Open Source - Segurança - Windows e outros... *Discussão*

falco

Power Member
mas eu prefiro olhar primeiro pas as soluções Free.

Não usem a palavra free porque é uma palavra bastante subjectiva. Significa duas coisas completamente distintas: livre e gratuito.
A lingua Portuguêsa é muito mais clara neste aspecto, utilizando uma das duas palavras distintas para um dos significados distintos. Assim evita-se que as pessoas menos informadas criem na sua cabeça que freeware e Free Software (software à borla e Software Livre, respectivamente), são a mesma coisa.


greven
já o testei com algums "virus".

O que é um "virus"?
Querias dizer diversos tipos de malware? Ou outra coisa?




Em linux, não uso nada, nem me preocupo com isso. Instalei unicamente uma vez a firewall que já nem me lembro do nome.

O kernel Linux do sistema operativo GNU/Linux tem incorporado um dos melhores filtros de pacotes do mercado (melhor que qualquer coisa que exista para window$), e é algo que é tipicamente incluido na instalação base de todas as distribuições de GNU/Linux orientadas para computação genérica (aquelas de que muitos de nós ouvimos falar, como: Red Hat Enterprise Linux, Gentoo, Debian, Mandriva, Fedora, Ubuntu, etc...). No máximo instalaste uma interface gráfica (GUI) para o IPTables (IPTables são a ferramenta de configuração do filtro de pacotes do kernel Linux e que só tem interface para o utilizador ao nível da linha de comandos).

Deve-se utilizar firewall seja qual for o sistema operativo. GNU/Linux e os *nix são por desenho e frequentemente por implementação mais seguros que o window$, mas estão longe de serem perfeitos, também eles requerem medidas de protecção.



Quando dizem que gostam, ou que não gostam de um produto digam porquê, porque se não é um post inutil, visto que uma opinião que não está fundamentada não serve para nada para ajudar os outros a decidir o melhor para eles.
 
falco disse:
Não! Acho que há casos de necessidade de interoperatibilidade em que se deve limitar a utilização de formatos e protocolos proprietários e/ou software proprietário (dependendo da necessidade), para garantir o equilibrio da liberdade de todos. Mas não acho que fora isso deva haver qualquer outro tipo de obrigação imposta pelo estado aos cidadãos. Mas acho que os todos deveriamos ser obrigados a tomar medidas razoáveis para garantir a utilização segura de computadores, sob a pena de serem responsabilizados pelos estragos provocados aos outros de forma indirecta, porque numa rede de computadores a segurança de um pode afectar a segurança de todos, alias medidas semelhantes foram tomadas em outros campos como na condução de veiculos automóveis, etc...

Para isso era necessário que todos fossemos informados e conhecedores das medidas de segurança a tomar. Para uma pessoa podesse ser acusada formalmente de um acto de insegurança o estado teria que dar formação às pessoas, não se pode esperar que uma população até há pouco tempo (e ainda continua) informaticamente leiga tenha conhecimentos básicos de segurança. Por isso mais uma vez estás a exagerar.


Quanto à minha utilização da palavra Free, queria dizer Freeware, se é Free Software ou não, doesn't matter, desde que seja bom.

Quanto a testar o mesmo, foi com malware sim, em algumas páginas e sacando alguns ficheiros dá para ver se o AntiVirus funcionamente minimamente bem. Já tive alguns que não dectatavam algumas coisas, isso é grave...
Em linux não me parece que aquilo fosse o ipTables, eu sei o que é o ipTables e o que instalei não referia de forma alguma o uso do iptables ou que fosse um interface gráfico para o mesmo.
Também podes utilizar algo muito semelhante ao iptables em windows.

PS - falco, quando paras com a panca de escrever window$ em vez de windows? Ainda não sei se te apercebeste, mas só demonstra o tendencioso tu és... Ou então tens algum script! :p
 
Última edição:
Para isso era necessário que todos fossemos informados e conhecedores das medidas de segurança a tomar. Para uma pessoa podesse ser acusada formalmente de um acto de insegurança o estado teria que dar formação às pessoas, não se pode esperar que uma população até há pouco tempo (e ainda continua) informaticamente leiga tenha conhecimentos básicos de segurança. Por isso mais uma vez estás a exagerar.

Não é!
Porquê?
Porque no que toca a segurança informática a responsabilidade é partilhada e por isso a situação poderia ser atenuada e resolvida de outras formas.
Se os fabricantes produzissem produtos a pensar na segurança seria o primeiro passo. Não é isso que acontece, quando por exemplo vemos sistemas que têm politicas de permissões relaxadas.
Quem é responsável pelo deployment é etica e moralmente responsável por o fazer de forma a que fique seguro.
Quem não tem conhecimentos, pode sempre pedir a um amigo que os tenha, ou contratar algum profissional para esta tarefa, assim como contratam profisssionais de outras áreas para fazer as coisas que não sabem em outras áreas.

É obvio que a segurança informática deveria fazer parte dos curriculos escolares de todos. Mas esta medida não é dependente disso embora o ideal é que fossem tomadas as duas medidas, pois são obviamente complementares.





Quanto à minha utilização da palavra Free, queria dizer Freeware, se é Free Software ou não, doesn't matter, desde que seja bom.

Aí é que estás enganado. É mais importante ser Software Livre e por isso garantir a liberdade do que ser bom, embora o ideal seja ser as duas coisas.


Também podes utilizar algo muito semelhante ao iptables em windows.

Nada com a mesma qualidade.



