JVC Victor HP-FX500
Nota Importante! - A análise em baixo, refere-se a uma primeira edição do modelo JVC Victor HP-FX500. O modelo actual apresenta melhorias em relação à versão original. A designação do modelo continua a ser a mesma: JVC HP-FX500 (versão japonesa), ou JVC HA-FX1000 para o mercado Europeu.
A utilização que dou a auscultadores do tipo in-ear é essencialmente em locais silenciosos e com movimento moderado, apenas faça uma utilização breve na rua ou transportes para determinar o seu nível de isolamento. Os meus principais in-ear, que utilizo como referência são ambos da mesma marca, os Earsonics SM2 e SM3.
Especificações Técnicas
Sensibilidade: 100 dB/mW
Resposta em frequência: 8 Hz - 25 kHz
Impedância: 16 ohm
Driver: Dinâmico (8,5 mm) com magnetos de neodimium
Comprimento do cabo: 0,8 m (extensão adicional de 0,7 m)
Peso do corpo: 7,5 g (s/ cabo)
Acessórios incluídos: É um equipamento de teste cedido pelo pinypon. Foi-me entregue com uma tip/foam moldável bastante mais rija que as Comply. Vêm para além da tip moldável, com mais três tips de silicone, uma bolsa de transporte e uma extensão com conector 3.5mm em L.
As tips de silicone que funcionam melhor, no meu caso, são as Sony Hybrid, mais especificamente, o tamanho correspondente à cor laranja. Uma medida abaixo do tamanho que costumo utilizar, M (verde).
Breve introdução
Denominado como sendo o primeiro in-ear com diafragmas com madeira, segue os traços característicos da JVC Japan, recorrendo à madeira com objectivo de reproduzir o timbre natural dos instrumentos e eliminar a ressonância. É um modelo desenhado inicialmente para o mercado japonês, que surgiu recentemente no mercado britânico sobre a denominação JVC Victor HA-FX1000.
Irmão mais velho dos FX700, surgiu no mercado em 2008, tendo tido uma descida de preço com a saída dos JVC FX700, para 14800 Ien.
Conforto/Isolamento/Qualidade de Construção
Talvez o ponto que cria maior curiosidade por quem nunca experimentou uns Victor de madeira, é o facto de serem um in-ear aberto na extremidade traseira. Não podia terminar a minha procura pelo in-ear ideal, sem passar por um modelo tão emblemático e que suscita tanta curiosidade por quem está mais dentro do que se passa no mercado dos in-ear. Sim, é daqueles modelos com características próprias, que não deve ser testado em locais com muito ruído exterior, que nos desconcentre daquilo que estejamos a ouvir, logo aí subentende-se que o isolamento não é o melhor quando se compara com outros modelos in-ear mais comuns e do tipo fechado.
O facto de serem do tipo aberto, permite que a sua utilização possa ser feita na maior das comodidades sem sentir o efeito claustrofóbico de um in-ear. Para além de ter efeito nas características sonoras de que vou falar mais à frente.
A sua aparência vai de encontro a um desenho tradicional. O corpo do in-ear tem dimensões médias, não volumoso, mas com alguma extensão para o lado exterior do pavilhão auricular. A rede traseira do in-ear, que permite a circulação de ar entre o exterior e o interior do corpo, é feita de metal. A qualidade de construção é elevada, o cabo é um misto de borracha brilhante e agradável ao toque, embora o efeito microphonics esteja sempre presente no menor movimento. É fácil utilizar o in-ear sem a extensão adicional, o comprimento é o ideal para guardar no bolso do casaco o leitor. É possível utilizar o in-ear tanto descaído para a frente, como também por cima da orelha. A parte V é comprida (cerca de 30 cm), aumentando ainda mais o conforto de utilização.
Som – Impressões
Fonte utilizada: Sansa Clip+ , MBPro
Característica fundamental nos JVC FX500: graves com extensão, sem sobrelevação nas frequências mais baixas, agudos extensos, médios recuados em relação às outras frequências. Palco extenso.
Nos JVC FX500 existe uma novidade em relação ao que estamos habituados noutros in-ear classificados como tendo “bons” graves, refiro-me à assinatura habitual dos modelos da sennheiser. Essa novidade é a ausência de sobrelevação na zona dos graves, que conduz a uma melhor resolução nessa parte do espectro. É possível contar o ritmo baseando-nos apenas e de forma audível e presente, no som do bombo da bateria, dando uma sensação de ar à sua volta. Possivelmente será o in-ear com maior extensão de graves que testei até hoje, sendo que se nota um ganho nas notas mais baixas, que conduzem a um desequilíbrio entre frequências dessa região, digamos que existe realmente muito impacto nos Victor. Timbre exemplar na região mais baixa, mas vai decaindo de qualidade até à zona baixa dos médios, o timbalão de bateria não é reproduzido de forma tão agradável como o bombo, perdendo mesmo algum corpo. E nesta região pode-se sentir sim o timbre desejado ao se empregar a madeira no seu fabrico, tal como se uma coluna desse material se tratasse, mas o seu efeito termina aí. Não têm qualquer dificuldade em reproduzir uma bateria e baixo, nem mesmo três conjuntos de bateria mais o baixo com definição e separação. Boa resolução e articulação nas frequências mais baixas. Não têm a textura dos Sennheiser ie8, contudo.
