Está aqui uma das muitas notícias que vi:
EDIT: É verdade não se esqueça também que o o novo iPhone 5 apenas custa-lhes 150€ a produzir e depois vendem por 700€. Por isso se retirarem algumas das funcionalidades do 5 conseguem ainda lucrar mas sendo só 20 ou 30€ que para mim já me chegava bem para cada telemóvel que seriam 5 milhões em muito pouco tempo.
EDIT 2: Aqui está outra:
Um iPhone 5 custa a produzir, a desenvolver, a distribuir e a suportar. 150€ são não mais do que o BoM (bill of materials - conta de materiais) estimado por companhias externas. O custo total do equipamento cresce para o dobro facilmente.
Exemplo, reportando-me apenas a valores conhecidos, o iPhone 4S tinha um BoM estimado também de uns 180USD, um average selling price (ASP - preço médio de venda) de mais de 600, com margens que rondavam os 50%, o que coloca a factura acima dos 300USD, sem contar custos fixos (desenvolvimento) e suporte.
Independentemente disso, vamos lá fazer um exercício. Se a Apple vende praticamente toda a sua capacidade produtiva de iPhone 5, que incentivo terá em fazer um equipamento semelhante para vender massivamente a um preço menor? Esgotaria a capacidade produtiva facilmente e implicaria um investimento enorme no aumento da mesma, podendo ainda pôr em cheque a cadeia de fornecedores. A rotura de stocks seria eminente.
E reparemos, se esses valores fossem verdadeiros, a Apple vender um telemóvel a 700€ (com enorme margem) e outro com algumas menos funcionilidades por uns 200€ com margem reduzidíssima, para onde iam os milhões de vendas do equipamento com margem enorme? Por água abaixo. Ficavam alguns resistentes claro, mas ninguém ia pagar o preço de 4 iPhones "baratos" por um que apenas tem de melhor 12Mpx de camera em vez de 8.
A Apple opera com margens elevadas e com volumes de vendas com crescimento a pulso, e aí que residem as suas forças. Começar a apostar nas margens baixas, volumes estratosféricos, diluição da imagem de marca etc seria arriscar destruir tudo o que fizeram em 10 anos.
E, observando com calma, se o iPhone "do ano" custa à volta dos 700€, há muuuuito espaço para ir diminuindo o preço com novas linhas e aumentar o mercado, sem ter que saltar etapas até a um utópico iPhone de 100 ou 200€. Um de 500 já expandia o mercado, 400 ainda mais. Muito mais que isso cria um fosso não saudável.
Neste momento existem os iPhones do ano anterior a prestar esse papel, mas o mercado tem falado: as pessoas não querem o telefone "do ano passado", querem algo reluzente e novo que não as faça crer que estão a comer sobras - mesmo que no papel as specs até sejam as mesmas.
"When asked about the possibility of a low-cost iPhone, Apple marketing chief Phil Schiller said his company is not interested in making cheap, low-profit products."
http://appleinsider.com/articles/13/01/10/phil-schiller-says-apple-would-never-make-a-cheap-iphone
Tem toda a lógica, a Apple não é uma empresa low-cost. Mas não refuta a ideia de repetir a fórmula do
iPad mini. Não "barato", mas "mais barato".