Dynasty Warriors 9 Empires - 6.5/10
"TATAKE!!!"
PS4 Pro
Dynasty Warriors é uma série que nasceu em 1997 na PS1 e que início ao género Musou, ou seja, 1 vs 1000. Muito honestamente já perdi a conta à quantidade de jogos e de expansões que esta série já teve, e agora, eis que chega mais um Dynasty Warriors e mais uma expansão. Dynasty Warriors 9 Empires é um jogo que se foca na estratégia com elementos Hack ‘n’ Slash.
Para aqueles que não estão familiarizados com esta série, Dynasty Warriors baseia-se no Romance of the Three Kingdoms. E caso estejam a perguntar do que se trata este romance histórico chinês, é simples. Baseia-se em anos problemáticos perto do fim da Dinastia Han e da era dos três reinos da China. Deu início em 169 e acabou com a unificação em 280.
Estão disponíveis cinco níveis de dificuldade: Beginner, Easy, Medium, Hard e Chaos. DW9E oferece oito campanhas diferentes e quase 100 Musou Officers e 700 Common Officers jogáveis. Depois de termos escolhido uma das oitro campanhas e uma das imensas personagens do jogo, vamos para o menu Political Commands onde somos presenteados com as opções: Domestic Affairs, Human Affairs, Diplomacy, Military Affairs, Battle, Stroll, Buy e Rest. Mas vamos por partes.
No Domestic Affairs podemos obter ouro ou consumíveis. No Human Affairs podemos fazer Resign, Transfer, Betrayal ou ganhar Independência. No Diplomacy pode-se fazer Scout (procurar Officers de outros reinos) e Bribery, ou seja, oferecer prendas a um Officer de outro reino para aumentarmos o companionship. No Military Affairs podemos fazer Recruitment, Conscription, Training, Great Training, Upgrade Defense e Sabotage. No Battle podemos fazer invade ou defend. No Buy podemos comprar e vender items como flechas e gemas. No Rest serve para descansar e recuperar forças. E no Stroll é onde podemos explorar os locais em formato open world. Durante o Stroll podemos tirar fotos ou interagir com os Officers e ao selecionarmos a opção Interact durante a fala com um dessas personagens, o friendship com essa personagem aumenta, e consequentemente, aumentam as hipóteses de o podermos recrutar para o nosso reino. Dito isto, o jogador vai passar mais tempo no Political Commands ou a combater do que explorar no modo Stroll.
E lembrem-se que ao fazer qualquer ação no Political Comands, automaticamente o jogo passa um mês e algumas destas ações podem afetar a nossa reputação. Em Dynasty Warriors 9 Empires, tal como no DW8E, podermos criar Custom Officers e também podemos casar e ter filhos. Como? É simples. Temos que encontrar um Officer do sexo contrário e aumentar o relationship até ao nível 100. E a criança só pode nascer após o fim do cenário. Passando à parte técnica do jogo, Dynasty Warriors 9 Empires graficamente não evoluiu em comparação com o Dynasty Warriors 9, mas o pior é mesmo a frame rate. Se de facto a fluidez não é má nas consolas da actual geração, não posso dizer o mesmo nas consolas da anterior geração. O jogo tem dificuldades em oferecer 60 FPS estáveis, mesmo no modo performance.
Apesar de tudo, gosto da jogabilidade do DW9E independentemente da repetitividade das missões. Achei a jogabilidade divertida, porque há várias maneiras de atacar e de contra-atacar os inimigos independentemente de ser um 1 vs 1000. Não basta só usar o auto-combo; por vezes temos que contra-atacar quando os inimigos nos atacam. E podemos usar Secret Plans como ataques flamejantes ou venenosos, ou podemos restaurar a nossa health lentamente por um período de tempo curto. O facto de ser extremamente repetitivo poderá fazer com que alguns jogadores não se sintam muito tentados a investir neste jogo. Podemos alterar o equipamento do nosso Officer, como Artefatos, Gemas, Armas, Arcos e Animais, e ao longo da campanha vamos ganhando títulos que servem para obter habilidades únicas, obter Secret Plans, Military Units e até mesmo Equipment Effects.
