Podemos começar por prever o óbvio.
Os jogos passaram da fase de gráficos para a de imersão no jogo (com, claro, gráficos á altura), a propria actualidade nos prova isso, com os jogos mais esperados e os com maior sucesso serem os que, até não tem A melhor apresentação visual bruta, mas compensam com a sua complexidade e longevidade, tal como a saga GTA, The Elder Scrolls, a subida de interesse e respectiva oferta em termos de MMORPGs.
A interacção homem-maquina irá, por longos anos, manter-se ao nível de periféricos manejáveis, isso de nos inserir-mos num mundo foto-realístico será possível, no futuro, com a evolução de mecanismos sensoriais, capacetes virtuais e afins, agora interpretar ondas cerebrais e não só como as interpretar como também as alterar?
Atrevo-me a dizer... não neste século, não da forma como a actual ética e respectivas limitações em termos da exploração e experimentação com o corpo humano, uns capacetes com um sistema de transmissão de vídeo melhorado, uma fusão entre essa tecnologia e uma evolução do sistema sensorial da Wii? É possivel. Mas não esperem mais do que uma versão caseira dos simuladores que já existem.
O mais provável, e já vemos isso no Alan Wake, no Crysis e afins, é a evolução gráfica ser modificada para melhorar a experiência de um jogador, ser o jogo que dita os gráficos e não o contrario. Felizmente já se começa a analisar os jogos em que a jogabilidade e (hi)estoira vem antes dos gráficos, chamem-lhe factor Nintendo ou que, pura e simplesmente, já estamos todos fartos de jogos bonitinhos mas sem piada nenhuma.
A única coisa que eu "pedia" era que o fossem fazendo com motores gráficos escaláveis de gente (Source) e não pesos-pesados que, basicamente, nos dizem "não queres estourar 500 euros num upgrade? Então vai apanhar morangos que este jogo não jogas decentemente." (S.T.A.L.K.E.R., Neverwinter Nights 2).
Uma previsão á lá Maya: Durante uns bons anos iremos ver um ou outro jogo que se irá destacar, mas, com o nivel de qualidade de jogos que já passaram por nós, esse numero irá cada vez ser menor. Os RPGs serão comparados com The Elder Scrolls, Neverwinter Nights ou até Fable, os fps com Deus Ex, Half-Life e afins, rts com Supremme Commander, C&C, and so on...
A verdade é que, o pessoal vai ter que suar muito para criar algo que não seja apenas uma formula já gasta com apenas gráficos mais pipis, eu tenho é grande pena de como alguns gamers ainda são muito novos ou tem memoria curta para ainda aceitarem jogos que não passam de ideias antigas mal aproveitadas com um motor e um numero todo pipi à frente (ah e tal, 99% dos jogos da EA Sports, por exemplo), mas isto começa a mudar... Basta olharem para as reviews de vários jogos recentes, é tudo quase o mesmo, "bons gráficos", "enredo fraco", "replay value baixo", "aquém das expectativas"... todos prometem muito... mas acabam como o resto, giros... mas sem nada de novo.
É por isso que, em dois anos, só comprei dois jogos, World of Warcraft e World of Warcraft: The Burning Crusade, já nem jogo isso devido a limitações em relação ao meu tempo livre e os horários das respectivas raids (ter formação em horário pós-laboral dá nisso).
Próximo jogo a comprar? Algo com uma componente Multyplayer fenomenal, nada com "Battlefield" à frente pois já deu para ver que a EA decidiu por um tempo de vida de um ano em cada um desses jogos, o que vão "inventar" mais? "Battlefield 3042: A space oddisey"? Provavelmente irei para o novo MMORPG Warwammer, pagar 50 euros para jogar algo que se acaba numa semana? Não obrigado, tenho melhor formas de estourar um oitavo do salário mínimo nacional...
Evoluir é saber criar mais usando menos, não é ir enchendo a carroça de tralha à espera que o pessoal arranje mais burros para aguentar a carga...
O futuro dos jogos será ditado pelos consumidores, comprem jogos com "2007" à frente e estarão a condenar-se, comprem jogos que são ousados, originais e que primam pela diversão e longevidade e talvez o futuro seja sorridente...