Partilha O último jogo

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Mass Effect 1 (Remastered) PS5
8/10

Devo já dizer que nunca tinha jogado nenhum Mass Effect, apenas joguei a demo do 2 há muitos anos atrás. Sempre ouvi falar maravilhas desta saga e agora ao fim de tantos anos lá decidi jogar a versão Legendary (Remastered).

Mass Effect 1 é um jogo de 2007 e nesta remastered nota-se bem a idade do jogo, com algumas limitações na jogabilidade e nas cutscenes.
Sendo este um remastered a jogabilidade é bastante fluída, muito melhor que o original como devo imaginar porque já se passaram 14 anos.
A nível de evolução das personagens até gostei do facto de irmos evoluindo cada uma delas, vamos desbloqueando novos poderes para as personagens da nossa party e isso foi uma das coisas que mais gostei no jogo, os poderes que podiamos usar nos combates. Na minha ideia Mass Effect era um Action RPG só com tiros, mas afinal estava errado.
O sistema de party é bem competente, com as personagens a fazerem o seu trabalho e ajudarem nas missões. Sempre que aterramos num planeta podemos escolher 2 personagens para a nossa party, e à medida que vamos avançando na história vamos adquirindo mais pessoas para a nossa equipa.
A IA dos inimigos não achei lá muito boa, apenas faziam o seu trabalho mas notou-se que já eram um tipo de inimigos obsoletos em relação a jogos da mesma geração.
Tal como noutros RPGs, neste Mass Effect também temos missões secundárias mas aqui senti-me muito perdido. O sistema de mapa não é dos melhores, talvez por ao longo dos anos ter jogado muita coisa melhor, mas para fazer as missões era preciso ler o journal e depois abrir o mapa e procurar o sítio em si. Ainda assim no mapa não mostrava o local ou onde se encontrava tal personagem. Já para não falar de que para abrir o mapa era necessário ir sempre ao menu.
Sendo um jogo passado no futuro e no espaço podemos andar a explorar outros sistemas e vários planetas, ainda que com algumas limitações achei bem interessante esta parte do jogo.

A história é bem interessante, mas houve ali uma altura prai nas 3 ou 4 horas de jogo que me fez pausar o jogo prai 2 dias, mas depois agarrou-me mais, e a parte final do jogo é sem dúvida muito boa. Sei que há decisões neste jogo que vão progredir para o Mass Effect 2 se eu usar o mesmo save, e que quero fazer isso. Além da história principal algumas missões secundárias vão interferir com outras nos próximos jogos.

Agora é ir para o Mass Effect 2, que dizem ser o melhor da saga e um dos melhores RPGs da geração.
 
Visage (Xbox Series X - GP) - 8,5/10

É claramente inspirado em PT, muito sinistro desde o primeiro momento mas que tbm vai buscar inspiração em fatal frame (não conheço a saga , mas tbm se joga com uma câmera fotográfica para afugentar fantasmas).

Passa uma grande experiência de terror, que vai causar bons sustos e frio na espinha ao andar nos corredores da casa. E olha que já joguei uma boa quota de jogos de terror (PT está no topo da lista e até hoje ainda faz impressão mesmo já conhecendo a demo toda).

Graficamente muito bom com cenários fotorealistas.

Basicamente podemos dividir o jogos em 4 capítulos (3 casos diferentes).

O sistema de sanidade parece não cumprir bem com a proposta, parece que esta lá para tentar se tornar algo diferente. Muitas vezes fiquei com a (in)sanidade e praticamente utilizei uns 5 comprimidos durante toda a jogatina do jogo em 2 runs.

Muitos eventos e spaws parecem ser aleatórios dificultando um pouco o desenrolar do jogo em certas situações.

A jogabilidade parece mesmo ter sido pensada para PC (ou pelo menos teclado/rato), controlar no comando é por vezes frustrantes, devido a mira sem imperceptível e mais ainda quando precisamos de ser rápidos e certeiros em determinadas situações (p.e. , para o achievement alien...).

1 run completa e uma 2ª run com guia para os achievements restantes (e missables...), penso ter gasto a volta de 20hs totais de jogo nas 2 runs.
 
Cyberpunk 2077 (PS5)
8.5 / 10

Só tenho a dizer que se este jogo não tivesse prometido tanto e se não tivesse as falhas técnicas que sabemos, era um dos melhores jogos de sempre.

