Ora bem, cá vão as minhas impressões:
- gostei do início, sobre os primórdios dos jogos e da forma como a tecnologia militar e o contexto político da época moldaram a criação de uma nova forma de entretenimento
- achei demasiado voltado para os EUA - houve referências à Nintendo e à SEGA mas as indústrias japonesa e europeia passaram praticamente ao lado - como alguns já disseram, não houve espaço para o Spectrum, nem para os computadores da Commodore, o que eu acho grave já que na Europa foram o primeiro contacto com os jogos para milhões de pessoas
- pelo que disseram, a ideia com que ficamos é que o único jogo para consolas feito nos últimos dez anos foi o Grand Theft Auto; parece que Mario e Zelda foram apenas fenómenos dos anos 80, que Sonic só teve um jogo (apesar de mostrarem mais) e que uma série de grandes títulos nunca existiram
- trataram a PlayStation como se fosse uma espécie de graal dos jogos, como se antes dela os jogos fossem umas coisas primtivas só para geeks - achei um pouco mau terem comparado o "agora" e o "antes" mostrando o Crash Bandicoot (1996) para a PS1 e o Super Mario World (1990) para a SNES...todos sabemos qual foi o jogo com mais impacto
- fizeram uma única referência à Mega Drive mas não explicaram nada sobre ela; nem uma palavra sobre SNES, Saturn, Nintendo 64, Dreamcast, Game Boy Advance, DS, PSP; uma pequena referência ao Game Boy original a propósito do Tetris; as arcades parece que deixaram de existir na década de 80
- a partir da década de 90 tornou-se quase tudo centrado no PC e nas experiências online, ignorando praticamente o resto
Talvez como documentário mais voltado para informar a sociedade esteja bem, mas quem o viu para tentar perceber melhor a forma como funciona a indústria dos jogos vai pensar que os actuais jogadores só pensam em "praças públicas virtuais", em embelezar avatares, em estabelecer redes de contactos sociais e em formar clans para jogar online...