Macbook - Percebendo o aumento de preços

Trance

Power Member
Com a introdução da nova linha MacBook Pro, a Apple introduz também uma nova abordagem ao mercado de portáteis PC. Esta realidade é manifestada no novo preçário. A base de um MacBook Pro é nada mais nada menos do que $1500. O MacBook Air possivelmente está de saída, há a sensação que é um produto moribundo no meio do novo Macbook e do novo MacBook Pro.

Se olharmos para o mercado hoje e para as características destes dispositivos, nem que seja comparando apenas com as linhas dos anos anteriores, não há nada que o justifique ... a não ser uma coisa que neste momento apenas faz sentido no mundo Apple.

O iPad Pro.

Uma coisa que gosto bastante na Apple é que quando diz alguma coisa, é porque efectivamente acredita naquilo que diz. Mesmo que as suas crenças não sejam ainda realistas. É uma empresa que neste sentido não pinta a manta como se costuma dizer.

Quando a Apple diz que o iPad Pro é o tablet que vai substituir o portátil para actividades profissionais padrão é porque acredita que é a melhor opção e vai fazer tudo para que isso seja uma realidade e alinhar toda a sua estratégia para tal. E começa por pelo mais difícil de introduzir, a mudança na estrutura de custos dos seus clientes. De tal forma que muitos, se quiserem se manter com a empresa, são convidados a olhar para a sua linha de produtos de outra forma.

A aposta da Apple é que o iPad Pro é o dispositivo que vai substituir o MacBook Air e os MacBooks Pro's da geração anterior para a grande maioria dos seus clientes. Ficando um Macbook como dispositivo de nicho. Neste momento, apresenta-se com dois modelos, um de ~10" e outro ~13" com preços a variar entre os $599 e os $1129. A qual terá de se somar um teclado, $169 eventualmente uma caneta, $99. Ou seja o máximo que uma solução deste género custa é cerca de $1300.

É uma jogada a arriscada, mas dependendo da próximas gerações deste produtos poderá uma aposta ganhadora para a empresa e a melhor a longo prazo para o utilizador final face à concorrência.

Desafíos

Neste momento não há indicadores claros que o mercado esteja preparado para aceitar o iPad Pro como a Apple o apresenta. As razões são diversas:

- O mercado não está habituado a ver estes dispositivos desta forma. Por outro lado a concorrência como é óbvio não partilha desta visão. Isto é, a Apple estará totalmente sozinha nesta visão num mar de concorrência.

- O iPad Pro ainda está na primeira versão. Quem trabalhou pelo menos durante uma semana, percebe, que pese embora seja possível ainda é algo forçado. O iOS, no contexto da interacção homem máquina ainda não tem os artefactos funcionais que permita esta transição de forma cómoda mesmo tendo conta o período de habituação. Uma coisa que é clara é o enorme desperdício de espaço útil no ecrã para tarefas profissionais, com tamanhos totalmente desproporcionais em coisas tão básicas como a letra, mas que é notável em toda a interface, até o launcher. (Não sei o que o SJ pensaria disto, mas a jogar pela sua paixão em torno da tipografia fico com a sensação que isto não iria sair cá para fora assim).

Em suma a Apple terá de fazer muito mais para que isto vingue, para que seja um dispositivo muito eficiente neste contexto. E tenho a certeza que vai fazer, a não ser que tenha ficado totalmente marada dos carretos de vez.

Uma coisa que já reparei é que o Ive, apesar dos seus dotes fora de série como designer, não é pelo menos tão perfeccionista como era o SJ. E isso nota-se no seu output do Ive sem o Steve a partir-lhe a cabeça.

Oportunidades

ARM / iOS pode ser uma dupla implacável na computação pessoal profissional.

Quem já usou um Surface Pro, para mim a epítome do ultra portátil, ultrapassando tanto o MacBook Air como o Macbook, rapidamente percebe e repara nas fragilidades dos sistemas Intel e Windows em performance neste contexto. A potencial destes dispositivos para tarefas mais "pesadas" é uma mera ilusão. Ao ponto de se criar uma distorção na realidade e que as pessoas acreditam.