Existem imensas unidades militares que podem ser utilizadas como a Infantry que é forte contra a cavalaria e fraca contra os arqueiros e aumenta os danos contra as armas, ou a cavalaria que é forte contra os arqueiros e aumenta os danos contra a durabilidade da base adversária. Uma das novidades deste DW9E em relação aos títulos anteriores é o facto das áreas ao redor de castelos transformam-se em campos de batalha, e isto progredur para instâncias “Storming the Castle”. É preciso por planos secretos estratégicos em prática e balancear o exército. Afinidade para derrubar o portão do inimigo e abater o comandante adversário em Decisive para termos a vitória sobre o castelo.
Estes (antes de começarmos alguma batalha) planos secretos são uma grande ajuda ao nosso objetivo principal, que é invadir ou defender um território. E também ajudam um bocado a combater o excesso de repetitividade no jogo. Por fim, prestem atenção às forças do inimigo antes de fazerem uma invasão ou defender algo. Se o inimigo tiver números muito superiores ao da nossa armada é derrota praticamente garantida. Uma nota final para a banda sonora que é muito boa. No geral, Dynasty Warriors 9 Empires não é um mau jogo graças às imensas opções táticas, à jogabilidade e à banda sonora, mas pouco evoluiu em relação ao Dynasty Warriors 9 e os problemas técnicos e o excesso de repetitividade mancham um pouco a experiência.
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GRID Legends - 8/10
"3, 2, 1... GO!"
PS4 Pro
A série GRID continua a ter um lugar no meu coração, porque o Race Driver: GRID foi um dos primeiros jogos que joguei na minha PS3 nos inícios de 2009. Foi um dos jogos de condução que passei mais tempo a jogar graças à sua condução arcade viciante. Mas a série GRID tem um background mais antigo graças à série TOCA, que começou em 1997 com TOCA Touring Car Championship.
GRID Legends tem uma campanha Driven to Glory, em que o objetivo é levar a nossa equipa Seneca Motorsport ao sucesso e destronar a equipa campeã Ravenwest, composta pelos pilotos Nathan McKane, que é arrogante e conflituoso, e Lara Carvalho. Devo dizer já que as Cutscenes do Story Mode e o texto em si estão bem conseguidos.
GRID Legends é um jogo puramente arcade em que é pegar e jogar sem haver preocupação com os settings dos carros. E devo dizer que a jogabilidade deste jogo é rápida, suave e divertida. Os flashback estão presentes, permitindo voltar atrás no tempo e corrigir os nossos erros durante as corridas, algo limitado a um número de utilizações. É válido dizer que o GRID: Legends não faz nada muito diferente dos outros jogos de corrida arcade como o Need for Speed, Project CARS 3 ou o DriveClub, mas acho que este GRID: Legends é uma junção daqueles 3 jogos. Por exemplo, temos a classe de carros Tuning (Need for Speed), temos race cars e umas pistas reais (Project CARS 3), e temos Track Days (hypercars) e pistas nas florestas “à lá” DriveClub.
Voltando ao Driven to Glory, na maioria das vezes não é obrigatório ficar em primeiro lugar nos eventos para os completar. Alguns desses eventos requerem ficar em sétimo lugar ou acima, por exemplo, enquanto que em outros eventos é preciso ficar à frente de algum piloto. E é claro que nesses eventos (campanha, carreira ou no online) ganhamos GRID points (posição + posição do nosso colega de equipa – custos) e pontos de experiência.
Esses GRID points servem para adquirimos carros, upgrades para os nossos carros ou melhoramentos para à nossa equipa ou para o nosso mecânico. Podemos pedir emprestado, mas vai custar 50% daquilo que ganharmos em dinheiro e não irá somar a distância percorrida para desbloquearmos os upgrades. Quanto mais fizermos level up ao nosso ranking com os pontos de experiência, mais cosméticos ganhamos (Emblems e Calling Cards para a identificação da nossa equipa e decalques para as nossas máquinas) e temos a possibilidade de fazer melhoramentos ao nosso colega de equipa e melhoramentos no nosso mecânico. E com o tempo, também desbloqueamos patrocinadores com os seus mais variados objetivos que teremos de completar para desbloquearmos algum evento específico desse patrocinador.
