Melhores empresas para trabalhar

Alguém tem opiniões ou trabalhou na Talkdesk? As pessoas fazem muitas horas de trabalho lá? Quanto seria uma proposta boa para alguém com 2,5 anos de experiencia mais ou menos?
Fizeram-me uma proposta melhor que com a que estou atualmente, mas gostaria de ouvir de quem conhece melhor

Boas, trabalho lá atualmente.
O ambiente é super relaxado e o ritmo de trabalho é super leve sem ser "desleixado".
Se quiseres saber alguma coisa mais em concreto manda MP.
 
Também estou interessado em saber um pouco mais sobre a talkdesk, em particular para a vaga de Software Engineer - Video and Media. Alguém que me consiga dar umas luzes ?
 
Define por baixo da mesa eheh se há flex? Há mas isso também há na outsystems :/
Dinheiro não declarado, não há muito a definir. Aquele dinheiro que devia fazer parte do salário mas não faz porque aumenta a carga fiscal. Então é pago com ajudas de custo falsas ou vales e outras falcatruas.
 
Acho que estás a meter no mesmo saco coisas bem diferentes.
Uma coisa é aquelas empresas que se aproveitam de esquemas de ajudas de custo ou mapas de kilometros falsos. Outra são empresas que tentam optimizar a carga fiscal que incide sobre ti recorrendos a tickets infância, carro de empresa, etc.

A primeira situação são realmente falcatruas, um abuso da legislação vigente. As restantes já são bem mais legais e, quanto a mim, plenamente justificáveis dada a carga fiscal em Portugal.
 
E quem não tem crianças onde gastar esses cheques? E quem prefere usar transportes públicos? Etc... É tudo "esquemas" para não pagar mais no salário.

"Potato-Putato"
 
Acho que estás a meter no mesmo saco coisas bem diferentes.
Uma coisa é aquelas empresas que se aproveitam de esquemas de ajudas de custo ou mapas de kilometros falsos. Outra são empresas que tentam optimizar a carga fiscal que incide sobre ti recorrendos a tickets infância, carro de empresa, etc.

A primeira situação são realmente falcatruas, um abuso da legislação vigente. As restantes já são bem mais legais e, quanto a mim, plenamente justificáveis dada a carga fiscal em Portugal.
Apesar de achar que uma empresa de software tenha que recorrer a estes beneficios em vez de pagar mais não inspira muita confiança, tenho que concordar contigo. Não é de todo igual aos km inventados para fugir a impostos.

Carro + plafond para combustível pode ser um benefício enorme para muitos assim como ticket infância. Claro que dependerá de caso para caso, a outros compensará mais o dinheiro, mesmo depois de impostos.
 
E quem não tem crianças onde gastar esses cheques? E quem prefere usar transportes públicos? Etc... É tudo "esquemas" para não pagar mais no salário.

"Potato-Putato"

Podes sempre pedir tudo no bruto e pagar os respectivos impostos. São "esquemas" para aumentar a tua liquidez, assim como os bancos têm o crédito habitação com taxa 0 para colaboradores, assim como várias empresas têm seguro de saúde para colaboradores e família, assim como existe o cartão refeição, etc.

Pôr tudo no mesmo saco parece-me exagero.

Apesar de achar que uma empresa de software tenha que recorrer a estes beneficios em vez de pagar mais não inspira muita confiança, tenho que concordar contigo. Não é de todo igual aos km inventados para fugir a impostos.

Carro + plafond para combustível pode ser um benefício enorme para muitos assim como ticket infância. Claro que dependerá de caso para caso, a outros compensará mais o dinheiro, mesmo depois de impostos.

Tipicamente as empresas têm várias formas de aplicar esse valor.
Claro que o ideal é receber mais no bruto e ter o mesmo valor líquido, mas isso a partir de determinados montantes é muito difícil.

