Partilha O último jogo

Ao longo dos anos, desde o seu lançamento em 2013, na PlayStation 3, fui passando o jogo algumas vezes, sendo um "ritual" obrigatório, sempre que o jogo ia tendo alguma melhoria visível (novos graus de dificuldade; lançamento da remasterização para a PS4; etc).
Se bem te conhecemos, quando sair a versão para PC, voltas a passar :D
 
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Costumamos ouvir, num contexto mais "maroto", que o tamanho não importa.
E no toca a este jogo, esta máxima é quase uma verdade absoluta.
Brothers a Tale of Two Sons, é um pequeno grande jogo.
Tenho que confessar que estava à espera de um jogo mais infantil, não esperava uma história tão madura.
Não vou entrar muito em spoilers, mas o final deixou-me um pouco melindrado.
Não me recordo de ter jogado um jogo onde a personagem sofre tanto ao longo desta pequena aventura.
O jogo é uma verdadeira ode à união que existe entre os irmãos, durante o jogo é preciso que ambos colaborem para passar à fase seguinte.
O espirito de união e entreajuda entre os irmãos, está muito bem feito, e como disse atrás, este jogo "toca" um pouco.
Especialmente se tivermos irmãos, como é o meu caso.
A minha irmã por vezes tem mau feitio, é chata, e dá-me cabo da cabeça, mas adoro aquela mulher :lol:.
Sei que ela está lá para me ajudar, e eu a ela.
E a premissa do jogo é esta, os irmãos unidos ultrapassam todos os obstáculos.

Outro conceito interessante foram os controlos, basicamente, o analógico esquerdo e o L2 controlam o irmão mais velho.
O direito e o R2, o irmão mais novo.
Embora seja algo interessante, por vezes torna-se um pouco confuso, especialmente nas partes onde temos de controlar os dois irmãos em simultâneo. Ouve uma parte perto do final que foi um pouco dificil de ultrapassar devido a este facto.
Penso que valia mais termos a opção de escolher um irmão se estivessemos em single player e o outro ia acompanhando.
Em alternativa, fazer um coop multiplayer onde cada jogador controlava o respectivo irmão.

Depois de Vaillant Hearts me ter deixado uma lágrima no canto do olho, eis que outro jogo me volta a fazer o mesmo.
Uma aventura curta mas tão bonita, focada num tema igualmente muito bonito.
Quem tiver irmãos ( e partindo do principio que se dão bem) sabe do que falo.
Os controlos como disse é que por vezes se tornaram confusos.
Ainda assim foi um jogo que gostei de jogar, e que se passa com rapidez.
A casa do Rubenzito dá-lhe: 8/10.
 
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Timykin (PC - Gamepass) - 9/10

Por vezes existem jogos que nos surpreendem por surgirem de modo inesperado na nossa lista de títulos a descobrir, sem ter qualquer conhecimento prévio da sua existência e não existir qualquer expetativa sobre o que esperar.

Este foi, para mim, o caso de Timykin, um jogo que me estava a passar ao lado até pelo desinteresse que tive quando vi alguns streams de gameplay. Contudo, tendo pegado nele sem qualquer expetativa, tive uma excelente experiência e foi com muita satisfação um titulo terminado ao final de 8 horas que rapidamente subiu na minha tabela de jogos favoritos do ano.

Na sua essência, este é um jogo de plataformas em 3D que nos coloca na pele de um pequeno aventureiro minúsculo que tem de conseguir ultrapassar uma série de obstáculos em várias divisões de uma casa, de tamanho normal e onde tudo é um enorme desafio devido à diferença de tamanhos entre o personagem e as áreas de jogo. Para este desafio, Timykin tem a ajuda de pequenos "pinkmins" (chamo-os assim dada a semelhança) com poderes diferenciados entre si, seja a capacidade de fazer explodir coisas, construir escadas, gerar eletricidade, etc

Eu achei o jogo muito divertido, com uma jogabilidade muito sólida e com desafios muito bem integrados. Em termos de performance, está irrepreensível nuns fluídos 4k 120fps sem qualquer quebra e uma excelente qualidade de imagem cartoon com cores muito vibrantes.

O jogo é muito marcado pelos muitos colecionáveis em cada uma das divisões, mas que dão gosto apanhar, ate pelas potencialidades de fazer upgrade à capacidade de aumentar o voo e assim alcançar áreas mais altas que dão mais verticalidade ao jogo. Cada divisão da casa tem também desafios específicos a alcançar e a exploração é obrigatória neste jogo.

Talvez seja pela agradável surpresa e divertimento que este jogo me proporcionou, mas considero uma "prenda" do Gamepass que me apanhou completamente desprevenido, pela positiva.

Muito recomendado a quem goste de platformers.
Muito obrigado por este feedback, por causa dele comecei este jogo no fim de semana e terminei agora, é excelente como uma jogabilidade tão simples mas tão precisa e viciante, é capaz de contagiar um jogador.

Quando o vi entrar no gamepass nem dei atenção, recomendo para quem goste de plataformas que hoje em dia são escassos. Que agradável surpresa!
 
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Provavelmente o melhor jogo que joguei nestes últimos três anos, em termos técnicos está muito bem optimizado, corri o mesmo com tudo no máximo (incluindo Ray Tracing) a 4K com DLSS em Quality, excelentes configurações ao nível do som (tanto jogo recente que só deixa ajustar o volume e nada mais). Quanto à narrativa a mesma está muito boa, nos primeiros 10 minutos estranhas as personagens diferentes da forma que são retratadas nos filmes, mas acabei o jogo a preferir esta interpretação das personagens em comparação com as da MCU.