Quantos artigos há a falar bem do Surface Pro com o Lightroom, Photoshop ou mesmo programação. Sim, há uma sensação de magia quando se olha para este dispositivo a correr estas aplicações, tão pequeno, tão portátil, tão versátil. No entanto a realidade é que estes dispositivos, seja com Core M, Core i5, Core ou Core i7, com 4GB, 8GB ou 16GB ... não têm capacidade para tal. Sim correm, mas com uma performance dolorosa nestes contextos. Rapidamente aquecem, ventoinhas disparam e em menos de 4 minutos esta-se um Core i7 é convertido num Core i3 com throtling. Isto em tarefas perfeitamente mundanas.

O que é espantoso, é que as mesmas tarefas num iPad Pro são feitas sem qualquer degradação de performance, de uma forma suave, sem esforço, sem grande impacto na bateria. Tarefas como dodge, burn, crop, shading etc etc etc. Até jogos. Sim um iPad Pro não corre o COD, até porque não tem disponível, mas também se formos honestos o Surface Pro fa-lo mal e porcamente. Pior, ao se usar este tipo de aplicações nestes dispositivos, está-se a encurtar drasticamente a sua longevidade.

Ou seja, a combinação iOS / ARM aparentemente oferece melhor performance end to end que qualquer Surface Pro para as tarefas que ambos correm. Parece contra natura mas é verdade.

Enter the Money Game

Até aqui tudo bem. Reconhece-se a forma de pensar diferente da Apple. Mas onde é que a porca torce o rabo no meio disto tudo? Não vou repetir o facto que o Ive aparentemente não é tão perfeccionista como o SJ por um lado, e por outro lado o design talvez por isso torna-se mais complexo. Mas a ausência do SJ não se nota apenas no design.

A abordagem da Apple a esta transição requer um investimento muito avultado dos seus clientes ao ponto de parecer que a se coloca hoje demasiado acima destes. Estando demasiado longe para ser um farol como sempre foi.

1) A empresa "pede" com esta estratégia que o seus clientes olhem para o iPad Pro como substituto dos ultra portáteis. Apesar das vantagens ao nível de performance, a linguagem homem máquina que tem implementada é ainda SUBPAR para o que se propõe! Ou seja o iPad Pro ao nível da linguagem não está para os ultraportáteis como o iPhone estava para os Smartphones da época.

2) Por outro lado a empresa "pede" a quem efectivamente precisa de algo que um iPad Pro, mesmo que fosse perfeito não conseguiria dar, muito mais $$$ do que pedia. Para não falar na idiotice dos adaptadores, quando o que deveria advogar como melhor solução a substituição dos cabos. Estou a falar software developers de grande mobilidade.

3) Poderia se pensar que a combinação perfeita para os profissionais mais EXIGENTES seria um iMac combinado com um iPad Pro. No entanto o iMac é uma linha tem tido um déficit de actualização brutal. Até de estarem a ser retiradas funcionalidades que lhe davam grande valor como opção (ver abaixo).

Penso que no tempo do SJ nunca este tipo de manobras teve tamanha profundidade e detalhe fóbico.

Por exemplo, quando o SJ mudou veio com os Macbooks Pro para a plataforma Intel, uma coisa que até hoje é falada é a possibilidade de correr o Windows nestes dispositivos. Isto dá um valor brutal para profissionais mais exigentes. Isto é uma forma de pensar razoável.

Hoje, o TC ainda não acabou com isto. Mas no iMac já eliminou uma coisa que dava um grande valor à opção. O TDM, Target Display Mode. Isto permitia usar um iMac como monitor de qualquer dispositivo externo, nomeadamente um portátil, quer OSX quer Windows. Pois bem, com lançamento do iMac Retina, isso acabou!!!!

Reparem nas letras mais pequenas:
https://support.apple.com/en-us/HT204592

Outro exemplo ... o iPhone foi lançado com um preço abaixo dos Smartphones topos de gama do mercado da altura, até o modelo 3GS era mais barato. Isto não foi por acaso. Hoje a Apple parece estar a correr para quem faz o device mais caro do mercado em tudo o que põe o dedo... Money Game, Money Game.