Os Victor FX500 dão uma ideia de emagrecimento de som desde as frequências mais baixas até aos agudos, onde ganham nova energia. Esta assinatura é a ideal para música clássica.
Os médios tem um som bastante mais fino e frio em relação ao que tínhamos nos baixos graves, levando a uma boa transparência e resolução nessa zona. As vozes não são o melhor instrumento reproduzido nos FX500, falta-lhes algum corpo e calor, mas existe alguma vibração. É ponto certo alguma distorção das vozes em tons mais elevados. Esta zona está em segundo plano nos Victor FX500, os mesmos não são suficientemente envolventes.
Os agudos são extensos e cheios de ar, tão extensos como os RE0, sendo contudo mais brilhantes. Enquanto que em música clássica funciona bem, em rock existe alguma sibilância, os crashs têm um som bastante estridente e metálico. A quantidade de ar é impressionante e só beneficia uma agradável extensão e naturalidade nas frequências mais altas, apesar de preferir um pouco mais de corpo. A reprodução de cordas e metais têm um brilho adequado nas boas gravações, podendo ser ásperos nas más.
O palco é afastado para os lados e cheio de ar, menos tridimensional. São exemplares em músicas acústicas e em concertos ao vivo. As vozes não são íntimas, estão mais afastadas em relação ao que ouço nos Earsonics.
Álbuns de Teste:
Open Your ears – Head-Fi
Nota: Este álbum é constituído por uma compilação de músicas com instruções, ao qual não é possível sermos subjetivos, sendo possível fazer uma análise tanto qualitativa como quantitativa.
Alive in Lisboa – Sara Tavares – 2008
Destaco a excelente reprodução dos instrumentos de percussão deste concerto, elemento essencial. A riqueza tímbrica, também é uma característica em destaque.
Guia – António Zambujo – 2010
Frampton Comes Alive – Peter Frampon – 1998 – (Reedição HD)
Mozart Symphonies 38 – 41 - Scottish Chamber Orchestra - 2008
Mythologies – Patricia Barber - 2006
Referências:
Site do fabricante/Produto: JVC Victor HP-FX500
Preço:: $139 + despesas de transporte ($15) – Seyo Shop
Garantia do fabricante: 1 ano
Análises:
Touchmyapps
Nota Importante! - A análise em baixo, refere-se a uma primeira edição do modelo JVC Victor HP-FX500. O modelo actual apresenta melhorias em relação à versão original. A designação do modelo continua a ser a mesma: JVC HP-FX500 (versão japonesa), ou JVC HA-FX1000 para o mercado Europeu.
A utilização que dou a auscultadores do tipo in-ear é essencialmente em locais silenciosos e com movimento moderado, apenas faça uma utilização breve na rua ou transportes para determinar o seu nível de isolamento. Os meus principais in-ear, que utilizo como referência são ambos da mesma marca, os Earsonics SM2 e SM3.
Especificações Técnicas
Sensibilidade: 100 dB/mW
Resposta em frequência: 8 Hz - 25 kHz
Impedância: 16 ohm
Driver: Dinâmico (8,5 mm) com magnetos de neodimium
Comprimento do cabo: 0,8 m (extensão adicional de 0,7 m)
Peso do corpo: 7,5 g (s/ cabo)
Acessórios incluídos: É um equipamento de teste cedido pelo pinypon. Foi-me entregue com uma tip/foam moldável bastante mais rija que as Comply. Vêm para além da tip moldável, com mais três tips de silicone, uma bolsa de transporte e uma extensão com conector 3.5mm em L.
As tips de silicone que funcionam melhor, no meu caso, são as Sony Hybrid, mais especificamente, o tamanho correspondente à cor laranja. Uma medida abaixo do tamanho que costumo utilizar, M (verde).
Breve introdução
Denominado como sendo o primeiro in-ear com diafragmas com madeira, segue os traços característicos da JVC Japan, recorrendo à madeira com objectivo de reproduzir o timbre natural dos instrumentos e eliminar a ressonância. É um modelo desenhado inicialmente para o mercado japonês, que surgiu recentemente no mercado britânico sobre a denominação JVC Victor HA-FX1000.
Irmão mais velho dos FX700, surgiu no mercado em 2008, tendo tido uma descida de preço com a saída dos JVC FX700, para 14800 Ien.
Conforto/Isolamento/Qualidade de Construção
Talvez o ponto que cria maior curiosidade por quem nunca experimentou uns Victor de madeira, é o facto de serem um in-ear aberto na extremidade traseira. Não podia terminar a minha procura pelo in-ear ideal, sem passar por um modelo tão emblemático e que suscita tanta curiosidade por quem está mais dentro do que se passa no mercado dos in-ear. Sim, é daqueles modelos com características próprias, que não deve ser testado em locais com muito ruído exterior, que nos desconcentre daquilo que estejamos a ouvir, logo aí subentende-se que o isolamento não é o melhor quando se compara com outros modelos in-ear mais comuns e do tipo fechado.