O jogo tem tido com principal critica o combate, e concordo no sentido que é muito fácil e não tem propriamente grande complexidade, se tanto, mas é divertido e tenho gostado do mesmo do início ao fim, a banda sonora é fantástica, isso não haja dúvidas. Não magoa ter uma boa implementação de HDR (apenas peca por ser outro que gosta de ser "ambiguo" em relação à calibração da imagem, qual a dificuldade em apenas ter um separador para o white point e outro para o max luminance ao invés de estar a inventar nomes e percentagens? Metam os valores em nit e digam o que cada um representa!).

Para quem não subscreveu o Game Passe nos últimos 6 meses o jogo (e o resto do Game Pass) está a 1€, são umas 20 horas de jogo, relativamente linear, podem perfeitamente focar-se na narrativa principal e não tem que andar a preocupar-se com explorar todos os cantos. É pena que o jogo não tenha tido a atenção que mereça, este é o melhor jogo dos ultimos tempos que joguei, estou a jogar o Assassins Creed: Origins, já lhe dei umas 30 horas e francamente já começa a fartar um pouco (não ajuda ser outro jogo da Ubisoft com demasiada palha e um motor gráfico que não sabe o que é DLSS), já este Guardians dava-lhe mais umas 30 horas desde que mantivesse o mesmo nível de qualidade em termos de enredo e respectivas personagens.

Acho que vou para o Psyconaults 2, parece ser uma boa experiência.
 
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Provavelmente o melhor jogo que joguei nestes últimos três anos, em termos técnicos está muito bem optimizado, corri o mesmo com tudo no máximo (incluindo Ray Tracing) a 4K com DLSS em Quality, excelentes configurações ao nível do som (tanto jogo recente que só deixa ajustar o volume e nada mais). Quanto à narrativa a mesma está muito boa, nos primeiros 10 minutos estranhas as personagens diferentes da forma que são retratadas nos filmes, mas acabei o jogo a preferir esta interpretação das personagens em comparação com as da MCU.

O jogo tem tido com principal critica o combate, e concordo no sentido que é muito fácil e não tem propriamente grande complexidade, se tanto, mas é divertido e tenho gostado do mesmo do início ao fim, a banda sonora é fantástica, isso não haja dúvidas. Não magoa ter uma boa implementação de HDR (apenas peca por ser outro que gosta de ser "ambiguo" em relação à calibração da imagem, qual a dificuldade em apenas ter um separador para o white point e outro para o max luminance ao invés de estar a inventar nomes e percentagens? Metam os valores em nit e digam o que cada um representa!).

Para quem não subscreveu o Game Passe nos últimos 6 meses o jogo (e o resto do Game Pass) está a 1€, são umas 20 horas de jogo, relativamente linear, podem perfeitamente focar-se na narrativa principal e não tem que andar a preocupar-se com explorar todos os cantos. É pena que o jogo não tenha tido a atenção que mereça, este é o melhor jogo dos ultimos tempos que joguei, estou a jogar o Assassins Creed: Origins, já lhe dei umas 30 horas e francamente já começa a fartar um pouco (não ajuda ser outro jogo da Ubisoft com demasiada palha e um motor gráfico que não sabe o que é DLSS), já este Guardians dava-lhe mais umas 30 horas desde que mantivesse o mesmo nível de qualidade em termos de enredo e respectivas personagens.

Acho que vou para o Psyconaults 2, parece ser uma boa experiência.
Concordo muito contigo. Este jogo foi excelente e um dos nelhores que joguei o ano passado.

Já agora, óptima escolha com o Psychonauts 2, foi o meu GOTY pessoal do ano passado.
 
Achei interessante as vossas análises ao Guardians of the Galaxy. Considerei dos piores jogos que joguei nos últimos anos, o combate é repetitivo e cansativo. A exploração dos níveos é básica.

A única coisa interessante foi o storytelling, mas até isso chegou a um ponto que cansou, pois é mais cutscenes que gameplay decente.
 
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Timykin (PC - Gamepass) - 9/10

Por vezes existem jogos que nos surpreendem por surgirem de modo inesperado na nossa lista de títulos a descobrir, sem ter qualquer conhecimento prévio da sua existência e não existir qualquer expetativa sobre o que esperar.

Este foi, para mim, o caso de Timykin, um jogo que me estava a passar ao lado até pelo desinteresse que tive quando vi alguns streams de gameplay. Contudo, tendo pegado nele sem qualquer expetativa, tive uma excelente experiência e foi com muita satisfação um titulo terminado ao final de 8 horas que rapidamente subiu na minha tabela de jogos favoritos do ano.

Na sua essência, este é um jogo de plataformas em 3D que nos coloca na pele de um pequeno aventureiro minúsculo que tem de conseguir ultrapassar uma série de obstáculos em várias divisões de uma casa, de tamanho normal e onde tudo é um enorme desafio devido à diferença de tamanhos entre o personagem e as áreas de jogo. Para este desafio, Timykin tem a ajuda de pequenos "pinkmins" (chamo-os assim dada a semelhança) com poderes diferenciados entre si, seja a capacidade de fazer explodir coisas, construir escadas, gerar eletricidade, etc

Eu achei o jogo muito divertido, com uma jogabilidade muito sólida e com desafios muito bem integrados. Em termos de performance, está irrepreensível nuns fluídos 4k 120fps sem qualquer quebra e uma excelente qualidade de imagem cartoon com cores muito vibrantes.