No fundo tem que existir um equilíbrio entres os dois componentes. Um equilíbrio que nos deixe dormir de noite.
Para mim, por exemplo, nunca me fez confusão recorrer a tickets infância para pagar a creche dos putos. E o racional é: há tanta gente que tem creche para os putos sem pagar nada (ou pagando um valor muito baixo) se eu puder poupar algum desse dinheiro recorrendo a um método legal, porque não?
 
Por acaso na minha empresa antiga davam esses tickets infância. E agora na nova dizem que isso é “ilegal”
Não percebo bem como é que isto pode ser ilegal?
 
E quem não tem putos, como é? Sai prejudicado em relação aos colegas, porque recebem tudo no bruto, pagam mais impostos que os colegas. Não me parece correcto.

Por outro lado, tenho um amigo que também recebe um tipo qualquer de vales (noutra empresa) que só pode usar em determinadas lojas, ridículo.

De qualquer forma, a conversa era sobre a Talkdesk e o que eu vi de lá eram outros esquemas, não sei bem quais, mas era mais para o lado das ajudas de custo que vales. E eram valores consideráveis.

As empresas não conseguem pagar tudo no bruto? Vamos combater esse problema então, e não arranjar esquemas. Enquanto a solução for arranjar formas de dar mais liquidez ao colaborador através de esquemas, legais ou não, as coisas nunca vão ficar melhor para ninguém.
 
Por acaso na minha empresa antiga davam esses tickets infância. E agora na nova dizem que isso é “ilegal”
Não percebo bem como é que isto pode ser ilegal?

Também não percebo bem, calculo que essas empresas façam uma leitura diferente da coisa

E quem não tem putos, como é? Sai prejudicado em relação aos colegas, porque recebem tudo no bruto, pagam mais impostos que os colegas. Não me parece correcto.
E quem tem putos e tem que pagar 300 euros só de infantário não fica "prejudicado" face a alguém que não tenha essa responsabilidade?

Por outro lado, tenho um amigo que também recebe um tipo qualquer de vales (noutra empresa) que só pode usar em determinadas lojas, ridículo.

Para ele funciona? Ele está contente?

De qualquer forma, a conversa era sobre a Talkdesk e o que eu vi de lá eram outros esquemas, não sei bem quais, mas era mais para o lado das ajudas de custo que vales. E eram valores consideráveis.

Tu é que disseste que era tudo a mesma coisa. Ainda bem que já mudaste de opinião.

As empresas não conseguem pagar tudo no bruto? Vamos combater esse problema então, e não arranjar esquemas. Enquanto a solução for arranjar formas de dar mais liquidez ao colaborador através de esquemas, legais ou não, as coisas nunca vão ficar melhor para ninguém.

E como propões combater isso?
 
E quem não tem putos, como é? Sai prejudicado em relação aos colegas, porque recebem tudo no bruto, pagam mais impostos que os colegas. Não me parece correcto.

Por outro lado, tenho um amigo que também recebe um tipo qualquer de vales (noutra empresa) que só pode usar em determinadas lojas, ridículo.

De qualquer forma, a conversa era sobre a Talkdesk e o que eu vi de lá eram outros esquemas, não sei bem quais, mas era mais para o lado das ajudas de custo que vales. E eram valores consideráveis.

Simples, não aceitas a proposta da empresa e vais para outra.

Estás a querer meter no mesmo saco mapas de quilómetros falsos e vales para infantários e derivados. E assumes que quem não tem putos não pode ter outros benefícios sem ser os vales para infantário, o que é incorrecto. Já agora reclama do subsídio de alimentação em cartão porque também só podes gastar em certas lojas.

As pessoas são adultas e conseguem decidir o que é melhor para elas, portanto, desde que não haja claramente um abuso por parte da entidade patronal e não estejam a fazer nada ilegal, se ambas as partes aceitaram o contrato não tens de te indignar por quem lá trabalha, até porque nem sabes explicar exactamente o que se passa na Talkdesk, apenas achas que são ajudas de custo (ilegais) mas não sabes.