Ainda não sei se te apercebeste, mas só demonstra o tendencioso tu és...

1º não tenho que ser imparcial. Tenho valores e ideais porque penso por mim próprio e por isso defendo-os e promovo-os. Ser imparcial é para os que não pensam por si mesmos e para os juizes de algum tribunal.

2º demonstra sentido de humor, coragem de assumir aquilo que penso e realismo.
 
Sentido de humor? Escrever M$ e Window$ de cada vez que queres escrever essas palavras demonstra realmente um humor fantástico...

Quanto a ser tão eficaz como o iptables, obviamente que não seria, afinal, corre em Windows e na tua óptica nunca seria tão eficaz, pois é no Windows...

Aí é que estás enganado. É mais importante ser Software Livre e por isso garantir a liberdade do que ser bom, embora o ideal seja ser as duas coisas.

Pá, se calhar para ti, não falas de certeza por todos. Lá por ser a tua opinião não tem que ser obviamente verdade. Também gosto bastante de OpenSource mas daí a ser mais importante que a qualidade, só podes mesmo estar a brincar...

Já percebi que contigo não há discussões, tu tens sempre razão. Já agora aproveito para afirmar perante todos que o Windows não vale nada e tudo que é pago é a favor do capitalismo e dos grandes grupos empresariais. Estúpidos somos nós todos que usamos Windows ou qualquer outra forma de software que não seja Open Source. Vamos mudar todos para Linux e sistemas Livres para um Mundo melhor.
 
Sentido de humor? Escrever M$ e Window$ de cada vez que queres escrever essas palavras demonstra realmente um humor fantástico...

Não tenho culpa que não saibas o que é escarnecer.



Quanto a ser tão eficaz como o iptables, obviamente que não seria, afinal, corre em Windows e na tua óptica nunca seria tão eficaz, pois é no Windows...

Não se trata de ser a minha optica, trata-se de factos técnicos.



Pá, se calhar para ti, não falas de certeza por todos. Lá por ser a tua opinião não tem que ser obviamente verdade.

Eu não estou a dizer que os ourtos pensam o mesmo, mas neste caso se não o fizerem estão errados. Todos são livres de pensar o que quiserem, mas nem todos estão certos.
Estou farto de ver pessoas e instituições a não colocarem a liberdade como a prioridade e que mais tarde se arrependem disso, porque ao não escolherem algo que conserva a sua liberdade comprometeram a liberdade do seu futuro. Isto só não é ainda pior porque as tecnologias ainda não estão muito enraizadas nas nossas vidas.



Também gosto bastante de OpenSource mas daí a ser mais importante que a qualidade, só podes mesmo estar a brincar...

Eu não ligo nada ao Open Source Software. Eu falo sempre de Software Livre (Free Software), que já disse antes que apesár de muito parecido, não é a mesma coisa.
E não, não estou a brincar. Esta preferência baseia-se na minha experiência quer de estudante, quer na minha experiência profissional, e na observação da experiência dos outros. A liberdade é de facto mais importante do que beneficios técnicos. Isto parece absurdo, mas a verdade prova o contrário, e mostra que o dogma que o que interessa é apenas a qualidade leva a erros graves. Aqui seguem alguns exemplos:

* há imensas licenças de software proprietário que restringem a utilização do software a determinadas coisas, ou a utilizar o software de determinada forma.
Imagina que descobriste um software que faz algo de forma espectacular da forma que achas ser a mais correcta, mas o autor não permite que uses esse software porque pretendes usa-lo numa empresa, ou porque pretendes utiliza-lo em conjunto com software de concorrentes, ou para o fim que pretendes da forma que pretendes porque o autor acha que é errado.
Resultado não interessa para nada o mérito técnico porque o autor proibe-te de acordo com o direito de autor de usares o software onde e/ou da forma que tu pretendes.
Com o Software Livre algo como o que contei não te poderia acontecer, porque faz parte da definição de Software Livre que não te podem restringir a utilização do software usando para tal o direito de autor.

* Há casos em que precisamos que o software que usamos faça algo mais do que faz por alguma razão, ou que faça algo melhor, ou simplesmente precisamos que seja corrigido um bug qualquer. Com software proprietário, ficas dependente do autor para isso, porque ele tem o controlo exclusivo sobre o direito de fazer qualquer modificação ao software, ou de criar softwares derivados (muitas vezes necessário para criar sistemas integrados). Isto causa uma dependência comercial e técnica do fabricante.
São poucos os clientes com poder económico, ou com peso no mercado para poderem fazer com que os fabricantes do software incluam aquela modificação que aquele cliente quer, o mais provável e o que se verifica na maioria esmagadora dos casos é que só incluem aquilo que for barato adicionar e que lhes der ainda mais dinheiro. Infelizmente na maior parte das vezes os interesses dos clientes não coincidem com os dos fabricantes, e muitas vezes os fabricantes só melhoram o software após anos a fio de pressão por parte dos clientes e depois de a concorrência começar a fazer-se sentir.
Outro problema são os fabricantes que não se preocupam com a qualidade e segurança dos seus produtos (mesmo que o digam fazer, por vezes a realidade mostra que não passa de mentiras), e por isso demoram muito tempo a corrigiro problemas, pior ainda por vezes "a emenda é pior que o soneto", ou exploram comercialmente de forma abusiva a necessidade do cliente de ver os problemas corrigidos, outros nem corrigem os problemas porque têm monopólios e por isso não sentem qualquer necessidade de o fazer.
Frequentemente acontece outra coisa chamada abandonware. Ou seja, empresas fabricantes de software perdem interesse comercial num determinado software e por isso descontinuam esse software e o seu suporte deixando os clientes agarrados. Isto acontece independentemente da qualidade do software, porque por vezes tratam-se de nixos de mercado muito pequenos e por isso pouco lucrativos e porque as pessoas nem sempre escolhem usar o melhor.
Acontece também empresas comprarem outras empresas, ou produtos de outras empresas só para eliminarem determinados produtos concorrentes, ou para retirar parte da tecnologia desses produtos e descontinuam esses produtos. Há imensos casos de produtos de qualidade que foram eliminados assim.
Também acontece as empresas utilizarem formatos de dados e protocolos proprietários para prenderem os utilizadores aos seus softwares (há carradas de exemplos disto), fazendo com que os clientes não possam mudar para outros softwares mesmo que eles se tornem qualitativamente melhores.
Nada disto te pode acontecer se usares Software Livre. E acontece frequêntemente a utilizadores de software proprietário.


