Partilha MSFS 2020 - Volta ao mundo em caracol

alexb

Power Member
Boas malta,
Dada a beleza deste MSFS 2020, resolvi reiniciar um projecto que a alguns anos ficou a meio. Uma volta ao mundo num avião ligeiro.
Serve este tópico para o relato desta volta. Acho que estou no sub-forum correcto.


As regras são mais ou menos estas:

-Voar em VFR ou IFR por VOR. Nada de GPS's ou outras modernices.

-Voar sempre em tempo real e sem acelerar o simulador. Se o voo tem duas horas então terei de estar as duas horas ao comando.

-Tempo meteorológico sempre real desde que não hajas problemas técnicos que o impossibilitem.

-Nunca deixar voos a meio. Se descolo, então tenho mesmo de aterrar. Nada de interromper para mais tarde retomar.

-Nunca fazer pausa.
-Descolar sempre de onde aterrei no voo anterior. Toda a distância terá de ser cumprida na íntegra a voar.

-O avião será sempre o mesmo se possível. No entanto, por ser um simulador ainda muito recente, a escolha é para já reduzida. Para já vou arrancar com um dos poucos que há ressaltando a intenção, e caso saia a tempo, de fazer pelo menos uma troca lá para meio.

-Partida para a volta do aeródromo da Maia e regressar ao mesmo.

-Respeitar dentro do possível as regras da aviação real e respeitando as indicações dos controladores. Eventualmente algumas excepções raras e apenas para mostrar o cenário.

-Todos os voos são feitos dentro do universo do FSeconomy e usando a economia do mesmo. Para quem não sabe é uma espécie de aplicação/comunidade que introduz o factor economia no Flight simulator como despesas com aeródromos, combustível, aluguer ou manutenção de aeronaves ou por outro lado receitas com trabalhos. https://www.fseconomy.net/

Posto isto, o caracol escolhido é o Mooney M20R da Carenado. É um avião ligeiro de um único motor do género dos Cesnas. Dentro da classe é uma aeronave extremamente rápida, dá à vontade 160 nós em cruzeiro, sobe que nem uma bala e tem uma excelente autonomia. O avião tem todos os instrumentos necessárias para a navegação VOR além de GPS, mas para para manter a regra de nada de navegação por GPS faço todos os planos de voo previamente em aplicações externas ao simulador e aponto-os em papel e não carrego nenhum plano dentro do Flight Simulator de forma que o GPS não não tem informação nenhuma carregada e dessa forma não me serve de nada à navegação.

Aqui fica uma fotografia do caracol já na Maia,

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e outra do escritório.

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Partida, lagarta, fugida!!!!
 
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Etapa 1
Aeródromo da Maia (LPVL) - Pista do campo de tiro de Alcochete (LP78) - Sintra (LPST)
Distância : 296km + 46 km
Tempo de voo: 1:09 + 0:35
Combustível: 10 + 4 galões (medida usada no FSeconomy e no avião).

Depois das tradicionais horas a arrumar a bagagem, eis que finalmente chegou a hora.
A ideia era ir directamente para Sintra, mas um trabalho intermédio do FSeconomy para o campo de tiro de Alcochete, valeu-me uma nota.

A primeira de muitas fotografias. Vista do ar, ainda com o aeródromo da Maia à vista.
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Aqui a fronteira natural dos "mouros" para o resto do país. Terra de Francesinhas e outros petiscos.
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A lindíssima ria de Aveiro dispensa apresentações.
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Terra de estudantes e fado.
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Vista da pista de Alcochete. Esta como não tinha nenhum VOR e um pouco por desleixo meu que pensava que seria mais fácil, foi uma tourada para a encontrar.No fim, tudo se resolveu mas o sol já ia baixo.
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Aproximação final. Dá para ver que é apenas uma pista sem nenhuma instalação de apoio para além dum posto de abastecimento.
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Largados os passageiros, siga para Sintra. O final de dia estava fantástico e visto que não retomarei de volta a Lisboa resolvi fazer um passeio baixo pela cidade.
Aqui pouco depois da descolagem com a baia do Montijo, a pista do montijo e a ponte Vasco-Da-Gama.
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A zona da expo e a Vaso-da-Gama.
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Daqui também saíram muitas voltas ao mundo.
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O mais belo palácio de Portugal. Ficou foi pequinino :(
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A praia do Gincho com Cascais ao fundo.
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Cabo da roca. A ponta mais Ocidental da Europa.
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e por fim a aproximação à pista de Sintra.
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Uma já cá canta. Já faltou mais.
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Etapa 2
Sintra (LPST) - Sines (LPSI)
Distância : 109 km
Tempo de voo: 0:45

Combustível: 4 galões .

