Control (PS5) - 8/10
Aproveitando o freebie no PS Plus, com a oferta da Ultimate Edition, finalmente tive oportunidade de completar o jogo Control, um jogo da Remedy, escrito por Sam Lake, um argumentista que conseguiu criar alguns títulos com histórias muito estranhas e surreais, o que aqui não é exceção.
Em Control, jogamos com Jesse Faden que procura encontrar respostas para descobrir as razões que levam a que uma estranha entidade - o Ruído tenha invadido a Antiga Casa, que é a sede do Departamento, uma agência governamental clandestina que esconde muitos mistérios sobrenaturais dentro do seu edifício. Jesse Faden utiliza ela própria poderes vários, como a telecinese, entre outros, para combater os inimigos que foram possuídos pelo Ruído e que querem travar a sua progressão na descoberta da verdade.
Control é um jogo que se vai revelando e descobrindo aos poucos, na medida em que, numa primeira abordagem, tudo é muito estranho e imperceptível, mas que, ao longo da história vamos juntando as peças do puzzle e encontrando os fundamentos e razões de todo aquele enquadramento. O próprio jogo também vai ganhando robustez à medida que a Jesse vai ganhando poderes e a interação com os inimigos vai sendo cada vez mais diversificada.
Por algum gosto por histórias estranhas como Twin Peaks, por exemplo, não tive dificuldade em me perder naquele mundo retorcido de Control, mas reconheço que, apenas alguma leitura do lore e documentos que vamos recolhendo, permitiu trazer alguma luz para encontrar respostas aos mistérios que se escondiam na Sede do Departamento. O mapa do jogo por vezes era um pouco confuso e, mesmo com as indicações nos corredores, não era de fácil apreensão nos destinos a chegar e meios para o fazer. Neste aspeto, destaco aqui uma feature da PS5 com os hints ingame e por duas ou três vezes, tive que recorrer a isso para perceber qual o caminho a tomar. Achei este acesso a um walktrough dentro do sistema operativo da PS5 (porque o jogo assim estava configurado e preparado para tal) muito prático. Por outro lado, o uso do dualsense também é aqui muito vincado, pelo uso do haptic feedback na sensação da Jesse a andar/correr e nos adpative triggers, com as diferentes armas a terem também diferentes abordagens sensoriais e de pressão no gatilho. Muito engraçado mesmo.
Em termos técnicos, jogando a versão melhorada em 60fps - perfomance mode, também trouxe a agradável fluidez dos framerates mais elevados, o que torna a jogabilidade muito mais atrativa, sobretudo nos momentos de combate fast-paced.
Em suma, Control é um bom jogo, com uma história muito estranha e surreal, mas onde os poderes que a Jesse Faden vai adquirindo ao longo, não tornam toda a experiência entediante, mas vão trazendo alguma diversidade para conseguirmos chegar à sua conclusão de um modo muito satisfatório. Recomendado.