O jogo é muito marcado pelos muitos colecionáveis em cada uma das divisões, mas que dão gosto apanhar, ate pelas potencialidades de fazer upgrade à capacidade de aumentar o voo e assim alcançar áreas mais altas que dão mais verticalidade ao jogo. Cada divisão da casa tem também desafios específicos a alcançar e a exploração é obrigatória neste jogo.

Talvez seja pela agradável surpresa e divertimento que este jogo me proporcionou, mas considero uma "prenda" do Gamepass que me apanhou completamente desprevenido, pela positiva.

Muito recomendado a quem goste de platformers.

Muito obrigado por este feedback, por causa dele comecei este jogo no fim de semana e terminei agora, é excelente como uma jogabilidade tão simples mas tão precisa e viciante, é capaz de contagiar um jogador.

Quando o vi entrar no gamepass nem dei atenção, recomendo para quem goste de plataformas que hoje em dia são escassos. Que agradável surpresa!
Também ando a jogá-lo e estou quase a terminar.
Subscrevo tudo o que já disseram.
Para quem gosta de jogos de plataformas, este jogo é obrigatório.
É viciante.
Excelente adição ao Gamepass.
 

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Tell Me Why - 7.5/10

Joguei este jogo por ter sido oferecido e tenho a dizer que no geral foi um bom jogo não sendo também espetacular. A história achei interessante, com temas sensíveis para muitos, o capitulo 1 para mim acabou por ser o melhor por todo o mistério, à medida que ia avançando nos capítulos a historia ia ficando menos interessante, achei um pouco previsível com exceção de 2 ou 3 coisas. Gostei da mecânicas dos irmãos a relembrar memórias. A exploração de alguns elementos dos cenários achei desnecessário pois não acrescentavam grande coisa a história e outra coisa que não gostei muito foi dos puzzles baseados no Livro dos Goblins, felizmente foram poucos. Em relação às decisões afetarem o percurso da história também achei algo limitado. Em gráficos não tenho nada de muito negativo a dizer, é uma artwork diferente que até gosto. A nível de banda sonora as musicas ajudaram em certos momentos mais impactantes. A nível de longevidade acho que foi a certa, a história do jogo não dava para espremer muito mais.
 
Última edição:
Doom (2016)

Tinha jogado no passado um bocado. Mas agora com o novo monitor 1440p decidi pegar nele outra vez e desta vez passei-o.
Acabei-o ao bocado. Honestamente, dos melhores shooters que já joguei.
Todos os níveis são interessantes, muito para descobrir, é preciso fazer backtrack por vezes, mas faz tudo sentido.
O gameplay é a identidade do jogo, isto não se desculpa por se um jogo, o jogo é o gameplay. Das melhores experiencias que já tive.

E a história, muitos secalhar dizem que a historia é má, mas foi das minhas partes favoritas.
A raiva do protagonista desde o primeiro segundo, nada falado, é logo sentida, está numa situação que não é culpa dele e tem que a resolver, depois do decorrer do jogo vamos percebendo o que realmente se passou, achei excelente.

A optimizacao disto também é do outro mundo, tudo em ultra, blur off, sempre 165 colados.

Agora vou recomecar o eternal.
 
Xenoblade Chronicles 3 (Switch): 9.5/10

Mais uma prova que “Videojogos são uma forma de arte”.
Obrigado Nintendo por teres dado liberdade à Monolith Soft para criar esta obra prima e acabar a trilogia Xenoblade com chave de diamante.
 
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Deathloop
8/10

Como vou descrever este jogo? Se calhar para quem viu o filme Edge of Tomorrow com o Tom Cruise irá perceber um pouco.
Neste jogo o protagonista é Colt, que todos os dias de manhã acorda numa praia e tem de repetir o dia todo e quando morre ou termina o dia acorda sempre na manhã seguinte. Para quebrar esse Loop infinito tem uma missão, conseguir matar os visionários todos num único dia. É possível? É. Parece impossível? Parece.

Confesso que o jogo foi muito confuso para mim inicialmente, não sabia o que fazer, no menu aparecia muita informação ao mesmo tempo tanto como missão principal como missões para ganhar armas ou poderes. Mas depois de muitas horas a tentar compreender o que fazer, conforme fui avançando no jogo vi que o jogo é um Puzzle enorme em que temos de juntar as peças todas para o concluir.
O dia está divido em 4 alturas, manhã, meio dia, tarde e noite. O mapa do jogo é uma ilha dividida em 4 zonas e só podemos escolher uma zona por altura do dia, por exemplo de manhã ir a Karls Bay, ao meio dia Updaam, de tarde Complex e noite Fristad Rock. Ou se quiser podemos ir ao mesmo sítio nas outras alturas do dia. Com isto conseguimos mudar o rumo da história para completar o Loop e por vezes é preciso ir para o dia seguinte para continuar o puzzle. Parece um pouco confuso eu sei mas no final faz todo o sentido.
Durante a nossa missão somos perseguidos por Julianna, que pode ou não invadir o nosso jogo e tentar matar-nos e isto pode ser controlado pelo Bot se jogarmos offline, por um amigo ou por um jogador random se jogarmos online. Mas se um jogador entrar no nosso jogo pode tentar matar-nos ou pode matar os inimigos e ajudar-nos na missão. Eu entrei no jogo de algumas pessoas mas tinha sempre lag, achei que o online do jogo funcionava mal.