Vamos ver .... mas creio que este ano a estrela da Apple vai ser tanto o novo iPhone como o novo iPad Pro de 13" e se calhar até vem aí um de 15". Vamos ver também como o iOS evolui para suportar estes novos iPads. Como o teclado vai melhorar e coisas mais.

Bom, até mais. Este é a última thread que abro durante muito tempo na Zwame. Fica um texto que tenta racionalizar esta alteração dos preçários da Apple. E porque é que apesar de terem o seu mérito, não está a ser levada a cabo com bom senso ... na minha opinião. E poderá afectar a imagem da empresa junto de muita gente que a aprecia ... bem mais do que eu.

PS: Eu quando voltei para o Mac recentemente cheguei a contemplar a opção 3). Mas os compromissos eram por demais ao ponto de comprometer a usabilidade. Optei por comprar um MacBook Pro de 2015 quase todo artilhado, que é o melhor Macbook PRO PRO PRO que a Apple já alguma vez fez, e esperar que a coisa acalme até precisar de um upgrade. Neste momento há demasiada turbulência a todos os níveos neste contexto, provocado não apenas por factores externos.
 
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Here's my 2 cents:

Tenho um iPad mini 2. Um Nexus 6P. E um Macbook Pro 15''. Faço 95% de tudo no portátil, desde trabalhar, a jogar, a ver filmes, a navegar na net. Uso o telemóvel para quando nao posso ter o PC na mão, tipo quando estou a andar na rua, para ouvir musica, e ir à net. Uso o iPad para... porra nenhuma. Usa a minha mãe para o Skype, essencialmente.

Não tenho nenhum iPhone de momento (tive o 4 há uns anos atrás). O iOS para mim é como o Android, é últi no telemóvel porque faz muita coisa num espaço (ecra) pequeno, e para sitios onde nao podes ter um PC à mão e à partida só queres ver 1 coisa de relance, o ecrã chega. O portátil é o que uso quando estou numa mesa, onde ligo até um ecrã secundário se necessiario, e tenho o ecrã dividido em porções. Uma parte safari para navegar na web, uma parte sublime text com código, uma parte um pdf, uma parte um video do youtube, and so on.

Até um iPad (ou outro tablet qualquer) der para usar o ecra deste modo, para mim um tablet vale zero. Para quem está atento, existe uma cena chamada de Remix OS, que basicamente é um Android com uma interface alterada, de modo a que cada app possa ser tratada como uma janela (tipo os programas nos pcs) e podem ser ajustadas do tamanho, formato, e em que posição do ecra eu queira. Enquanto o iPad não der para isto, é impossível subistituir um portátil.

E mesmo quando isso for possível, é preciso para muita gente um OS que não seja extremamente restritivo, coisa que o iOS é... Cada vez mais. Desde o iOS 7 que muita coisa tem vindo a mudar...

TL;DR: O maior problema que impede um iPad Pro de substituir um PC, para mim, é a limitação do OS em não poder utilizar o espaço disponivel do ecrã de forma eficiente / da forma que eu quero. E essa limitação enquanto existir um tablet nao vai deixar de ser um telemóvel glorificado que não serve para nada* (por muito que existam muitas apps no iOS optimizadas para o ecra maior do iPad).

*para mim.
 
Não faço.

Só peço da Apple que continuem a oferecer computadores para gente como eu, que não faz parte desse público alvo.

Porque para quem faz, até concordo que um iPad pode ser melhor que um PC. Pelo preço de um iPad não compras grande computador. O iPad face a computadores do mesmo preço ganha em bateria, performance, ecrã e afins... E para o uso de muita gente chega e sobra. Só não é para o meu.

Do meu lado, continuem a fazer bons iPhones e bons Macs, que um gajo compra. Só não cheguem a um ponto ridículo nos preços, que os Macs deste ano estão puxadíssimos.
 