Com estes pequenos exemplos de situações podes perceber que a liberdade é mais importante que a qualidade. Não que qualidade não seja importante, mas a verdade é que só podemos ter e manter qualidade quando estamos em liberdade. A liberdade não é algo inutil. As pessoas gostam de liberdade porque da-lhes poder para fazer o que querem e como querem. E já um dos fundadores do EUA avisava quanto aos perigos de ceder liberdade em troca de beneficios temporários e sim a qualidade do software é temporária está sempre a surgir software que supera o anterior.






Já percebi que contigo não há discussões, tu tens sempre razão.

Nunca assumo uma posição por achar que ela é errada. Suponho que qualquer pessoa com juizo faça o mesmo que eu.
Numa discussão utilizam-se argumentos para tentar convencer os outros, tu ainda não aprensentaste nenhum, por isso é que não há discussão.
Eu já à muitos anos que penso, discuto, estudo e uso Software Livre, uso , daí que tenha uma posição muito enraizada baseada em experiência e em argumentos que se provaram ser verdadeiros. Para eu mudar de posição são precisos argumentos muito fortes de pessoas que também elas pensem nisto à muito tempo e argumentos que sejam a respeito de coisas a que eu dê valor, até agora ainda não me apresentaram tais argumentos, daí que eu não mude de posição e continue a achar que tenho razão, como qualquer pessoa consequente e racional.




Já agora aproveito para afirmar perante todos que o Windows não vale nada e tudo que é pago é a favor do capitalismo e dos grandes grupos empresariais.

Não sou contra o mercantilismo, nem contra o capitalismo. Deixa-te de ataques pessoais baseados em mentiras (eu ser anti-capitalista e anti-mercantilista) e contra-argumenta a respeito do tema.
 
O que escreveste é verdade, mas isso não se aplica a todo o software não livre, se assim fosse este serviria para muito pouco. No caso do Antivirus que referi, de facto só é livre para uso pessoal, mas estamos a falar de soluções para uso pessoal e não empresarial, nesse caso as empresas devem adoptar o eu acham melhor para a sua actividade de acordo com o que podem gastar ou mesmo recorrer a Free Software (se acharem que está de acordo com os seus padrões de exigência).

Quanto a ataque pessoal, não o fiz com o intuito de te ofender e peço desculpa. Não deixa de ser no entanto no minimo caricato a tua visão perante tudo o que seja Microsoft e seus derivados. Gostas de Open source, mas por vezes devias ter uma Open Mind! :p
E olha que como já disse atrás, gosto bastante também de Free Software, OpenSource, Linux e afins. Penso até que no futuro irei migrar para estes sistemas e deixar o Windows, isto por todas as noticias que tenho lido sobre o mesmo, desde o TCPA e outras maravilhas.

MAS Voltando ao tópico e em conclusão, neste momento uso o Avast, não é Free Software como o falco indicou, é Freeware. Para uso pessoal é gratuito. É relativamente leve e até agora nada a apontar. É bastante completo e com variadas opções. Tem inclusivo Web Protection.
 
O que escreveste é verdade, mas isso não se aplica a todo o software não livre, se assim fosse este serviria para muito pouco.

Alguns dos exemplos aplicam-se a todo o software proprietário. Por exemplo a parte da depedência do fabricante para qualquer modificação incluindo patchs para corrigir bugs, aplica-se a todo o software proprietário. Para além disso eu não dei exemplos de tudo o que de mau pode acontecer com o software proprietário, dei exemplos de algumas coisas, muitas mais podem acontecer com lincenciamento proprietário e que não podem acontecer com licenciamento livre, só que mesmo estando um dia inteiro a escrever exemplos conseguiria dar uma quantidade de exemplos significativa, por isso a bem da brevidade dei apenas alguns exemplos.



se assim fosse este serviria para muito pouco.

E é o que acontece.



No caso do Antivirus que referi, de facto só é livre para uso pessoal

Então não é livre é gratuito. Para ser Software Livre tem que ter no minimo as 4 liberdades:
http://www.ansol.org/filosofia/softwarelivre.pt.html



mas estamos a falar de soluções para uso pessoal e não empresarial, nesse caso as empresas devem adoptar o eu acham melhor para a sua actividade de acordo com o que podem gastar ou mesmo recorrer a Free Software (se acharem que está de acordo com os seus padrões de exigência)

Os problemas do licenciamento proprietário existem independentemente de se tratar de uma pessoa colectiva ou singular. Por isso a liberdade é sempre mais importante.