O gameplay do jogo é subtil, um FPS com armas e poderes que fazem lembrar Borderlands. Os poderes vamos adquirindo quando matamos os Visionários e depois cada poder tem upgrades e para os ter é preciso voltar a matar o mesmo Visionário que nos deu o poder em questão.
O jogo tem uma vertente roguelike, todas as armas, poderes e trinkets que apanhamos duram o Loop até terminar o dia, para ficar com eles permanentemente é preciso fazer infuse usando Residuum. Todas as armas e Visionários que matamos têm Residuum, mas no caso das armas podemos desfazer para ganhar Residuum para poder fazer infuse a armas ou trinkest que não temos ainda. Ao fazer isso ficamos com isso mesmo depois de terminar um Loop. Neste campo não achei complicado porque apanha-se armas muito facilmente no jogo.
Uma das coisas que não gostei muito foram as teclas, por exemplo, para marcar inimigos e fazer zoom neles sem arma é preciso carregar para baixo,, mudar de poderes e armas no jogo era nos direcionais, o jogo em si não tem um mapa que se possa usar para ver as localizações apesar de que cada zona não é assim tão grande, mas dava jeito um mapa com informações.
Um dos poderes que mais gostei no jogo foi o Nexus em que ao usarmos esse poder em alguns inimigos que estejam próximos uns dos outros, o poder faz uma ligação entre todos e basta matar um deles que todos os outros morrem. Haviam situações em que com um tiro dava para matar 10 inimigos.

Gostei bastante do jogo, tinha interesse nele e ainda bem que veio no Plus. Mas como disse, inicialmente é muito confuso e acredito que não seja jogo para toda gente.
 
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Alex Kidd in Miracle World DX
5/10

Ainda bem que não comprei este jogo quando saiu porque estava mesmo com ideias em comprar por ser um jogo antigo mas que nunca o tinha jogado.
Conheço bem o Alex Kidd, o meu primo chegou a ter este jogo para a Master System e lembro-me de o ver jogar.
Este Remake tem bom aspeto, mas podiam ter feito algo de muito melhor como foi feito com o Streets of Rage 4 ou o TMNT Shredder's Revenge.
A jogabilidade deste jogo não é das melhores, os hit boxes funcionam mal, a personagem consegue abaixar-se mas o ridículo é que não consegue andar abaixado, os especiais ou poderes que se apanham nos níveis ou se compram na loja nem explicam para que servem, tive que andar a gastar cada um deles para descobrir o que faziam. Alguns deles não serviam para nada. Os níveis são curtos, muitos deles nem 1 minuto duram e o jogo em si é demasiado curto. Eu sei que os jogos antigamente eram assim, mas para um jogo que saiu em 2021 podia estar muito mas muito melhor.
Depois de terminado o jogo apenas acrescentam os bosses todos num modo rush e podemos jogar o Alex Kidd original.
 
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Isto não foi um jogo, foi uma ode ao Japão.
E podia terminar assim a minha análise, pois já foi dito tanto, que começam a faltar elogios para este jogo.
Usando um pouco a linguagem no jogo, foi uma honra tê-lo jogado.

Desde a personagem principal, às personagens secundárias, todas elas tiveram o seu carisma.
A sede de vigança da lady Masako, os esquemas do Kenji, o sensei Ishikawa é um velho rabujento, etc..
E não só os plots estão bem construidos, como há um sentimento de verdadeira recompensa por os completar.
Isto sem dúvida é o ponto forte do jogo, o conteúdo secundário, não é para encher chouriços, é para termos recompensas que nos são uteis e nos ajudam para a campanha principal.
O contos miticos foram pequenas masterpieces, a par da exploração dos templos e da colecção dos artefactos mongois.
É certo que há muito conteúdo cosmético, e algum dele até é (na minha opinião) algo azeiteiro, principalmente para as espadas, era com cada cor berrante :D.
Mas ainda assim valeu pena explorar e encontrar todos estes conteúdos.

No que a história diz respeito, é bem patente que os filmes de Kurosawa foram a fonte inspiração, temos um argumento entre o cliché e a reviravolta que encaixa muito bem.
Não gostei muito do final:
Penso que lutar contra o tio, podia ser evitável, matava-se o Khan, e depois cada um seguia o seu caminho, ou então o Shimura adoptava o Jin como seu filho. Algo que já queria fazer.
No final optei por não mata-lo, penso que foi o melhor.
E foi porque deu-me uma dye com um vermelho bem catita.

Mas não é só a história e o conteúdo secundário, que engrandece o jogo são os pequenos detalhes.
Desde as vénias que nos são correspondidas pelos npcs, desde a informação util que os npcs nos dão, sobre locais ou eventos.
O utilizar essa mesma vénia diante de npcs mortos, proferindo sempre algo de respeitoso, e isto até com os animais caçados.
O tocar da flauta para alterar o tempo, são estes pequenos pormenores que fizeram do jogo, aquilo que é.
Mas se houve pormenores que engrandeceram, houve outros que nem por isso, era muito pontual.
Mas o parkour do jogo, nalgumas situações foi desastrado, de certa forma fez-me lembrar o uncharted, tanto na semelhança em que esses modo mais exploratório foi concebido, como na acções, que muitas vezes não saiam como pretentido e lá ia a personagem, ladeira abaixo :D.

