Partilha MSFS 2020 - Volta ao mundo em caracol

Obrigado Rubenzito.

Em relação à mudança de hora e a aviação, não tenho nenhum conhecimento especial nem dados que me permitam ter uma opinião fundamentada sobre o assunto mas pessoalmente, e estou a falar apenas de intuição, parece-me que não há relação nenhuma entre os acidentes e a mudança de hora.

Os acidentes em que a mudança de hora poderia ter influencia são aqueles causados por erro humano e normalmente esses são devido a cansaço extremo, displicência, falha de comunicações e entendimentos entre controladores e pilotos, pouca competência de alguns pilotos em resolver assuntos mais complexos como por exemplo perderem-se com pouca visibilidade, e pouca competência dos mesmos em interpretar o que os rodeia e meterem-se em situações muito difíceis como por exemplo não perceber a aproximação duma tempestade.
Nenhum destes problemas me parece ser influenciado pela mudança de hora.
 
Obrigado Rubenzito.

Em relação à mudança de hora e a aviação, não tenho nenhum conhecimento especial nem dados que me permitam ter uma opinião fundamentada sobre o assunto mas pessoalmente, e estou a falar apenas de intuição, parece-me que não há relação nenhuma entre os acidentes e a mudança de hora.

Os acidentes em que a mudança de hora poderia ter influencia são aqueles causados por erro humano e normalmente esses são devido a cansaço extremo, displicência, falha de comunicações e entendimentos entre controladores e pilotos, pouca competência de alguns pilotos em resolver assuntos mais complexos como por exemplo perderem-se com pouca visibilidade, e pouca competência dos mesmos em interpretar o que os rodeia e meterem-se em situações muito difíceis como por exemplo não perceber a aproximação duma tempestade.
Nenhum destes problemas me parece ser influenciado pela mudança de hora.

Mas por exemplo, se não me engano na aviação, há "formações distintas" para voos diurnos e nocturnos, ou seja muitos pilotos não tem formação para voar em horas nocturnas, certo ?
Com a mudança da hora, em que temos noite mais cedo, os pilotos que habitualmente voam de dia, depois não vão poder voar em alturas que já é de noite ?
Por exemplo ( não sei se é assim) mas imaginemos que os voos diurnos são até às 19h em horário de Verão. No Inverno já é de noite, um piloto sem formação para voar em horas nocturnas, pode voar nesse periodo durante o horário de Inverno ?
 
Existem diversas certificações tanto de pilotos como de aviões. Tal como os pilotos, existem aviões que não estão certificados para voar sem visibilidade. Os ultra-ligeiros, por exemplo, acho que só estão certificados para voar em VFR (visual flight rules) logo seja de noite ou com tempo que impeça a visibilidade, eles estão proibidos de voar. Não importa as horas. Não interessa se são 19h ou 17h ou meio dia. Se o tempo ou a luz não permitir voar à vista, eles simplesmente ficam em terra.
Por isso é que eu acho que a mudança de hora não interfere em nada com isto.
 
Etapa 18
ilha de Brac, Croácia (LDSB) - Drubovnic, Croácia (LDDU) - Tirana, Albania (LATI)
Distância : 350km
Tempo de voo: 1:50
Combustível: 14 galões

Mesmo no Outono as praias da Croácia não desiludem. O sol estava radiante e as companhias ainda melhor.
Infelizmente, hoje o Comandante Trindade não me acompanha. A nossa noite anterior foi muuuuito longa e hoje de manhã recebi uma mensagem dele no telemóvel a dizer-me que ainda tem uns assuntos pendentes a tratar.
E mais não digo porque o que acontece em Brac fica em Brac. :biglaugh:

Para hoje tenho planeado um voo que é uma cópia quase integral dum passeio que fiz de carro à uns anos atrás numas férias passadas aqui. A única diferença é que hoje irei fazer em duas horas e de carro foram 3 dias.
Irei descer a costa até Dubrovnic, onde irei deixar uma passageira. Uma das amigas do comandante. Partirei de seguida, continuando pela costa do Montenegro e acabarei a etapa em Tirana, capital de um dos paises mais fechados do mundo, a Albânia.



Parece que a minha sorte mudou de vez e o dia voltou a nascer limpo, com um sol fantástico.
Acabadinho de descolar, percebe-se a magnifica implantação do aeródromo de Brac, à beirinha da falésia.