As empresas não conseguem pagar tudo no bruto? Vamos combater esse problema então, e não arranjar esquemas. Enquanto a solução for arranjar formas de dar mais liquidez ao colaborador através de esquemas, legais ou não, as coisas nunca vão ficar melhor para ninguém.

Acho que tu ou eu percebemos aqui uma coisa mal. Eu percebi que, aí em cima, falaram de certas empresas proporem pagar parte do ordenado em vales e derivados de forma a que o trabalhador tenha mais liquidez, mas se o trabalhador quiser tudo no bruto então a empresa paga tudo no bruto, apenas vai ter menos liquidez ao final do mês.

Ora, queres combater uma empresa ser flexível na forma como paga (desde que seja legal) porquê? A combater tens de combater os impostos altos que são responsabilidade dos Governos.
 
E quem tem putos e tem que pagar 300 euros só de infantário não fica "prejudicado" face a alguém que não tenha essa responsabilidade
Quem tem putos, tem putos porque quer. Se queres ter essa responsabilidade, é problema teu.

Para ele funciona? Ele está contente?
Ele não tem escolha... Ou recebe assim, ou não recebe o extra. Se por acaso não precisar de comprar nada no numero limtiado de lojas onde estes cheques podem ser usados, perde o guito, que tem data de validade. Não me venham com coisas a dizer que isto não são esquemas...

Tu é que disseste que era tudo a mesma coisa. Ainda bem que já mudaste de opinião
Não mudei não, para mim é tudo farinha do mesmo saco.

E como propões combater isso?
O primeiro passo é não aceitar esses esquemas e exigir às empresas um maior salário. Sim, muitas empresas não têm capacidade financeira para o fazer, mas muitas outras têm, e não o fazem. E as que não têm, não têm porquê? Porque os impostos são altissimos? E quanto mais se quer pagar, mais impostos e paga? Se calhar o problema está aí então. Enquanto as empresas tiverem esquemas, e as pessoas aceitarem esses mesmos esquemas, NADA VAI MUDAR, porque no final do mês está tudo bem na mesma. Que parte é que dificil compreender aqui?

Estás a querer meter no mesmo saco mapas de quilómetros falsos e vales para infantários e derivados. E assumes que quem não tem putos não pode ter outros benefícios sem ser os vales para infantário, o que é incorrecto.
Eu não assumi nada, vocês é que estão a assumir que eu assumi. Mas então vamos falar de casos em concretos para ambos termos mais poder de argumentação. Explica-me que tipo de beneficios sem ser os vales infantário alguém pode ser, por exemplo, para uma pessoa que não tenham nem quer ter filhos. Não estou a perguntar em tom irónico, estou a perguntar porque não sei mesmo, nunca trabalhei numa empresa com estes esquemas e como tal não tenho conhecimento concreto de como as coisas funcionam. Explica-me eu dou a minha opinião se acho correcto ou não e podemos continuar a partir daí...

Já agora reclama do subsídio de alimentação em cartão porque também só podes gastar em certas lojas
Na verdade há cartões que podes usar em praticamente todos os restaurantes e supermercados, portanto de um certo ponto de vista não é um problema, toda a gente tem de comer. Se há cartões onde isto é muito mais dificil, é verdade, e é outra treta que não devia existir.

As pessoas são adultas e conseguem decidir o que é melhor para elas, portanto, desde que não haja claramente um abuso por parte da entidade patronal e não estejam a fazer nada ilegal (...)
Enquanto o pensamento for este, nada vai mudar, portanto não se queixem que os impostos são caros e os salários miseráveis. Os equemas contribuem para isso, se as pessoas são adultas e aceitam isso, estão a contribuir para o problema.

