de 64 GB, com 4GB de memória RAM, vai custar 649 euros, enquanto o P10 plus, com as mesmas caracteristicas, vai custar 699 euros e o modelo de 128 GB e 6 GB de RAM chega aos 799 euros. Os valores para Portugal ainda não estão confirmados.
Os dois modelos devem chegar ao mercado português já em março, uma data a confirmar já que Portugal não estava na lista dos primeiros países anunciados na conferência.