Quanto a ataque pessoal, não o fiz com o intuito de te ofender e peço desculpa.

Desculpas aceites. Se dei alguma resposta menos apropriada, peço também desculpa.



Não deixa de ser no entanto no minimo caricato a tua visão perante tudo o que seja Microsoft e seus derivados. Gostas de Open source, mas por vezes devias ter uma Open Mind!

Caricato é ao fim de isto tudo tu ainda pensares que a m$ é o problema. Meu caro, o problema é TODO o software proprietáro e não especificamente o software da m$. Abomino igualmente todo o software proprietário, seja de que fabricante for (IBM, Sun. Apple, SGI, Adobe, Symantec, <insert your favorite proprietary software maker here>.

Volto a repetir, eu não defendo o Open Source Software, mas sim o Software Livre. E não estou aberto à possibilidade da extorção, de ser abusado por qualquer monopolio, de ter backdoors, de ter trojans, de não poder fazer cópias para ajudar os meus amigos e até mesmo desconhecidos sem violar a lei, de poder modificar o software que uso, de poder estudar livremente o software que uso, de ser espiado, de ver o meu computador ser utilizado para enriquecer imoralmente lobbys de várias industrias como a de entretenimento, de ser processado civil e criminalmente por utilizar software que adquiri legalmente para aceder a conteúdos que adquiri legalmente, etc... Porque estár aberto ao software proprietário é estar aberto a ser abusado e é tão logico quanto estar a aberto a ofercer-me para ser escravo, ou vitima de outros abusos.

O objectivo do licenciamento proprietário é tirar a liberdade para ganhar dinheiro a todo o custo. O objectivo do licenciamento livre é dar liberdade aos utilizadores para que possam escolher o que querem fazer, incluindo liberdade para fazerem negócios e ganharem dinheiro, mas de uma forma ética. Por isso estes modelos são totalmente incompatíveis, e como tal os fabricantes de software proprietário e os oligopólios da industria do entretenimento, têm criado campanhas de calunias (a m$ até já foi condenada por publicidade enganosa), ofensivas de lobbys para tentar convencer através de artimanhas os legisladores a tornarem ilegal na prática e de forma indirecta todo o Software Livre e as liberdades que este oferece. Por isso estár aberto ao software proprietário é assentarmo-nos a ver o Software Livre ser destruido por um grupo de porcos gananciosos, sem qualquer sentido de ética ou moral.



Quanto à m$ em si, é o maior exemplo do que vai de mal no software proprietário a nível de licenciamento e a nível de qualidade, podemos contar pelos dedos de uma mão os produtos da m$ que realmente são melhores que os outros e se calhar são produtos de que a maior parte das pessoas não está à espera, ou nem conhece.
 
Começo por dizer que li (algumas partes por alto) esta thread, e achei muito interessante, mas há certas coisas que não entendi...

falco disse:
Os problemas do licenciamento proprietário existem independentemente de se tratar de uma pessoa colectiva ou singular. Por isso a liberdade é sempre mais importante.
Mas a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do próximo, ou não?!?! Tu ao desenvolveres uma solução de software não tens o direito de dizer o quanto queres receber pelo teu trabalho?! Ninguém é obrigado a pagar-te pelo que fizeste, mas daí a exigirem que o faças sem ser pago pela simples razão que pedir dinheiro é imoral, acho um pouco estranho.
O mesmo príncipio se podia aplicar à assistência desse mesmo software livre, ou seja, um determinado cliente pode sempre dizer "então quem desenvolveu o software não cobrou dinheiro nenhum, e você vai cobrar-me só por instalá-lo ou por se certificar que este funciona", ou não?!?!?!


falco disse:
Volto a repetir, eu não defendo o Open Source Software, mas sim o Software Livre. E não estou aberto à possibilidade da extorção, de ser abusado por qualquer monopolio, de ter backdoors, de ter trojans, de não poder fazer cópias para ajudar os meus amigos e até mesmo desconhecidos sem violar a lei, de poder modificar o software que uso, de poder estudar livremente o software que uso, de ser espiado, de ver o meu computador ser utilizado para enriquecer imoralmente lobbys de várias industrias como a de entretenimento, de ser processado civil e criminalmente por utilizar software que adquiri legalmente para aceder a conteúdos que adquiri legalmente, etc... Porque estár aberto ao software proprietário é estar aberto a ser abusado e é tão logico quanto estar a aberto a ofercer-me para ser escravo, ou vitima de outros abusos.
Mas monopólios não estão assim tão relacionados com "software proprietário" como isso... Apesar de ter um Windows instalado, não quer dizer que os programas da adobe, ou macromedia ou qualquer outra coisa não corram lá... Mesmo que queiras um Office, não precisas de ter o da M$... O monopolio viu-se, por exemplo, na situação do media player, que já vem "embotido" no windows (ou o IE), dando pouca margem de manobra às restantes soluções concorrentes. Já no linux (por exemplo), já vens com tanta coisa que nem precisas andar à procura de software nenhum para isto ou aquilo, pois já vem lá tudo que precisas. Quem não está lá, então não é usado.
Quanto a alterares o software que usas... bem, estarias a alterar "propriedade intelectual" que não é tua. Uma coisa é fazeres algo apartir do trabalho de outra pessoa, e publicares o teu trabalho (e dos outros) no final, outra é esperares que alguém não tenha o direito de receber uma compensação (a que achar) pelo seu trabalho.