(...)se ambas as partes aceitaram o contrato não tens de te indignar por quem lá trabalha
Eu não estou indignado com quem lá trabalha e aceita essas condições, infelizmente é a realidade em que vivemos. Mas podemos ser conscientes disso e tentar combater isso da melhor forma que cada um conseguir. E para mim o primeiro passo é admitir que é um problema, sem esse, não vale a pena dar nenhum outro.

(...)até porque nem sabes explicar exactamente o que se passa na Talkdesk, apenas achas que são ajudas de custo (ilegais) mas não sabes.
Não sei porque nunca quis saber ao detalhe. Mas já tive vários amigos que lá trabalharam e entretanto sairam e que me falram desses esquemas, mas eu nunca fiz muitas perguntas. A única coisa que posso dizer é que aquilo que me contaram (que confesso não me lembrar ao pormenor porque já foi há alguns anos - daí ter perguntado se as coisas tinham mudado) foi o suficiente para eu riscar a Talkdesk da minha lista.

Ora, queres combater uma empresa ser flexível na forma como paga (desde que seja legal) porquê? A combater tens de combater os impostos altos que são responsabilidade dos Governos.
Mas aqui é que está o cerne da questão. Esta grande "flexibilidade" que se fala na forma como as empresas pagam, só existe e só é discussão porque os impostos são altos. O meu grande problema é porque isto é normalmente discutido e negociado como um acréscimo ao salário, para a empresa conseguir dar mais liquidez porque os impostos são altos, são esquemas legais para combater os impostos altos. Se os impostos fossem bem mais baixos, duvido que estivessemos aqui a ter esta conversa.
 
Eu não assumi nada, vocês é que estão a assumir que eu assumi. Mas então vamos falar de casos em concretos para ambos termos mais poder de argumentação. Explica-me que tipo de beneficios sem ser os vales infantário alguém pode ser, por exemplo, para uma pessoa que não tenham nem quer ter filhos. Não estou a perguntar em tom irónico, estou a perguntar porque não sei mesmo, nunca trabalhei numa empresa com estes esquemas e como tal não tenho conhecimento concreto de como as coisas funcionam. Explica-me eu dou a minha opinião se acho correcto ou não e podemos continuar a partir daí...
onde ja passei, tinhas um bonus que podias usar em varias coisas, educaçao - viagens - cheque escola ou simplesmente receber o € na totalidade.
 
As empresas recorrem a isto porque, para pagar mais aos empregados (e não será só a um), têm que pagar muito mais em impostos.
E uma pessoa aceita porque precisa do dinheiro e, se não aceitar, ou tem muita sorte para encontrar quem pague o mesmo sem esquemas, ou fica a arder. E outra pessoa aceita, claro.

Quanto às modalidades, dos cheques-creche aos carros, passando por ginásios, seguros, plafonds para artigos tecnológicos, PPRs e afins, a imaginação é o limite. E nenhuma destas modalidades se afigura como ilegal.

Depois há empresas que apresentam várias soluções, e outras que nem tanto. Se uma empresa só oferece cheques-creche, o empregado com filhos em idade pré-escolar pode aceitar (ou não, e recebe o guito e paga impostos), mas o empregado sem filhos não tem essa opção. Aliás, até tem. Pode pedir os cheques e dá-los a alguém.
 
Quem tem putos, tem putos porque quer. Se queres ter essa responsabilidade, é problema teu.
E quem não tem putos, não os tem porque não quer. Se tu não queres ter essa responsabilidade, e depois te sentes "prejudicado", o problem é teu. Faz/adopta um filho e deixas logo de ser "prejudicado". Olha que quantos mais tiveres menos "prejudicado" te vais sentir. Ou isto só funcionar para um dos lados?

A existência deste tipo de mecanismos é um pequeno apoio à natalidade, e isso é muito importante para garantir o futuro do país. Ah e, btw, para garantir que alguém vai pagar a reforma de todos nós no futuro. Mesmo daqueles que não têm filhos mas se sentem prejudicados...

