Mudar de stack técnológica

lostoe

Membro
Boas

Para dar algum contexto de onde vem a questão que vou colocar, atualmente sou fullstack .Net developer com o objetivo a longo prazo de trabalhar como full-time remote seja cá em Portugal ou para empresas no estrangeiro.

No entanto as oportunidades remote para .Net são escassas (poderá vir aí um aumento da procura aquando da release do Blazor Web Assembly).

O que me levou (juntamente com curiosidade pessoal) a investigar/aprender outras stacks que não .Net (nomeadamente as componentes da stack MERN).

Para isto comecei a desenvolver uma pequena WebApp, não passa de um projeto relativamente simples maioritariamente operações CRUD entre vários objetos, pois o objetivo foi mesmo aprender as frameworks e as suas funcionalidades (nodejs, react hooks, contexto, BD’s não relacionais, express, etc...) e não produzir um produto “comerciável”.

Agora as perguntas que coloco são as seguintes:

-Quando é que consideram que um side-project é relevante o suficiente para que seja referenciado no vosso currículo?

-E quando tencionam fazer ou fizeram uma mudança de stack tecnológica como é que apresentaram as vossas novas competências?
 
Tenho exatamente o mesmo dilema, já tenho 10 anos de .Net, e torna-se complicado dentro das empresas ter estas mudanças de stack.

Eu também já fiz alguns projetos/experiências noutras tecnologias (python, node, swift), mas não me considero suficientemente capaz para me "mandar aos leões", talvez me falte alguma coragem. No entanto eu referencio que já tive contacto com a tecnologia a, b ou c (seja a nível académico, pessoal ou profissional).

Às vezes tem a ver com o tipo de empresa onde se trabalha (ex: Banca, Seguros... estou a falar de empresas mais conservadoras) dificilmente vão surgir oportunidades para mudar de stack. Consultoras (outsourcing) metem-se num cliente e vai quase parar ao mesmo. Projetos fechados (é o meu cenário atual), só vamos a projetos de .Net (o sistema de BD é que pode mudar entre SQL Server, Oracle e muito raramente um NoSQL).

Em jeito de resposta/comentário à segunda questão, espero brevemente começar a trabalhar com outras tecnologias, mas sinceramente não deve ser na empresa onde estou (e também não sei se será em empresas Portuguesas). A abordagem será sempre demonstrar interesse em trabalhar com outras tecnologias, usando as tais referências de projetos ou experiências, depois vai depender da confiança que se consegue transmitir ao recrutador.
 
Também estou com o mesmo dilema já ando algum tempo para voltar ao desenvolvimento. Atualmente na empresa onde me encontro é sempre projetos de QA para o meu lado (desenvolvimento de plugins em java, criação de frameworks de testes com Java e Selenium etc).

Mas para ser sincero já estou um bocado saturado do mesmo arroz. Estou mais virado para FullStack. Mas sinto que é difícil arranjar alguma coisa em Portugal sem dar 2 passos para trás, isto é, sair da empresa atual e aceitar uma oferta inferior mas com a possibilidade de uma stack nova etc. Mas como todos nós sabemos todos pintam que o projeto vai ser xpto mas na verdade quando aceitas e vês ficas a pensar se na verdade fizeste uma boa escolha ou não.

Tento sempre aprender coisas novas. Tive curiosidade em aprender Swift para desenvolver apps mobile. Sinto que neste momento sou capaz de desenvolver um projeto minimamente complexo. Mas para ser sincero existe pouca procura para desenvolvimento nativo em Portugal( posso estar errado, mas pela pesquisa que tenho feito é essa a minha opinião).

De momento estou a aprender React a única dificuldade que sinto até agora é "estar um pouco enferrujado com o css".

Não sei se sou só eu, mas é apenas a minha opinião. Sinto que em Portugal é sempre a mesma coisa >80% é só consultoras em que os projetos são "sempre" a mesma coisa. Isto é, muitos é manutenção de projetos legacy e pouco desenvolvimento de raiz ou utilização de uma stack mais recent sem ser Java ou C# e as suas frameworks.

Já alguém passou por uma experiência idêntica ?
 
Eu acho que vocês trabalharem há anos com uma determinada stack não quer dizer nada. Linguagens aprendem-se, o que interessa é saberem as bases de programação (que suponho que vocês sabem). É isto que boas empresas procuram, mesmo cá em Portugal (podem é ser mais raras do que no estrangeiro).

O que acontece é que as consultoras talhos tentam sempre mandar-vos abaixo para baixarem-vos o salário, por isso qualquer coisa é motivo para elas tentarem lixar-vos: "Ui, só tens experiência com C# e queres mudar para Python? Pois, só podemos pagar 1000€ brutos por mês, porque não tens experiência.". Isto é completamente errado e nunca acreditem nisto. Desenvolver software vai muito além de saber a linguagem X ou Y, essa é até a parte mais simples. Por alguma razão é que empresas de top mundial, como Google, Amazon, Microsoft, Uber, etc. não costumam pedir que se saiba uma linguagem em específico. Podem fazer o processo de recrutamento todo em C# e acabar a trabalhar com Kotlin, porque para eles interessa o vosso conhecimento básico de programação (estruturas de dados, algoritmos, etc.).