Ponto mais positivo: história que agarra-nos até acabarmos o jogo, mesmo que não o queiramos.

Ponto mais negativo: o que já se sabe, bugs / contraste de gráficos enorme em certos objetos e/ou pessoas etc. O jogo crashou no total 4 vezes até o passar.

Não fiz todas as side quests / gigs mas espero sem dúvida regressar a este jogo, talvez quando sair a hipotética versão next-gen
 
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Mario+Rabbids Kingdom Battle (Nintendo Switch)
Nota: 8/10

Comprei este jogo relativamente barato a uns tempos na loja do Nintendo e não ia com grandes expectativas. Sempre gostei de jogos do Mario, mas algo mais tradicional, ou seja plataformas. Que raio de mistura seria esta de XCOM com Mário, pensei eu...

Comecei a jogar e não é que a formula resulta bem? Adorei a dinâmica dos combates. Sempre gostei de combates por turnos, na medida em que dá algum tempo para pensar na próxima decisão, sendo que aqui não é totalmente estático como num FF por exemplo, aqui mexemos os personagens no tabuleiro de jogo, e podemos atacar antes (ou depois) e dar buffs a allies. A jogabilidade está no ponto.

A nível de história, nada de especial mas serve para ir avançando nos vários mundos (4 no total) e ir derrotando vários bosses pelo caminho.

Resumindo, se têm uma Switch não passem ao lado deste jogo, muito divertido mesmo. Só não lhe dou os 10 porque corre a 30fps e pelos gráficos que tem parece-me que aguentava bem os 60fps se a ubisoft tivesse feito o esforço de optimizar mais isto. De resto 5*.
 
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O fim de uma saga.
É uma pena que as coisas tenham acabado da forma que acabaram com a Telltale,mas obrigado à Skybound por ter decidido acabar a temporada.

Fora disso,tendo em conta eu estar de pé atrás depois da terceira temporada(nunca deviam ter mudado o foco da Clementine) e a premissa deste precisar de muitas unhas para não descambar em uma série rasca da CW(a comunidade composta exclusivamente por miúdos),eu diria que isto foi um êxito retumbante. Para mim só fica atrás da primeira temporada.
É mas é uma pena que a BD que estão a fazer com a Clementine estrague o final disto. Mas ninguém é obrigado a não se ficar pelo jogo,e é isso que vou fazer.
 
Última edição:
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O fim de uma saga.
É uma pena que as coisas tenham acabado da forma que acabaram com a Telltale,mas obrigado à Skybound por ter decidido acabar a temporada.

Fora disso,tendo em conta eu estar de pé atrás depois da terceira temporada(nunca deviam ter mudado o foco da Clementine) e a premissa deste precisar de muitas unhas para não descambar em uma série rasca da CW(a comunidade composta exclusivamente por miúdos),eu diria que isto foi um êxito retumbante. Para mim só fica atrás da primeira temporada.
É mas é uma pena que a BD que estão a fazer com a Clementine estrague o final disto. Mas ninguém é obrigado a não se ficar pelo jogo,e é isso que vou fazer.

Também joguei recentemente, e tive o mesmo pensamento que tu. Embora tenha sido um bocado apressada, e a terceira temporada não serviu para nada... podiam aproveitar para por aqui algo, e até fazer uma ligação.

Anyway, a
parte do flashback onde a Clementine vai buscar o AJ, é espectacular na minha opinião.
 
Castlevania III: Dracula's Curse (1990)

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Damn, se este não é o jogo mais difícil que já terminei, anda lá perto, isto se jogarem sem save stats, claro. O penúltimo nível e o último boss então, são um horror, de arrancar cabelos mesmo. Já terminei vários jogos NES, mas com este nível de dificuldade talvez só o primeiro Metroid e o primeiro Final Fantasy. Falta-me terminar ainda os Ninja Gaiden, Zelda II, Super Mario Bros: The Lost Levels, Ghosts n' Goblins e Double Dragon (não me vou meter no Battletoads eheh).

