Sendo este o maior tópico sobre impressão 3D venho aqui colocar uma questão para depois eventualmente se discutir noutro tópico específico. Mas ao colocar aqui espero que me possam direcionar, mesmo que por PM para o local certo.
Cruzei-me com um senhor de cadeira de rodas duas vezes nos últimos tempos e tendo-o ajudado nessas duas vezes acabei a conversar com ele e apercebi-me de um problema que não faz sentido. Ele está à espera de uma prótese para a perna (a amputação é abaixo do joelho) à quase um ano e normalmente demora bem mais de um ano.
Explicando de forma muito sumária há duas questões que faz sentido explicar:
1- A seguir à amputação não se pode colocar logo uma prótese. Neste caso o motivo da amputação foi motivada pela diabetes que acarreta muito frequentemente perda de sensibilidade e ao haver perda de sensibilidade com o calçado inadequado é fácil as pessoas fazerem feridas que quando se apercebem já há infeção e se a cicatrização já é difícil nos diabéticos piora um pouco. Acabam muitas situações relativamente simples em amputações. No caso deste senhor já tem amputação dos 5 dedos no outro pé o que ainda acaba por ser um desafio maior em termos de equilíbrio. Para terem uma ideia a falta do dedo grande do pé aumenta muito o risco de desiquilíbrio e queda de uma pessoa. Não ter os 5 dedos e ter que usar uma prótese na outra perna ainda pior.
É necessário esperar para se poder avançar para a colocação da prótese para a total cicatrização da ferida e esta é moldada para que a perna termine num coto que permita fazer peso sem causar dor.
2- Cadeira de rodas. Sobre as cadeiras de rodas dizer telegraficamente algumas coisas.
a) As pessoas facilmente aumentam de peso devido á imobilidade acrescida quando acabam numa cadeira de rodas. O aumento do peso torna ainda mais difícil qualquer reabilitação. Também há uma enorme perda de massa muscular que aumenta com o tempo e que é difícil recuperar.
b) Portugal não foi feito para cadeiras de rodas. A tão bonita calçada portuguesa é horrível para quem precisa de se deslocar de cadeira de rodas. Os prédios e casa também estão muito mal adaptadas. Quando juntamos a isto pouco poder económico ainda pior.
c) As cadeiras de rodas eléctricas só pioram as coisas. Estão e bem reservadas a quem não tem força muscular para se deslocar. Pelas alíneas anteriores conseguem perceber o problema. Menor actividade, menor consumo de energia, maior aumento de peso, maior perda de massa muscular o que acab frequentemente em incapacidade total.
A questão que coloco é simples. Como é que se pode ajudar estas pessoas. Vi já vários projetos para amputações de membros superiores nomeadamente para crianças que necessitam de mudar de prótese conforme vão crescendo mas em adultos e nomeadamente nos membros inferiores não há essa variação.
Só encontrei este exemplo no Thingiverse: https://www.thingiverse.com/thing:2593335
Imagino que a dimensão necessária seja superior ao que se consegue fazer nesta impressora e este exemplo não é uma prótese, é mais o efeito de um "gesso". Mas o que acham que se consegue fazer e se conhecem ou podem apontar para onde continuar a investigar.
Obrigado desde já.
Cruzei-me com um senhor de cadeira de rodas duas vezes nos últimos tempos e tendo-o ajudado nessas duas vezes acabei a conversar com ele e apercebi-me de um problema que não faz sentido. Ele está à espera de uma prótese para a perna (a amputação é abaixo do joelho) à quase um ano e normalmente demora bem mais de um ano.
Explicando de forma muito sumária há duas questões que faz sentido explicar:
1- A seguir à amputação não se pode colocar logo uma prótese. Neste caso o motivo da amputação foi motivada pela diabetes que acarreta muito frequentemente perda de sensibilidade e ao haver perda de sensibilidade com o calçado inadequado é fácil as pessoas fazerem feridas que quando se apercebem já há infeção e se a cicatrização já é difícil nos diabéticos piora um pouco. Acabam muitas situações relativamente simples em amputações. No caso deste senhor já tem amputação dos 5 dedos no outro pé o que ainda acaba por ser um desafio maior em termos de equilíbrio. Para terem uma ideia a falta do dedo grande do pé aumenta muito o risco de desiquilíbrio e queda de uma pessoa. Não ter os 5 dedos e ter que usar uma prótese na outra perna ainda pior.
É necessário esperar para se poder avançar para a colocação da prótese para a total cicatrização da ferida e esta é moldada para que a perna termine num coto que permita fazer peso sem causar dor.
2- Cadeira de rodas. Sobre as cadeiras de rodas dizer telegraficamente algumas coisas.
a) As pessoas facilmente aumentam de peso devido á imobilidade acrescida quando acabam numa cadeira de rodas. O aumento do peso torna ainda mais difícil qualquer reabilitação. Também há uma enorme perda de massa muscular que aumenta com o tempo e que é difícil recuperar.
b) Portugal não foi feito para cadeiras de rodas. A tão bonita calçada portuguesa é horrível para quem precisa de se deslocar de cadeira de rodas. Os prédios e casa também estão muito mal adaptadas. Quando juntamos a isto pouco poder económico ainda pior.
c) As cadeiras de rodas eléctricas só pioram as coisas. Estão e bem reservadas a quem não tem força muscular para se deslocar. Pelas alíneas anteriores conseguem perceber o problema. Menor actividade, menor consumo de energia, maior aumento de peso, maior perda de massa muscular o que acab frequentemente em incapacidade total.
A questão que coloco é simples. Como é que se pode ajudar estas pessoas. Vi já vários projetos para amputações de membros superiores nomeadamente para crianças que necessitam de mudar de prótese conforme vão crescendo mas em adultos e nomeadamente nos membros inferiores não há essa variação.
Só encontrei este exemplo no Thingiverse: https://www.thingiverse.com/thing:2593335
Imagino que a dimensão necessária seja superior ao que se consegue fazer nesta impressora e este exemplo não é uma prótese, é mais o efeito de um "gesso". Mas o que acham que se consegue fazer e se conhecem ou podem apontar para onde continuar a investigar.
Obrigado desde já.