Posto isto, vamos para Iki, e o que dizer de Iki ?
Se Tsushima já era lindissima, Iki então...
Parecia uma mistura de Algarve com Costa de Caparica :lol:.
Resumidamente foi um pequeno grande dlc, adorei o conteúdo secundário novo.
Os santuários dos animais, o tocar a flauta e depois termos a oportunidade de fazer festinhas.
A nova habilidade do cavalo, também foi uma grande adição, e foi pena não estar disponivel em Tsushima.
Não me vou alongar muito aqui, até porque muita da gameplay é mais do mesmo, no bom sentido.
E este dlc é uma excelente closure á história de Jin e ao seu passado, novamente um plot muito bem escrito.
Os únicos defeitos que tenho a apontar a este GOT, é que talvez pudesse haver mais actividades.
Sendo a acção passada em duas ilhas, penso que o mar podia ter sido melhor aproveitado.
Para algumas actividades subaquáticas, exploração, pesca etc.
A par disso, deviamos ter a opção para meditar e alternar o ciclo dia e noite.
Houve missões que me calharam de noite e que se gostaria de fazer de dia e vice-versa.

A Sucker Punch está de parabéns, é notório que isto não foi apenas um jogo, mas um trabalho de paixão, o trabalho de pesquisa foi muito bem feito, houve uma clara preocupação em que tudo estivesse bem.
Partilhando um gosto comum pelo Japão e remando todos para o mesmo lado, a receita de sucesso é praticamente garantida.
Assim sendo, não restam dúvidas, a casa do Rubenzito dá-lhe: 10/10.
 
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Isto não foi um jogo, foi uma ode ao Japão.
E podia terminar assim a minha análise, pois já foi dito tanto, que começam a faltar elogios para este jogo.
Usando um pouco a linguagem no jogo, foi uma honra tê-lo jogado.

Desde a personagem principal, às personagens secundárias, todas elas tiveram o seu carisma.
A sede de vigança da lady Masako, os esquemas do Kenji, o sensei Ishikawa é um velho rabujento, etc..
E não só os plots estão bem construidos, como há um sentimento de verdadeira recompensa por os completar.
Isto sem dúvida é o ponto forte do jogo, o conteúdo secundário, não é para encher chouriços, é para termos recompensas que nos são uteis e nos ajudam para a campanha principal.
O contos miticos foram pequenas masterpieces, a par da exploração dos templos e da colecção dos artefactos mongois.
É certo que há muito conteúdo cosmético, e algum dele até é (na minha opinião) algo azeiteiro, principalmente para as espadas, era com cada cor berrante :D.
Mas ainda assim valeu pena explorar e encontrar todos estes conteúdos.

No que a história diz respeito, é bem patente que os filmes de Kurosawa foram a fonte inspiração, temos um argumento entre o cliché e a reviravolta que encaixa muito bem.
Não gostei muito do final:
Penso que lutar contra o tio, podia ser evitável, matava-se o Khan, e depois cada um seguia o seu caminho, ou então o Shimura adoptava o Jin como seu filho. Algo que já queria fazer.
No final optei por não mata-lo, penso que foi o melhor.
E foi porque deu-me uma dye com um vermelho bem catita.

Mas não é só a história e o conteúdo secundário, que engrandece o jogo são os pequenos detalhes.
Desde as vénias que nos são correspondidas pelos npcs, desde a informação util que os npcs nos dão, sobre locais ou eventos.
O utilizar essa mesma vénia diante de npcs mortos, proferindo sempre algo de respeitoso, e isto até com os animais caçados.
O tocar da flauta para alterar o tempo, são estes pequenos pormenores que fizeram do jogo, aquilo que é.
Mas se houve pormenores que engrandeceram, houve outros que nem por isso, era muito pontual.
Mas o parkour do jogo, nalgumas situações foi desastrado, de certa forma fez-me lembrar o uncharted, tanto na semelhança em que esses modo mais exploratório foi concebido, como na acções, que muitas vezes não saiam como pretentido e lá ia a personagem, ladeira abaixo :D.

Posto isto, vamos para Iki, e o que dizer de Iki ?
Se Tsushima já era lindissima, Iki então...
Parecia uma mistura de Algarve com Costa de Caparica :lol:.
Resumidamente foi um pequeno grande dlc, adorei o conteúdo secundário novo.
Os santuários dos animais, o tocar a flauta e depois termos a oportunidade de fazer festinhas.
A nova habilidade do cavalo, também foi uma grande adição, e foi pena não estar disponivel em Tsushima.
Não me vou alongar muito aqui, até porque muita da gameplay é mais do mesmo, no bom sentido.
E este dlc é uma excelente closure á história de Jin e ao seu passado, novamente um plot muito bem escrito.
Os únicos defeitos que tenho a apontar a este GOT, é que talvez pudesse haver mais actividades.
Sendo a acção passada em duas ilhas, penso que o mar podia ter sido melhor aproveitado.
Para algumas actividades subaquáticas, exploração, pesca etc.
A par disso, deviamos ter a opção para meditar e alternar o ciclo dia e noite.
Houve missões que me calharam de noite e que se gostaria de fazer de dia e vice-versa.

