Partilha O último jogo

Um update aos jogos mais recentes, dos que finalizei há menos tempo para os mais antigos, desde que postei neste tópico quando acabei o Last Of Us - Part 1


PC - Miles Morales - Análise Portal de Jogos Zwame

PC - Devil in Me - Análise-síntese no tópico do jogo

PC - Somerville (Gamepass) - Análise-síntese no tópico do jogo

PS5 - God of War Ragnarock - Análise-síntese no tópico do jogo

PC - Sackboy: A Big Adventure - Análise Portal de Jogos Zwame

PC: Uncharted: Legacy of Thieves Collection - Análise Portal de Jogos Zwame
 
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Read this, boys :D. E girls também, que para mim os gamers são todos iguais ;).
Mas também só se quiserem, se não quiserem também não faz mal.

Costuma dizer-se que equipa que ganha não se mexe, e GOW com a sua fórmula original conquistou o seu merecido lugar nos jogos de culto. Mas também se diz que o que é demais enjoa, e talvez fosse necessário fazer algumas alterações.
Eis então que surge este GOW com grande revamp no estilo de jogo, onde passamos de o tradicional hack n' slash, para um misto de hack 'n slash com exploração e puzzles e sidequests.

Antes demais tenho a dizer que este foi o GOW mais fácil que joguei, tendo jogado o I, II, o Chains of Olimpus e o Ghost of Sparta.
Penso que isto tenha sido deliberado, não tornar o jogo tão dificil e penalizador, para que todos pudessemos ver a bonita história deste jogo.

A nivel de gameplay, além de termos elementos tradicionais de GOW, também temos muitos puzzles e exploração.
Lembrei-me muito dos Uncharteds aquando chegava a estas cenas, e conteudo sidequest também foi engraçado de fazer.
Kratos e Ateus fazem um excelente duo,e o desenvolvimento destas personagens durante o jogo foi fantástico.
Atreus com a sua curiosidade e rebeldia natural de uma criança, Kratos mais sábio com a idade e sempre a dar "raspanetes" no filho como de certa formas fazem os pais :D.

A narrativa está igualmente bem conseguida, com alguns plots interessantes, e para mim todas as personagens tiveram bem.
Adorei as turras dos irmãos duendes, e as histórias do Mimir foram simplesmente fantásticas.
A par da narrativa bem escrita, o voice acting é igualmente de topo.

Mas nem tudo foi perfeito, achei os inimigos e os bosses pouco variados.
Não houve um certo equilibrio entre as histórias do Mimir e as interacções com o Atreus.
Se em certas alturas, pareciam que falavam demais, noutras parecia que o Kratos andava sozinho, tal era o silêncio.
Isto foi mais notório no final do jogo.
Também achei que em certos casos, houve excesso de grinding, especialmente perto do fim do jogo.
Chegou mesmo uma altura que pensei " ok, vou assim, acho que já estou forte".
E de facto assim foi, derrotei o boss final à primeira tentativa, e teve o seu desafio qb, o que foi perfeito.
Ainda me falta encontrar alguns collectibles e derrotar algumas valquirias, mas não sei se farei o jogo a 100%.

Conclusão: Os jogos GOW não foram, nem nunca serão os meus jogos preferidos.
Sou capaz de o jogar por curiosidade, mas também se não os jogar...
Estava com muitas reticências em joga-lo, e inclusive até houve aqui users a desafiarem-me para o jogar para me estrear no plus.
Depois de o jogar, mantenho o que disse acima, mas adiciono, que bem que fez a paternidade ao Kratos, temos aqui uma bonita história.
Depois de tudo isto, compreendo perfeitamente o porquê do hype que estes jogos causam.
E de certa forma penso que este Gow me "converteu ligeiramente" a este universo.
Havendo um excelente equilibrio entre o combate e exploração com puzzles, a fazer lembrar o Uncharted.
Poderá então parecer estranho a nota final que irei dar, mas quando algo é bom, simplesmente é bom.
Sendo ou não um fã acérrimo, a qualidade de algo tem de ser reconhecida e há que dar mérito por isso.
Assim a casa do Rubenzito dá-lhe: 9/10.
 
