Partilha MSFS 2020 - Volta ao mundo em caracol

Ulpianus, essa ideia de uma etapa no deserto à noite parece-me muito interessante. Caso esteja bom tempo e de preferência haja lua, será já na próxima que irei averiguar essa possibilidade.

Em relação ao resto da rota ainda não sei. Sei alguns locais em que quero passar e outros tenho mesmo, por causa da autonomia. Como gosto de montanhas gostava de ir ao K2 e ao Everest, e por uma questão de autonomia terei se passar o Pacífico pelas Aleutas logo terei de ir ao Japão e subir para Norte pela península do Kamchatka. Fora isso, ainda está muita coisa em aberto.
 
dodi280, por mais fascinante que a America do Sul seja, vai ter de ficar de fora nesta volta ao mundo.
Irei atravessar os oceanos pelo Norte, visto que só aí tenho aeroportos dentro da autonomia do meu avião. E descer desde o Alasca até à America do Sul seria um desvio de muitos milhares de quilômetros. Estamos a falar de meses.

Infelizmente não posso ir a todo o lado e esse continente ficará para outra volta.
A América do Sul e África são dois continentes que pretendo visitar em projectos futuros.

Futuros projetos a acompanhar :banana:

Já agora, impressionante, conseguiste atravessar o irão sem levar com nenhum petardo... :004:
 
Etapa 34
Sarakhs, Iran (OIMC) - Maimana, Afeganistão (OAMN) - Cabul, Afeganistão (OAKB)
Distância : 880 km
Tempo de voo: 3:30
Combustível: 30 galões

Bem, a ideia hoje era fazer uma etapa nocturna, seguindo o conselho do Ulpianus. Infelizmente está lua nova e quando fui experimentar voar, a noite estava completamente negra, só se vendo os instrumentos do avião. Sendo assim, o voo nocturno fica adiado para outras núpcias.

Seguindo a rota dos "Istões", depois do Irão segue-se o Turcomenistão e com destino final no caloroso Afeganistão. :)

5 minutos depois da descolagem, uma última vista sobre a cidade de Sarakhs e do Irão. Não me canso de repetir, este país foi uma surpresa em termos de paisagens e fico ansioso por cá voltar.

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Se há coisa que tenho aprendido nestas aventuras, é que os desertos são grandes, muito grandes e não é fácil sair deles. O sul do Turcomenistão é dominado pelo deserto do Karakum. Não rivaliza com os gigantes como o Saara, mas ainda assim ocupa um honroso décimo lugar no ranking dos maiores do mundo.

E ao contrário do Saara que começa aos poucos, este entra logo a matar. Logo no arranque, era isto que se via.

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E pouco depois, foi sempre a piorar.

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A única cicatriz nesta imensa pele de areia, é o imenso rio Murgab. Uma grande barragem a meio do seu percurso, potenciou água no deserto e consequentemente, a agricultura nas suas margens.
Vista da barragem.

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Como todos sabem o Afeganistão tem sido e continua a ser um país atormentado por constantes conflitos. Estava naturalmente reticente em sobrevoa-lo. Mas vários contactos que tenho nas forças armadas estacionadas no país, garantiram-me que desde que seguisse escrupulosamente o planos de voo, não teria problemas.
Assim sendo, e seduzido por outro país que promete magníficas paisagens, lá segui em direcção ao Afeganistão.

A cidade de Maimana, o meu destino intermédio de hoje. Já no Afeganistão e mesmo no fim do deserto, é a minha porta de entrada da zona mais montanhosa do globo.

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Aqui, estive pouco mais de meia hora, apenas para comer um kebazinho e dar de beber ao caracol.

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Mal descolei, reparei que seguia um vale muito engraçado por entre as montanhas à volta desta cidade. Resolvi brincar um bocadinho e voar baixinho para variar.

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Depois foi subir, subir, subir.
Até Cabul, ainda tenho mais de 400 quilômetros sobre alta montanha.
Para isso tive de levar o Caracol aos seus limites e esta segunda parte do voo foi quase toda muito próximo do tecto máximo do meu avião. Por estar a voar tão perto dos limites do avião, pelo aspecto agreste da paisagem por debaixo de mim e principalmente pela imensidão e extensão destas condições, esta foi uma segunda parte bastante tensa e que exigiu muita concentração.