Depois de passar o dia a visitar a maravilhosa serra de Sintra, só arranquei para este pequena "leg" já ao final da tarde. Apesar de ter intenções de seguir para Este, um pequeno trabalho da FSeconomy obrigou-me a um "pit stop" em Sines.

Aqui, já a caminho. Vista da "margem Sul" do Tejo com a costa da Caparica em primeiro plano.
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Esta não tem história para a maioria mas não podia deixar de fotografar a zona onde moro, na ponta da asa, assim como a Herdade da Apostiça, este imenso pinhal que domina a zona costeira desta margem sul e onde passo várias horas por semana a pedalar. É o meu quintal.
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Um magnífico pôr do Sol sobre o cabo Espichel.

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A serra da Arrábida com Sezimbra em primeiro plano.

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Talvez no próximo Flight Simulator já se vejam os golfinhos. Neste fica ema excelente vista do estuário do Sado e da península de Troia.

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Aqui, já na aproximação final à pista em Sines, com os majestosos moinhos eólicos e a chaminé da refinaria a sobressaírem.
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E vão duas!
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Etapa 3
Sines (LPSI) - Sevilha (LEZL)
Distância : 270 km
Tempo de voo: 1:10
Combustível: 4 galões .

Pouco passava do meio dia quando arranquei. Apesar de sermos todos União Europeia, algumas burocracias ainda se impõem quando saímos do país o que me atrasou um pouco.
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Ao contrário do norte e centro do país, a paisagem Alentejana é dominada pelos amarelos e castanhos.
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Não podia faltar uma vista do alqueva, o maior lago artificial da Europa.
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Por esta altura, a minha viagem já era oficialmente um empreendimento internacional.
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Já nos arredores de Sevilha, encontra-se o município de Aznalcólla, uma zona de grande tradição mineira com diversas minas de grande dimensão.

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Aqui encontra-se um dos depósitos de cobre mais ricos do mundo.

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Pouco depois, e já a baixa altitude para aproximação à pista, a cidade se Sevilha.

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Não há duas sem três, Já na final para a primeira aterragem fora de Portugal.

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Voo simples e por enquanto sem grandes complicações.
 
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Obrigado Hunter. Saber que há malta a acompanhar os relatos ajuda à motivação.
A dificuldade destas voltas é o tempo que demoram e manter a motivação. Já à uns anos tinha tentado uma e embrenhei-me por África. Ao fim de uns meses em Africa desisti. Desta vez não vou repetir o erro e este MSFS2020 é tão melhor que espero levar a volta a bom porto.
 
Obrigado a todos pelo incentivo!!:beerchug:

Mt bom! Tens joystick de voo ou estás com teclado?

Ui, nem perguntes isso muito alto que ainda me arranjas um divórcio.
Já sou um aficionado de simuladores à muitos anos e por isso tenho acumulado uma boa colecção de periféricos.
Tenho uma espécie de cockpit misto que dá tanto para carros como para aviões mas já começa a ficar apertado para ambos. Além de ter comprado alguma coisa, também fiz alguns periféricos como esta roda de trim de alta resolução de propósito para este avião. As que existem à venda são de baixa resolução e muito fraquinhas.

Ficam umas imagens na configuração de aviões.
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E a roda de trim. A dificuldade para esta foi arranjar sítio para ela.

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Muitos parabéns, aqui está um projecto muito interessante de seguir. Posso perguntar de onde vem a paixão? Tem alguma coisa a ver com a tua profissão ou já é uma coisa que te fascina desde pequeno?
 