Última edição:
Plague Tale:Requiem

Ainda é essencialmente o mesmo jogo que o primeiro,no sentido em que nao houve nenhuma faceta da gameplay ou mundo em que tenham feito uma revolucao. Mas para quem gostou do primeiro como eu,está bem como está.
Em termos de historia,é um bom bocado mais negra que o primeiro. Nao é que o primeiro fosse uma comedia,mas isto fez me lembrar o rumo do Last of Us 2(no sentido em que as coisas iam ficando cada vez mais negras à medida que o jogo avançava). Unica coisa que tenho a apontar à historia é o que eles fizeram à Amicia para a encaixar na mitologia da Macula. A maneira mais tresloucada como a caracterizaram,com aquela sede de sangue(mao literal) nao encaixa mesmo na caracterizacao anterior e na atmosfera do momento. Zero problemas com trazer mitologia nova para a Amicia,mas a execucao falhou um bocado.



Midnight Fight Express

É incrivel o que uma pessoa sozinha consegue fazer. Isto é claramente um indie,mas está aqui algo que rivaliza com outros indies de estudios maiores.E derivado de coisas cono o motion capture dos movimentos,até se consegue destacar em certas areas do resto da competicao.
Historia é na linha dos beat em ups de antigamente,mas isto tem a sua quota parte de humor meta.
Sao 40 niveis de diversao tanto em termos da fantasia de poder(sermos uma mistura de Bruce Lee e John Wick) com uma historia para a desbunda.



Marvel Avengers

Aqui é o inverso do Midnight Fight Express. Pese embora eu me divirta com o jogo ,tambem vejo que houve multiplas falhas que condenaram o jogo a nao poder ser mais do que é agora,a desperdiçar potencial. E os culpados vao da Square Enix à Crystal Dynamics em si(e aposto que com uma mao da Disney).Paciencia. Agora é ver qual o futuro da serie,com a venda da Crystal Dynamics ao Embracer Group.



Control Ultimate Edition

Já tinha jogado o jogo base na One X em 2020,agora finalmente peguei na Ultimate Edition que comprei em promo o ano passado.
É o mesmo jogo,mas os 60fps da versao nextgen dao logo outro feel(decidi passar ao lado do raytracing nesta playthrough).
Maior novidade foram os dlcs. Nota-se claramente que eles tinham tudo bem delineado em termos de historia para encaixar os dlcs.
Gostei da ideia de irmos ao inicio da Oldest House com a exploracao da Fundacao,e terem encaixado o Alan Wake no contexto de um Altered World Event(pensava que o AWE ia ser mais ponte para o Alan Wake 2,mas o foco foi mais no Hartmann e capturar-lo/neutralizar-lo)
Só achei estranho o tom mais terra a terra da Jessie nos dlcs vs o jogo base.
Agora é esperar e ver o que fazem com o Control 2.
 
The Entropy Centre (9/10)
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The Entropy Centre é um jogo fantástico que consegue ser um sucessor espiritual do Portal e Portal 2 que na realidade e surpreendentemente considero uma experiência superior aos títulos da Valve

Quando comecei a jogar este jogo, achei que seria uma mera cópia do Portal, apenas a correr o Unreal Engine 4 e com a particularidade de ao invés de criar portais, estaríamos a reverter objectos no tempo de forma a conseguir concretizar os puzzles, mal eu sabia que a história do jogo seria tão ou mais interessante que o Portal e mais extenso.

O jogo pode ser finalizado rapidamente se forem pessoas muito inteligente e que jogos de puzzle não sejam desafiantes, mas para mim que para o final demorava cerca de 20/30 minutos por "Test Chamber", acabei por demorar mais de 12 horas a completar o jogo.

A experiência foi fantástica, mas pode tornar-se repetitivo se quiserem acabar o jogo o mais depressa possível dado que existem muitas test chambers dividadas por capitulos, cada capitulo novo adiciona um novo tipo de cubo ou algo novo aos puzzles de forma a manter os puzzle frescos e entre cada 5 puzzles de cada capitulo, existe sempre uma deslocação entre capitulo X para capitulo Y que mostra muitas vezes um pouco da história.
Falando de história, o jogo mostra muita da sua história através da nossa arma "falante" que será a nossa "glados", e através de computadores espalhados pelo edifício que contem emails que demonstrará muito do lore por detrás do Entropy Centre.

A história é muito simples, somos a Aria e acordamos sem qualquer memória (cliché) de aonde estamos, a única coisa que sabemos é que temos de fazer puzzles de forma a gerar energia (Entropy Energy) de forma a reverter um cataclismo que irá acontecer com o planeta terra, ou seja da mesma forma que revertemos objectos no tempo, com energia suficiente podemos reverter um desastre natural que irá acontecer com o planeta terra e enviar os dados para o planeta para saber como evitar o desastre natural, o problema é que não só a complexidade dos puzzles vão subindo como quanto mais perto do cataclismo as instalações ficam mais instáveis, afectando não só a estrutura das instalações como também os bots que os gerem que podem considerar-nos como inimigos.

