Saturn NiGHTS Into Dreams (Epic)

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NiGHTS into Dreams é um jogo lançado pela Sega em 1996 para a Sega Saturn, sendo reconhecido como um dos principais jogos da consola, estando muito à frente do seu tempo, ao apresentar mecânicas de jogo inovadoras e que, infelizmente, não foram completamente aceites e compreendidas pelos jogadores. Sabem aqueles artistas que só após falecerem recebem o crédito merecido pelas suas obras? Com NiGHTS passou-se mais ou menos o mesmo, com a genialidade do jogo a ter o devido reconhecimento quando a Saturn já tinha sido enterrada.

NiGHTS foi desenvolvido pela Sonic Team, com Yuji Naka como produtor e líder de programação, e Naoto Oshima como diretor e designer dos personagens. A intenção dos programadores era fazer da sensação de voar o elemento central da jogabilidade, recorrendo para isso a uma combinação de elementos 2D com 3D ao longo do cenário, que ajudavam a dar a sensação de movimento.
O jogo foi lançado no mercado no final de 1996 com uma responsabilidade enorme sobre os ombros: substituir a mascote da Sega, Sonic the Hedgehog, no line up natalício da Saturn, pois Sonic Xtreme, o novo titulo do ouriço, não iria estar pronto a tempo (e, como se sabe, acabaria por ser mesmo cancelado) e a Sega precisava de um titulo-chave que fosse capaz de disputar com a cada vez mais forte PlayStation.

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NiGHTS foi de tal forma revolucionário para a época que a Sega sentiu necessidade de criar um comando analógico, de forma a aprofundar a jogabilidade 3D do titulo. Este gamepad foi, no entanto, lançado somente depois do lançamento da Nintendo 64, que apresentou um comando analógico no seu comando padrão. É curioso verificar que o comando 3D da Saturn tinha um design extremamente parecido com o pad da vindoura consola da Sega, a Dreamcast.


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Qualquer semelhança com o comando da Dreamcast é pura coincidência!

A importância dada ao jogo pela Sega foi de tal forma que foi lançada uma edição especial de Natal do jogo - Christmas NiGHTS - que hoje é uma peça muito procurada pelos coleccionadores.

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Em NiGHTS, todas as noites, todos os sonhos humanos são passados em Nightopia e Nightmare, as duas partes do mundo dos sonhos. Um dia, Elliot Edwards e Claris Sinclair, duas crianças da cidade Twin Seeds, passam por dificuldades na vida. Elliot gosta de jogar basquete, mas é desafiado por rapazes mais velhos e perde. Claris quer cantar numa peça mas é superada pelo medo dos bastidores em frente do público. Naquela noite, ambas as crianças tiveram pesadelos, naturais da idade, representativos dos eventos negativos que tiveram ao longo do dia. Eles escapam para dentro de Nightopia e libertam Nights, que lhes explica sobre os sonhos, Wizeman e seus planos, e os três começam uma jornada para parar Wizeman e restaurarem a paz em Nightopia.


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Graficamente, o jogo é do melhor que a 32 Bits da Sega apresentou aos jogadores, demonstrando bem o poder da consola no processamento de grafismo tridimensional, poder esse que na maioria das vezes não foi utilizado pelos programadores, que se queixavam da dificuldade de trabalhar na Saturn. No Natal de 1996 não havia jogo no mercado com melhor grafismo que a obra-prima da Sonic Team.


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Quanto à jogabilidade, Nights into Dreams é divido entre níveis ou "Dreams", cada um dividido em quatro "Mares" e uma batalha contra o boss. Os níveis são distribuídos igualmente entre as duas personagens infantis; três são únicos para Claris, três para Elliot, e cada personagem joga através de um idêntico sétimo nível final, "Twin Seeds". Inicialmente, somente a Spring Valley de Claris e a Splash Garden de Elliot estão disponíveis, e o êxito em completar uma dessas destrava o próximo nível do caminho da criança. As etapas anteriormente concluídas podem ser revisitadas para melhorar as pontuações do jogador; um grau "C" nos níveis de cada criança seleccionada deve ser realizado para destrancar o Twin Seeds dream relevante para aquele personagem. Apesar de ter poucos níveis, os mesmos são tão divertidos de percorrer e tem um level design de tal forma bem concebido, que não nos importamos de os percorrer vezes sem conta. Para mim é sempre um prazer :yes:

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NiGHTS into Dreams é um marco na história dos videojogos e mais uma prova de que Yuji Naka é um génio na arte de conceber grandes obras videojogaveis. Em 1996 não havia nada assim, e quem o jogou e o percebeu na época sabe bem do quão revolucionário este jogo foi.