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Típica paisagem por estes lados com ilhas umas atrás das outras.

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Algumas são muito grandes com vários quilômetros, mas juntamente com as menores somam 698 ilhas só à custa da Croácia.

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Vista da parte velha da magnífica cidade de Dubrovnik.
Esta é constituida por casas e prédios de parede em pedra, cercados por uma muralha. Está classificada como património mundial da Unesco mas está ferida por uma história de guerra recente. Foi palco de brutais combates na guerra dos balcãs e quando lá estive em 2007 ainda eram muitas as cicatrizes de guerra recentes nas paredes dos edifícios.


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Aqui, imediatamente antes de descer as rodas para o "pitstop" intermédio.

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Não tive nem dez minutos no chão. A descolagem do mesmo local.

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Poucos quilômetros depois muda-se de país, Montenegro. Mas não se muda para pior.
O Montenegro não compete com a Croácia em termos de turismo mas bate-se de igual para igual em beleza e ganha aos pontos na preservação do seu património, ainda protegido dos milhares de turistas que assolam todos os anos a Croácia.
E se esta joia de país, tem um diamante, esse diamante é a Baía de Cataro e principalmente a cidade de Kotor. Outra cidade património mundial da Unesco.

Entrada da baía.

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A baía, mais parece um lago de águas espelhadas, ladeada por montanhas escarpadas.
Aqui à esquerda, entalada entre as margens da baía e montanha, fica a famosa cidade medieval de Kotor. Esta cidade ficou mundialmente famosa por ser palco do casino da última parte do filme do James Bond "Casino Royal".

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Uma vista mais abrangente de toda a baía.

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O resto da viagem foi mais do mesmo. Uma costa fantástica.
Uma curiosidade: nesta costa do adriático praticamente não há praias de areia e a toalha tem de ser estendida ou sobre rochas ou em pequenas praias de areia muito grossa, quase parecendo brita de construção mas mais escura.

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A citadela de Sveti Stefan rodeada de água, hoje transformada num resort de luxo.

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E por fim a aproximação a Tirana.
Daqui sei muito pouco. Nunca lá estive. Do ar percebeu-se que todos os terrenos planos estão cultivados.

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Sendo um país extremamente fechado, não estranhei o principal aeroporto estar praticamente deserto.

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E foi mais uma etapa, com sabor especial para mim. Trouxe-me muitas recordações.
O simulador não desiludiu. Não meti mais imagens porque eram redundantes mas asseguro-vos que passei por diversas zonas em que as identifiquei e me lembro claramente de lá passar à 13 anos.
 
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Excelente troço!

Vista da parte velha da magnífica cidade de Dubrovnik.
Esta é constituida por casas e prédios de parede em pedra, cercados por uma muralha. Está classificada como património mundial da Unesco mas está ferida por uma história de guerra recente. Foi palco de brutais combates na guerra dos balcãs e quando lá estive em 2007 ainda eram muitas as cicatrizes de guerra recentes nas paredes dos edifícios.

Estive em Dubrovnik, e em grande parte da Croacia/Eslovénia/Bósnia no Verão de 1996 ou 1997, já não consigo precisar. Posso garantir que a escala de destruição em alguma zonas me impressionou bastante. Na altura tinha cerca de 12 anos, a viagem foi feita de carrinha desde Lisboa até à zona, e tenho na memória o momento em que percebi realmente que a "guerra" não é assunto de quem está a combater, mas que afecta todos os que têm a infelicidade de se verem no sítio errado à hora errada, especialmente em guerras civis movidas por questões étnicas.
Vi zonas totalmente arrasadas de cidades com edíficios destruídos pela metade e a outra metade com luzes nas janelas. Todos os edíficios tinham marcas de balas, pelo menos. O que nunca mais me vou esquecer foi ver que todos os pedaços de jardins públicos ou espaços verdes estavam transformados em cemitérios com campas assinaladas.
Viam-se capacetes azuis por todo o lado, com as pessoas a viver com ar pesado, mas radiantes sempre que percebiam que eramos estrangeiros e que estávamos a visitar por visitar. Puro turismo, que na altura especialmente na Bósnia, era raríssimo.

Tenho a agradecer aos meus pais por me terem proporcionado esta e muitas outras viagens, nem sempre para os locais mais óbvios e turísticos.

Desculpem o "pequeno" testemunho que nada tem a ver com o assunto do tópico, especialmente ao autor @alexb, mas veio-me tudo isto à memória e achei que devia partilhar.
 
