blastarr, custa-me crer que algum dia possamos ver soluções integradas com desempenhos que possam equivaler ao que hoje representa um core 2 quad + um G80, por ex.
é certo que os nºs de uma solução integrada, um dia, serão iguais aos da combinação de que falei, mas entretanto passou-se uma porrada de tempo, quanto maior é o nivel de integração de componentes num unico chip, mais lento tenderá a ser o seu desenvolvimento.
as soluções integradas representam uma fatia muito importante do mercado, e é aí que as empresas estão a apostar (sobretudo porque o mercado dos portateis quase que precisa de soluções deste tipo, e porque parece ser um mercado em expansão), mas daí a substituirem completamente as soluções dedicadas, acho que ainda vai uma distancia muito significativa, porque estas plataformas têm muito mais facilidade na sua evolução, e o mercado high end tende a ser mais conservador e naturalmente mais exigente (ou mais exigente e consequentemente mais conservador, whatever).
Nos EUA, mais de 90% dos computadores vendidos são low-end, normalmente com IGP's e integração exaustiva dos componentes.
A AMD comprou a ATI, não porque precisasse de chips gráficos (as margens de lucro são pequenas, comparadas com as CPU's), mas porque precisava da "plataforma", ou seja, do conjunto CPU + chipset (ou "MCP/SPP", como lhe chama a Nvidia desde os tempos da Xbox 1).
Assim, o mercado high-end é importante, sem dúvida, mas o volume é demasiado pequeno para ser relevante no bottom-line das empresas.
A AMD não se está a preocupar minimamente com o high-end nesta guerra de preços. Porquê ?
Porque quer a todo o custo atingir 30% de quota de mercado.
Mais mercado = mais volume.
E se se conseguir mais volume, a plataforma de upgrades futuros pode tender a assentar sobre o mesmo cliente.
Éo assegurar de clientela futura, sobretudo entre os corporate buyers.
Lembram-se dos anos 90, onde as empresas só confiavam na "santa trindade" ? (Chipset/CPU Intel; MS Windows; MS Office).
mas isto veio a proposito da integração de um chip de som da creative numa board...
uma placa de som é mais que um simples chip, lembrem-se dos conversores digital/analogico, que para as colunas que costumamos ter nos desktops, é um elemento importante na qualidade de som. e neste caso, esses conversores devem ter ficado ao cargo da MSI.
é certo que o X-Fi porvavelmente vai viver mais tempo que esta board, sem se tornar obsoleto, mas mesmo assim, é mais uma coisa que vai ficar para sempre na board, enquanto que se fosse uma placa de som, uma pessoa vendia aquilo, facturava uns cobres, e comprava o novo "ultimo grito"...
mas eu sempre tive algumas reservas em relação a isto dos controladores de som on-board...
Eu continuo a ter sérias reservas sobre este chip "X-Fi" da MSI.
A avaliar pelas aventuras passadas de integração de chips Soundblaster em motherboards da marca (marcar um chip como sendo uma Audigy, quando não passa de uma Soundblaster Live 24bit low end), o chip não é de facto um X-Fi tal como o conhecemos, mas sim um "parente pobre", mais próximo disto:
http://www.soundblaster.com/products/product.asp?category=1&subcategory=208&product=15853
Esta placa não é mais do que uma "X-Fi" despida de qualquer aceleração por hardware, ou seja, é muito próxima de um qualquer codec integrado.
E nesse capítulo, continua a não haver rival para o Analog Devices ADI 1988B, presente em muitas motherboards de topo da Asus (inclusivé é o chip que está nas novas placas de som discrete da mesma marca).