Este é claramente o Castlevania mais ambicioso da NES. Depois de um 2º jogo diferente (mais do estilo Metroidvania até), este volta às raízes do primeiro título, mas com algumas novidades, como a possibilidade de escolher que caminho (nível) é que vamos jogar e consoante as nossas escolhas, temos a possibilidade de jogar com vários personagens. O jogo é uma prequela do primeiro Castlevania e o protagonista é o Trevor Belmont, antepassado do Simon Belmont, herói dos dois primeiros jogos. Além do Trevor com o seu chicote habitual e power-ups clássicos da série, podemos jogar com o Grant Danasty, um acrobata que tem um bom salto e consegue trepar paredes; a Sypha Belnades, uma feiticeira que apesar de não ter um ataque com um grande alcance e ter uma defesa fraca, tem magias muito poderosas e úteis durante o jogo, principalmente contra alguns bosses; Alucard, filho do Dracula, que se pode transformar em morcego e sobrevoar obstáculos. No geral, isto permite muita variedade, mas já se nota que a jogabilidade precisava de um bom upgrade, os níveis são demasiado exigentes para controlos tão presos.

Nunca cheguei a jogar com o Alucard devido às minhas escolhas durante o jogo. Como disse, existem vários caminhos que nos podem levar a 4 finais diferentes, o que aumenta muito a sua longevidade devido ao grande replay value. Felizmente o jogo não tem limited continues e tem um sistema de passwords, pelo que acabarei por rejogar a aventura, mas apenas os níveis que não joguei devido às minhas escolhas para tentar desfrutar de tudo o que o jogo oferece.

Grafismo muito bom, adoro todo o ambiente gótico e pixel art, mas o level design às vezes é demasiado exigente no que toca a frustração para o jogador, seja pelas escadas ou pela colocação de inimigos em sítios difíceis de evitar ou pelas plataformas a exigirem saltos muito precisos. Música fantástica como habitual na série, mesmo muito boa.

No fundo, este é o jogo mais ambicioso da trilogia e objetivamente talvez o melhor, mas eu prefiro o primeiro pela sua simplicidade e sinto que esse, apesar de difícil, é bastante mais justo com o jogador, pelo que acho que no futuro vou acabar por o rejogar mais vezes que este. Ainda assim, Castlevania III: Dracula's Curse é um título essencial no catálogo da NES. 8/10
 
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It Takes Two (PS5)
9/10

It Takes Two é simplesmente um jogo genial do início ao fim. Desde os tempos da Mega Drive que fiquei fã de jogos em co op ou para 2 jogadores, Streets of Rage, TMNT e mais recentemente LittleBigPlanet ou até mesmo o A Way Out. Hoje em dia fazem falta jogos assim em co op seja local ou online e este It Takes Two deve ser o melhor jogo de co op que já joguei.
Um amigo meu tinha jogado no PC com a namorada e depois comprou para a PS4 para jogar novamente porque adorou o jogo e até disse que era GOTY, e convidou-me para jogar com ele. Aceitei o convite como é óbvio e lá joguei na PS5 e ele na PS4.

A história do jogo é sobre um casal que se vai separar e a sua filha não quer isso, e algo de mágico acontece no jogo e os pais transformam-se em bonecos e têm de se entender para quebrar esse feitiço.
Pelo caminho vão ter de se esforçar em equipa para ultrapassar as adversidades do jogo, de salientar que eles andam pela casa e em redor dela mas estão encolhidos, para quem se lembra do filme "Querida, encolhi os miúdos" este jogo faz lembrar imenso esse filme.

O jogo tem de tudo, co op, puzzles, coordenação, timing, easter eggs, diversão, piadas, etc. Não há uma única parte em que não tenham de usar a cooperação com o outro jogador, têm de estar sempre coordenados e em sintonia. Apesar do jogo ser em ecrã dividido e conseguirmos ver o ecrã do nosso companheiro, nem prestamos atenção a isso muitas das vezes por estarmos concentrados no nosso lado.
O jogo roça a perfeição no que toca a level disign e puzzles, é que existe tanta mas tanta variedade de cenários e puzzles que uma pessoa fica sempre espantada com o que vem a seguir.
O A Way Out já era um excelente jogo mas achei que fosse curto, este It Takes Two é muito longo e deve ter o dobro da duração.

Para quem gosta de jogos em co op e não só este jogo merece ser jogado, e se for por um casal melhor ainda. Para mim este jogo merece ser o GOTY de 2021.
 
Final Fantasy XIII - PS3
9/10

Um mal amado possivelmente por ter saído cedo demais. Acredito que hoje teria melhores criticas.

