Mirror's Edge Catalyst (PS4): 7,5/10
Acabei este jogo à pouco tempo e tornou-se para mim um dos jogos mais underrated da geração, um bom jogo que muito pouca gente fala e um reboot superior em tudo em relação ao seu antecessor.
Começo pela história que foi um dos grandes pontos fracos do original e continua um dos pontos mais fracos deste jogo, mesmo sendo superior ao seu antecessor. Tal como no original a protagonista é a Faith Connors, uma Runner (uma espécie de mensageiros na cidade futurista, no qual à uma ditadura e os runners são a única forma das pessoas comunicarem sem serem detetadas pelo governo) que depois de sair da prisão, descobre uma conspiração do governo e têm de a impedir. A história não é muito original, mas até têm boas personagens e no geral encaixa bem com o estilo do jogo, o problema é o final que é muito apressado e não dá uma boa conclusão à história.
A jogabilidade não mudou muito em relação ao primeiro jogo, a única diferença é que agora o jogo é mundo aberto, ou seja agora temos missões secundárias e atividades que são muito repetivas. A história do jogo em si é curta, o que aumenta a duração do jogo são essas atividades e as missões secundárias. Outra novidade do jogo em relação ao original é que agora têm um sistema de evolução tipo um RPG mas para quem não quiser fazer missões secundárias não precisa pois o jogo não é muito difícil e não é necessário evoluir a Faith para progredir no jogo.
Os gráficos são um dos pontos mais fortes deste jogo, são lindos e a cidade têm um design espectacular. Alguns cenários são realmente de fazer cair o queixo. A banda sonora é excelente, arrisco a dizer que foi das melhores de 2016 e o trabalho de vozes também está muito bom.
No geral, quem gostou do primeiro este é um jogo obrigatório, mas para quem não gostou, não vai ser este jogo que vai fazer gostar da saga.
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Dishonored 2 (PS4): 8,5/10
O primeiro Dishonored foi das maiores surpresas da geração passada, por isso as expectativas para a sequela eram naturalmente altas e o jogo cumpriu a maior parte delas.
A jogabilidade continua excelente tal como o primeiro jogo, só que agora em vez de jogarmos com o Corvo, também podemos com a sua filha Emily que têm poderes diferentes do Corvo, o que para além de dar uma maior variadade à jogabilidade, faz-nos repetir o jogo para jogarmos com as duas personagens o que aumenta o tempo de jogo. Eu joguei com a Emily e a jogabilidade com ela está excelente com excelentes controlos e que respondem. Outro grande ponto positivo deste jogo, assim como do primeiro, é a liberdade que o jogo te dá de fazeres as missões como quiseres, seja sendo furtivo, a matar tudo ou um pouco de ambos. O jogo também têm umas missões secundárias que facilitam as missões principais.
Em termos de gráficos, o jogo está muito bonito, com um excelente design de cenários e bastante detalhados.
O som do jogo também é muito bom, assim como a banda sonora e o trabalho de vozes.
A história é um dos pontos mais fracos do jogo, não é que seja má, simplesmente não é de extraordinário, mesmo o mundo sendo muito feito, a história do jogo em si não é muito interessante ou entusiasmante. Mesmo assim, achei a história superior à do primeiro jogo e a Emily é uma personagem bastante carismática e interessante.
Resumindo, é uma sequela digna do seu antecessor e um dos melhores jogos de 2016, quem não jogou e gosta deste género está a perder um grande jogo.
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Outlast (PS4): 7,5/10
Sempre ouvi dizer que Outlast é dos jogos mais assustadores dos últimos anos e eu como grande fã de jogos/filmes de terror tive de experimentar e tenho de dizer este jogo foi o jogo mais assustador que joguei até hoje, tudo desde a história creepy e cheia de reviravoltas macabras até à sua atmosfera que deixa um suspense durante todo o jogo, aliás esse é um dos grandes pontos positivos do jogo, é que este jogo têm sempre um ritmo intenso e que nunca nos deixa respirar.
A história é boa, não é nada de inovador ou extraordinário (à um filme chamado Grave Encounters de 2011 que têm uma história semelhante à deste jogo) mas dá um bom suporte ao jogo e com um final intrigante. O maior problema é que o jogo é muito curto, mas tendo em conta o ritmo intenso é compreensível, mas não deixa de ser uma falha.
A jogabilidade é muito simples, apenas temos de fugir dos inimigos, encontrar itens para progredirmos pelo cenário e usar a nossa câmara para ver no escuro (que são dos momentos mais intensos do jogo).
Os gráficos são muito bons, especialmente sendo um jogo de baixo orçamento têm uns gráficos melhores que muitos jogos da sua época. Como já referi a atmosfera do jogo é fantástica e os cenários são muito bem detalhados.
A banda sonora é muito boa, assim como o trabalho de vozes que é bom.
No geral é um jogo aconselhado a quem é amante de jogos de terror, mas é preciso ter um estômago forte para algumas das cenas deste jogo.
Também aconselho o DLC Wistleblower, que ajuda a perceber o final do jogo original, para além de ter cenas ainda mais assustadoras que o original.