Os puzzles foram desafiantes para mim desde início dado não estava habitado ao conceito de realizar puzzles revertendo individualmente os objectos das test chamber, ou seja, à medida que ia aprendendo algo novo e ganhava confiança relativamente à minha inteligência, depressa perdia essa confiança assim que era colocado um elemento novo num puzzle para baralhar-me as ideias todas :)

Graficos e optimização
O jogo faz um excelente uso do Unreal Engine 4, embora seja de esperar que o jogo não passe de um molho de salas fechadas, a realidade é que muitas salas apresentam gráficos espectaculares em certos capítulos, o problema é que essas mesmas salas também são igualmente mais exigentes, começei o jogo com tudo a ultra e com folga e acabei a high devido à exigência de alguns capitulos.

Relativamente a optimização a única queixa está exclusivamente nas partículas, sempre que há muito pó ou partículas, a performance tende em cair brutalmente, será a única queixa que tenho dado que graficamente e artisticamente o jogo é belo e o performance é fantástico.

Com uma GTX 1650 Super foi possível completar o jogo com 60 FPS colados excepto quando surgia muitas dessas partículas com definições a high, texturas / distância e motion blur a ultra (1080P).

No meio desta experiência fabulosa que foi passar este "Portal"-ish melhorado, o que mais me choca é o preço a que este jogo é comercializado, a full price neste momento custa apenas 25€, diria que isto é um titulo obrigatório até mesmo por este preço, por isso se gostaram do portal e gostavam de passar algo do género recomendo fortemente a pegarem em 25€ e investir neste jogo, não se vão arrepender!
 
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God of War Ragnarok (9.5/10) - PS5

Nem a propósito, como muitos cá, acabei este jogo. Fi-lo a 100% e platinado uma semana depois de ter terminado a história principal. Não sou completista nem vou atrás dos trofeus, mas tal como fiz no Elden Ring, foi um prazer explorar o jogo todo, sem sentir que estivesse a fazer grinding ou sentir-me saturado. Foi um dos jogos que mais esperei para a PS5, e bolas, ultrapassou as minhas espetativas.

O Ragnarok segue a fórmula do jogo de 2018 trazendo algo único: a fluidez que transita entre o gameplay e efeitos cinemáticos trazendo uma experiência que achei bastante imersiva e excitante. A inovação dessa fórmula no jogo de 2018 de certa forma eclipsou as falhas deste jogo em termos de um combate sem grande sal e a falta de variedade em termos de inimigos e side quests. Por outro lado, aqui no Ragnarok, pegaram na fórmula e melhoraram todos os aspectos do primeiro: o combate oferece uma experiência bastante mais polida, existe maior variedade de inimigos, e side quests de qualidade. As expressões das caras e as vozes profissionais - em especial o Odin, a Freya e a Angrboda - fizeram-me sentir como se estivesse a ver um drama de uma série da HBO. A OST é memorável.


A outra coisa que gostei imenso deste jogo, tal como no primeiro, são as histórias dos nossos companheiros que são contadas nos tempos mortos quando viajamos de um sítio para o outro. Os jogos single-players são experiências tradicionalmente solitárias, e aqui o jogo tenta quebrar essa tradição. Mais que uma vez, não entrei na zona de combate para acabar de ouvir a história. Muito bom.

Vou apontar apenas um aspecto negativo que realmente me incomodou: o level design. O jogo põe-nos num labirinto dando com um pano de fundo a ilusão de um open-world. Isto não é um problema em si, já que isso permite criar uma experiência mais focada e controlada, e por outro criar puzzles - vemos por exemplo um baú a distância, e cabe-nos encontrar o caminho nesse labirinto para chegarmos lá. O problema para mim é que o level design não tem em consideração as restrições de movimento, e por isso tem marcadores que nos dizem qual é caminho permitido.