A Apple irá sempre oferecer dispositivos no formato PC. Não o tem feito da melhor forma ultimamente ai nível de actualização e coisas mais é certo ... mas com um puxam de orelhas do mercado a coisa vai lá.

Quanto aos preços dos Macs ... penso que esta abordagem no preçário é para continuar pelas razões acima. O que não vai conseguir ... creio ... é manter o nível de actualização baixo que tem levado a cabo a par dos problemas que têm surgido no lançamento nos últimos anos com este preçário. Correndo o risco de afastar profissionais do MacBook Pro ... talvez estes comecem a olhar para o iMac? Não sei, mas qualquer iMac dá um baile em performance a um MacBook Pro equiparável no preço. A era de comprar Macbook Pro's para serem usados fundamentalmente como PC de secretária acabou. Ou tens necessidades de mobilidades claras ou não vale a pena. Um iMac + iPad Pro serve melhor para estes casos.

Já tive diversos ultra portáteis, e por experiência própria, neste contexto vejo a parelha iOS/ARM a fazer uma proposta convincente mas a Apple tem que melhorar bastante a sua linguagem. O principal adversário é a ilusão que um ultra portátil PC Windows de $1500 (tablet ou não) serve para fazer as mesmas coisas que um portátil PC do mesmo preço ... não serve ... não tem endurance alguma ... Core i5 ou Core i7 está lá praticamente para dar efeito. A dificuldade é as pessoas perceberem que têm pior performance nestes portáteis do que um iPad de $1200 ... Até um iPad de $600 tem melhor performance ponta a ponta.

Isto numa conjuntura de enorme pressão do modelo híbrido da concorrência em 2017 que vai ser deste género no ultra portáteis:


Isto tem pior performance que o um iPad Pro no entanto preenche os teus requisitos. Pior, consegues fazer coisas ao nível de edição de imagem num iPad Pro sem espinhas (exemplo de tarefa "pesada") que aqui é doloroso ao nível de performance.

Nos Macbook Pro's a concorrência para 2017 é deste género.

 
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Sinceramente convenço-me cada vez mais que não há master plan nenhum e a Apple está simplesmente e ser conduzida de forma deficiente.

O iOS não evolui no sentido de fornecer mais capacidade passíveis de substituir ou complementar um PC convencional há várias versões (mais de 5 pelo menos). Sem iOS decente não há capacidade de substituição. A percepção de performance de facto é óptima mas é essencialmente porque na realidade o iPad não faz grande coisa além de tarefas muito focadas. É uma espécie de Playstation.

O Mac Pro está a apodrecer e olhando para trás o modelo actual foi mais uma sessão de masturbação mental (como o recente MBP). O Mac mini idem.

O MBA acho normal, é mantido só porque o MB 12 ainda não está aprimorado. Faz algum sentido.

O iMac e o MBP (além do MB que foi um produto novo) são os únicos produtos que têm recebido alguma atenção. Mesmo assim podíamos fazer threads só para debater a sua evolução.

Uma empresa com mais de 100k funcionários não arranja ninguém para manter uma linha de monitores. Nem ninguém para manter os airports que a determinada altura eram dos melhores do mercado, hoje em dia são simplesmente fáceis de usar e estão completamente ultrapassados.

A questão dos preços é transversal a todos os produtos, basta ver que o iPhone vai subindo e hoje facilmente custa o dobro do original (em USD). Tudo está a ser esmiufrado. Há uma diferença entre vender cosias caras e vender coisas absurdas. O SJ percebia isso muito bem e até há intervenções dele a apontar isso como um erro da Apple dos anos 90.
 
Pior, consegues fazer coisas ao nível de edição de imagem num iPad Pro sem espinhas (exemplo de tarefa "pesada") que aqui é doloroso ao nível de performance.

Pois, o problema é se um gajo precisa de um terminal para programar e ardeu. No Windows, tens a Bash do Ubuntu (idem, aquilo está em Beta, não sei até que ponto é de confiar), no Ubuntu tá lá tudo. No macOS à partida fazes quase tudo o que fazes no Linux. No Android ardeu, tens terminal mas é super limitado, no iOS nem existe.
 