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Etapa 19
Tirana, Albania (LATI) - Atenas, Grécia (LGAV)
Distância : 740km
Tempo de voo: 3:00
Combustível: 28 galões

"Não há fome que não dê em fartura".
Depois de uma entrada quase desastrosa na Europa, com tempestades, gelo e sustos...muitos sustos, hoje seguiu-se mais uma etapa solarenga e tranquila. E que etapa!
Com 740 quilômetros e três horas de voo, foi a etapa mais longa até agora e também a que mais prazer me deu.

O dia tinha tudo para começar bem. Estava bem dormido,estava bom tempo, o trajecto prometia ser bonito e acima de tudo iria contar mais uma vez com a companhia do nosso comandante de estimação. Resolvidos os seus haveres com as Croatas, eis que o comandante Trindade se apresentou ao serviço para mais uma etapa. Desta vez, voltou a trazer o seu Mooney igual ao meu,

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Ultima vista do vale de Tirana.

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Tenho pena que estes Albaneses sejam um povo tão fechado, porque do ar têm um país maravilhoso.

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Uma das coisas que salta à vista é a estereotomia quase milimétrica dos campos agrícolas.

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O plano é seguirmos mais ou menos ao longo da costa até um VOR numa ilha já na Grécia, e depois virar 90º à esquerda, para o interior.
Duas imagens da paisagem Albanesa.

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Já a chegar ao nosso primeiro destino, a ilha de Corfu, onde estava situado o nosso primeiro VOR desta etapa.

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A partir daqui, o voo seguiu para o interior através no Norte da Grécia.
Aqui já a sobrevoar os montes Pindo. Estes formam uma cadeia montanhosa que percorre a Grécia de Norte a sul e na antiguidade eram chamados da coluna vertebral da Grécia.

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E é precisamente nestes montes Pindo que se situa o nosso principal ponto turístico da etapa de hoje e razão da nossa incursão para o interior. O vale de Metéora com os seus famosos mosteiros. Tal como a cidade de Kotor, da etapa anterior, também este vale já foi palco uma importante cena de um dos filmes de James Bond e também é classificado como Património Mundial pela Unesco

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Estes rochedos são famosos por terem nos seus topos um dos mais importantes complexos de mosteiros do Cristianismo Oriental.
Infelizmente, os modelos do Microsoft Flight Simulator não lhes faze justiça.

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No entanto não resisti a uma pequena ousadia. Não sei se os monges terão apreciado.

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A partir daqui foi retomar a altitude de cruzeiro e rumar a sul, direcção a Atenas.

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Aqui já sobre a ilha Egina, no golfo Sarónico ao largo de Atenas.

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E finalmente o nosso destino final, a majestosa cidade de Atenas. Berço da civilização ocidental e da democracia.

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MINI-AULA
Para quem não sabe, na maioria dos aeroportos grandes e de medias dimensões, existem rotas pré-definidas de chegada e partida dos aviões cujos pilotos têm de seguir rigorosamente sempre sob a monitorização dos controladores aéreos dos respectivos aeroportos.


Existem sempre diversas rotas tanto de chegada como de partida e a rota a usar depende sempre da origem ou destino do avião, da pista que está a ser usada nesse dia e eventualmente outra qualquer razão e quem tem a última palavra sobre a rota a usar é sempre o controlador aéreo.

As rotas estão descritas em cartas que os pilotos devem sempre ter e como boa prática convém que os pilotos estudem minimamente essas cartas antes de usar os aeroportos, para facilitar no momento as orientações dos controladores. Além disso algumas destas rotas podem ser bastante complexas e de difícil execução e se os pilotos não souberem antecipadamente o que fazer pode ser muito complicado ou mesmo impossível executa-las correctamente no momento.

Estas rotas não só descrevem a posição do avião mas também as altitudes a que devem voar em determinada localização.

Os objectivo da existência destas rotas são essencialmente dois:
-Por um lado garantir que inúmeros aviões não entrem em conflito espacial e consequentemente haja colisões. Logo estamos a falar de segurança.
-Por outro facilitar a apróximação dos aviões à pista ou caso se trate de descolagem, facilitar a transição entre a pista e as rotas de cruzeiro dos respectivos aviões.


