Modos manuais - Dicas

Modos de medição:

Matricial
A máquina cria uma matriz com os dados de todo o sensor, calcula a luz média de toda a foto e fornece um valor intermédio. Assim a máquina tenta não perder detalhe, quer em zonas claras, quer em zonas escuras. A capacidade de máquina captar na mesma imagem zonas muito claras e zonas muito escuras, sem que estas se tornem puramente brancas ou puramente pretas, é maior quanto maior for o seu Dynamic Range.
Utiliza-se principalmente, quando se quer uma exposição uniforme por toda a fotografia (Exemplo: Paisagens).

Média Central
Neste modo a máquina faz algo semelhante ao modo Matricial, no entanto utiliza apenas uma área no centro da fotografia. Tudo o resto é ignorado.
O tamanho desta área no centro da fotografia varia de máquina para máquina, e os seus valores rondam os 30% da imagem (não tenho a certeza deste valor).
Utiliza-se quando apenas se quer expor correctamente algo que se encontra no centro da fotografia, independentemente do resto da fotografia (Exemplo: Um grupo de pessoas).

Pontual
No modo pontual a máquina apenas vai medir a luz num determinado ponto, indicando a exposição correcta apenas para esse ponto.
Utiliza-se quando o objectivo é expor correctamente um certo motivo, independentemente do resto da fotografia (Exemplo: Retrato em contra-luz).

Mais uma vez espero que gostem. Se me tiver enganado em alguma coisa digam. :)




Neste post, não concordo quase nada com o que dizes...



- O modo matricial, como lhe chama a Nikon, ou evaluativo, como lhe chama a Canon (outras marcas dão outros nomes), faz muito mais do que fazer uma média da imagem.. Aliás, se esses sistemas fizessem isso ao fotografares uma cena na neve por exemplo a neve iria aparecer como cinza médio e não branca..

Este sistema inventado pela Nikon nos anos 80 e que quase todas as outras marcas entretanto imitaram baseia-se num sistema de vários sensores, (começou com 5) actualmente a Nikon usa um sensor de 1005 sensores RGB. Ora, esses sensores fazem uma medição das várias áreas da foto, mas o que é importante não é a medição, porque medir é fácil, o importante é a "inteligência" embutida no firmware da máquina que vai interpretar essas medições da luz e tenta aplicar o "sstema de zonas" de forma a obter uma boa exposição.. Assim, ao contrario dos outros sistemas (spot e center) o sistema matricial faz uma leitura da exposição e não da luminosidade...

E para que cenas é este modo recomendado?

Numa máquina com um bom sistema de metering, este é o modo que podem usar SEMPRE.. Agora, como é óbvio devem conhece-lo, porque há sistemas que falham em algumas condições especificas..

Aquele que é provavelmente o melhor sistema no mercado, que é o 3D color matrix que a Nikon introduziu na Nikon F5 e que é usado em todas as SLR Nikon do momento, liga praticamente sem falhas de vulto com 90 e tal por cento das situações do dia a dia..

As vezes, quando falha, a falha se analisarmos bem é mais do fotografo do que da máquina. Pegando por exemplo, na questão muito suscitada das fotografias em contra-luz.. Como é óbvio, o sistema de metering não pode corrigir situações de luz deficiente.. Numa situação dessas há contraste em excesso, nenhuma máquina consegue lidar com tanto contraste, o que a máquina faz, caso seja inteligente o suficiente é desde logo é piscar o símbolo do flash, ou nos modos automáticos utiliza-lo automaticamente de forma a actuar como luz de preenchimento reduzindo assim o contraste. Caso o fotografo ache que a máquina é burra e que o flash só se usa de noite e resolva tirar a foto mesmo assim, o que a máquina faz é o correcto.. Expõe correctamente os highlights, porque as sombras no digital recuperam-se relativamente bem no photoshop, os highlights queimados NUNCA mais são recuperáveis..




O modo Center e Spot no fundo são variações da mesma coisa... A diferença é apenas a área que levam em consideração.

Em que situações se deve usar?

O modo center deve usar-se em situações de luz deficiente e sempre que a fotografia é para imprimir directamente da máquina.. Se estamos a tirar um retrato, se calhar o ideal será a cara ficar bem exposta, mesmo que o céu fique todo queimado..

Mas lembrem-se que este modo não é inteligente como os modos matriciais, a máquina apenas faz uma leitura e acerta a media da luminosidade como sendo cinza médio, não faz uma leitura da exposição correcta, como acontece no modo matricial. Eu muito pessoalmente acho que se obtêm na esmagadora maioria das imagens piores resultados com este modo do que com o modo matricial caso usemos este modo para exposições automáticas da máquina..


