The Last of Us: Part II
10/10
(Podem ler à vontade que não contém SPOILERS)
Há quem chore a ver filmes, novelas ou séries, e há quem chore a jogar videojogos. Eu confesso, chorei no Final Fantasy VII na PS1, chorei no Red Dead Redemption 1 e chorei baba e ranho neste The Last of Us Part II. Este jogo consegue mesmo mexer com os sentimentos de uma pessoa e mais do que uma vez.
A história do jogo é soberba, a Naughty Dog fez aqui algo arrojado e com tomates para o que fez. Com o final do primeiro jogo ficou tudo em aberto, como a Ellie ia reagir ao saber a verdade, e este jogo é a continuação disso. Só que pelo meio há muitas, mas muitas surpresas. O jogo consegue encostar à parede o jogador, e eu pelo menos senti que o jogo ficou perfeito nesse aspecto porque esclarece imensa coisa.
O jogo consegue pegar na jogabilidade do primeiro e meter isto na perfeição. Apesar de ser um jogo linear existe muito por onde explorar, e depois o facto de poder escolher a melhor maneira de derrotar os inimigos ou até mesmo entrar em edificios e uma coisa boa. Imaginem uma edifício, vocês podem entrar por uma janela, ou por uma porta, ou encontrar uma parede meia destruída e passar por lá, e já dentro do edifício existem mais opções para se esconderem ou até mesmo passar pelos inimigos sem ter de matar ninguém. O jogo neste aspecto está brutal.
O craft das armas está muito realista, encontrar uma bancada para fazer upgrade às armas e ver o realismo com que aquilo é feito é surreal. O detalhe daquilo deixa-me sem palavras.
Outra aspecto delicioso do jogo é andar no meio da vegetação abaixado e os inimigos nem nos conseguem ver, até eu tinha dificuldades em saber onde estava a personagem.
A nível gráfico e design do jogo, Excelente. Eu demorei 25h a terminar o jogo e tirei mais de 130 screenshots. O jogo visualmente é soberbo!
Quanto à controvérsia que existe me torno do jogo, li alguns comentários sobre malta que queria que mudassem a história do jogo. Ora bem, um videojogo é uma Arte e cabe a nós entender essa Arte. A escritor do jogo deu-nos uma história e nós temos de saber interpretar isso da ideologia do autor. Eu consegui entender o que ele quis mostrar com a história do jogo, agora quem lança hate ao jogo por causa da história é porque não sabe interpretar uma Arte.
A cena da LGBT, para mim é indiferente se o jogo tem homosexualidade ou não. Agora concordo com algumas opiniões de que o Neil Druckmann exagerou um pouco nas suas ideias sobre isso, mas não é por isso que o jogo deixa de ser uma Obra de Arte.
Se este é o melhor jogo desta geração? Muito provavelmente sim. Se é o meu jogo preferido desta geração? Não. Esse ainda pertence ao God of War.