De qualquer forma, parece-me que software livre e opensource andam muito de mãos dadas.
Vi o link que aqui deixaste, e a última regra do software livre diz que podes alterar o código como desejares tendo de publicar o teu trabalho no final, ou seja, o código tem de ser aberto (OpenSource) e todas as alterações melhoramentos têm de ser publicados. Tudo isto faz com que se passares meses ou até anos a melhorar/desenvolver uma solução, e abrires o código, alguem pode apenas com dois clicks usá-lo sem que tu possas fazer seja o que fôr, o que não me parece correcto. Podem ainda pegar numa solução tua, alterá-la como quiserem, e no fim nem te dar o crédito devido pelo teu trabalho. Como é que te sentirias nesta situação?!?!


falco disse:
O objectivo do licenciamento proprietário é tirar a liberdade para ganhar dinheiro a todo o custo. O objectivo do licenciamento livre é dar liberdade aos utilizadores para que possam escolher o que querem fazer, incluindo liberdade para fazerem negócios e ganharem dinheiro, mas de uma forma ética.
E tu cobras pelas soluções de Software Livre???? Acho que não devias, sendo livre... Ou a assistência não conta???? Já agora, se uma solução de Software Livre der barraca, quem é responsabilizado??? Presumo que não seja quem a desenvolveu, pois nem dinheiro ganhou com isso...


falco disse:
Por isso estár aberto ao software proprietário é assentarmo-nos a ver o Software Livre ser destruido por um grupo de porcos gananciosos, sem qualquer sentido de ética ou moral.(...)
Quanto à m$ em si, é o maior exemplo do que vai de mal no software proprietário a nível de licenciamento e a nível de qualidade, podemos contar pelos dedos de uma mão os produtos da m$ que realmente são melhores que os outros e se calhar são produtos de que a maior parte das pessoas não está à espera, ou nem conhece.
Ou podemos contar pelos dedos o software da M$ em que esta tenta realmente ter o monopólio (IE e MediaPlayer por exemplo)...

PS: Eu não sou defensor da M$ nem de outra qualquer. Quem tiver uma boa solução, então eu uso, quer pague por ela ou não. Era capaz de pagar mais rápido (e tenho software pessoal pago em casa) se o software fosse mais acessível, mas isso não quer dizer que o ache pior ou melhor que o software livre, até porque já fui bem mais fã do software livre do que nos dias que correm.

Abraço.
 
Última edição:
falco disse:
... e mostra que o dogma que o que interessa é apenas a qualidade leva a erros graves. Aqui seguem alguns exemplos:

falco disse:
mas o autor não permite que uses esse software porque pretendes usa-lo numa empresa, ou porque pretendes utiliza-lo em conjunto com software de concorrentes, ou para o fim que pretendes da forma que pretendes porque o autor acha que é errado.

Estas a confundir duas coisas fundamentalmente distintas. Uma é a qualidade de uma aplicação e outra é as condições de utilização da mesma.

Para exemplo:

1) Photoshop vs GIMP

O "EULA" do PS tem restrições, e o póroprio PS tbm. Por alguma razão muita gente ficou pelo 7 e não foi para o CS (bank notes e tal, e outras parvoices, a Adobe baixou as calcinhas e o resto sabe-se...). De qqr modo, a qualidade do PS é incontestável. O GIMP está a anos-luz, principalmente se fores falar em termos de utilização profissional. E muito sinceramente, não acredito que a equipa de developers da Adobe seja assim tão boa, muito provavelmente é mediocre, mas pelo menos preocupa-se em dar ao users aquilo que eles realmente querem, e não o que a equipa de development acha que eles devem receber. Se queres as coisas preto no branco, o PS aguenta-se por mérito, o PhotoImpact aguenta-se por preço, o GIMP arrasta-se pela "borla" e developers que trabalham "por amor á camisola".

2) IIS vs Apache

O "EULA" do IIS tem restrições, e o póroprio IIS tbm. O Apache é qualidade industrial ( :D ) o IIS é o que se sabe. Se amanhã o Apache passa-se a ser closed e o IIS software livre, continuavas na mesma a ter um producto superior no Apache, assumindo que a qualidade da equipa de developers se mantinha constante. Aqui acho que é a situação totalmente oposta da primeira, pq o IIS, aparentemente, é desenvolvido de acordo com as necessidades dos planos (presentes e futuros) da Microsoft e não para beneficio dos utilizadores :D

Mais um exemplo, Quake. A ID tarda não calha liberta o source dos motores antigos em GPL. E isso faz deles melhores? Nope, same old thing. Passar pra GPL não melhora nada. No entanto permite que outros (3rd party) eventualmente o façam. Se e só se tiverem insteresse nisso. Por exemplo, pra Q1 após a "libertação" do código, apareceram logo executáveis melhorados que implementavam coisas muito importantes em aspecto multiplayer, aumentavam exponencialmente a velocidade do jogo, metiam eye-candy ao pacote, etc etc etc...

No entanto, muita coisa que foi GPL'ed continuou tal e qual como estava, ie, morta.

A questão fundamental é que proprietário ou não, free ou a pagar, a qualidade ou existe intrinsecamente ou não. E se começa torto, acaba mais torto. As falhas estruturais determinam que ou se tem algo bom desde o dia zero ou raramente se vai ter sem passar por reescrever completamente a coisa (de volta ao dia zero...).
 
Arh!!! disse:
Anti-virus "software livre"!!!.... Hummmmmmm!... Um anti-virus com o código fonte aberto!!... Hummmmm!.. Presumo que seja mais fácil "enganar", ou não?!