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Já estou habituado a sobrevoar montanhas, e estas ainda nem era as mais altas, mas a extenção desta paisagem, sem dúvida que me marcou.

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Por fim, o imenso vale de Cabul.

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Vista da cidade e do seu aeroporto.

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Uma das condições para ter autorização de aterrar em Cabul, foi que teria de fazer uma das aproximações à pista standard dos aviões grandes, pois além de ser um espaço aéreo muito saturado, tem muitos voos militares à mistura e é a única zona onde me garante segurança no ar.
Assim, antes de me fazer à pista ainda tive de voar mais de 30 quilômetros no sentido oposto para seguir as instruções da carta de aproximação. Esta é uma fase do voo toda feita seguindo os instrumentos.

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A final.

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Como todos sabem o Afeganistão tem sido e continua a ser um país atormentado por constantes conflitos. Estava naturalmente reticente em sobrevoa-lo. Mas vários contactos que tenho nas forças armadas estacionadas no país, garantiram-me que desde que seguisse escrupulosamente o planos de voo, não teria problemas.

Uma das condições para ter autorização de aterrar em Cabul, foi que teria de fazer uma das aproximações à pista standard dos aviões grandes, pois além de ser um espaço aéreo muito saturado, tem muitos voos militares à mistura e é a única zona onde me garante segurança no ar.

Epá, isto até pode ser das perguntas mais idiotas e parvas dos últimos tempos, mas é honesta. Este tipo de comentários é para dar envolvência/credibilidade à coisa ou há mesmo este tipo de condicionantes no jogo?
 
PuK44, não é nada idiota a tua pergunta. Aliás, não és a primeira pessoa a perguntar-me sobre algumas coisas que relato.

Não, no jogo não há estas condicionantes. Há espaços aéreos definidos e também há rotas definidas tal como a realidade mas tu podes passar por cima disso à vontade. E apenas restrições civis.Para o Flight simulator não há guerras nem condicionantes dessas. A rota de aproximação que fiz em Cabul foi tirada de uma carta de aviação real, logo é igualzinha à usada na realidade mas a história das restrições e dos "contactos nas forças armadas" fui eu a inventar para dar côr ao relato. :D
 
PuK44, não é nada idiota a tua pergunta. Aliás, não és a primeira pessoa a perguntar-me sobre algumas coisas que relato.

Não, no jogo não há estas condicionantes. Há espaços aéreos definidos e também há rotas definidas tal como a realidade mas tu podes passar por cima disso à vontade. E apenas restrições civis.Para o Flight simulator não há guerras nem condicionantes dessas. A rota de aproximação que fiz em Cabul foi tirada de uma carta de aviação real, logo é igualzinha à usada na realidade mas a história das restrições e dos "contactos nas forças armadas" fui eu a inventar para dar côr ao relato. :D

Pronto, então estás a ser muito bem sucedido, porque pelo menos deixaste-me na dúvida. :biglaugh:

Continua o teu fantástico trabalho!

Já agora, sete dias sem um update, pensei que tinhas tido uma avaria séria na aeronave...:hehehmn:
 
Etapa 35
Cabul, Afeganistão (OAKB) - Jalalabad, Afeganistão (OAJL)
Distância : 120 km
Tempo de voo: 0:45
Combustível: 6 galões


Apesar da relativa segurança em sobrevoar esta zona, as burocracias rivalizam com as montanhas em tamanho.
Foram quase dez dias para conseguir os salvo-condutos que me permitiriam seguir o voo que quero seguir. Tudo começou mal porque apesar de me garantirem a segurança, não a garantem todos os dias e a janela para o corredor aéreo civil só abriu uma semana depois de ter aterrado em Cabul.
Depois temos o facto de o meu próximo país, o Paquistão, não ser propriamente unha com carne com o Afeganistão por isso foram mais um par de dias só para a autorização para sobrevoar a fronteira. E por fim, foi o visto especial que me dava acesso à zona do K2, a segunda montanha mais alta do mundo e a mais mortífera para os alpinistas.
E com esta treta toda, o tempo que estava excelente, piorou e agora é uma tourada para conseguir céu limpo.

A ideia inicial era já hoje aterrar no Paquistão, mas o tempo nas montanhas estava intransponível, por isso fiz uma leg pequeninha.
Aqui a taxiar em Cabul.

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E uma vista da cidade segundos depois da descolagem.