Por fim, temos o modo spot.. Que mede a luminosidade de um ponto apenas na imagem. Para usar em modos automáticos é inútil este modo. Se deixarem a máquina neste modo e usarem modos automáticos ou semi-automáticos vão obter más exposições em quase todas as fotos..

Agora, para exposições manuais, feitas por quem entende o "sistema de zonas" esta é a melhor ferramenta que a máquina tem. Quando bem usado permite-nos exposições sem erros...

O problema é que para expor uma fotografia correctamente à moda pré-histórica, perde-se tempo precioso e no fundo o modo matricial obtém quase sempre resultados tão bons, ou se não estão tão bons, basta dar alguma EV compensation e tira-se uma nova foto.. Isto tudo em menos tempo do que o que leva a preparar a 100% a exposição de uma foto pelo modo manual.
 
Bem, antes de mais, recém chegado ao mundo da fotografia, gostei de ler bastantes dicas que são dadas ;)
Já tinha algumas noções, mas fiquei ainda mais esclarecido. E depois de por em prática alguns conselhos, como recorrer ao cenários, escolher as melhores fotos e relacionar com os valores, sinto-me com mais confiança para os disparos.

(...)
Mas estes últimos parametros que acabei de ler deixaram-me alguma confusão.
Vejamos, estes modos: matriciais, centrais e pontuais, estão relacionados com pontos de focagem ou é algo completamente diferente?

Pergunto isto porque até ao momento tenho usado: modo de focagem multi-pontual para p.ex "retratos inteiros" (de forma a captar pés e cabeça), pontual-central (para macros por exemplo) e centrais para fotografias em movimento (freeze da imagem sem blur). Estou a errar nestas escolhas?
 
Bem, antes de mais, recém chegado ao mundo da fotografia, gostei de ler bastantes dicas que são dadas ;)
Já tinha algumas noções, mas fiquei ainda mais esclarecido. E depois de por em prática alguns conselhos, como recorrer ao cenários, escolher as melhores fotos e relacionar com os valores, sinto-me com mais confiança para os disparos.

(...)
Mas estes últimos parametros que acabei de ler deixaram-me alguma confusão.
Vejamos, estes modos: matriciais, centrais e pontuais, estão relacionados com pontos de focagem ou é algo completamente diferente?

Pergunto isto porque até ao momento tenho usado: modo de focagem multi-pontual para p.ex "retratos inteiros" (de forma a captar pés e cabeça), pontual-central (para macros por exemplo) e centrais para fotografias em movimento (freeze da imagem sem blur). Estou a errar nestas escolhas?

n tem a ver com a focagem, mas sim com metodo utilizado para a máquina medir a luz e suas variações de forma a consguir uma exposiçao acertada.

podes ler mais aqui
 
Pois, como o adolfo disse, é o modo de medição da luz. Nada tem a ver com a focagem.

Para retratos, focagem multiponto (coisas estilo face detection), não interessa a menos que seja mais que uma pessoa se essas pessoas estiverem a distâncias diferentes. Sempre que tires a uma foto a alguém, se a pessoa estiver relativamente direita em relação à máquina, a pessoa fica toda (ou quase) focada por está toda à mesma distância. Só se a pessoa estiver, por exemplo, deitada, em que os pés estão mais longe que a cara, é que pode não foca o corpo todo.
 
Por aquilo que eu sei, em focagem "completa" a máquina ou fecha a abertura para conseguir o maior DOF possível, e com isso focar tudo o que está na imagem, dentro de uns certos limites, é claro, ou então a máquina procura um ponto de focagem intermédio que consiga a melhor focagem possível para ambos os pontos.
 
posso estar errado, mas o spot focus é para a máquina focar aquele ponto e no modo focagem completa a máquina foca no que ela assume como predominante na imagem

ZMODEFOCUS.GIF


Wide Focus Area, Spot Focus Point, and Flex Focus Point. The default option is Wide Focus area, indicated by a set of four widely-spaced brackets in the viewfinder image. By pressing and holding down the center of the Four-way Arrow controller pad, you can switch between Wide Area and Spot Point autofocusing modes (the latter indicated by a target crosshair in the center of the viewfinder). Wide Area AF bases its focus on the most prominent subject detail in the portion of the image that falls within the AF brackets, and in Single-Shot AF mode displays the chosen AF area with a red rectangle. In Continuous Mode AF, the camera is constantly focusing, so no positive AF indication is given before shutter release. In Spot AF a grid of eleven AF points is displayed from which you can select with the four arrow buttons; this AF point remains selected until reset by the user. Spot Focus bases its focus on the very center of the frame, where the target crosshair reside. Press the center "OK" button inside the four-way controller, and the crosshair changes to blue: you've entered Flex Focus (must first be enabled in the Record Menu), which lets you move the focus point to anywhere within about 80% of the frame by manually moving the target crosshair around the image area with the arrow buttons.

isto é como funciona a minha máquina
 
Obrigado pelos esclarecimentos ;)
Aproveito para traduzir o texto citado em inglês (sem instruções):

Existem três modos de focagem Multi-Pontual (vários pontos), Pontual (centro) e Flexível (completa). O modo padrão é o Multi-Pontual.