É?? Humn...então o clamav é inútil na protecção de maquinas com windoze e server linux...
Deve ser deve...

Lá por a fonte ser aberta não significa que seja inseguro, bem antes pelo contrário...

[]s
 
SuBzEr0 disse:
Lá por a fonte ser aberta não significa que seja inseguro, bem antes pelo contrário...
Eu não disse que seria mais inseguro, agora parece-me que seja mais facil contornar que uma aplicação fechada. É que com o código aberto, até aos comentários dos programadores tens acesso, ou seja, consegues dissecar a aplicação toda, ou não?!?!?
 
Estas discusoes nao tem pes nem cabeca, sempre a discutirem que o windows e melhor que o linux e vice-versa. Ja parece a discusao de qual a melhor distro de linux. A meu ver sao todos bons, por exemplo, eu uso OpenBSD no servidor com firewall, qmail etc, uso linux Debian na minha 2ª maquina e uso o Windows XP na minha maquina mais recente. Nao posso dizer de qual gosto mais pk eu gosto de todos, cada um tem a sua funcao. Agora se me perguntarem o que acho do windows e do Linux/Unix eu respondo: O Windows e mais bonito e mais basico e o Linux/Unix e mais viciante e aprende-se mais.


Cada um e livre de usar o que quer, mas ninguem pode falar mal de um sistema operativo sem o nunca tem usado e sem o "compreender", e claro que se uma pessoa nao tiver cabeça para linux vai falar mal.
 
Arh!!! disse:
Tudo isto faz com que se passares meses ou até anos a melhorar/desenvolver uma solução, e abrires o código, alguem pode apenas com dois clicks usá-lo sem que tu possas fazer seja o que fôr, o que não me parece correcto. Podem ainda pegar numa solução tua, alterá-la como quiserem, e no fim nem te dar o crédito devido pelo teu trabalho. Como é que te sentirias nesta situação?!?!

Assumindo que esse código, sendo aberto, esta protegido pela licença GPL podias usa-lo a vontade desde k publicasses as alteracoes k fizesses. Logo ao usa-lo e melhora-lo eu ate agradecia :D

Remover os creditos num trabalho com a licença GPL e uma violacao da mesma. Nao tens k pedir autorizacao dos autores para altera-lo mas nao podes remover creditos...

Achas mesmo que a Free Software Fundation nao pensou que isso tudo podia acontecer? :)

Arh!!! disse:
E tu cobras pelas soluções de Software Livre???? Acho que não devias, sendo livre... Ou a assistência não conta???? Já agora, se uma solução de Software Livre der barraca, quem é responsabilizado??? Presumo que não seja quem a desenvolveu, pois nem dinheiro ganhou com isso...

Ve a Red Hat que vende uma distribuicao de Linux empresarial e responsabiliza-se totalmente pelo suporte. E tens o codigo fonte integralmente na net e podes fazer isos, ou mesmo tirar isos nao-oficiais baseadas em Red Hat Enterprise, como o CentOS. O suporte e naturalmente importante, pois tens que ter algumas garantias em ambientes mais criticos :P

La por ser livre nao quer dizer que nao pode fazer dinheiro :)

Arh!!! disse:
Eu não disse que seria mais inseguro, agora parece-me que seja mais facil contornar que uma aplicação fechada. É que com o código aberto, até aos comentários dos programadores tens acesso, ou seja, consegues dissecar a aplicação toda, ou não?!?!?

Errado!!! E precisamente o contrario... :)

Tendo mais olhos no codigo os bugs sao corrigidos mais depressa. Nao e uma regra, mas geralmente e verdade. Basta ver:

Software proprietario:

User: Isto tem um bug. Corrijam isso...
Developer: Ok, assim que acabar os outros 123414 :P

Software aberto/livre:

User/Developer: Descobri um bug que esta linha 245. Ca vai um patch para tapar...
Developer: Obrigado

Qual e o mais rapido? ;)
 
Última edição:
ou então um mac...

O MacOS X é um *nix e por isso inerentemente mais seguro, mas tal como todos os *nix, não é à prova de tudo.





Já agora, alguém aqui já experimentou ir para sites "manhosos" com a conta root do linux?!?!? Qual foi o resultado, é assim tão mais seguro?!?!?

Em primeiro lugar não é vulgar os utilizadores de GNU/Linux usarem o utilizador root para mais que tarefas de manutenção, porque ao contrário do que acontece em window$, não é comum aplicações de trabalho normal precisarem de permissões de administrador, porque as próprias distribuições de GNU/Linux incentivam a não utilização de utilizadores com permissões de administração, que são os motivos pelos quais os utilizadores de window$ tendem a usar utilizadores com permissões de administração.

Em segundo lugar, sim já acedi à web utilizando o utilizador root. E o resultado foi que não vi a minha segurança comprometida.

Em terceiro lugar sim é muito mais seguro. A razão é tem a ver com o modelo de programação utilizado em sistemas *nix, que faz com que seja mais dificil o software ter vulnerabilidades.


Se calhar, o melhor em termos de segurança era os utilizadores de windows passarem a usar uma conta de utilizador normal em vez duma conta de administrador, ou não?!