Ele não tem escolha... Ou recebe assim, ou não recebe o extra. Se por acaso não precisar de comprar nada no numero limtiado de lojas onde estes cheques podem ser usados, perde o guito, que tem data de validade. Não me venham com coisas a dizer que isto não são esquemas...

Mas ele aceitou essa situação quando foi para a empresa. Se as coisas mudaram e ele não está contente, pode muito bem renegociar ou procurar outra coisa. Não me venham com m€rdas, estavamos numa área em que só está mal quem não se quer mexer, não fiquem à espera dos sindicatos.

Não mudei não, para mim é tudo farinha do mesmo saco.

Pareceu-me então.

O primeiro passo é não aceitar esses esquemas e exigir às empresas um maior salário. Sim, muitas empresas não têm capacidade financeira para o fazer, mas muitas outras têm, e não o fazem. E as que não têm, não têm porquê? Porque os impostos são altissimos? E quanto mais se quer pagar, mais impostos e paga? Se calhar o problema está aí então. Enquanto as empresas tiverem esquemas, e as pessoas aceitarem esses mesmos esquemas, NADA VAI MUDAR, porque no final do mês está tudo bem na mesma. Que parte é que dificil compreender aqui?

Acabei por não perceber a tua solução. A solução é exigir um salário maior à empresas é isso? É realmente um golpe de génio.

Eu não assumi nada, vocês é que estão a assumir que eu assumi. Mas então vamos falar de casos em concretos para ambos termos mais poder de argumentação. Explica-me que tipo de beneficios sem ser os vales infantário alguém pode ser, por exemplo, para uma pessoa que não tenham nem quer ter filhos. Não estou a perguntar em tom irónico, estou a perguntar porque não sei mesmo, nunca trabalhei numa empresa com estes esquemas e como tal não tenho conhecimento concreto de como as coisas funcionam. Explica-me eu dou a minha opinião se acho correcto ou não e podemos continuar a partir daí...

Depende das empresas como já te disseram outros utilizadores. Há de facto cartões que te permitem fazer compras em certas lojas, vales combustível, algumas têm acordos com agências de viagens, acordos com ginásios, etc.

Na verdade há cartões que podes usar em praticamente todos os restaurantes e supermercados, portanto de um certo ponto de vista não é um problema, toda a gente tem de comer. Se há cartões onde isto é muito mais dificil, é verdade, e é outra treta que não devia existir.
Não é um problema para usar mas continua a ser uma forma de fugir aos impostos. Qual é então a diferença face a um vale creche?
É o facto de, como toda a gente come, já ninguém se sente "prejudicado"?

Mas aqui é que está o cerne da questão. Esta grande "flexibilidade" que se fala na forma como as empresas pagam, só existe e só é discussão porque os impostos são altos. O meu grande problema é porque isto é normalmente discutido e negociado como um acréscimo ao salário, para a empresa conseguir dar mais liquidez porque os impostos são altos, são esquemas legais para combater os impostos altos. Se os impostos fossem bem mais baixos, duvido que estivessemos aqui a ter esta conversa.

Isso é uma verdade de La Palisse.
Não só os impostos são altos como o retorno desses importos é depois muito questionável. Mas isso todos nós sabemos e temos maturidade suficiente para perceber que isso não vai melhorar tão cedo. Portanto sim, se eu puder só pagar os +1000€ em impostos que já pago actualmente e escapar-me a pagar os impostos sobre os 300€ que uso para pagar a creche não acho que todo injusto. Até porque me sinto prejudicado porque há país que não pagam nada para ter os filhos creche.
 
Eu não assumi nada, vocês é que estão a assumir que eu assumi. Mas então vamos falar de casos em concretos para ambos termos mais poder de argumentação. Explica-me que tipo de beneficios sem ser os vales infantário alguém pode ser, por exemplo, para uma pessoa que não tenham nem quer ter filhos. Não estou a perguntar em tom irónico, estou a perguntar porque não sei mesmo, nunca trabalhei numa empresa com estes esquemas e como tal não tenho conhecimento concreto de como as coisas funcionam. Explica-me eu dou a minha opinião se acho correcto ou não e podemos continuar a partir daí...