Estas rotas começam muitos quilômetros antes da chegada aos aeroportos e acabam no início da aproximação final. Sendo que estas aproximações em definição já não fazem parte das rotas de chegada. Para as de partida é o inverso. Começam depois da descolagem e estendem-se por vários quilômetros até às rotas de cruzeiro.

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Visto que o nosso aeroporto de destino é precisamente o aeroporto internacional de Atenas, hoje pela primeira vez aterrei usando uma destas rotas que acabei de descrever. Aqui já sobre o aeroporto de Atenas, já a meio da tal rota.
Se alguém precisar, têm aqui em PDF as cartas deste aeroporto.
http://www.matraair.hu/charts/LGAV.pdf

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Um voo tão fantástico como o de hoje tinha de terminar com uma aterragem em formação.

Neste caso, sendo eu o lider da formação na aterragem , coube ao Trindade a dificílima tarefa de garantir a integridade da formação.
Para quem não sabe, aterrar em formação é mesmo muito difícil e nos simuladores ainda mais. Não só temos de estar sempre a monitorizar os instrumentos como ainda temos de estar sempre a olhar para o lado para controlar a formação.
O facto de eu e o Trindade já voarmos juntos à mesmo muitos anos e na maior parte do tempo em simuladores de aviação de combate, faz com que este procedimento se torne quase natural e intuitivo, mas para isto acontecer, foram centenas de aterragens juntos e desconfio milhares de horas de voo em conjunto.

Nota:Na aviação civil, e especialmente nestes aeroportos, aterrar em formação é de todo proibido salvo raras excepções como em festivais aéreos. Por isso, nesse aspecto, a nossa aterragem não é realista.

Aqui, já na final, a controlar a posição do Trindade.

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Visto que a pista tem de dar para os dois, decidimos que eu ficava com o lado esquerdo.

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E por fim....o final.
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Esta foi, sem sombras de dúvidas, a minha etapa preferida até agora.
 
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Excelente troço!



Estive em Dubrovnik, e em grande parte da Croacia/Eslovénia/Bósnia no Verão de 1996 ou 1997, já não consigo precisar. Posso garantir que a escala de destruição em alguma zonas me impressionou bastante. Na altura tinha cerca de 12 anos, a viagem foi feita de carrinha desde Lisboa até à zona, e tenho na memória o momento em que percebi realmente que a "guerra" não é assunto de quem está a combater, mas que afecta todos os que têm a infelicidade de se verem no sítio errado à hora errada, especialmente em guerras civis movidas por questões étnicas.
Vi zonas totalmente arrasadas de cidades com edíficios destruídos pela metade e a outra metade com luzes nas janelas. Todos os edíficios tinham marcas de balas, pelo menos. O que nunca mais me vou esquecer foi ver que todos os pedaços de jardins públicos ou espaços verdes estavam transformados em cemitérios com campas assinaladas.
Viam-se capacetes azuis por todo o lado, com as pessoas a viver com ar pesado, mas radiantes sempre que percebiam que eramos estrangeiros e que estavamos a visitar por visitar, puro turismo, que na altura especialmente na Bósnia, era raríssimo.

Tenho a agradecer aos meus pais por me terem proporcionado esta e muitas outras viagens, nem sempre para os locais mais óbvios e turísticos.

Deculpem o "pequeno" testemunho que nada tem a ver com o assunto do tópico, especialmente ao autor @alexb, mas veio-me tudo isto à memória e achei que devia partilhar.

erdnagama,
não tens nada de pedir desculpa. Eu é que tenho de te agradecer porque estas pequenas histórias só enaltecem o tópico e tenho a certeza que toda a gente gosta de as ler.
E esse teu testemunho é fantástico.
Só por curiosidade, também eu tive a sorte de ter visitado este país com os meus pais, mas antes da guerra. Se não me falha a memória foi em 1990 ou 91 um ano antes da guerra começar, ainda se chamava Jusgoslávia. E por tê-lo visitado à pouco tempo, foi uma dôr para a alma ver cidades e paisagens que eu conhecia como Dubrovnik, Mostar, Sarajevo e muitas outras destruidas na televisão e assistir a partir de casa ao sofrimento daquelas pessoas.
 
Etapa 20 - ÁSIA
Tirana, Atenas, Grécia (LGAV) - Esmirna, Turquia (LTFA)
Distância : 300km
Tempo de voo: 1:30
Combustível: 13 galões

Depois de alguns dias parado, eis-nos de volta e desta vez para mais um novo continente. Nada menos que a gigante Ásia.
Apesar de ainda só ter percorrido uma fracção daquilo que será o trajecto final, o facto de já estar no terceiro continente diferente, mostra bem o peso geográfico do Mediterrâneo. É fácil de perceber porque é que é o berço da Ocidentalidade. A confluência de culturas acontece aqui a um nível que não se vê em mais lado nenhum do mundo.