Isso seria uma boa melhoria (prometida pela m$ para a próxima versão, mas é melhor esperarmos para ver porque promessas destas eles fazem sempre, já cumprir as promessas é que é mais raro), mas não chega. Porque o problema da separação de privilégios não se esgota aí, nem problema de falta de medidas de segurança dentro do próprio sistema operativo. Um dos problemas é que muito do software corre com permissões elevadas (serviços, etc...), e outro é que o window$ tem as suas componentes tão integradas que quando uma falha causa "um sarilho do caraças" que pode facilmente provocar a escalada de privilégios.




Anti-virus "software livre"!!!.... Hummmmmmm!... Um anti-virus com o código fonte aberto!!... Hummmmm!.. Presumo que seja mais fácil "enganar", ou não?!


Sim e não!
As falhas de segurança podem procurar-se de várias maneiras, uma é olhando para o código, outra é recorrendo a engenharia reversa. O que é normalmente utilizado para procurar falhas para atacar é engenharia reversa.
O que a abertura no código provoca na maioria esmagadora dos testes é as equipas de desenvolvimento acharem e corrigirem as falhas mais depressa e fazem essas correcções chegar aos utilizadores muito mais depressa, do que quando o código é fechado. Parece incrivél mas é verdade, ao principio também tinha essa duvida, mas quando comecei a ver como as coisas funcionam realmente tive de admitir que apesár de ser uma boa duvida, não há qualquer razão para nos preocuparmos.




Mas a nossa liberdade acaba onde começa a liberdade do próximo, ou não?!?! Tu ao desenvolveres uma solução de software não tens o direito de dizer o quanto queres receber pelo teu trabalho?

Claro que tens. O Software Livre não te impede de fazeres isso. O que te impede é de cobrar por licenças. Podes cobrar pelo serviços de desenvolvimento do software (quando fores contratado para isso), podes cobrar pelo acto de distribuição, podes cobrar para dar assistência, etc...



Ninguém é obrigado a pagar-te pelo que fizeste, mas daí a exigirem que o faças sem ser pago pela simples razão que pedir dinheiro é imoral, acho um pouco estranho.

Pedir dinheiro para trabalhar não é imoral, nem foi isso que eu disse. Há é formas diferentes de o fazer, umas são éticas e morais e outras não. Para mim o modelo proprietário é imoral.



O mesmo príncipio se podia aplicar à assistência desse mesmo software livre, ou seja, um determinado cliente pode sempre dizer "então quem desenvolveu o software não cobrou dinheiro nenhum, e você vai cobrar-me só por instalá-lo ou por se certificar que este funciona", ou não?!?!?!

Software Livre não significa software à borla, liberdade não tem o mesmo significado que gratuito.
Liberdade tem a ver com liberdade de expressão, não com umas bejecas à borla. São coisas completamente distintas.
Não vejo qualquer lógica nesse teu argumento, o facto de alguém te oferecer generosamente algo não obriga a que os outros te façam o que quer que seja gratuitamente, nem estou a ver porque raio é que obrigaria. Podes explicar melhor?



Mas monopólios não estão assim tão relacionados com "software proprietário" como isso...

Mas claro que estão. É parte da natureza do Software proprietário. Porquê?
O direito de autor tem por objectivo dar um monopólio sobre diversos aspectos da utilização e da distribuição das obras que o direito de autor cobre. O licenciamento proprietário tem por objectivo explorar esses monopólios ao máximo, daí que mesmo que o mercado inteiro não esteja monopolizado os seus clientes estão, são monopólios mais pequenos mas não deixam de ser monopólios, mas mais ainda o facto de o software proprietário fechar o acesso aos dados, limitar as interioperatibilidade com protocolos fechados e de outras formas ele tende sempre a monopolizar sempre que atinge uma quota de mercado que lhe permita liderar o mercado de forma inequivoca, ou seja, o que seria uma liderança normal e regular, torna-se num monopolio inerentemente.



Apesar de ter um Windows instalado, não quer dizer que os programas da adobe, ou macromedia ou qualquer outra coisa não corram lá...

Não percebi essa afirmação...



Mesmo que queiras um Office, não precisas de ter o da M$...

A m$ não te obriga directamente a isso. Mas o que acontece é que para poderes trocar ficheiros com utilizadores do m$ office precisas de suportar os seus formatos de ficheiros, e nenhum software o suporta totalmente (alguns suportam uma boa parte mas em muitos casos isso não chega) porque são proprietários a sua especificação secreta.
A verdade é que a obrigação é intrinseca porque no mundo em que estamos somos quase obrigados a comunicar e interoperar e por isso somos obrigados a ser compatíveis com a maioria. O problema é que para sermos compatívies com o software proprietário temos que frequentemente que recorrer a esse software proprietário, porque os concorrentes não são suficientemente compatíveis.

Há carradas de exemplos disto:

* formatos do m$ office
embora o openoffice.org consiga abrir e guardar documentos nos formatos da m$, sempre que um documento tem uma formatação mais complexa, ou utiliza as features mais avançadas do m$ office, algo fica desfigurado, ou inacessível.

* formatos de audio e video da m$:
só as versões mais antigas dos formatos é que estão abertas sem recorrer a software proprietário;

* os jogos para window$:
só correm em window$ por causa de uma API proprietária;

* o projecto SAMBA tem tido dificuldades em implementar o protocolo de partilha de ficheiros da m$ devido à sua natureza proprietária;

* o sistema de ficheiros NTFS não é totalmente suportado em outros sistemas operativos devido à sua natureza proprietária;

* o protocolo m$n só é totalmente suportado pelo software da m$ devido à sua natureza proprietária;

* há paginas web que só funcionam no ie devido às extenções proprietárias criadas pela m$ quer no browser quer em software de desenvolvimento web e por a m$ incentivar a utilizar essas extenções;

* etc...