Gostei de tudo, até mesmo da lineriadade do mapa.
A história é um pouco confusa ao inicio, obriga a muita leitura dos datalogs.
O combate é um dos pontos altos do jogo. Fornece muita flexibilidade deixando o jogador jogar do modo que mais gostar.
A única coisa que não gostei tanto foram os summons que têm bastante inspiração dos transformers... nada habitual nos FF.

Fazer uma pausa do XIII mas pretendo em breve jogar o XIII-2 e LR.
 
Until Dawn (PS5)
9/10

Um excelente Teen Horror Movie em formato de jogo QTE, tenho pena que cada vez se façam menos jogos como este e os da Quantic Dream. Não é um jogo perfeito mas está sem dúvida perto disso.
 
Já estou habituado a estes desafios NES eheh. Esses dois por acaso já dei uns toques (o Ninja Gaiden é jogão, o III é que acho que é mesmo um abuso de dificuldade porque tens limited continues), mas nunca me sentei e dediquei-me a sério a nenhum deles, mas parecem-me ambos fazíveis, agora o Battletoads não estou mesmo para aí virado eheh.
 
AC Valhalla (+Season Pass) - PC/Ubisoft Store
~100 horas
7.5/10


É difícil não ficar impressionado com a qualidade visual deste jogo. Os cenários são lindíssimos - e a chuva, o sol, a neve e a noite, ajudam a sentirmos o ambiente de uma forma muito imersiva. Os modelos dos NPCs estão em geral bem caracterizados, adorei as vozes dos protagonistas principais, e também dos modelos faciais com um realismo impressionante. Ao contrário do Odyssey onde apenas gostei da voz da Kassandra, aqui poderia ter jogado a versão masculina ou feminina, mas optei mais uma vez pela versão feminina.

Adorei o combate - aqui o jogo para além de permitir a progressão do "power level" como uma skill tree bastante elaborada, trás também "habilidades" que vamos encontrando nas nossas viagens - e que recomendo procurarem sempre que puderem - e que tornam o combate melee e range num prazer, com movimentos fluidos e muito cinemáticos, que apreciei bastante especialmente quando fazemos pilhagens e assaltos aos castelos com pessoal a atacar-nos em todas as frentes. Outro aspecto que gostei bastante foram os assassinatos a membros do culto e não só, que tornam o stealth numa outra forma de combate muito bem conseguida. Com tudo isto, pensei no início da minha campanha que este jogo tinha o potencial de ser melhor que o Ghost of Tsushima e outros open worlds que dei a nota máxima. Infelizmente, depois de largas dezenas de horas investidas e com o jogo terminado, posso dizer que estava redondamente enganado.

O jogo tem dois grandes problemas, na minha opinião. O primeiro é a extensão do jogo - é enorme e extremamente repetitivo. Chegou a acontecer mais que uma vez pensar que já tinha estado numa zona, e estar no outro lado do mapa, pois tudo parece igual ou variações do mesmo (com excepções). Mesmo tendo adorado o combate e os puzzles para encontrar os tesouros, cheguei a um ponto de total saturação. Há muitas atividades que valem a pena fazer, mas muitas outras que são uma perfeita perda de tempo - e não é óbvio qual é qual sem olhar para os guias. Quando deixa de dar prazer e passa a ser uma tarefa numa missão da campanha principal, sabemos que o jogo falhou. Um outro jogo em que senti esse nível de saturação foi precisamente o Odyssey.

Mas o grande problema que eu tenho com o jogo é a história. Trago outra vez o Ghost of Tsushima (GoT) como exemplo, pois têm muitas semelhanças, ambos são open-worlds que retratam a invasão de uma ilha num período histórico. No GoT, a história tem um contexto simples, e o jogo leva o seu tempo para conhecermos de muito perto os vários NPCs que acompanham-nos até o fim da viagem. É nessa simplicidade, que conseguimos entender e sentir na pele a complexidade da situação do Jin, o protagonista, e daquilo que tem pela frente, muito para além das mecânicas do jogo. Adorei e senti todos os momentos deste jogo, e o final foi brutal.