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Isto para mim cria quebras de imersão. Um exemplo ridículo disto, é que eu estava numa área, e vi que havia outra área adjacente que o jogo mostrava-me que tinha um baú e possivelmente uns inimigos. Essa área estava apenas separada da minha por umas rochas, e um deus de guerra facilmente havia de destruir essas rochas ou saltar por cima. Mas não podia, porque não tinha os tais marcadores. Para chegar lá (o tal puzzle), tive de sair daquela zona, apanhar um barco, dar a volta, e apanhar uma zip line para chegar a tal área. :facepalm: Isto em grande contraste com os jogos da FromSoftware, como o Sekiro ou as legacy dungeons do Elden Ring, que embora sigam o mesmo esquema do labirinto, o level design está feito para mostrar implicitamente os caminhos sem a necessidade de marcadores nem quebras desnecessárias de imersão.

De resto, para mim, o Ragnarok é o melhor jogo da PS5 até agora, e um dos melhores jogos que saíram este ano.
 
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Gris (PC) - 10/10

Sendo, na sua essência, um jogo de plataformas, Gris é mais do que tudo uma ode à criatividade e originalidade na combinação de uma estética lindíssima, uma OST perfeita e imersiva, uma maneira de contar uma história sem palavras de forma expressiva e visualmente impactante e uma jogabilidade de mecânica sólida e sem falhas.
Gris espelha a história de uma jovem na forma como lida com as várias fases de uma tragédia da sua vida pessoal e as várias etapas da dor e do luto que vai passando na progressão ao longo do jogo. Com uma estética única em cenários pintados a aguarela, somos confrontados com uma evolução da personagem ao longo de toda a "viagem" com a aquisição de novas capacidades que vão sendo integradas no modo como são desenhados os puzzles e desafios para conseguir apanhar todos os pontos de luz necessários à progressão. A musica é lindíssima e muito emocional, extremante bem colocada para polvilhar a transmissão das várias sensações e estados de alma que acompanham a personagem. Um jogo indie curto, com uma performance irrepreensível, tendo demorado cerca de 4 horas para chegar à sua conclusão, mas intenso e mais interessante que alguns dos títulos AAA que completei este ano.
Haverá jogos perfeitos? Talvez não, mas, para mim, enquanto apreciação subjetiva e individual, este jogo é efetivamente perfeito e que marca presença nos meus favoritos de sempre, que me faz apreciar este hobbie enquanto forma de divertimento pessoal.
Às vezes, há jogos assim.
 
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WaveTale (6/10)
Wavetale é um jogo com um flow de movimento muito bem oleado e com um conto interessante que nos ensina uma lição de vida acompanhado de um bom art work e um bom OST.

As mecânicas do jogo são simples, e repetitivas, sobe uma torre, colecciona os sparks de forma a ligar um gerador, segue para a próxima torre ou vila.

Existem cerca de 4/5 agrupamentos de ilhas e cada uma pode ser explorada em menos de 1 hora.
Existem algumas side quests mas que não mudam em nada a história ou recompensam o jogador a não ser com "sparklings" que podemos gastar num surpreendente leque de personalização da personagem.

Como seria de esperar vamos encontrar diversos tipos de inimigos (5 tipos), todos eles simples de matar e causam muito pouco dano na personagem, em todo o playthrough em situação alguma perdi mais de 50% da vida e nunca morri, o jogo foi feito com intuito de relaxar e os inimigos parecem servir só para dar alguma acção aos dedos, os ataques tambem são básicos, dispomos do típico light attack, aio attack e jump stomp attack e é isto!

Adicionalmente às side quests existem também 4 time trials que nos desafiam a conseguir bater o tempo, através de algum platform e apanhando relógios para conseguir o +5 segundos de bónus, igualmente muito simples.

Apesar das excelentes movimentações, gráficos good enough, bom artwork e boa OST que acompanhar o jogo, apesar de se finalizar em 4 horas, o gameplay loop torna-se repetitivo depressa e apenas o conto nos faz avançar.

É o titulo ideal para se conseguir numa subscrição ou numa sale a um preço baixo, mas por 29.90€ diria que o preço para a oferta que o jogo tem é fraco, não considero que 4 horas sejam pouco para o jogo, mas o que fazemos em 4 horas é que pouco justifica os 29.90€.