Pois, o problema é se um gajo precisa de um terminal para programar e ardeu. No Windows, tens a Bash do Ubuntu (idem, aquilo está em Beta, não sei até que ponto é de confiar), no Ubuntu tá lá tudo. No macOS à partida fazes quase tudo o que fazes no Linux. No Android ardeu, tens terminal mas é super limitado, no iOS nem existe.

Um iPad não vai ser para breve uma ferramenta de desenvolvimento.

Para desenvolvimento puro a melhor ferramenta no mundo Apple é um iMac 4K ou 5K. Um portátil é uma solução de recurso ao nível de performance para quem precisa de mobilidade frequente.

Para quem não tem essa necessidade, o potencial de emparelhar um iMac com um iPad Pro para ocasiões de mobilidade menos frequente está lá. Basta que a Apple deixe-se de tretas e permita a utilização do rato em algumas aplicações no iPad Pro, nomeadamente aplicações para remoting. Nesta segunda que torne o workflow muito simples e rápido sem aplicações de terceiros. Esta é a razão principal porque não optei por uma combinação deste género.

Quanto ao bash do Windows .. eu usei. É uma aposta interessante, mas não há nada como ter algo nativo ... OSX ou Linux. Para um developer eclético não há nada melhor que o OSX.
 
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Parece que a Apple nos ultimos anos tem e tornado-se desleixada e perguicosa.

Ainda compreendo o USB tipo C no MBP e nao tenho razao de queixa. Mas faz confusao a remocao do jack de 3.5mm, nao terem tornando uniforme a compatibilidade entre iPhone e MBP onde e preciso comprar adaptadores, livros com fotos a 400euros.

Parece que a linha que separa o revolucionario e o estupido e muito tenue e por vezes nem sabem em que lado estao.
 
Parece que a linha que separa o revolucionario e o estupido e muito tenue e por vezes nem sabem em que lado estao.

Yup.

EDIT:

Claramente:

- Não colocar o headphone jack no iPhone, pior a justificação
- Lançar o MacBook Pro sem SD Cardreader (ben que fosse micro) e não incluir pelo menos um cabo USB-C para USB normal
- Em cima disto há a incerteza no iPhone se a porta actual é manter realisticamente. Ser era para mudar para USB-C já deveria ter mudado. Penso que a manutenção do actual irá ser totalmente artificial, apenas para não ficarem com a imagem do erro que cometeram.

São 3 cenas estupidas em coisas criticas nos dispositivos para aquilo que se destinam.

PS: O iPad Pro vai ser USB-C a não ser que mantenham a estupidez/erro.
 
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A percepção de performance de facto é óptima mas é essencialmente porque na realidade o iPad não faz grande coisa além de tarefas muito focadas. É uma espécie de Playstation.

Discordo em absoluto.


Este género de tarefas coloca o Surface Pro com Core i7 a bufar por todo o lado em 1 minuto e em 3 a 4 é desesperante. Em qualquer ultra portátil Windows é assim acontece.

Não é apenas percepção. Percepção é neste momento o que transmitem benchmarks quando se comparam plataformas tão destintas.

De resto és capaz de ter razão. Vamos ver.

As pessoas já se esta a queixar do lag (lentidão) na versão base do Surface Studio ao ponto da MS já ter um post sobre como resolver o problema (até algum lag no browser no modelo de entrada):

https://www.microsoft.com/surface/e...ce-is-running-slower?os=windows-10&=undefined

Neste momento goza do facto da novidade e as pessoas não saberem o que dizer muito disto. Melhor do que as reviews do SP3 a falar mal de uma forma parva. Este falam bem mas quem o tem já alguns estão a falar de algumas dificuldades de performance inesperadas.

Mas é bom que a Apple leve um estalo do consumidor. O legado do SJ transcede a Apple. Hoje qualquer fabricante de dispositivos tem o design como algo fundamental, principal no dispositivos premium onde antes era uma anedota pegada neste nível. A Apple tem concorrência numa área que dominava, até os consumidores já têm alguma consciência em matéria de design onde antes era algo quase tabu (só se falava de CPU'S, RAM, GPU's e coisas mais).