A Sucker Punch está de parabéns, é notório que isto não foi apenas um jogo, mas um trabalho de paixão, o trabalho de pesquisa foi muito bem feito, houve uma clara preocupação em que tudo estivesse bem.
Partilhando um gosto comum pelo Japão e remando todos para o mesmo lado, a receita de sucesso é praticamente garantida.
Assim sendo, não restam dúvidas, a casa do Rubenzito dá-lhe: 10/10.
É o jogo que mais gostei ate hoje na PlayStation. Fabuloso
 
É o jogo que mais gostei ate hoje na PlayStation. Fabuloso

Sinceramente, apesar de ter dado 10, não sei se posso dizer isso.
A trilogia do Ezio, RDR II, Witcher III, Ghost of Tsushima...
Não consigo colocar um patamar e dizer qual é de facto o melhor.
Embora o AC's com o Ezio, principalmente o II, tenha sempre um lugar especial.
 
Sinceramente, apesar de ter dado 10, não sei se posso dizer isso.
A trilogia do Ezio, RDR II, Witcher III, Ghost of Tsushima...
Não consigo colocar um patamar e dizer qual é de facto o melhor.
Embora o AC's com o Ezio, principalmente o II, tenha sempre um lugar especial.
Compreendo mas eu jogo maioritariamente em xbox (ps so exclusivos), daí o lugar do got. Rdr2 e witcher 3 tb estão la em cima
 
Game Pass - PC

A Way Out


Bom jogo cooperativo com uma história não muito original mas bem contada e com peripécias com fartura.
Graficamente datado e sem grande liberdade para inventar (as hipóteses de resolução dos problemas são limitadas a uma ou duas opções e muita pancada nas teclas), consegue redimir-se por ser divertido, proporcionando algumas horas bem passadas.

Como ponto negativo principal (e evitável), tenho só a apontar o facto de termos sempre a divisão de ecrã activa, mesmo jogando online, o que seria aceitável se o jogo apenas permitisse co-op local, o que não é o caso. - 6.5/10
 
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Final Fantasy VII Remake - 6/10

Este jogo é a personificação do tédio em alta-definição. Um jogo minúsculo que é artificialmente estendido por sequências cinematográfica que nunca acabam, diálogos inúteis e a maior quantidade de passagens apertadas que alguma vez existiu na história dos videojogos. Tudo neste jogo é desenhado para consumir tempo de forma a disfarçar a total falta de conteúdo.

Às vezes a quantidade de palha que colocam é tanta que só me apetece gritar. Coisas tão simples como ir do ponto A ao ponto B em que ambos estão a uma curta distância um do outro pode envolver tudo o que eu referi no parágrafo anterior e ainda a impossibilidade de andar de forma acelerada ou correr.

O jogo tem um controlo extremamente apertado sobre o que permite que o jogador faça, andas à velocidade que a Square quer, andas só no sentido que ela te deixa e às vezes até olhas só para onde eles te permitem, é sufocante.

As personagens principais têm um aspeto fenomenal, até em demasia porque destoam completamente das restantes. A diferença é tão grotesca que quando tem de interagir com a outras personagens secundárias ou terciárias parece que estamos perante uma qualquer avaria gráfica, mas não é o caso.

O argumento e o desenvolvimento das personagens são praticamente inexistentes, como isto é um remake a Square-Enix conta com a memória das pessoas para preencher as lacunas, mas quem está a experienciar isto pela primeira vez vai chegar ao fim sem perceber o que raio se está a passar, mesmo para quem conhece a história o final é uma salgalhada narrativa.

A saga final fantasy nunca primou pelo world building era mais pelas personagens e pelo enredo, mas aqui não há quase nenhum desenvolvimento das personagens, enredo ou world building. Pela primeira vez na história dos RPGs temos um que não tem qualquer história.

O malvado Sephiroth aparece de forma completamente aleatória e sem motivo destruindo todo o build que a sua personagem teve no jogo original.

A Tifa, Aerith e a Jessie não agem como pessoas reais, mas como waifus para adolescentes com as hormonas aos saltos.

O Barret é o pior de todos, sim eu sei que foi modelado a partir do Mr.T. mas existem limites ao quão barulhento uma personagem consegue ser sem cair no ridículo. Um homem que é suposto ser o líder de uma organização secreta, mas não consegue resistir a uma boca de uma adolescente e age com a mentalidade de um rapaz de 12 anos.
Eu sei que ele tem um ódio pessoal à Shinra mas da maneira como ele fala praticamente toda a gente em Midgar deveria saber que o gajo é membro da Avalanche.

O Red XIII não dá para controlar e a sua utilidade é duvidosa. Está presente apenas para debitar exposição sobre as tretas do destino.

Por falar em destino, isso é outro plot point metido as 3 pancadas, porque não faz qualquer sentido os nossos heróis tentarem mudar o seu próprio destino porque eles efetivamente salvaram o mundo segundo o que “está escrito”.

Outro problema com o argumento é que existe um deus ex machina para tudo, a quantidade de plot armor que toda a gente tem nesta história é tão ridícula e os próprios escritores tiveram essa noção e esforçaram-se para tornar as coisas mais credíveis, mas infelizmente foi a exceção e não a regra.

