jabun
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Com a chegada à maturidade deste meio de entretenimento, é natural que se erguam inúmeros saudosistas que recordem com nostalgia os tempos passados com videojogos na sua infancia e juventude. Neste contexto, o Retrogaming tornou-se uma espécie de moda, trazendo inúmeros aspetos positivos a esta indústria, dando a possibilidade aos novos jogadores de conhecerem os clássicos do passado, que marcaram gerações e ajudaram este meio a evoluir.
No entanto, este amor pelos jogos do antigamente faz com que os apreciadores retros mais devotos por vezes se esqueçam de algumas caracteristicas dos jogos mais antigos que hoje simplesmente não seriam aceites. Assim de repente lembro-me da falta de saves em inúmeros titulos (alguém tem saudades de ter de jogar um jogo de plataformas de enfiada na Mega Drive? Eu nem por isso), os bons tempos a sintonizar o canal da consola com o velho cabo RF ou os fios dos comandos que, volta e meia, eram vitimas de um puxão por parte de uma familiar um amigo mais distraido, o que levava ao estatelamento da consola no chão.
outro dos pontos marcantes do retrogaming que não deixa saudades nenhumas: perder os nossos saves. Nos cartuchos isto era raro de acontecer, mas na geração da PS1 isto era mato, principalmente para os putos que quando pediam aos pais um cartão de memória lá tinham de levar com um de marca branca, porque era muito mais barato.
O meu primeiro cartão de memória para a PS1não era oficial. E tinha lá tudo o que era importante e com várias horas de jogo: FFVII, FFVIII, FFIX, Star Ocean, Gran Turismo, Vagrant Story, Metal Gear Solid... E do dia para a noite o bicho formatou-se sozinho e quando fui fazer load a um jogo tinha o cartão a zeros... Contemplei o suicídio
Outro aspeto que penso ninguém ter saudades era os preços dos jogos. Sim, hoje podem ser caros mas nos anos 80 e 90 eram muito mais. E não havia a concorrência do mercado online, logo tinhamos de nos sujeitar aos preços praticados pelas grandes superficies. Eu bem me lembro do dia em que com 10 contos consegui comprar 2 jogos da Mega Drive em promoção no Toys R Us do CascaisShopping (Sonic & Knuckles e Rocket Kinghts Adventure) e ter achado que tinha feito o negócio do século.
A febre do Retrogaming trouxe também uma inflação enorme do preço dos jogos das gerações passadas, havendo vários caramelos a tentar vender jogos comuns e que venderam milhares de cópias, como se de verdadeiras raridades se tratassem. A maioria dos jogos que comprei "fora do seu tempo" (sendo artigos retro portanto) foi, mais ou menos, no período entre 2002-2008. E fiz negócios fantásticos. Se por um lado é verdade que havia mais desconhecimento do valor de mercado de alguns jogos e havia mais gente a querer se desfazer dos seus jogos antigos que só estavam em casa a ocupar espaço e volta e meia lá aparecia um Panzer Dragoon Saga a preço de saldo, a verdade é que, no geral, o preço dos jogos era muito mais justo.
Parece que agora é muito mais dispendioso conhecer a historia dos videojogos. Eu vou agarrar-me bem aos meus
E a vocês? Quais os aspetos do Retrogaming que mais vos chateiam?
No entanto, este amor pelos jogos do antigamente faz com que os apreciadores retros mais devotos por vezes se esqueçam de algumas caracteristicas dos jogos mais antigos que hoje simplesmente não seriam aceites. Assim de repente lembro-me da falta de saves em inúmeros titulos (alguém tem saudades de ter de jogar um jogo de plataformas de enfiada na Mega Drive? Eu nem por isso), os bons tempos a sintonizar o canal da consola com o velho cabo RF ou os fios dos comandos que, volta e meia, eram vitimas de um puxão por parte de uma familiar um amigo mais distraido, o que levava ao estatelamento da consola no chão.
outro dos pontos marcantes do retrogaming que não deixa saudades nenhumas: perder os nossos saves. Nos cartuchos isto era raro de acontecer, mas na geração da PS1 isto era mato, principalmente para os putos que quando pediam aos pais um cartão de memória lá tinham de levar com um de marca branca, porque era muito mais barato.
O meu primeiro cartão de memória para a PS1não era oficial. E tinha lá tudo o que era importante e com várias horas de jogo: FFVII, FFVIII, FFIX, Star Ocean, Gran Turismo, Vagrant Story, Metal Gear Solid... E do dia para a noite o bicho formatou-se sozinho e quando fui fazer load a um jogo tinha o cartão a zeros... Contemplei o suicídio
Outro aspeto que penso ninguém ter saudades era os preços dos jogos. Sim, hoje podem ser caros mas nos anos 80 e 90 eram muito mais. E não havia a concorrência do mercado online, logo tinhamos de nos sujeitar aos preços praticados pelas grandes superficies. Eu bem me lembro do dia em que com 10 contos consegui comprar 2 jogos da Mega Drive em promoção no Toys R Us do CascaisShopping (Sonic & Knuckles e Rocket Kinghts Adventure) e ter achado que tinha feito o negócio do século.
A febre do Retrogaming trouxe também uma inflação enorme do preço dos jogos das gerações passadas, havendo vários caramelos a tentar vender jogos comuns e que venderam milhares de cópias, como se de verdadeiras raridades se tratassem. A maioria dos jogos que comprei "fora do seu tempo" (sendo artigos retro portanto) foi, mais ou menos, no período entre 2002-2008. E fiz negócios fantásticos. Se por um lado é verdade que havia mais desconhecimento do valor de mercado de alguns jogos e havia mais gente a querer se desfazer dos seus jogos antigos que só estavam em casa a ocupar espaço e volta e meia lá aparecia um Panzer Dragoon Saga a preço de saldo, a verdade é que, no geral, o preço dos jogos era muito mais justo.
Parece que agora é muito mais dispendioso conhecer a historia dos videojogos. Eu vou agarrar-me bem aos meus
E a vocês? Quais os aspetos do Retrogaming que mais vos chateiam?