PS: O que faz um PC quando não tem nenhuma aplicação a correr pelo utilizador? Recebe notificações, Skype calls e email?
 
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O bufar é o menos. Se sentires o PC lento é que é um problema.

Por exemplo o meu Mac faz muito menos barulho no macOS do que no Windows, mas no Windows aquilo também dispara para ter o CPU e GPU sempre no máximo. E é obrigado a usar GPU dedicada.

Dito isto, não posso falar muito de performance de Windows contra Mac. Ambos fazem o que quero e não noto lentidão em nenhum dos 2.
 
O bufar é o menos. Se sentires o PC lento é que é um problema.

Sentes que fica lento num ultra portátil porque rapidamente faz throtling. Pensava que isso era claro. O bufar é sinónimo de aumento de temperatura devido a um uso mais pesado do CPU. E das duas uma, ou o sistema consegue escoar o calor ou reduz a performance. Em ultraportáteis a exaustão é mais complicada do que no teu portátil gigante.

Se isso acontecer no Windows com bootcamp (boot para o Windows) tens aí uma prova em como o sistema Windows é um sistema altamente ineficiente. Usa mais recursos e não é por isso que faz mais e mais rápido. Daí o problema dos sistemas Windows ultra portáteis em termos de performance. Rapidamente tem que compensar uma gestão menos eficiente dos recursos ou com exaustão ou throtling. E longos períodos de temparaturas máximas não é bom para a saúde do dispositivo, bateria e coisas mais.

São muito bonitos no inicio os ultra portáteis Windows. Mas apartir do momento que começas a instalar suites Office completas, Visual Studio e SDKs, Dropbox e coisas mais há mais serviços a correr em background. Ao ponto que mesmo depois de um boot até a correr o edge as ventoinhas podes disparar. A coisa está mesmo no limite no ultra portáteis. Nota-se perfeitamente o antes de instalar a suite Office e depois. Resultado, qualquer que seja o Core, a coisa não dá para muito mais do que correr confortavelmente o Office, Mail, Web nos ultra portáteis Windows.

Claro que podes fazer desenvolvimento e fotografia amadora, com eu fiz durante 2 anos num Surface Pro. Nada te impede de instalares isso no PC seja ela qual for. Mas depois passas para algo diferente e chegas ao Paraíso em comparação.

PS: Em suma, o bufar não é o menos. É apenas o inicio.
 
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Atenção, o Windows usa CPU no máximo porque tens o plano de Alto Desempenho, que metes o clock do CPU sempre no máximo. Em equilibrado obviamente nao é o caso.
 
Atenção, o Windows usa CPU no máximo porque tens o plano de Alto Desempenho, que metes o clock do CPU sempre no máximo. Em equilibrado obviamente nao é o caso.

Como sabes que plano estou usar? Epa eu nunca mudo planos e faço desenvolvimento há 25 anos. Essa coisa dos planos é para quem joga ou faz computação matemática pesada. Não faço nem uma coisa nem outra.

No Linux/Ubunto ou OSX isso nem existe ... é mesmo coisa do Windows porque gere mal a coisa. E assim passa a bola para o utilizador.
 
Ai, nossa xD

Não me estou a explicar bem, tu disseste que em bootcamp se o Windows me puxasse o CPU ao máximo era porque algo não estava bem. Eu só te respondi que o Windows faz-me isso porque eu meti o PC em Alto Desempenho, se meter em Equilibrado não o faz. Não estava a implicar que usavas esse plano xD

Estamos a desviar um pouco o assunto, a cena do bufar / thottle tem muito que se lhe diga. Por exemplo tanto quanto sei este novo Mac bufa mais que o antigo e no entanto faz menos throttle. Há PC's que bufam e mesmo assim nao resolve o problema do aquecimento, há outros que quando o fazem, resolvem. O meu fica bem quente ao toque "quando estou a puxar" (coisa mais pesada que já fiz nele se calhar foi jogar Overwatch no bootcamp), mas até agora não notei uma lentidão que fosse.
 