Muitos destes problemas de credibilidade e caracterização derivam apenas do design hiper-realista do jogo. No original funcionava melhor porque o jogo tinha um aspeto cartoonish/anime e a situações mais ridículas eram aliviadas por momentos cómicos fornecidos pelo diálogo ou pela música, mas neste caso isso não acontece o que faz com que essas situações sejam apenas “cringe”.

O combate é uma mistura de tudo o que é JRPG e CRPGs mas sem a perspetiva isométrica. É ação, RTWP, mas com action points à lá Divinity Original Sin mas também com uma fonte de mana para as magias, eu gostei mas precisa de algum polimento.

O sistema de ATB carrega muito devagar se não estivermos a atacar constantemente e está extremamente dependente de bónus fornecidos por matérias e armas o que torna o combate complicado principalmente no início do jogo em que estes bónus não estão disponíveis. Imaginem gastar a vossa única carga de ATB para ressuscitar alguma personagem e a seguir ela morrer porque não têm cargas ATB disponíveis para o curar ou terem de atacar um inimigo muito poderoso e o risco que isso acarreta só para acumular ATB e terem a possibilidade de fazem uma ação minimamente relevante.

O combate aéreo é terrível e devia ter sido removido completamente do jogo e de uma forma geral todo o combate tem demasiados efeitos especiais. Muitas das vezes é difícil de perceber o que se está a passar com as nossas personagens quando os VFX enchem o ecrã todo.
Mas não são só os efeitos, inimigos de grandes dimensões ou combate em espaços apertados fazem com que a câmara não se consiga posicionar corretamente e não se consiga ver praticamente nada do que se está a passar.

A mecânica de evasão só funciona para algumas personagens, mas para a Aerith é praticamente inútil porque o movimento que ela faz não tem alcance suficiente para se evadir de forma efetiva tornando a praticamente inútil.

Não gostei que algumas habilidades das armas estivessem apenas disponíveis no modo hard e algumas matérias terem requerimentos de AP tão altos que só o triplo AP fornecido após o fim do jogo é suficiente para atingir o máximo.
Isto é apenas mais uma restrição artificial feita pela SE para dar a ideia que o jogo tem mais conteúdo do que aquilo que realmente fornece.

As batalhas dos bosses variam entre o espetacular e o insuportável como as dos Turks ou a do Rufus perto do final em que o gajo faz counter a praticamente a tudo.

Outro problema nas batalhas contra bosses é constante interrupção por sequências cinematográficas que destroem todo momentum e inviabilizam os recursos que gastamos. Imaginem usar um limit break multi combo e no primeiro hit ativar uma segunda fase do boss e ficamos sem saber se ele perdeu HP ou não, o mesmo se aplica às cargas ATB e até aos ataques finais dos summons.

Os mini jogos são divertidos e desafiantes, mas precisavam de mais modos principalmente o whack-a-box.

As sidequests são demasiado genéricas e sem qualquer tipo de consequência ou resolução alternativa, são funcionais e apenas isso.

Outra coisa que não achei graça foi a higienização de muitas aspetos da história, eu sei que é praticamente impossível alguém publicar um jogo nos dias de hoje em que os heróis são uma organização terrorista que faz atentados à bomba, mas até o sangue e o massacre na torre da Shinra eles retiraram. Se repararem bem não existe uma única gota de sangue neste jogo.

TLDR:
É um jogo no limiar da mediocridade que é suportado apenas pelo grafismo das personagens principais e nostalgia. Se não tiveram nostalgia por isto tirem lhe 1 ou 2 valores à nota final.
Não esquecer que este "remake" é uns 20% do jogo original por isso não acho que valha o preço de um jogo completo, recomendo que apenas o comprem em saldos e já estarão a dar demasiado dinheiro à SE.
 
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Final Fantasy VII Remake - 6/10

Este jogo é a personificação do tédio em alta-definição. Um jogo minúsculo que é artificialmente estendido por sequências cinematográfica que nunca acabam, diálogos inúteis e a maior quantidade de passagens apertadas que alguma vez existiu na história dos videojogos. Tudo neste jogo é desenhado para consumir tempo de forma a disfarçar a total falta de conteúdo.

Às vezes a quantiada de palha que colocam é tanta que só me apetece gritar. Coisas tão simples como ir do ponto A ao ponto B em que ambos estão a uma curta distância um do outro pode envolver tudo o que eu referi no parágrafo anterior e ainda a impossibilidade de andar de forma acelerada ou correr.

O jogo tem um controlo extremamente apertado sobre o que permite que o jogador faça, andas à velocidade que a Square quer, andas só no sentido que ela te deixa e às vezes até olhas só para onde eles te permitem, é sufocante.

As personagens principais têm um aspeto fenomenal, até em demasia porque destoam completamente das restantes. A diferença é tão grotesca que quando tem de interagir com a outras personagens secundárias ou terciárias parece que estamos perante uma qualquer avaria gráfica, mas não é o caso.

O argumento e o desenvolvimento das personagens são praticamente inexistentes, como isto é um remake a Square-Enix conta com a memória das pessoas para preencher as lacunas, mas quem está a experienciar isto pela primeira vez vai chegar ao fim sem perceber o que raio se está a passar, mesmo para quem conhece a história o final é uma salgalhada narrativa.