Temos nove classes de carros presentes neste GRID Legends: Touring, Drift, Trucks, Specials, Electric, Open Wheel, Tuner, Track Day e GT, e inclui carros como o Ferrari F40 LM, Honda NSK-GT, Renault Clio Cup, Shelby Cobra 289 FIA ou o Porsche 911 GT1. Devo dizer que a variedade de classes e carros é coisa que não falta neste GRID Legends quando comparado com o GRID (2019).
GRID: Legends tem 22 pistas e um total de 137 layouts, onde se inserem os traçados de Barcelona, Brands Hatch, Chicago City Circuit, Crescent Valley, Havana City Circuit, Indianapolis, London City Circuit, Mount Panorama, Okutama GP, Red Bull Ring, San Francisco City Circuit, Sepang International Circuit, Suzuka Circuit e entre outros. É verdade que não tem a pista Silverstone, que esteve presente no jogo anterior, mas em comparação com o jogo de 2019, tem mais nove pistas, o que é outro passo de gigante.
Temos várias categorias no jogo como Corrida, Drift (que regressou desde o GRID: Autosport), Eletric, Elimination, Head to Head, Multiclass, Time Attack e Time Trial. Também existe o Multi-Classe, que é um modo bastante bizarro e que fez me lembrar uns certos desafios no Gran Turismo 4. Nesta categoria, várias classes de carros enfrentam-se numa só pista, em que os veículos mais lentos ficam sempre na frente, enquanto que os mais velozes ficam sempre na cauda do pelotão. GRID Legends possui um sistema de customização cosmética nos carros, embora não tão bom como na série GT ou no Forza. Uma coisa que eu dei conta neste Legends é que em cada decalque tem o seu set de patrocinadores predefinidos, não sendo possível alterar “patrocinador X” por “patrocinador Y” ao contrário do que acontecia no Race Driver: GRID, no GRID 2 e no GRID: Autosport.
No modo Carreira, temos imensos eventos para fazer e desbloquear eventos, decalques e carros. Sim, se virmos um amigo online jogando no modo carreira para um jogador do GRID Legends, podemos participar na corrida ao assumir o controlo de um dos rivais da IA. E também podemos criar as nossas próprias corridas graças ao modo Race Creator. Neste mesmo modo, podemos colocar impulsos (somente na classe Elétricos) que são barreiras duplas que servem para obtermos e usar o Nitro no nosso veículo, e rampas nas pistas, assim como a categoria, veículos, local, rota, condições, o número de voltas, o número de pilotos e outras opções avançadas.
Nas condições climatéricas temos seco, chuva, tempestade, dia, noite e neve. Neve é o novo tipo de clima presente na série GRID. É muito difícil ou impossível de notar alterações de comportamentos do carro na pista durante a chuva, mas parece-me que o comportamento do carro altera um bocado quando a pista está com neve, mas é somente um bocadinho. Sobre o IA do jogo, senti positivamente que é muito humana, isto porque, quando atingimos acidentalmente ou de propósito um carro de algum piloto, ou quando ultrapassamos o mesmo, ele pode tornar-se no nosso Nemesis (torna-se agressivo para connosco). Além disso, a IA também comete erros. Sobre os danos dos carros, estão muito bons.
No modo online temos Cross-platform Multiplayer, o que é algo muito bom. Temos os modos online tradicionais como o Quick Race, Multiplayer Session List, Create Session e os eventos semanais e mensais online. A minha experiência em termos de LAG no online do jogo foi boa e não tenho razões de queixa. Mas honestamente, depois de ter feito vários corridas online com um bom sistema de penalizações no Gran Turismo Sport, fazer corridas online em GRID Legends é um caos.
Graficamente, apesar de ter jogado na PS4 Pro a 1080p, achei os cenários do jogo em si bastante bons. Na old-gen o jogo corre a 60 FPS... mas (com uns poucos drops) na Pro e na One X, enquanto que temos 30 FPS nas versões base. Nas consolas PS5 e na Xbox Series X/ S, o jogo corre a 4K com 60 FPS, estando também um modo 120 FPS em desenvolvimento. A banda sonora não é nada de especial, mas os sons dos motores dos carros são bons. Em suma, GRID Legends é um GRID (2019) mas aprimorado e com mais conteúdo. Quem gostou do jogo anterior certamente que irá gostar deste.