Compreendido. Mas Apple considera que iPad Pro não vem para substituir o teu PC ou outro com características semelhantes. Por isso é uma comparação um bocado off. Penso que as coisas começaram a ficar misturadas antes.

Neste post várias vezes falei em ultra portáteis, várias vezes.

Não me devo ter explicado bem também.

Um Surface Pro ou PC do género é um ultra portátil híbrido. O DELL XPS 13" é um ultra portátil. Sobre o qual a DELL fez também um híbrido. o MacBook Air e o Macbook são ultra portáteis. São muito finos, muito leves ... enfim ultra portáteis.

Penso que é nesta gama que a Apple considera que o iPad Pro pode substituir um PC. E nessa gama que a minha experiência me diz que a performance de um iPad Pro é superior. Apesar de não se poder instalar Lightroom PC, Photoshop PC, Docker Platform e coisas mais. Mas essas coisas nesta gama de portáteis também correm de forma sofrível. Porque rapidamente com o Windows PC aquece, começa a bufar, fazem throtling *constante* e coisa mais.
 
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Discordo em absoluto.


Este género de tarefas coloca o Surface Pro com Core i7 a bufar por todo o lado em 1 minuto e em 3 a 4 é desesperante. Em qualquer ultra portátil Windows é assim acontece.

Não é apenas percepção. Percepção é neste momento o que transmitem benchmarks quando se comparam plataformas tão destintas.

De resto és capaz de ter razão. Vamos ver.

As pessoas já se esta a queixar do lag (lentidão) na versão base do Surface Studio ao ponto da MS já ter um post sobre como resolver o problema (até algum lag no browser no modelo de entrada):

https://www.microsoft.com/surface/e...ce-is-running-slower?os=windows-10&=undefined

Neste momento goza do facto da novidade e as pessoas não saberem o que dizer muito disto. Melhor do que as reviews do SP3 a falar mal de uma forma parva. Este falam bem mas quem o tem já alguns estão a falar de algumas dificuldades de performance inesperadas.

Mas é bom que a Apple leve um estalo do consumidor. O legado do SJ transcede a Apple. Hoje qualquer fabricante de dispositivos tem o design como algo fundamental, principal no dispositivos premium onde antes era uma anedota pegada neste nível. A Apple tem concorrência numa área que dominava, até os consumidores já têm alguma consciência em matéria de design onde antes era algo quase tabu (só se falava de CPU'S, RAM, GPU's e coisas mais).

PS: O que faz um PC quando não tem nenhuma aplicação a correr pelo utilizador? Recebe notificações, Skype calls e email?
Pessoalmente não sou grande fan da gama Surface, acho que é excelente para fazer belas apresentações mas tem compromissos na minha (por enquanto) inultrapassáveis. Prefiro uma de duas opções, portáteis convencionais ultrabook ou um desenvolvimento dos sistemas móveis mantendo o hardware base ARM.

Nenhum dos Surfaces é um computador particularmente potente, tem é uns pormenores catitas e preços pouco catitas.

Quando o iPad serve é excelente, eu próprio gosto tanto dele que já tentei usá-lo para tudo. Mas não é difícil esbarrar numa parede fora da zona de conforto em que se quer fazer coisas simples que um portátil o mais barato possível faz. E por causa do SO.
 
Toda a linha Surface tem problemas, desde so Surface Pro 2 (muitos transitam de geração para geração). Alguns minorados com software ao longo de 8 meses ou mais para desespero dos seus clientes. Outros nunca ultrapassados. Não é uma questão de compromissos, é mesmo uma implementação cheia de bugs. Isto a adicionar ao nefasto throtling comum nos ultrabooks Windows, mas mais evidente na linha Surface e sistemas semelhantes, isso sim entenda-se como compromisso a par do número de portas diminuto. Mas o resto não é.