No Valhalla, as histórias parecem que foram escritas para preencher o mapa e uma checklist. Com uma ou duas excepções, as histórias são curtas, muito sem sal, previsíveis e superficiais. Os NPCs "vikings" são unidimensionais, que aspiram apenas três coisas: combate, gloria e cerveja, e irem depois para Valhalla. Como se não bastasse, o jogo traz-nos o lore do assassin's creed, que piora ainda mais as coisas, trazendo algo tão rebuscado e pretensioso, que merece ser um caso de estudo. O jogo convence-nos durante toda a campanha que a Eivor (protagonista) é a boa da fita porque sim, e os membros do culto (templars, anciões) são o pior inimigo que a humanidade alguma vez enfrentou, porque sim, e por isso devem ser assassinados e erradicados. O que fizeram para serem assim tão maus? Não é explicado. O que é explícito é que enquanto estamos a assassinar os "piores inimigos da humanidade" (tm) , estamos também a aterrorizar as populações anglo saxônicas, pilhar e queimar as suas casas, roubar o ouro das igrejas, e mutilar, queimar e decapitar os soldados que estão a proteger as suas terras e as suas gentes. Enfim, essa dissonância, com muitos diálogos superficiais, inconsistentes, e pouco credíveis mascarados de grande filosofia, fizeram com que não sentisse absolutamente nada pelas personagens durante toda a campanha, e não tivesse vontade nenhuma em pegar no próximo Assassin's Creed. Porque sim.


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Última edição:
Afinal, o jogo convence-nos que a Eivor (protagonista) é a boa da fita porque sim, e os membros do culto (templars, anciões) são o pior inimigo que a humanidade alguma vez enfrentou, porque sim, e por isso devem ser assassinados e erradicados. O que fizeram para serem assim tão maus? Não é explicado. O que é explicado explicitamente como parte das missões (divertidas) é que pilhamos igrejas, roubamos o ouro, e mutiliamos, queimamos e decapitamos os soldados que tenham proteger as suas terras e as suas gentes.
Simplesmente isto. São de uma equipa logo são maus, são doutra são bons.
 
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Quando este jogo foi anunciado na E3 de 2021, eu evitei 99% do marketing deste jogo após o anúncio. Automaticamente ficou na lista de jogos a adquirir para este ano. Já previa que teria em mãos um bom Metroid, sabendo que o Metroid Dread estava a cargo da MercurySteam. E na minha opinião, eles se superaram, em comparação com o Metroid Samus Returns da 3DS.

Metroid Dread segue o mesmo estilo que a série Metroid nos tem habituado. Mas com este jogo, foi-nos introduzido um tipo de inimigo diferente: os EMMI. São robôs feitos de materiais muito resistentes, a ponto da Samus nunca conseguir atacar um EMMI, por mais upgrades que ela tenha. Estes EMMI's costumam a rondar em zonas específicas. São predadores. Eles conseguem ouvir barulho que façamos se tivermos a alguma distância deles, e vão logo à fonte do som. Se formos detetados por um EMMI, a nossa única solução é fugir. E mesmo que por vezes consigamos tentar nos esconder de um EMMI, ele pode nos apanhar. Se isso acontecer, ainda temos 2 chances de escapar a um EMMI, por fazer parry a ele. Mas a janela de tempo que nós temos para fazer um parry com sucesso é tão curta, que na maioria das vezes, sermos apanhados por um EMMI é quase sinónimo de Game Over. A única forma de conseguirmos derrotar um EMMI é por obter uma Omega Cannon, que é um item que obtemos após derrotarmos um mini-boss localizado na zona desse EMMI, e só podemos usar 1 Omega Cannon por EMMI. Pessoalmente, não achei os EMMI assustadores. Mas podemos ter aquela sensação de suspense quando queremos passar por uma zona EMMI sem sequer o EMMI nos ouvir. Pior é quando estamos numa zona EMMI e não sabemos onde ir. Só contribui para o suspense.

Fora isso, o jogo é o que tipicamente vemos nos jogos Metroid. Temos exploração, upgrades que nos permitem aceder a novas áreas, temos backtracking, bosses épicos, itens difíceis de obter. Mas está tudo tão bem feito e bem interligado. O jogo está dividido por áreas diferentes, todas elas ligadas por meio de elevadores. Mas existem teleporters que permitem-nos aceder a secções de outras áreas que apenas podemos aceder dessa maneira. Fez-me lembrar do facto de terem posto teleporters no Metroid Samus Returns, mas a diferença é que nesse jogo, podíamos fazer teleport para outra secção da mesma área ou para outra área completamente diferente. Podíamos escolher o "destino". Mas no Metroid, os teleporters têm uma "ligação" específica. Cada teleporter está categorizado por uma cor. Isso faz com que um teleporter só dê para ser usado de maneira a chegarmos ao teleporter destino da mesma cor. Eu interpreto isso como uma maneira diferente de implementar atalhos entre áreas do jogo, assim como em passados jogos da série.