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O voo foi todo feito a baixa altitude, sobre este enorme vale. Mas dada a altitude do mesmo, no altímetro marcavam 12200 pés. Para muitos aviões ligeiros, acima do seu tecto máximo.

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Vista da paisagem deste vale. Tem um ar extremamente inóspito e agreste.

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Nem meia hora tinha passado e eis Jalalabad.

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Era por este vale em direcção às montanhas que deveria seguir o meu voo, mas como se vê o tempo não permite.

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E por fim, a final antes da aterragem.

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Em principio já não terei problema com a burocracia, mas o tempo está a dificultar muito a progressão, e atendendo que vou entrar dentro das montanhas mais altas do planeta, não posso arriscar nem um bocadinho.
 
E a cada 5 etapas, o resumo.
Batida a significativa marca dos 10.000 km.


35 Etapas
10700 km
55 horas 51 minutos
1811 litros de combustível (valor aproximado)

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Li agora (desde ontem, vá) o tópico todo de enfiada, gostei bastante!

Duas questões:
- quando falas nas missões (deixar passageiros aqui ou ali, encomendas, etc) é a sério, faz parte do jogo, ou é apenas para a "história"?
- nos voos acompanhado, quem pilota o outro avião é um bot, ou é algum amigo com quem jogas?

Continua!
 
CM4fan, ainda bem que tens gostado do relato. A mim também me dá prazer escreve-lo e principalmente saber que há quem o siga.

A questão dos passageiros na maior parte é inventada, mas como disse no primeiro tópico, estou a fazer esta volta ao mundo dentro no universo do FSEconomy.net que é uma espécie de aplicação onde introduz o elemento financeiro no jogo, ou seja temos de comprar ou alugar aviões, temos trabalhos, gastos e custos com os aviões como combustível, manutenção, taxas de aeroportos, etc. Podemos fazer companhias aéreas virtuais e muitas outras coisas. Por vezes, algumas das paragens intermédias ou mesmo escolhas de determinados aeroportos tem precisamente a ver com trabalhos que encontro no FSEconomy e aceito para ir ganhando dinheiro.

Em relação aos outros aviões, e até agora acho que foi só o comandante Trindade, ele é bem real e chama-se mesmo Pedro Trindade. Somos amigos à muitos anos e já voamos juntos simuladores de combate à cerca de quinze anos, se não me engano. Tal como eu, também ele gosta de simuladores civis, embora ele prefira os aviões maiores como os Boing e airbus.
 
Em relação aos outros aviões, e até agora acho que foi só o comandante Trindade, ele é bem real e chama-se mesmo Pedro Trindade. Somos amigos à muitos anos e já voamos juntos simuladores de combate à cerca de quinze anos, se não me engano. Tal como eu, também ele gosta de simuladores civis, embora ele prefira os aviões maiores como os Boing e airbus.

Isso torna tudo ainda mais interessante. Espetacular!
 
Olá @alexb !

Ja nao vinha ha tempos aqui ao forum e hoje deparei-me com este thread, brutal!
Eu tambem adoro viajar em VFR/VOR sem modernices :) Mas a escolha de avioes nao é grande (pelo menos com o default), já que agora vem tudo com glass cockpit.
Fiquei interessado com esse que estás a usar, tenho que ir ver! Está no market oficial? É study-level? Quais as vantagens para um cessna 152? Tem mais força? Eu costumo andar quase sempre com o cessna porque já vem de simulators antigos hehe como já o conheço bem é uma vantagem, mas para certas viagens é mesmo um caracol e vê-se à rasca para subir :)
 
Última edição:
Torre de controlo chamando Caracol
Torre de controlo chamando Caracol
...

@alexb - Tudo bem?
Espero que não tenhas sido abatido no Afeganistão, pois a viagem está a ser muito agradável de acompanhar
Penso que posso falar por vários users, mas já se sente a falta de entradas no diário de bordo.
 
Torre de controlo chamando Caracol
Torre de controlo chamando Caracol
...

@alexb - Tudo bem?
Espero que não tenhas sido abatido no Afeganistão, pois a viagem está a ser muito agradável de acompanhar
Penso que posso falar por vários users, mas já se sente a falta de entradas no diário de bordo.
Epá quando vi que este tópico tinha uma nova mensagem, vim logo ver por onde tinha andado o "nosso" aventureiro...
Afinal foi falso alarme 😅

As internetes lá no médio oriente também não devem ser grande espingarda. 😁
 
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