A partida, catapultada pelo grande aeroporto internacional de Atenas.

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Antes de me dirigir à Turquia, tive uma autorização especial para dar um passeio por cima de Atenas.
Obviamente, a Acrópole tinha de fazer parte da colecção de registos fotográficos desta expedição.

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Quando enquadrada na malha da cidade moderna perde um bocadinho o seu encanto.

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Esta foi a última fotografia da Europa. Possivelmente só daqui a uns meses, regressarei ao nosso velhinho continente.

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A travessia do Mar Egeu foi feita em altitude. Tenho andado cansado e sinceramente só me apetecia um voo curto e descomplicado para retomar o ritmo.
Quem já leu as epopeias clássicas Gregas sobre Ulisses ou Aquiles, sabe que este mar está recheado de ilhas e ilhotas.
Algumas, pequeninas...

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...mas outras de tamanho bastante considerável, contendo algumas delas potências independentes e autónomas na Antiguidade.

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Por fim, a Turquia.

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O meu destino é uma base militar na cidade de Esmirna. Infelizmente, não estou autorizado a revelar-vos a razão do porquê ter escolhido esta base como destino.

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CURIOSIDADE:
Toda a gente conhece a famosa crise dos mísseis de Cuba. Um dos episódios mais potêncialmente explosivos da guerra fria, quando os Soviéticos colocaram misseis balísticos em Cuba.
O que quase ninguém sabe é que esse episódio não foi iniciado pelos Soviéticos. Aquela decisão foi uma retaliação do facto dos Americanos terem colocado um ano antes, misseis balísticos com ogivas nucleares precisamente nesta base de Esmirna, mais precisamente nas montanhas ao redor da base.
Pouco depois, por causa da crise dos mísseis de Cuba, eles tiveram de retirar os seus mísseis da Turquia. Mas ainda hoje, a localização exacta das instalações desses mísseis permanece em segredo.

Já na base, o ambiente não era propriamente acolhedor.
Felizmente, espero eu, sou só um civil que estava com um avião no local certo à hora certa.

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@alexb Se me permites uma sugestão, quando fazes os posts de resumo com o mapa seria interessante saber também o total de horas de voo e porque não, o consumo de combustivel, além da distância percorrida. :)
 
Espectacular diário.
Eu trabalho no Controlo de Tráfego Aéreo e nunca liguei nada a aviões, mas este Diário está espectacular.
Até me deu vontade de me estrear no Flight Simulator.
Parabéns!!
 
Necrom, está apontada a dica. Para a próxima já meto as horas e os consumos totais.

Cynan, obrigado. Vou-me repetir mas é a verdade. Saber que há pessoal a seguir com nteresse a minha volta, ajuda e de que maneira à motivação para continuar.

Só um pedido ou opinião:
Alguém tem ideias de locais interessantes para ver daqui da Turquia até aos Himalaias?

Eu tinha pensado ir por sul em direcção ao Dubai passando por Beirute e atravessar o estreito de Ormuz. Mas isso implicava mais umas semanas de deserto e depois do Saara, é algo que não me apetece. Por isso acho que vou por Norte, seguindo as zonas costeiras do mar Negro, visitar o monte Elbrus no Sul da Russia, a maior montanha da Europa e passar em Teerão. Mas não conheço nada destes paises.
 
Necrom, está apontada a dica. Para a próxima já meto as horas e os consumos totais.

Cynan, obrigado. Vou-me repetir mas é a verdade. Saber que há pessoal a seguir com nteresse a minha volta, ajuda e de que maneira à motivação para continuar.

Só um pedido ou opinião:
Alguém tem ideias de locais interessantes para ver daqui da Turquia até aos Himalaias?

Eu tinha pensado ir por sul em direcção ao Dubai passando por Beirute e atravessar o estreito de Ormuz. Mas isso implicava mais umas semanas de deserto e depois do Saara, é algo que não me apetece. Por isso acho que vou por Norte, seguindo as zonas costeiras do mar Negro, visitar o monte Elbrus no Sul da Russia, a maior montanha da Europa e passar em Teerão. Mas não conheço nada destes paises.
Istambul, Pamukkale, Capadócia, Crimeia, Baku, Elbrus, Vardzia, Mar Aral. No Irão deve haver imensa coisa que a vale ir dar uma volta.
 