Obrigado malta.
G.E.R.M.A.N., eu sou arquitecto por isso não é garantidamente da profissão. Eu gosto de aviões desde que me lembro de ser gente.
Quando era muito miúdo, menos de 6 anos garantidamente o meu pai levava-me a uma esplanada que havia no aeroporto da Portela com uma varanda sobre a pista para ver os aviões e para mim era a melhor tarde possível. Mas honestamente, acho que a paixão dos aviões é ainda mais antiga. Eu tenho aqui em casa uma fotografia de mim com 2 ou 3 anos com um 747 de brincar gigante e lembro-me que enquanto durou, eu adorava aquele avião. Talvez seja dali, não faço ideia.

Entretanto está outra etapa no forno prestes a sair.
 
Etapa 4
Sevilha, Espanha (LEZL) - Gibraltar, Reino Unido (LXGB)
Distância : 150 km
Tempo de voo: 1:15
Combustível: 5 galões .

Felizmente em Espanha não houve perda de tempo com papelada e como queria aproveitar o dia para passear em Gibraltar, saí cedo.
Esta foi por volta das oito da matina.
O tempo estava chocho mas nada de grave.
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Largada sem espinhas. O vento deve ter mudado porque o controlador mandou-me descolar em sentido contrário à minha chegada no dia anterior. Para quem não sabe os aviões aterram e descolam sempre contra o vento.
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A paisagem foi mais do mesmo, mas já no final um pequeno obstáculo. As cordilheiras Penibética e Subbética. Não faço ideia porque é que as distinguiram em duas cordilheiras diferentes. Elas são uma encostada à outra e para mim parecem-me a mesma. O pico mais alto desta cordilheira é o Mulhacén da famosa Serra Nevada com 3478m, o mais alto da Península Ibérica. No entanto, na região por onde passei, os picos ficam todos abaixo dos 1500m.
Nesta imagem já se vislumbra o Mediterrâneo no canto superior direito.
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Um dos muitos corpos de água existentes nestes vales, tornando-os ainda mais bonitos.
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Já junto à costa, as nuvens começam a ficar mais negras do que desejava.
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E em poucos minutos o tempo deteriorou-se bastante. Por esta altura já apareciam algumas chuvadas ao longe e a visibilidade baixava rapidamente. Estou a ver que o meu dia em Gibraltar vai ser tudo, menos solarengo.
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Felizmente foi "sol de pouca dura". Hum, este ditado soa estranho neste contexto. :cool:
Falso alarme. A chuva nunca me chegou a molhar e embora ainda nublado, o tempo pareceu amainar.
Primeira vista do rochedo de Gibraltar.
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Aqui já na final.
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Curiosidade:
Devido à minúscula dimensão do território de Gibraltar, 6.8 quilômetros quadrados, o aeroporto fica literalmente no meio da cidade e a pista é cruzada a meio por uma estrada pública como as que cá temos com as linhas dos comboios. E tal como cá, têm cancelas e semáforos sempre que vem um avião na pista.
Aqui estão eles.
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Agora venham as compras que amanhã começa Africa.
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Honestamente não entendo nada de aviação nem é um fascínio por aí além, mas este diário de bordo é espectacular.

Dá outra prespectiva, tanto do SIM como de pormenores "giros" da aviação (como este de Gibraltar.)

Continua...
 
Eu ao inicio pensei " mas que raio está aqui a fazer um diário de bordo neste tópico dos jogos ?" Depois é que vi que era um jogo :lol:.
Só tenho uma palavra: Espectacular :clap:. Essas fotos da Margem Sul, estão simplesmente fantásticas. Só foi pena não teres pelo Algarve e tirar uma foto à famosa Ribeira de Odeleite, também conhecido como Rio Dragão.
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Já pensaste tirar o brevet? Digo isto porque há falta de pilotos, pelo menos faltava antes da pandemia, e o flight simulator é uma escola para muitos. Tanto que li algures que para as diversas empresas a saída de um novo flight simulator era uma nova esperança de nova formada de pilotos, visto que muita gente ganhou a paixão a partir dos simuladors. Li isso não sei se no giantbomb se no Reddit.
 
Bem, mas que maravilha de relato e que maravilha de jogo para quem é aficionado. Há ali imagens que de relance podiam passar perfeitamente por fotografias.
 
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