Portanto, o meu conselho é para enviarem o CV para oportunidades que vos interessem, mesmo que não sejam da vossa stack. Acreditem que podem ficar surpreendidos com o que acontece depois.
 
Eu acho que vocês trabalharem há anos com uma determinada stack não quer dizer nada. Linguagens aprendem-se, o que interessa é saberem as bases de programação (que suponho que vocês sabem). É isto que boas empresas procuram, mesmo cá em Portugal (podem é ser mais raras do que no estrangeiro).

O que acontece é que as consultoras talhos tentam sempre mandar-vos abaixo para baixarem-vos o salário, por isso qualquer coisa é motivo para elas tentarem lixar-vos: "Ui, só tens experiência com C# e queres mudar para Python? Pois, só podemos pagar 1000€ brutos por mês, porque não tens experiência.". Isto é completamente errado e nunca acreditem nisto. Desenvolver software vai muito além de saber a linguagem X ou Y, essa é até a parte mais simples. Por alguma razão é que empresas de top mundial, como Google, Amazon, Microsoft, Uber, etc. não costumam pedir que se saiba uma linguagem em específico. Podem fazer o processo de recrutamento todo em C# e acabar a trabalhar com Kotlin, porque para eles interessa o vosso conhecimento básico de programação (estruturas de dados, algoritmos, etc.).

Portanto, o meu conselho é para enviarem o CV para oportunidades que vos interessem, mesmo que não sejam da vossa stack. Acreditem que podem ficar surpreendidos com o que acontece depois.

Sou da mesma opinião !

O background de varios anos de experiencia e multiplos projectos não desaparece e passa-se a junior por mudar de tecnologia.

É se condidatarem aos anuncios interessantes e ver que oportunidades aparecem.
Além disso existem muitos perfis senior onde não é necessário programar mas sim ter bagagem!
E podem começar a procurar oportunidades um pouco diferentes já que acham que é altura de mudar!!
 
Boas

Para dar algum contexto de onde vem a questão que vou colocar, atualmente sou fullstack .Net developer com o objetivo a longo prazo de trabalhar como full-time remote seja cá em Portugal ou para empresas no estrangeiro.

No entanto as oportunidades remote para .Net são escassas (poderá vir aí um aumento da procura aquando da release do Blazor Web Assembly).

O que me levou (juntamente com curiosidade pessoal) a investigar/aprender outras stacks que não .Net (nomeadamente as componentes da stack MERN).

Para isto comecei a desenvolver uma pequena WebApp, não passa de um projeto relativamente simples maioritariamente operações CRUD entre vários objetos, pois o objetivo foi mesmo aprender as frameworks e as suas funcionalidades (nodejs, react hooks, contexto, BD’s não relacionais, express, etc...) e não produzir um produto “comerciável”.

Agora as perguntas que coloco são as seguintes:

-Quando é que consideram que um side-project é relevante o suficiente para que seja referenciado no vosso currículo?

-E quando tencionam fazer ou fizeram uma mudança de stack tecnológica como é que apresentaram as vossas novas competências?
Neste momento o mercado full-remote comparando com o que era pré-COVID está complicado (falo por experiência própria nas minhas áreas tecnológicas que são baseadas em .NET), mas se tiveres um CV muito bom e pesquisares nos sitios certos é uma questão de tempo até encontrares um match para o que procuras. No mercado full-remote estás a competir contra o resto do mundo e nunca vais ser o que pede a rate mais baixa, por isso, tens que ganhar a posição pela qualidade.

Em relação ao mudar de stack, o conhecimento ganho noutras linguagens, frameworks e tecnologias é sempre valorizado, especialmente se for no mesmo paradigma de programação (orientada a objectos vs imperativa vs funcional). Se 2 candidatos tiverem um CV semelhante, mas um tiver 2 anos de experiência em Java (OOP), e o outro tiver 2 anos de experiência em C (imperativa), e se candidatarem a uma vaga de .NET/C# (OOP), assumindo soft skills semelhantes, o CV do primeiro candidato é sempre mais valorizado para a posição.

-Quando é que consideram que um side-project é relevante o suficiente para que seja referenciado no vosso currículo?
Depende, nos primeiros anos enquanto não se tem conteúdo suficiente para encher 2/3 páginas devem-se adicionar sempre, desde que saibas falar sobre o projecto, que tecnologias/linguagens/frws usaste, porquê, porque decidiste criar o side-project etc.
Ao fim de alguns anos, quando já tens que prioritizar o que colocas no CV, tens que balancear o que acrescenta mais valor para a job opportunity a que te candidatas. Pode acontecer para 2 propostas de emprego diferentes, numa um side-project valer mais vs. a tua primeira experiência profissional, e na outra ser ao contrário.
 
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