O facto de serem do tipo aberto, permite que a sua utilização possa ser feita na maior das comodidades sem sentir o efeito claustrofóbico de um in-ear. Para além de ter efeito nas características sonoras de que vou falar mais à frente.
A sua aparência vai de encontro a um desenho tradicional. O corpo do in-ear tem dimensões médias, não volumoso, mas com alguma extensão para o lado exterior do pavilhão auricular. A rede traseira do in-ear, que permite a circulação de ar entre o exterior e o interior do corpo, é feita de metal. A qualidade de construção é elevada, o cabo é um misto de borracha brilhante e agradável ao toque, embora o efeito microphonics esteja sempre presente no menor movimento. É fácil utilizar o in-ear sem a extensão adicional, o comprimento é o ideal para guardar no bolso do casaco o leitor. É possível utilizar o in-ear tanto descaído para a frente, como também por cima da orelha. A parte V é comprida (cerca de 30 cm), aumentando ainda mais o conforto de utilização.
Som – Impressões
Fonte utilizada: Sansa Clip+ , MBPro
Característica fundamental nos JVC FX500: graves com extensão, sem sobrelevação nas frequências mais baixas, agudos extensos, médios recuados em relação às outras frequências. Palco extenso.
Nos JVC FX500 existe uma novidade em relação ao que estamos habituados noutros in-ear classificados como tendo “bons” graves, refiro-me à assinatura habitual dos modelos da sennheiser. Essa novidade é a ausência de sobrelevação na zona dos graves, que conduz a uma melhor resolução nessa parte do espectro. É possível contar o ritmo baseando-nos apenas e de forma audível e presente, no som do bombo da bateria, dando uma sensação de ar à sua volta. Possivelmente será o in-ear com maior extensão de graves que testei até hoje, sendo que se nota um ganho nas notas mais baixas, que conduzem a um desequilíbrio entre frequências dessa região, digamos que existe realmente muito impacto nos Victor. Timbre exemplar na região mais baixa, mas vai decaindo de qualidade até à zona baixa dos médios, o timbalão de bateria não é reproduzido de forma tão agradável como o bombo, perdendo mesmo algum corpo. E nesta região pode-se sentir sim o timbre desejado ao se empregar a madeira no seu fabrico, tal como se uma coluna desse material se tratasse, mas o seu efeito termina aí. Não têm qualquer dificuldade em reproduzir uma bateria e baixo, nem mesmo três conjuntos de bateria mais o baixo com definição e separação. Boa resolução e articulação nas frequências mais baixas. Não têm a textura dos Sennheiser ie8, contudo.
Os Victor FX500 dão uma ideia de emagrecimento de som desde as frequências mais baixas até aos agudos, onde ganham nova energia. Esta assinatura é a ideal para música clássica.
Os médios tem um som bastante mais fino e frio em relação ao que tínhamos nos baixos graves, levando a uma boa transparência e resolução nessa zona. As vozes não são o melhor instrumento reproduzido nos FX500, falta-lhes algum corpo e calor, mas existe alguma vibração. É ponto certo alguma distorção das vozes em tons mais elevados. Esta zona está em segundo plano nos Victor FX500, os mesmos não são suficientemente envolventes.
Os agudos são extensos e cheios de ar, tão extensos como os RE0, sendo contudo mais brilhantes. Enquanto que em música clássica funciona bem, em rock existe alguma sibilância, os crashs têm um som bastante estridente e metálico. A quantidade de ar é impressionante e só beneficia uma agradável extensão e naturalidade nas frequências mais altas, apesar de preferir um pouco mais de corpo. A reprodução de cordas e metais têm um brilho adequado nas boas gravações, podendo ser ásperos nas más.
O palco é afastado para os lados e cheio de ar, menos tridimensional. São exemplares em músicas acústicas e em concertos ao vivo. As vozes não são íntimas, estão mais afastadas em relação ao que ouço nos Earsonics.
Álbuns de Teste:
Open Your ears – Head-Fi
Nota: Este álbum é constituído por uma compilação de músicas com instruções, ao qual não é possível sermos subjetivos, sendo possível fazer uma análise tanto qualitativa como quantitativa.
Alive in Lisboa – Sara Tavares – 2008
Destaco a excelente reprodução dos instrumentos de percussão deste concerto, elemento essencial. A riqueza tímbrica, também é uma característica em destaque.
Guia – António Zambujo – 2010
Frampton Comes Alive – Peter Frampon – 1998 – (Reedição HD)
Mozart Symphonies 38 – 41 - Scottish Chamber Orchestra - 2008
Mythologies – Patricia Barber - 2006
Referências:
Site do fabricante/Produto: JVC Victor HP-FX500
Preço:: $139 + despesas de transporte ($15) – Seyo Shop
Garantia do fabricante: 1 ano
Análises:
Touchmyapps
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