Os bosses deste jogo são brutais. Temos alguns mini-bosses, como aqueles que temos que derrotar nas zonas EMMI. E temos bosses principais com diversas fases no mesmo boss. O que me impressiona é que há bosses com diferentes maneiras de os derrotarmos. Por exemplo, o penúltimo boss tem 2 fases. E na segunda fase, podemos fazer shinespark nele, apesar com alguma dificuldade. Mas se fizermos shinespark com sucesso, o boss automaticamente fica derrotado. Eu não soube disso por iniciativa própria. Vi um vídeo de alguém a fazer. Mas não deixa de ser épico. E mais épico ainda, imo, é que existe um boss no jogo onde, se obtermos um determinado item antes do boss (item este que para obtermos, é necessário fazer sequence break), conseguimos atacar/derrotar esse boss de uma maneira única. Isso ainda não vi como se faz, nem o resultado. Mas não deixa de ser épico ver que os produtores do jogo sabiam que ia haver malta a fazer sequence breaks ao jogo, obtendo itens mais cedo que o esperado, e resolveram "recompensar" esses mesmos jogadores mais dedicados.

Um ponto muito forte deste jogo é a história. Já se sabia que aparentemente Metroid Dread iria marcar o fim da saga sobre Metroids. Mas ao jogar este jogo, ele consegue fazer ligação com praticamente todos os jogos da série 2D. Até faz ligação à manga de Metroid, que explica a origem da Samus. E a forma como a história acaba é simplesmente brutal. Nunca se viu a Samus como se vê aqui. E quando acabamos o jogo, mal podemos esperar para ver como será o futuro da Samus.

As únicas falhas que tenho a apontar ao jogo é a AI que se chama ADAM, e a música. O ADAM no início do jogo aborrecia-me. É uma AI que fala com a Samus em salas específicas, à semelhança do que vemos em Metroid Fusion. Mas o que o ADAM geralmente dizia era o óbvio. Chegava ao ponto que querer fazer skip às falas dele. Mas a meio do jogo o ADAM começou a ter melhores falas, a expor alguma informação não tão óbvia, e ele deixou de ser tão chato. Já sobre a música, a música em si não é má. Só que quando se trata de música de Metroid, automaticamente lembramo-nos de temas clássicos como os temas de Super Metroid, Zero Mission, Fusion ou até Metroid Samus Returns. Aqui no Dread não há temas tão emblemáticos. Ainda assim, temos pelo menos um tema que é recorrente na série, e esse tema é usado em cenas épicas do jogo, especialmente em uma cena a meio do jogo que até me deu arrepios de quão épico foi.

Ainda assim, o jogo é espetacular. Eu joguei 4 vezes. A primeira vez joguei ao meu ritmo, em modo normal. A segunda vez joguei em modo Hard, e ao mesmo tempo quis terminar o jogo com os itens a 100%. A terceira vez quis terminar o jogo em modo normal em menos de 4 horas. E a quarta fez quis voltar a terminar o jogo em menos de 4 horas, mas desta vez em modo Hard. As recompensas por alcançarmos essas façanhas são peças de arte que vemos na galeria do jogo. Ao conseguirmos colecionar 100% de itens em cada área do jogo, desbloqueamos uma peça de arte que retrata algum evento que se passa em ZDR antes dos eventos do jogo, sendo ao todo 6 peças de arte. E ao termos as 6 peças, desbloqueamos uma peça de arte que representa a série 2D de Metroid, onde em destaque está a Samus no seu Varia Suit ao estilo do Metroid Samus Returns. No que toca a terminarmos o jogo em menos tempo, quanto menos tempo terminarmos, mais arte desbloqueamos. Também são 6 peças de arte, em que cada peça representa um jogo da série 2D, incluindo o Metroid Other M. E ao temos essas 6 peças de arte, desbloqueamos uma peça de arte "igual" à que mencionei à pouco, que representa a série 2D, mas em vez da Samus estar no seu Varia Suit, esta no seu Zero Suit Samus.