Divertido, cativante, original, muito criativo e uma jogabilidade excelente são alguns dos ingredientes necessários para se fazer um grande jogo. E NiGHTS tem-nos todos. Vale a pena ter uma Saturn apenas para jogar este jogo.

 
Última edição:
Bom tópico.

Gostei de ver a tua análise sobre o jogo. Foi de facto fantástico na altura que o joguei, e provavelmente continua (sorry, já não jogo há uns anitos :|)
Nunca tive a possibilidade, ou melhor, a oportunidade de comprar o Christmas ou o bundle todo pipi que trazia o comando, e que são óptimos itens para qualquer coleccionador :)

Como referes, cada nível é praticamente uma obra prima em termos de apresentação, e terminam sempre com grandes bosses no fim.
 
o christmas nights era oferecido, nao me lembro exactamente com quê. Acho que ainda tenho uma cópia cá em casa (isso vale alguma coisa de jeito?)
aliás eu tinha praí meia dúzia delas, mas fui oferecendo

do nights saiu um port para a ps2, mas ou me engano ou foi só no japão (o que é uma pena)
 
Vinha com o Daytona USA CCE, para além de vir com outras revistas (não me lembro quais). Infelizmente, o meu jogo do Daytona não trazia, talvez pela fornalha que foi :(

Esse 'remake/port' faz parte da colecção SEGA Ages. Como o Nights, saíram outros como o Wonder Boy, Phantasy Star, Golden Axe e o melhor deles todos... o Dragon Force.

O I_Eat_All tem essa versão e ele, em tempos, já comentou essa sua experiência noutro tópico do Nights.

*edit* ou não, esquece, estou a confundir! O Nights não faz parte dessas edições para a PS2.
 
Sim, o Nights PS2 vinha sozinho num disco, acho que andei a cheirar isso no ebay
Não me lembro é se era vendido sozinho ou se vinha em bundle com outro jogo, do genero do sega rally foleiro que vinha com um port do sega rally 1 arcade (muito bom este último)
 
Vinha com o Daytona USA CCE, para além de vir com outras revistas (não me lembro quais). Infelizmente, o meu jogo do Daytona não trazia, talvez pela fornalha que foi :(
Acho que em Dezembro de 1996 também o ofereciam na compra da Saturn.

Mas era dado à parte.
Esse 'remake/port' faz parte da colecção SEGA Ages. Como o Nights, saíram outros como o Wonder Boy, Phantasy Star, Golden Axe e o melhor deles todos... o Dragon Force.

O I_Eat_All tem essa versão e ele, em tempos, já comentou essa sua experiência noutro tópico do Nights.

*edit* ou não, esquece, estou a confundir! O Nights não faz parte dessas edições para a PS2.
Tecnicamente é como se fizesse parte porque o conceito é o mesmo, mas "felizmente" decidiram separá-lo dessa linha o que permitiu ter uma edição de coleccionador à maneira com oferta de um artbook brutal.

Se soubesse que o querias tinha-te dito, a play-asia liquidou-os Nightopia Dream Packs há uns meses, não me recordo exactamente dos valores mas mais barato do que me custou.

Ainda estão as imagens da minha versão online na thread de aquisições:

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Havia mais uma foto que era do artwork do livro, mas o imageshack já a apagou :/ A versão com gráficos melhorados corre um pouco mais lenta que a original, por isso tipicamente jogava a versão com os gráficos originais na PS2, ao inicio o timing da outra fazia-me alguma confusão, depois até que me habituei, mas é um pouco como jogar Sonic em versão PAL… Gosta-se sempre mais da versão que corre o jogo com o pacing correcto.
 
Última edição:
Confirmo que uma copia do Christmas Nights era oferecida com a consola no Natal. Só não sei precisar o ano em que comprei a minha.

O jogo foi um marco de originalidade na altura, e ainda hoje não conheço nenhum jogo que se assemelhe. Verdadeiramente único.
 