* Modo de focagem Flexível (completa): Área de focagem (AF - autofocus) é baseada no "motivo/ objecto" mais proeminente no cenário que irá recair dentro do quadrado na imagem do LCD.

* No modo pontual - o objecto de focagem será o objecto do centro na imagem do LCD. No modo simples, a escolha da área de Focagem (Autofocus AF) é iluminada a cor vermelha.
No modo continuo (Burst Mode), a câmara foca constantemente, daí que não haja nenhuma indicação da área de focagem no ecrã antes do disparo.

* No modo Multi-Pontual (centro) surge uma matriz com 11 pontos passiveis de focagem sendo possível escolher esses mesmos pontos de focagem no máximo até 80% da área disponível.
 
Atenção que uma bridge não significa que tenha mais controlos ou que seja melhor. Também há compactas que fazem isto tudo e mais alguma coisa.
 
[Já que ressuscitaram este tópico aproveito para colocar aqui um texto que escrevi num outro fórum a propósito de uma discussão que por lá ia sobre o Zone System.. Pode não estar 100% rigoroso, mas dá uma ideia geral do que é o Zone System, que é quanto a mim ainda hoje a unica forma de fazer uma exposição realmente bem feita no modo manual sem margens para erros..]



A teoria original não é simples nem pratica e é baseada na exposição e revelação de negativos a preto e branco...

De qualquer forma é possivel simplificar a teoria e adapta-la à fotografia digital.


O primeiro conceito desta teoria consiste em perceber que qualquer fotografia não passa de um conjunto de tons de cinzento.. Desde o preto até ao branco.. Uma foto a cores é igual, só com a diferença que em vez de um, temos 3 canais de cinzentos, sendo depois cada um interpretado como uma cor primária.

Se dividirmos as tonalidades desses cinzentos em zonas desde o mais escuro ao mais claro, correspondendo cada uma dessas zonas a 1EV (1 stop) temos o principio básico do sistema de zonas..

9zonas.gif


Assim tipicamente as zonas são 9 (ou 10 em algumas variantes, mas isso é irrelevante) e são:

Zona Tons Observações

I -4.0 Tom percebido com o preto, levemente diferenciado do –3.0.
II -3.0 Cinza escuro, limite entre o visível e invisível de texturas.
III -2.0 Primeiro tom de cinza escuro.
IV -1.0 Cinza Intermediário.
V 0 Cinza médio padrão. Índice de reflexão 18%.
VI +1.0 Cinza claro.
VII +2.0 Tom de cinza mais claro, com percepção definida das texturas.
VIII +3.0 Último tom de cinza claro, onde as texturas não são mais reconhecidas.
IX +4.0 Branco máximo do papel fotográfico. Branco puro.


capturaecrasistemasdezozz6.jpg



Ao fotografar uma cena, o que o fotografo deveria fazer em primeiro lugar seria visualizar a cena e dividi-la mentalmente nas várias zonas de luminosidade.. Assim:

Interzonnen81_Z.jpg



No sistema original, pensado para os negativos, o que o fotografo faria seria expor de forma a colocar as partes mais escuras da cena na zona do sistema de zonas que mais lhe interessasse de forma a manter o detalhe.

Ou seja, se o fotografo medisse a luminosidade da base da montanha (Zone 3) de forma a que a setinha do metering ficasse ao meio, o que aconteceria é que essa parte ficaria cinza médio, o que nem interessa, nem corresponde à realidade. Assim o fotografo mediria por exemplo na zona que diz Zone 3, e supondo que o fotómetro da máquina indicaria 1/100 @ F16, ele deveria dar uma compensação de -2EV, para 1/100 @ F8, por exemplo, de forma a colocar aquela parte da cena na zona 3. Que é a zona que corresponde aos tons escuros e onde começam a aparecer as texturas nas sombras..

(como é obvio pela descrição isto só funciona bem com máquinas que têm metering pontual e com Auto-ISO's e afins desligados)



Depois ao revelar o filme, seria revelado durante mais ou menos tempo, de forma a dar mais ou menos contraste e assim colocar os highlights onde fosse mais conveniente. Para isso na teoria original o Ansel Adams fazia medições também dos highlights e revelava cada um dos negativos individualmente com tempos de exposição precisos de forma a dar-lhes mais ou menos contraste e assim colocar as partes claras nas zonas correspondentes..