Por falar em obter os itens a 100%, diria que este jogo é dos mais fáceis de se obter, mas não tão fácil como o Samus Returns. Ao contrários de outros jogos da série, sempre que vemos um item no ecrã, o mesmo fica "registado" no mapa. E conseguimos saber se o item está por adquirir ou se já foi adquirido. No entanto, há itens que estão "escondidos" dentro de blocos, algo normal da série. A diferença é que, em vez que termos uma bola numa área do mapa a apontar onde o item está, o mapa fica com uma secção a piscar em tom branco, e temos que descobrir onde o item está. Mas isso torna-se fácil quando obtemos mais itens, como o Pulse Radar, ou a Power Bomb. Mas os itens mais difíceis de obter, e os que sabem melhor, são os que requerem que usemos speed boost e/ou shinespark. Em alguns casos, requer muita prática e sabermos dominar a mecânica de shinespark. Mas quando finalmente obtemos o item, sentimo-nos mais satisfeitos por termos conseguido fazer com sucesso todo o processo de shinespark do que propriamente obtermos o item em questão.

Há muito mais que podia falar sobre o jogo. E no tópico do jogo irei debroçar-me sobre a história dele e o que nos pode reservar o futuro da série. Mas relativamente ao Metroid Dread, estou super satisfeito pelo jogo, e contente pelo trabalho da MercurySteam. Só tenho pena que eles não tenham creditado todos os que estiveram envolvidos no projeto. Mas isso é outra conversa. Metroid Dread para mim leva um 9.5/10.

PS: Espero que Metroid Dread seja visto pela Nintendo, e pela indústria em geral, como um jogo de sucesso. Para além de querer ver mais jogos da série, gostava de ver mais jogos 2D, especialmente algumas séries a ressurgir. Por exemplo, gostava tanto que a Capcom fizesse Megaman X9 em 3D, mas na perspectiva 2D, na RE Engine. Acho que seria brutal.​

PS2: Sempre que voltar a jogar Metroid Dread, e entrar no quarto abaixo, irei dar uma pequena gargalhada. Alguns vão perceber o que quero dizer 😏
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Lost Words: Beyond the Page - 8/10 (Xbox Series X)

Esta pérola de jogo encontrei-o no Game Pass, não fosse isso e provavelmente nunca lhe teria prestado atenção.

O jogo leva-nos numa jornada emocional que dificilmente passa indiferente a alguém. Todos nós já tivemos os nossos momentos, por isso, de uma forma ou de outra, conseguimos sentir alguma empatia com a personagem.

A história é nos contada de forma exemplar, fazendo build up até ao seu culminar, mas mantendo sempre o seu tom realista e emocional. O nível de cada capitulo está muito bem criado, com uma belíssima artwork, que nos imersa dentro de cada um.

Na parte de plataformer, não traz nada de verdadeiramente novo, mas isso é o menos importante, aqui o importante é a jornada e o que nos faz sentir. No entanto, nesse aspeto não deixa a desejar, há diversidade de "poderes" e a forma como o jogo nos leva a usá-los evita que haja aborrecimento.
 
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Metroid Dread (Nintendo Switch) 10/10

Sem dúvida um dos melhores jogos deste ano, não há nada a apontar de mau a este jogo. Com bosses e EMMI's muitos desafiantes mas que no final de cada batalha torna-se gratificante termos chegado ao fim.
Joguei até +/- 80% do jogo em modo portátil e posso dizer que este jogo pede o Pro Controller, tornou-se bastante mais fácil a partir daí.
Foi o meu primeiro metroidvania (que terminei) e por vezes senti-me perdido acerca do que fazer / procurar, mas sem dúvida que vou querer continuar a experimentar este género.

PS: Nem quero imaginar como será este jogo em hard :-D

 
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Mass Effect 2 (Remastered) PS5
10/10


Eu nem sei por onde começar, mas digo já que estou arrependido de não ter jogado isto quando saiu na PS3. Mas, mais vale tarde do que nunca.
Eu gostei bastante do ME1 mas já sabia que o ME2 iria ser melhor, mas nunca pensei que fosse assim tão bom.