Confirmo que uma copia do Christmas Nights era oferecida com a consola no Natal. Só não sei precisar o ano em que comprei a minha.

O jogo foi um marco de originalidade na altura, e ainda hoje não conheço nenhum jogo que se assemelhe. Verdadeiramente único.
Bom… Vem aí o Rodea the Sky Soldier feito pela Prope que é o novo estudio do Yuji Naka.

-> http://www.youtube.com/watch?v=lhfJsBh7MXw

Que tem bom aspecto e similaridades. (não fosse o Yuji Naka quem fez o original)
 
Confirmo, também eu recebi a minha Sega Saturn pelo Natal e tive a cópia do Christmas Nights, confesso que é com grande pena que não sei dele!! Já na altura era um jogo diferente de tudo o resto, lembro-me de alugar o Nights Into Dreams e chegar ao fim inúmeras vezes naquele fim de semana!
 
Adorava este jogo! Tiha uns 6 ou 7 anos, nao percebia puto do que estava a fazer, até jogava o Xmas no mesmo CD acho (que vinha com a Sega na altura..) e nem sabia se aquilo era por niveis ou nao. Mas era sempre divertido jogar Nights :D Agora nao sei é se deve ser considerado retro. Como faz agora 15 anos que saiu.
 
Última edição:
igual à original é a da PS2

a da wii parece-me bastante diferente pelo que vejo na net
 
Última edição:
è o unico jogo que ainda quero adquirir para a saturn...
confirmam que a versão wii é identica a saturn?

É um bocado diferente. Principalmente os controlos que estão....well kinda meh.

+ Odeio as vozes... :|

Ainda considero:

NiGHTS Into Dreams > XMas NiGHTS > NiGHTS Journey into Dreams.

SEGA....porque raios já não fazes jogos tão épicos como antigamente! Dá-me um Street of Rage e um Panzer Dragon Saga...novo GOD DAMMIT!

Cumprs,
 
Adoro oo Nights! Tantas vezes que o passei!

Não sei se referiram, mas o cd do jogo podia ser inserido num pc normal e trazia uns wallpapers e umas músicas :D
 
Se não em engano todos ou quase todos os jogos da SS vinham com a musica à parte e por isso davam no PC, assim como no player da consola.
Relativamente ao comando penso que não seja coincidência nenhuma, o comando da DC foi baseado nesse comando e o da Xbox no da DC.

Quanto ao jogo tenho o Nights e o Xmas Nights, mas depois lembrei-me que tenho uma edição Japonesa especial com o comando e um adaptador ainda selados :D

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Se não em engano todos ou quase todos os jogos da SS vinham com a musica à parte e por isso davam no PC, assim como no player da consola.
Os tempos da musica não comprimida.

Nem todos, só os que traziam faixas e no caso concreto do NiGHTS a maior parte da musica não está nessas faixas, apenas a theme song e os sound effects. O grosso da banda sonora do jogo é dinâmica real-time, em todos os níveis a musica muda ligeiramente de playthrough para playthrough porque tem um algoritmo avançado de mutação baseado no grau de felicidade dos Nightopians.
Relativamente ao comando penso que não seja coincidência nenhuma, o comando da DC foi baseado nesse comando e o da Xbox no da DC.
O da Xbox não foi oficialmente baseado, diria mais para os lados de apropriado (e por mal apropriado, estamos a falar do primeiro comando Xbox, o trambolho).

Há diferença entre chegar a uma solução e pegar numa solução existente e aplicá-la sem esse raciocínio/processo evolutivo de trial and error que justifica as escolhas (tanto que deu asneira).

O comando não é coincidencia nenhuma, não sei se alguma vez viste protótipos de comandos DC, mas há lá coisas muito interessantes:

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Dá para ver que a base de desenvolvimento standard era mesmo o comando em questão (e dá para perceber bem com eles lado a lado) coisas como o encaixe de acessórios no comando é uma ideia original deste comando, diga-se, o cabo do comando era preso por um clippe/jack porque a Sega Team tinha planos para o AiR NiGHTS ter motion sensing; que se ligaria por expansão ao comando.

A ergonomia do comando 3D saturn é melhor que a do comando final DC, no entanto, por causa do espaço para os dedos.
 
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