Recomendo o jogo, mas não ao preço praticado!
Obrigado
 
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Sekiro: Shadows Die Twice
10/10


Sekiro: Shadows Die Twice, o jogo que demorou a chegar à minha coleção mas finalmente chegou. Muito ouvi falar sobre ele, que era diferente dos Souls, que era muito mais difícil, que não evoluis no jogo e era na base do parry. Entrei a medo no jogo, realmente era preciso reaprender a jogar o jogo porque realmente é diferente de Souls mas não assim tanto quanto dizem.
Sekiro é um jogo bastante rápido em tudo, corremos, saltamos por telhados, usamos a nossa prótese para lançar um gancho e prender em vários sítios como um verdadeiro Shinobi. Além disto também temos a parte mais calma e mais inteligente, o stealth. Existem várias zonas do jogo cheias de inimigos que são mais fáceis de passar por eles em stealth do que procurar combate direito, porque em stealth é possível matar os inimigos com um só golpe pelas costas ou saltar de um lugar alto e finalizar o inimigo.
O combate é diferente de Souls porque usa o sistema de deflect que consiste em dar imenso parry aos inimigos e defender no momento exato em que eles atacam, ao fazer isso a barra de postura do inimigo vai aumentando, e quando essa barra enche conseguimos dar um golpe que tira a vida toda. Mas não pensem que é fácil, há inimigos e bosses que têm 2 ou 3 dessas barras e em cada barra o combate deles muda. Quando dão deflect aos ataques dos inimigos também podem atacar para ir tirando um pouco de vida e aumentar a barra de postura deles.
Além da barra de postura os inimigos têm uma barra de vida que diminui quando damos golpes e se esse barra de vida acaba eles não morrem, mas a barra de postura deles enche toda e podemos dar o golpe final. Resumindo podem na mesma dar golpes para acabar com a vida do inimigo ou usar o deflect, este último é a maneira mais fácil e rápida.
A nossa personagem também tem essas duas barras, a de postura enche pouco quando damos deflect mas se apenas defendermos o dano na nossa barra de postura é bem maior. Além disto tudo não existe stamina, podemos estar sempre atacar ou a correr e saltar porque a personagem não se cansa. Sempre que morremos podemos ressuscitar pelo menos uma vez, com o avançar da história é possível ressuscitar mais vezes em combate.

Quanto à personagem, ela evolui sim mas de forma diferente. Estão espalhados pelo jogo um item chamado prayer beads que ao juntar 4 criamos um colar que aumenta a nossa vida e postura. Existem também vários skills que dão para adquirir ao usar os pontos de XP, sempre que matamos inimigos ganhamos XP numa barra e quando essa barra enche ganhamos 1 ponto de habilidade. Esses skills são variados, desde movimentos com a espada, mais proteção, mais vida recuperada, mais técnicas de combate, etc. Sempre que se mata um boss ganhamos o que eu chamo da "alma" dele, como acontece nos jogos Souls, e com essa alma ao usar no Idol (são os bonfires do jogo) ganhamos 1 ponto de ataque. Como existem alguns bosses opcionais recomendo a matarem para ganharem uns pontos de ataque extra.
Como podem ver neste jogo afinal dá para evoluir mas de maneira diferente de um RPG normal.
Além disto tudo a personagem tem uma prótese onde pode introduzir umas ferramentas que são uns gadgets muito úteis para os combates, ferramentas essas que temos de encontrar e depois ir ao escultor para ele as introduzir na prótese e todas elas dão para evoluir.


Agora a dificuldade do jogo, sim é bem mais difícil que os Souls todos. Posso dizer que num dos bosses iniciais perdi 4 horas para o derrotar, mas disseram-me que esse boss era onde o jogo nos mostrava como ia ser daí para a frente e era o verdadeiro teste do jogo. Normalmente um jogo deixa para o final o momento mais difícil mas em Sekiro é logo no início. Eu não desisti, insisti, insisti e aprendi. Quando o derrotei senti-me aliviado e acreditem, depois dele não perdi mais de 2 horas em mais nenhum boss. Na minha opinião este jogo é difícil por uma razão, o estilo de combate é novo. Eu quando joguei pela primeira vez Demon's Souls também achei estupidamente difícil e se calhar ainda hoje foi o jogo onde tive mais dificuldades por ser novidade. Aqui em Sekiro já vinha com calo nas mãos mas ainda assim tive de aprender as mecânicas. Uma dica que vos dou que eu arrependi-me de não o ter feito, troquem as teclas do comando. Por exemplo correr é no círculo e saltar no X, não dá muito jeito. E usar os items é no d-pad para cima.