Porque é que o throtling é mais severo na linha Surface e dispositivos semelhantes que nos ultraportáteis convencionais ao ponto de reduzir um Core i7 a um Core M? Porque o ecrã está ao lado de todos os outros componentes, uma base sólida, provocando ainda mais calor e dificultando a dissipação pois não existe neste design as folgas de ar que um teclado dá no design convencional. É um compromisso como dizes, mas tendo isto em conta a MS se fosse uma empresa séria, nunca venderia estes equipamentos com Core i7 como opção, e se calhar mesmo Core i5.

A minha opinião parece ser semelhante à tua nesta matéria.

Onde a opinião diverge porventura é que a Apple está a ser "fustigada" por muita gente porque começam a olhar para o Windows como melhor opção tendo como base parâmetros que não são verdadeiros. Até pode ser que seja a melhor opção e vejo que para muita gente pode ser, mas pelo menos que os parâmetros sejam verdadeiros.

Por exemplo. Vamos pegar na nata dos laptops Windows, o seria Thinkpad da Lenovo. Não sou eu que digo, é o pessoal do Windows, Paul Thurrot, Windows Central e muitos muitos outros.

O modelo equivalente ao novo MacBook Pro 13" (sem touch bar), o Thinkpad X1 carbon custa $1600 preço base, $100 mais caro e com um CPU mais fraco e um com ecrã 1080p!!! E se escolheres algo com melhor ecrã, Core i7 (mas pior que o MacBook Pro 13") vai para os $2130, $130 mais caro que o MacBook Pro 13" sem touch bar com specs equiparáveis. Este é o modelo que de 2016 tal como o MacBook Pro pese embora novo, é também de 2016. E não tem ecrã touch!

http://shop.lenovo.com/us/en/laptops/thinkpad/x-series/x1-carbon-4/

Mas então como é que ficamos, a Apple actualiza ou não actualiza as série MacBook Pro?

Esta é que é a realidade!!!!!!! Não há outra, é esta.

Só que estes gajos são os primeiros que dizem que a Apple é caríssima e que vende gato por lebre e coisas mais. E para provar o que fazem? Vão comparar com preços de modelos que lhes convêm omitindo características que marcam a diferença de preço (nomeadamente DELL XPS 13"). CPU's muito piores, SSD rascas, e coisa mais. É um desinformação total. Das duas uma, ou propositadamente estão a soldo do Windows, ou tecnicamente não são grande espingarda, no entanto escrevem livros, gerem grandes sites, são opinion makers!!!

Conclusão. A vantagem do mercado Windows é que há muito mais opções, opções essas que um leigo desconhece totalmente. O que o público vê é e aquilo tem ou não SSD ou se é Core i5 ou Core i7. Mas entres estes parâmetros há uma diferença brutal, podes comprar um portátil de $800 euros Core i5 como podes comprar de $1600, os CPU não são os mesmos, a RAM não é a mesma, o SSD não é o mesmo, nada, mesmo nada é o mesmo. E isso nota-se no dia á dia, não comparando 265GB com 256GB.

Não obstante de achar este aumento de preços absurdo e desnecessário para uma empresa como a Apple, por aqui chegas à conclusão que se calhar o que o TC fez foi olhar para os preços da Lenovo (a empresa que mais PCs vende) e equiparar, mesmo assim ficando um tudo nada mais barato!

Abraço.

PS: A Lenovo vende carradas de thinkpads para as empresas.
 
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Ja vi muitos artigos, dezenas, a apontar o XPS 13 como alternativa ao MBP13 2016 e ate cheguei a ponderar.
Mas bastou me uma visita a foruns para encontrar alguns problemas que me assustaram, principalmente o ajuste automatico de luminosidade que nao e possivel desativar.

Tenho alem do MBP um ThinkPad x250, que e uma boa maquina mas por vezes mete-se a bufar quando nao estou fazendo tarefas pesadas...Atualmete custa 800euros, com ecra HD 1368 e um i5-5300u.
O W10 esta muito estavel, mas a situacao de updates obrigatorios mete medo para maquinas de producao. Penso que vai ser possivel desativar no proximo grande update.
 
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