Dão-te o dinheiro para um PPR, para teres descontos a comprar telemóveis, computadores, etc., dão cartão para o gasóleo, pagam-te o passe, pagam-te o estacionamento, pagam-te o ginásio, pagam-te formações, dão-te um plafond para comprares material extra (uma cadeira, teclado, rato, etc.), entre outros.

Tens aqui um exemplo do que já me propuseram uma vez: https://imgur.com/pWQjEnc

Na verdade há cartões que podes usar em praticamente todos os restaurantes e supermercados, portanto de um certo ponto de vista não é um problema, toda a gente tem de comer. Se há cartões onde isto é muito mais dificil, é verdade, e é outra treta que não devia existir.

Justo, mas o teu amigo podia usar em que tipo de lojas? Também lhe podia ser útil. Se fossem lojas de roupa, toda a gente precisa de se vestir.

Enquanto o pensamento for este, nada vai mudar, portanto não se queixem que os impostos são caros e os salários miseráveis. Os equemas contribuem para isso, se as pessoas são adultas e aceitam isso, estão a contribuir para o problema.

Tu estás a ser do contra só por ser. Então o Governo deixa que isto seja feito, deixa que isto seja legal (não estou a falar de ajudas de custo manhosas, calma, falo do resto), mas tu queres que seja o povo, que já paga imensos impostos, ainda a lutar contra isso e a ter menos liquidez só porque achas que no futuro se vai pagar menos impostos se fizermos isto? Não vai acontecer. Tu vives num país em que o Governo quanto mais tem, mais quer ter. Podíamos todos pagar os impostos correctos, haver 0 evasão fiscal e mesmo assim os impostos iam continuar a subir. Mentaliza-te disso.

O mal deste país é meterem milhares de milhões em TAP e NB e PPP's ruinosas e a alta corrupção e derivados, não é o pessoal receber parte do vencimento em cartão de combustível. E isto vem de alguém que sempre evitou qualque tipo de esquemas porque não gosta, o que até me levou a receber menos dinheiro por mês do que aquele que podia ter recebido, mas tenho noção de que para muitas pessoas não é possível serem como eu e precisam do dinheiro.

Deves pensar que nos outros países não há esquemas também, que é só cá, e nalguns desses países os impostos são mais baixos do que cá.

Eu não estou indignado com quem lá trabalha e aceita essas condições, infelizmente é a realidade em que vivemos. Mas podemos ser conscientes disso e tentar combater isso da melhor forma que cada um conseguir. E para mim o primeiro passo é admitir que é um problema, sem esse, não vale a pena dar nenhum outro.

O problema são as ajudas de custo ilegais. O problema são as horas extra trabalhadas sem serem pagas. O problema são salários baixos porque as empresas (algumas, claro) não conseguem pagar mais porque correm o risco de ir à falência. O problema é sermos vistos como a Índia da Europa.

O problema não são os cartões para o gasóleo ou para o infantário ou a empresa pagar-te o passe ou o ginásio.

Não sei porque nunca quis saber ao detalhe. Mas já tive vários amigos que lá trabalharam e entretanto sairam e que me falram desses esquemas, mas eu nunca fiz muitas perguntas. A única coisa que posso dizer é que aquilo que me contaram (que confesso não me lembrar ao pormenor porque já foi há alguns anos - daí ter perguntado se as coisas tinham mudado) foi o suficiente para eu riscar a Talkdesk da minha lista.

Pois, mas devias saber então. Podes estar a falar que a Talkdesk anda a fazer coisas ilegais e afinal não anda. Tudo bem que não é por aí que a torna uma boa empresa para trabalhar, porque ela até pode mesmo ser uma porcaria, mas convém saber exactamente o que eles andam a fazer antes de debitar acusações dessas.