A saga final fantasy nunca primou pelo world building era mais pelas personagens e pelo enredo, mas aqui não há quase nenhum desenvolvimento das personagens, enredo ou world building. Pela primeira vez na história dos RPGs temos um que não tem qualquer história.

o malvado Sephiroth aparece de forma completamente aleatória e sem motivo destruindo todo o build que a sua personagem teve no jogo original.

A Tifa, Aerith e a Jessie não agem como pessoas reais, mas como waifus para adolescentes com as hormonas aos saltos.

O Barret é o pior de todos, sim eu sei que foi modelado a partir do Mr.T. mas existem limites ao quão barulhento uma personagem consegue ser sem cair no ridículo. Um homem que é suposto ser o líder de uma organização secreta, mas não consegue resistir a uma boca de uma adolescente e age com a mentalidade de um rapaz de 12 anos.
Eu sei que ele tem um ódio pessoal à Shinra mas da maneira como ele fala praticamente toda a gente em Midgar deveria saber que o gajo é membro da Avalanche.

O Red XIII não dá para controlar e a sua utilidade é duvidosa. Está presente apenas para debitar exposição sobre as tretas do destino.

Por falar em destino, isso é outro plot point metido as 3 pancadas, porque não faz qualquer sentido os nossos heróis tentarem mudar o seu próprio destino porque eles efetivamente salvaram o mundo segundo o que “está escrito”.

Outro problema com o argumento é que existe um deus ex machina para tudo, a quantidade de plot armor que toda a gente tem nesta história é tão ridícula e os próprios escritores tiveram essa noção e esforçaram-se para tornar as coisas mais credíveis, mas infelizmente foi a exceção e não a regra.

Muitos destes problemas de credibilidade e caracterização derivam apenas do design hiper-realista do jogo. No original funcionava melhor porque o jogo tinha um aspeto cartoonish/anime e a situações mais ridículas eram aliviadas por momentos cómicos fornecidos pelo diálogo ou pela música, mas neste caso isso não acontece o que faz com que essas situações sejam apenas “cringe”.

O combate é uma mistura de tudo o que é JRPG e CRPGs mas sem a perspetiva isométrica. É ação, RTWP, mas com action points à lá Divinity Original Sin mas também com uma fonte de mana para as magias, eu gostei mas precisa de algum polimento.

O sistema de ATB carrega muito devagar se não estivermos a atacar constantemente e está extremamente dependente de bónus fornecidos por matérias e armas o que torna o combate complicado principalmente no início do jogo em que estes bónus não estão disponíveis. Imaginem gastar a vossa única carga de ATB para ressuscitar alguma personagem e a seguir ela morrer porque não têm cargas ATB disponíveis para o curar ou terem de atacar um inimigo muito poderoso e o risco que isso acarreta só para acumular ATB e terem a possibilidade de fazem uma ação minimamente relevante.

O combate aéreo é terrível e devia ter sido removido completamente do jogo e de uma forma geral todo o combate tem demasiados efeitos especiais. Muitas das vezes é difícil de perceber o que se está a passar com as nossas personagens quando os VFX enchem o ecrã todo.
Mas não são só os efeitos, inimigos de grandes dimensões ou combate em espaços apertados fazem com que a câmara não se consiga posicionar corretamente e não se consiga ver praticamente nada do que se está a passar.

A mecânica de evasão só funciona para algumas personagens, mas para a Aerith é praticamente inútil porque o movimento que ela faz não tem alcance suficiente para se evadir de forma efetiva tornando a praticamente inútil.

Não gostei que algumas habilidades das armas estivessem apenas disponíveis no modo hard e algumas matérias terem requerimentos de AP tão altos que só o triplo AP fornecido após o fim do jogo é suficiente para atingir o máximo.
Isto é apenas mais uma restrição artificial feita pela SE para dar a ideia que o jogo tem mais conteúdo do que aquilo que realmente fornece.

As batalhas dos bosses variam entre o espetacular e o insuportável como as dos Turks ou a do Rufus perto do final em que o gajo faz counter a praticamente a tudo.

Outro problema nas batalhas contra bosses é constante interrupção por sequências cinematográficas que destroem todo momentum e inviabilizam os recursos que gastamos. Imaginem usar um limit break multi combo e no primeiro hit ativar uma segunda fase do boss e ficamos sem saber se ele perdeu HP ou não, o mesmo se aplica às cargas ATB e até aos ataques finais dos summons.

Os mini jogos são divertidos e desafiantes, mas precisavam de mais modos principalmente o whack-a-box.

As sidequests são demasiado genéricas e sem qualquer tipo de consequência ou resolução alternativa, são funcionais e apenas isso.

Outra coisa que não achei graça foi a higienização de muitas aspetos da história, eu sei que é praticamente impossível alguém publicar um jogo nos dias de hoje em que os heróis são uma organização terrorista que faz atentados à bomba, mas até o sangue e o massacre na torre da Shinra eles retiraram. Se repararem bem não existe uma única gota de sangue neste jogo.

TLDR:
É um jogo no limiar da mediocridade que é suportado apenas pelo grafismo das personagens principais e nostalgia. Se não tiveram nostalgia por isto tirem lhe 1 ou 2 valores à nota final.
Não esquecer que este "remake" é uns 20% do jogo original por isso não acho que valha o preço de um jogo completo, recomendo que apenas o comprem em saldos e já estarão a dar demasiado dinheiro à SE.
Exatamente o que penso. Foi uma experiência horrível que só quem tem nostalgia consegue aproveitar.
 
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