O jogo começa logo de uma forma brutal que me fez prender logo à história, eu pensei logo (se isto é assim no início nem quero imaginar o resto do jogo). Basicamente o jogo é uma preparação para a missão final e temos de ir recrutando vários soldados para a nossa equipa, alguns desconhecidos outros velhos amigos.
O jogo parece uma fórmula nova do ME1 e com bastantes diferenças. Logo para destacar podemos personalizar a armadura, mais armas, fazer upgrades às armas e armaduras, pesquisar novas armas e armaduras, melhorar a nossa nave, recrutar novos elementos para a nossa equipa que também trazem mais upgrades, planetas para explorar e apanhar materiais para fazer mais armas e mais upgrades a tudo.
A jogabilidade foi muito melhorada em relação ao ME1, neste aqui requer mais cover to cover e usar os especiais das personagens é bem mais fácil.
Cada vez que vamos para uma missão escolhemos a nossa equipa e as armas que eles podem usar, mais um ponto positivo para esta opção.
E depois cada personagem nova tem uma história, e para ganhar a lealdade de cada um temos de fazer o que eles nos pedem, muitos deles são favores e até aqui nestas histórias o jogo é cativante.
Gostei bastante da forma como introduzem a Jack, a história da Tali e da Samara, o romance com a Miranda e a maneira como o Legion entra na nossa equipa já numa fase mais avançada do jogo.
Outra coisa que gostei no jogo foi o facto de estar dividido por missões e em cada missão que fazia não tinha de andar a pesquisar no mapa para onde tinha de ir, coisa que não achei interessante no ME1.

Este Mass Effect 2 é sem dúvida um dos melhores RPGs do seu tempo e dos melhores que joguei, faz jus ao seu legado e ao que se dizia dele ao longo destes anos todos. Para mim é mesmo um jogo 10/10.
 
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Mass Effect 2 (Remastered) PS5
10/10


Eu nem sei por onde começar, mas digo já que estou arrependido de não ter jogado isto quando saiu na PS3. Mas, mais vale tarde do que nunca.
Eu gostei bastante do ME1 mas já sabia que o ME2 iria ser melhor, mas nunca pensei que fosse assim tão bom.

O jogo começa logo de uma forma brutal que me fez prender logo à história, eu pensei logo (se isto é assim no início nem quero imaginar o resto do jogo). Basicamente o jogo é uma preparação para a missão final e temos de ir recrutando vários soldados para a nossa equipa, alguns desconhecidos outros velhos amigos.
O jogo parece uma fórmula nova do ME1 e com bastantes diferenças. Logo para destacar podemos personalizar a armadura, mais armas, fazer upgrades às armas e armaduras, pesquisar novas armas e armaduras, melhorar a nossa nave, recrutar novos elementos para a nossa equipa que também trazem mais upgrades, planetas para explorar e apanhar materiais para fazer mais armas e mais upgrades a tudo.
A jogabilidade foi muito melhorada em relação ao ME1, neste aqui requer mais cover to cover e usar os especiais das personagens é bem mais fácil.
Cada vez que vamos para uma missão escolhemos a nossa equipa e as armas que eles podem usar, mais um ponto positivo para esta opção.
E depois cada personagem nova tem uma história, e para ganhar a lealdade de cada um temos de fazer o que eles nos pedem, muitos deles são favores e até aqui nestas histórias o jogo é cativante.
Gostei bastante da forma como introduzem a Jack, a história da Tali e da Samara, o romance com a Miranda e a maneira como o Legion entra na nossa equipa já numa fase mais avançada do jogo.
Outra coisa que gostei no jogo foi o facto de estar dividido por missões e em cada missão que fazia não tinha de andar a pesquisar no mapa para onde tinha de ir, coisa que não achei interessante no ME1.

Este Mass Effect 2 é sem dúvida um dos melhores RPGs do seu tempo e dos melhores que joguei, faz jus ao seu legado e ao que se dizia dele ao longo destes anos todos. Para mim é mesmo um jogo 10/10.
Não sou muito de repetir jogos, no entanto acho que não vou resistir quando a trilogia entrar no gamepass.
 
O Mass Effect 2 é um dos meus favoritos, como me bate a nostalgia por este jogo. Gostei muito do Garrus. Nas vezes em que avancei significativamente, escolhi a versão feminina da Shepard; a versão masculina deixou por desejar.
 
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