Por outro lado, tenho 2 ou 3 conhecidos que trabalham lá e nunca os ouvi a falar mal daquilo. É o que costuma acontecer nas empresas grandes. Tens umas pessoas que gostam, outras que não gostam, porque a experiência entre áreas e até entre equipas muda radicalmente.

Mas aqui é que está o cerne da questão. Esta grande "flexibilidade" que se fala na forma como as empresas pagam, só existe e só é discussão porque os impostos são altos. O meu grande problema é porque isto é normalmente discutido e negociado como um acréscimo ao salário, para a empresa conseguir dar mais liquidez porque os impostos são altos, são esquemas legais para combater os impostos altos. Se os impostos fossem bem mais baixos, duvido que estivessemos aqui a ter esta conversa.

Portanto, aqui acabas de responder a todos os teus problemas com estes esquemas: baixem os impostos. Simples. É isso que o Governo tem de fazer. Eles não baixam não é porque nós não pagamos impostos sobre o dinheiro do cartão do combustível. Eles não baixam é para continuar a sustentar os mamões que lá andam todos a viver à nossa conta.

É com isso que tens de te revoltar, não com pessoas que têm salários que se calhar nem aos 1500€ líquidos chega e que preferem que parte dessa liquidez seja destes esquemas.
 
Já estou cansado deste tema e já vi que não vamos a lado nenhum, eu tenho a minha opinião e vocês têm a vossa. Esta vai ser a minha última resposta sobre este tema. Sim, a culpa foi minha, fui eu que puxei por ele. Foi erro meu, devia ter ignorado.

onde ja passei, tinhas um bonus que podias usar em varias coisas, educaçao - viagens - cheque escola ou simplesmente receber o € na totalidade.
Eu só não considero estas coisas muito justas porque os que não têm utilidade para esses vales vão pagar mais impostos que outros. Primeiro, não acho correcto, segundo é daquelas coisas que se calhar não existia tanto se pagassemos menos impostos.

As empresas recorrem a isto porque, para pagar mais aos empregados (e não será só a um), têm que pagar muito mais em impostos.
E uma pessoa aceita porque precisa do dinheiro e, se não aceitar, ou tem muita sorte para encontrar quem pague o mesmo sem esquemas, ou fica a arder. E outra pessoa aceita, claro.
É este o meu ponto. Estes "esquemas" existem por causa deste problema dos impostos, e acho devia haver menos passividade em aceitar isto como a normalidade que não vai mudar. Claro que não, se as pessoas compactuam com os esquemas, porque razão haviam de se chatear com os impostos altos que pagam se ao final do mÊs recebem aquilo que querem por outras vias? É só isto que me "incomoda".

Aliás, até tem. Pode pedir os cheques e dá-los a alguém.
Claro, e só isto, para mim, demonstra o quão "esquema" isto é só para se conseguir ter mais liquidez ao final do mês porque os impostos são altos e é necessário que as empresas recorram a isto e as próprias pessoas compactuem, caso contrário recebem muito pouco e isso ninguém quer.

E quem não tem putos, não os tem porque não quer. Se tu não queres ter essa responsabilidade, e depois te sentes "prejudicado", o problem é teu. Faz/adopta um filho e deixas logo de ser "prejudicado". Olha que quantos mais tiveres menos "prejudicado" te vais sentir. Ou isto só funcionar para um dos lados?

A existência deste tipo de mecanismos é um pequeno apoio à natalidade, e isso é muito importante para garantir o futuro do país. Ah e, btw, para garantir que alguém vai pagar a reforma de todos nós no futuro. Mesmo daqueles que não têm filhos mas se sentem prejudicados...
Esta parte nem se quer merece resposta...