Tem o mundo todo.
Tens os aviões todos reais em tempo real no simulador, embora esta funcionalidade ainda esteja com falhas e tens o tempo metereológico real também no simulador em tempo real. Ou seja se estiver a chover onde moras, também estará a chover no simulador.
Tecnologicamente, é mesmo uma coisa do outro mundo.
 
Esta foi, sem sombras de dúvidas, a minha etapa preferida até agora.

Faço minhas as tuas palavras.

Permitam-me este à parte, depois de terem falado nas guerras e nas riquezas dos países dos Balcãs, esqueceram-se do seu maior tesouro, e digo isto sem qualquer breijerice, as suas belissimas mulheres.
Conheço alguns casos de militares Portugueses, que se renderam aos seus encantos ( particularmente das Bósnias) uns por lá ficaram outros vieram para cá. Mas admiro isto no nosso povo, a capacidade que temos para nos "misturarmos" com diferentes populações.

A Grécia para mim, sempre foi um país que admirei, foram eles o berço da Civilização Ocidental de ínumeras Ciências e formas de pensar e que ainda hoje se aplicam.
 
Permitam-me este à parte, depois de terem falado nas guerras e nas riquezas dos países dos Balcãs, esqueceram-se do seu maior tesouro, e digo isto sem qualquer breijerice, as suas belissimas mulheres.
Conheço alguns casos de militares Portugueses, que se renderam aos seus encantos ( particularmente das Bósnias) uns por lá ficaram outros vieram para cá. Mas admiro isto no nosso povo, a capacidade que temos para nos "misturarmos" com diferentes populações.

Rubenzito, então não falei das amigas Croatas do comandante Trindade?

Confirmo que as mulheres de lá são lindíssimas.
 
Etapa 21
Esmirna, Turquia (LTFA) - Balikesir (LTBF)
Distância : 150km
Tempo de voo: 0:54
Combustível: 6 galões

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Aparte:
Como seria de esperar em grandes voltas, nem sempre temos ventos a favor. Infelizmente, o último update do Microsoft Flight Simulator criou problemas no addon do Mooney, o meu avião, e o simulador estava sempre a crashar. Depois de várias tentativas em que o simulador me crashou a meio do voo, perdi um pouco a motivação o que me fez "descansar" durante 15 dias. No entanto, depois de uns testes e muita leitura em foruns da especialidade, lá arranjei um compromisso com o avião e finalmente consegui retomar a volta.
Sem mais demoras, segue o relato.
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Apesar da apreensão inicial quando aterrei nesta base militar, tenho de confessar que fui muito bem recebido e só tenho bem a dizer dos Turcos. Belíssima comida e boa vida noturna. Não foram 1001 noites, mas foram uma mão cheia delas bem passadas.

Mas a vida continua, e o voo tem de prosseguir.
Hoje, vou cumprir mais um contracto militar. O destino é outra base militar a poucos quilômetros a sul de Instanbul.
No entanto, como agradecimento, o meu cliente, um general local, prometeu-me uma autorização especial para um voo muito especial sobre a capital.

A largada de Esmirna, já na hora dourada. O tempo está xoxo por isso apostei no pôr do sol para sacar umas boas fotos.

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Aposta ganha. A luz estava excelente.

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Apesar de ainda não estarmos no Inverno, a temperatura exterior baixou para 3 graus e já escaldado de outros sustos resolvi não arriscar. A subida foi uma sucessão de curvas para evitar as nuvens.

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Como a distância até ao destino não é muita, subi apenas e necessário para evitar as nuvens.

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Já próximo do destino o tempo abriu. A paisagem não é nada de especial por isso fica apenas um registo duma zona salpicada de moinhos eólicos.

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Descida pintada do belo pôr-do-sol .

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A base de Balikesir é composta por duas pistas. A mim calhou-me a 36L. 36 é o prumo da pista, neste caso 360º e L é de left (esquerda). Obviamente a outra é a 36R.

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E por fim o local de estacionamento.

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Este foi um voo curtinho. Como disse, o avião no MSFS está com problemas e por isso não quis arriscar num voo longo e ele crashar a meio.
A próxima etapa promete ser especial.
 
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