Das apresentações mais francas e desinspiradas da Nintendo nos últimos anos. E nem quero imaginar como seria se ainda tivessem de alimentar duas consolas, como noutros tempos. A ausência de grandes novidades pode estar relacionada com a covid-19, obviamente, mas daí a justificar tudo, vai uma larga distância. Os dois grandes títulos da Nintendo Entertainment Planning & Development são de 2017 - Super Mario Odyssey e The Legend of Zelda: Breath of the Wild, este último planeado sair em 2015, originalmente para a Wii U. Desde então, a grande produção de jogos continua completamente atrasada e sem grandes frutos. Compreende-se os vários ports e relançamentos de títulos que não se destacaram com o fracasso comercial da Wii U - New Super Mario Bros. U Deluxe, Captain Toad: Treasure Tracker, Mario Kart 8 Deluxe, Pikmin 3 Deluxe e Super Mario 3D World + Bowser's Fury, mas depois issso não se tem traduzido em tempo e em lançamento de grandes títulos de peso, desenvolvidos exclusivamente para a Switch, à exepecção de Animal Crossing: New Horizons, Super Mario Maker 2 e Splatoon 2. O que, para a quantidade de funcionários daquele departamento que em tempos era fragmentado em vários, é bastante pouco. Alguma coisa de muito errado se passa por aquelas bandas, ou, estão a desenvolver títulos fora de série.
Não esquecer ainda alguns jogos que foram anunciados antes do tempo, e que desde então nunca mais se ouvi boas novas: Bayonetta 3, Metroid Prime 4 e Detective Pikachu game. The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2 anunciado também ele antes do tempo, e que já se deve encontrar em desenvolvimento há imenso tempo.
Mas se a produção de novos títulos até se pode justificar com atrasos de produção, e atenção ao detalhe, a linha de posicionamento de mercado também tem deixado imenso a desejar, com ports e remasterizações paupérrimas, com o mínimo de esforço a pelo de jogo novo, como é o caso do The Legend of Zelda: Skyward Sword HD que é absolutamente ridículo, até mesmo para a própria história da Nintendo, que em tempos também o fez, mas sempre fez questão de acrescentar valor extra ao produto final, ora mexia nos visuais, ora mexia na estrutura do jogo, ora acrescentava missões extra, etc.
É uma pena ver a Nintendo Switch a vender tão bem e com uma popularidade tão positiva e ver a Nintendo sem qualquer reação para o sucesso da consola. Splatoon 3 é bem-vindo, a comunidade é forte, mas e que tal um jogo diferente, estilo Super Mario Strikers? Quanto ao Golf, é já um clássico.
O apoio das third-parties também embora fosse previsível, começou a ser cada vez mais reduzida, limitando-se a pouco mais de Square-Enix, Capcom, Koei Tecmo. E mesmo estas, sempre com um pé atrás, e com produções de segunda linha, à exepcção da Capcom, que agora traz em exclusivo (até ao momento), Monster Hunter Stories e Monster Hunter Rise, que vai vender imenso no Japão, e pode ser que consiga angariar parte do que foi a comunidade do World. Mas mesmo assim, é bastante pouco.
Como 2020 foi um fracasso de oferta, 2021 tinha tudo para ser um ano diferente, com muito mais sortido, sobretudo pelos títulos que foram adiados por causa da pandemia, e que necessitavam e bem, de mais tempo para serem polidos, mas a primeira metade do ano leva-me a crer que vai ser bastante pobre, e a segunda é ainda uma incógnita.