Mas ele aceitou essa situação quando foi para a empresa. Se as coisas mudaram e ele não está contente, pode muito bem renegociar ou procurar outra coisa. Não me venham com m€rdas, estavamos numa área em que só está mal quem não se quer mexer, não fiquem à espera dos sindicatos.
Tal como praí 98% das pessoas o faria, porque a maior parte das pessoas não quer saber, quer é receber mais ao final do mês, seja de que forma for. Esta conversa já não é nova neste fórum. Lá está, erro meu em ter pegado nela de novo.

Acabei por não perceber a tua solução. A solução é exigir um salário maior à empresas é isso? É realmente um golpe de génio.
Eu não tenho solução nem nunca disse que tinha. Mas uma coisa te garanto, a solução não passa pela passavidade das pessoas em aceitar as coisas como são e mesmo assim virem-se queixar dos alto impostos.

Depende das empresas como já te disseram outros utilizadores. Há de facto cartões que te permitem fazer compras em certas lojas, vales combustível, algumas têm acordos com agências de viagens, acordos com ginásios, etc.
Pois, lá está... Que as decisões pessoais de cada um afectem a liquidez destes ao final do mês, é uma coisa, cada um sabe de si. Que as decisões de uma empresa faça com que uns tenham mais liquidez que outros, já não acho bem. Considero até discriminatório.

Não é um problema para usar mas continua a ser uma forma de fugir aos impostos. Qual é então a diferença face a um vale creche?
É o facto de, como toda a gente come, já ninguém se sente "prejudicado"?
Para mim não há diferença, é algo que não devia existir também.

Mas isso todos nós sabemos e temos maturidade suficiente para perceber que isso não vai melhorar tão cedo.
Portanto, como não vai melhorar, vamos lá aceitar e apoiar os "esquemas". Isso só contribui para que o problema se agrave, para que tanto os impostos como a quantidade de esquemas aumentem.

Portanto sim, se eu puder só pagar os +1000€ em impostos que já pago actualmente e escapar-me a pagar os impostos sobre os 300€ que uso para pagar a creche não acho que todo injusto. Até porque me sinto prejudicado porque há país que não pagam nada para ter os filhos creche.
Portanto, tu combaste o fogo com o fogo. Ok, boa sorte, pode ser que isso ajude a melhorar alguma coisa, só que não...

@ThePlague92 Desculpa mas não te vou responder como fiz acima, estou mesmo cansado deste tema que não vai levar a lado nenhum, e estava mesmo a acabar de escrever esta resposta quando vi que caiu o teu post. Vou-te só responder a umas coisas rápidas e por aquilo que eu penso num prisma ligeiramente diferente.

Eu não tenho um problema com os "beneficios flex" (ou como lhe quiserem chamar) per se, aliás, eu até concordo de certa forma. Mas concordo com base em dois pressupostos:
  • Os benefícios têm de ser suficientes e variados para serm justos para toda a gente. Não concordo que haja um beneficio qualquer que beneficie mais uns que outros conforme o estilo de vida de cada um (exemplo: ter filhos ou não ter)
  • Os benfícios não devem existir como forma de combater impostos altos, mas sim como aquilo que são, beneficios. Não devem ser um complemento ao salário, o salário, após impostos, deve ser aceitável na mesma, independentemente dos beneficios
É esta a minha opinião sobre todo este assunto e não tenho mais nada a acrescentar sobre o mesmo.

Pois, mas devias saber então. Podes estar a falar que a Talkdesk anda a fazer coisas ilegais e afinal não anda. Tudo bem que não é por aí que a torna uma boa empresa para trabalhar, porque ela até pode mesmo ser uma porcaria, mas convém saber exactamente o que eles andam a fazer antes de debitar acusações dessas.

Eu nunca quis acusar a Talkdesk de ilegalidades, peço desculpa se foi essa a mensagem que passei com as minhas palavras. A minha intenção foi questionar, apenas e só.
 
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