O mundo de Sekiro não vou dizer que é open world, acho que é comparável com o Dark Souls 2 onde podemos ir por vários caminhos mas tem uma ordem.
Em Sekiro existem várias zonas, mas entrando por elas são lineares até ao final. Além disso alguns dos cenários vão ser repetidos por causa do rumo que a história leva. O jogo como tem vários finais é possível ficar sem acesso a uma zona e a alguns bosses consoante a escolha que fazemos.
Já vos disse que podem nadar no jogo? É verdade, e depois de derrotar um boss específico até dá para mergulhar e encontrar mini bosses debaixo de água.
O jogo tem um online diferente de Souls, enquanto que em Souls lemos mensagens de outros jogadores ou a maneira como morreram em Sekiro podemos gravar um clip até 30 segundos do que fizemos. Imaginem que querem andar a dar uns saltos num sítio random, podemos gravar isso e depois deixar um sinal no chão e alguém pode ver aquilo. Em Sekiro não existe co-op nem somos invadidos por isso o menu de pausa funciona como isso mesmo, pausar o jogo.

Sekiro é um jogo muito desafiante, o mais difícil que joguei. Bosses super lixados, inimigos também muito difíceis. Tinha vários amigos que ficaram presos no último boss, até fiquei assutado quando me disseram que não acabaram o jogo por causa dele. Por acaso ou por sorte precisei de 5 ou 6 tentativas para o derrotar, acho que aprendi bem o jogo. Terminei o com 44 horas e comecei um NG+ onde demorei apenas 6 horas para voltar a terminar com outro final.
É um jogo fantástico, dos melhores que joguei nos últimos anos.
 
Lego Harry Potter Years 5-7

O que posso dizer sobre este jogo é que é muito maior que o 1-4, há muito mais coisas para fazer tanto na escola como nos niveis da história. Basicamente, temos a mesma formula dos jogos Lego, com a mesma mecanica do jogo anterior, onde agora se destaca o duelo de feitiços e o targeting que sofreu uma melhoria. Uma coisa neste jogo que destaco foi a excelente divisão entre o humor tipico da lego e o caracter dark que estes ultimos filmes do HP teem. Num exemplo pratico e penso ñ ser spoiler, num dos filmes existe uma personagem que morre, e no jogo da lego essa personagem morre mesmo mas de uma maneira exagerada e comica, o que no filme é um momento dramático, no jogo acaba por ter o seu qb de dramatico/cómico. Outra coisa que destaco é a prioridade que o jogo dá à história em relação à exploração, o que para muitos poderá ser interpredado como algo linear. No jogo anterior poderiamos, por exemplo fazer um nivel de história e depois explorar a escola. Aqui nem sempre podemos fazer isso ( muito em parte porque para se manter fiel ao enredo dos filmes tal ñ é possivel, mais ñ conto para evitar spoilers).
A maior diversidade dos cenários onde jogamos também é benvinda, mas lá está também porque os filmes assim o exigem.
Os unicos pontos negativos que tenho para apontar são alguns angulos de câmara que ñ foram os melhores, o targeting que as vezes aponta para onde queremos mas acerta onde ñ é suposto ( ambos estes contratempos acontecem muito raramente). Outro ponto negativo e este já mais do foro pessoal, ñ gostei da Diagon-Ally neste jogo, a forma como está apresentada, achei melhor no titulo anterior.
Este titulo vem "apenas" cimentar aquilo que o outro já tinha feito que é tornar ainda mais fãs aqueles que já seguiam o universo HP.
Assim a minha nota : 9/10

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Praticamente passaram 10 anos, desde que o joguei pela primeira vez na ps3.
Fazendo a review acima citada.

E continuando assim uma "xmas gaming tradition" que começou no Years 1-4 e que fui fazendo ao longo dos anos, salvo raras excepções. Alternando entre num ano fazer o Years 1-4, noutro o 5-7, mas sempre na altura do Natal.

Desta vez, e seguindo a tradição, foi altura de experimentar ambos na ps4, graças à oferta os jogos mensais de Novembro no plus.
Não vou acrescentar muito mais à review original, dizendo apenas que este port pareceu-me superior ao port do Years 1-4.

Originalmente, este jogo já parecia estar graficamente melhor, dai que presumo que o port também esteja melhor por essa razão.
Não se notou tanto o refresh gráfico na gameplay, e as cutscenes ainda com gráficos da ps3, como no Years 1-4.

De resto, mantenho o que disse na review original.
Acrescentando apenas que apesar de já ter repetido estes jogos várias vezes, há sempre aquela magia como se os jogassemos pela primeira vez.
E é por isso que considero os jogos do Lego HP, como os melhores jogos da Lego.
Enquanto não sai o Hogwarts Legacy, lá terei que me contentar com estes :D.
A nota da casa do Rubenzito também se mantém: 9/10.
 
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