Nas câmaras digitais o paradigma inverte-se, porque ao contrario do filme negativo, as sombras são recuperáveis os highlights é que quando queimados se perdem para sempre. Por outro lado, em vez de 9 ou 10 EV's para usar, temos um alcance tonal muito mais apertado, que anda na casa dos 5 EV's..

Assim, o sistema de zonas é igualmente útil, mas não podemos usa-lo como se lê nos livros ou se lê em artigos na net escritos com base no original.

Deixa de ser o tipico "expose to the shadows, develop to the highlights", mas passa a ser o contrario "expose to the highlights, develop to the shadows"..

Ao fazer a medição da cena a nossa preocupação passará a ser os highlights. Assim, o ideal será medir uma das zonas mais claras da cena e ajustar a exposição de forma a garantir que a nossa setinha do metering não passa para lá da marca dos +1,5 a 2EV de forma a manter essa zona com detalhe e não puro branco (na minha camara pelo menos +2.5EV é o limite antes do puro branco, enfim, cada um deve conhecer o seu material, mas não devem andar longe disto).

Depois as sombras, não temos os tempos de revelação para as controlar, mas temos algo muito mais prático, que é a ferramenta "Curves" do photoshop, do lightroom e de qualquer programa de processamento de raw's decente (ou em alternativa o levels). Assim ajustaremos o"black point" na ferramenta curvas, ou no levels de forma a dar à cena o contraste ideal que faz com que não se perca detalhe nem nos highlights nem nas sombras...


Um exercício que permite facilmente perceber o conceito de colocar algo numa zona, é fotografar uma parede branca (ou uma folha de papel) em modo manual. Se regularmos a exposição até a setinha do metering ficar no zero, a parede ficará cinzenta.. Isto acontece porque nós a colocamos na zona V.. Se reduzirmos a exposição em 2 ou 3 EV's a parede ficará preta, porque estamos a coloca-la na zona II ou III.. Só se ajustarmos até o metering indicar +2 é que a parede ficará como é suposto ficar, ou seja, branca.. Porque só ai é que a estaremos a colocar na zona em que é suposto ela ficar. Depois de entender este conceito, transportar isto para as cenas do dia a dia é só uma questão de prática e tempo.



Resumindo:
- Sabemos que a luminosidade que vai do branco ao preto se pode dividir em zonas. Que no negativo serão umas 9 correspondentes a 9 EV's e no digital serão à volta de 5..
- Olhar para uma cena, e identificar as partes mais claras e mais escuras e decidir em que zona a queremos colocar. No digital o interesse será quase sempre expor de forma colocar as partes mais claras da cena na zona 2 ou 3.
- Revelar, os RAW, de forma a colocar as partes mais escuras da cena nas zonas correspondentes.



PS: Nas outras marcas não sei como funciona, mas sei que nas Nikon quando no "Tone Compensation" se escolhe a opção Auto a própria máquina passa a aplicar o sistema de zonas aos JPEGS que cria.. Esticando ou encolhendo o contraste conforme necessário.
 
Ja tive a tentar brincar com a abertura e o tempo de exposicao

Mas se calhar nos primeiros tempos é melhor ficar-me pela "prioridade à abertura" e nao pelo totalmente manual.

Agora tou com umas certas duvidas... aqui na "Moldura AF" como lhe chama a canon...
Alguem me pode esclarecer estas? A maquina tem FlexiZone/Centro/AiFF/Normal..


Ja agora.. se tiveram algumas dicas sobre a Canon A720, que modos usar, que modos nao usar, etc etc, agradecia muito!


Obrigado pelo tempo.
 
Os modos Av e Tv são modos muito bons. O manual tem mais utilidade quando queres dar compensações maiores que 2 stops, ou então quanto estás a trabalhar com um fotómetro (é um aparelho para fazer medições à luz sem ser pela máquina).

Quanto à moldura, a minha máquina até tem isso, mas não te sei dizer ao certo. Sei que ao centro ela foca sempre o que está no centro. O AiFF é uma espécie de modo automático em que ela tenta adivinhar o que queres focar acho eu.
 
opa que burro lol, eu ja tava a pensar que isto nao trazia manuais de jeito, afinal os manuais tao dentro do cd... go me.
Porque é a cena a q eu nao ligo nada normalmente é os cds. e tava a descarregar directamente com o windows e tal..
Enfim..
De qualquer maneira obrigado xD
 
A detecção de rostos, a meu ver, é uma frescura, tipo os níveis de sorriso da Sony!!!...não ligo muito a isso, eu uso a AiAF! Uma dica no modo de estabilização óptica mete em pré-disparo e não em continuo, poupas nas pilhas e consegues melhores resultados nas fotos.
 
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