O monopolio viu-se, por exemplo, na situação do media player, que já vem "embotido" no windows (ou o IE), dando pouca margem de manobra às restantes soluções concorrentes.

O problema não foi a m$ incluir esses produtos no window$, o problema foi fazer isso ao mesmo tempo que:
* não permitia aos softwares dos concorrentes integrarem-se tanto com o window$ porque os concorrentes não tinham acesso às API necessárias;
* o problema foi os formatos de ficheiros da m$ serem proprietários e por isso os concorrentes não os poderem implementarem livremente os formatos, e para acederem à especificação e a partir daí implementarem os formatos de pagar à propria m$ com o qual estavam a competir;
* o problema foi a m$ utilizar protocolos de comunicações proprietários para forçar o mesmo que nos formatos de dados;
* o problema foi a m$ não cumprir os standards para determinadas funcionalidades dificultando assim a criação de soluções compatíveis;
* o problema foi que a m$ modificou intencionalmente as suas aplicações para não serem compatíveis com as dos concorrentes (ficou provado em tribunal com documentos internos da m$ que o diziam);
* o problema foi a m$ incentivar os developers que trabalham na sua plataforma a não cumprirem standards e por isso a ser incompatível com as plataformas concorrentes;
* o problema é a m$ limitar contratualmente os retalhistas e fabricantes quanto à inclusão de produtos concorrentes nos computadores com o window$ pré-instalados, limitar mesmo tentativas de testes desses computadores com produtos concorrentes (como consumidor já sofri isso na pele, por isso sei que é verdade), bem como ameaças por parte da m$ feitas aos retalhistas e fabricantes de retirar a autorização de distribuir copias de window$ pré-instaladas nos computadores, ou até mesmo de venderem cópias nas lojas no caso de apoiarem alguns produtos concorrentes.
* etc...

O problema não é incluir os produtos deles, isso todos fazem (Apple, Sun, distribuições de GNU/Linux, etc...). O Problema é fazer isso e ao mesmo tempo limitar o que os concorrentes podem fazer para incluir os produtos deles nas instalações do window$ e a interoperatibilidade. Esse é que é o verdadeiro problema.



Já no linux (por exemplo), já vens com tanta coisa que nem precisas andar à procura de software nenhum para isto ou aquilo, pois já vem lá tudo que precisas. Quem não está lá, então não é usado.

Como já disse não vejo qualquer problema nisso, porque não acontece o mesmo que acontece com os produtos da m$.



Quanto a alterares o software que usas... bem, estarias a alterar "propriedade intelectual" que não é tua.

Para os mais desprevenidos não existe na realidade nada chamado propriedade intelectual. Existem sim várias leis completamente distintas e com propósitos diferentes umas das outras. Algumas pessoas mal intencionadas e outras por desconhecimento, chamam propriedade intelectual ao conjunto dessas leis leis de propriedade intelectual. Tal coisa como propriedade intelectual, não existe na realidade. A partir do momento em que contas uma ideia a alguém ela deixa de ser tua porque tu não podes ser dono dos pensamentos dos outros, isso seria completamente inaceitável para além de impossível.


Uma coisa é fazeres algo apartir do trabalho de outra pessoa, e publicares o teu trabalho (e dos outros) no final, outra é esperares que alguém não tenha o direito de receber uma compensação (a que achar) pelo seu trabalho.

A lei considera e possibilidade de ser compensado. Mas eu não concordo que seja mais importante do que a liberdade de modificar sem pedir autorização e de não compensar, e acho mesmo não etico e imoral.
Porquê?
Porque podes virar a coisa ao contrário: o trabalho de modificação foi feito por mim e não pelo autor horiginal e por isso seria injusto ele ser compensado pelo meu trabalho.
Sou defensor de um movimento especifico dentro do Software Livre em que achamos que sempre que distribuimos modificações feitas por nós devemos partilhar a modificação com a comunidade assim como a comunidade partilhou o software horiginal (e muito outro) comnosco.

O direito de controlar modificações é frequêntemente utilizado pelos fabricantes proprietários para sequestrar o código fonte dos que fazem as modificações (não só o código fonte dessa modificação como também de futuros trabalhos semelhantes), para os impedir de ganharem dinheiro de forma legitima com o seu trabalho, ou até mesmo de utilizar o seu trabalho para fins não comerciais (ciêntificos, simples curiosidade, correção de bugs, interoperatibilidade, beneficiência, etc...) mas que reduziam as possibildiades do fabricante ganhar ainda mais dinheiro com isso, é também utilizado para impedir mesmo que se façam essas modificações, muitas vezes exigem-se royalties exageradas para desencorajar tais modificações, outras exigem-se volumes de vendas minimos, etc...

Resumindo é muito mais importante ter a liberdade de modificar do que é importante compensar o autor horiginal, até porque o autor horiginal deve ser apenas compensado pelo seu trabalho e não pelo trabalho dos outros, isso seria exploração.



De qualquer forma, parece-me que software livre e opensource andam muito de mãos dadas.

Sim mas não são a mesma coisa e algumas pessoas como eu revêm-se num movimento, mas não se revêm em outro.



Vi o link que aqui deixaste, e a última regra do software livre diz que podes alterar o código como desejares tendo de publicar o teu trabalho no final, ou seja, o código tem de ser aberto (OpenSource) e todas as alterações melhoramentos têm de ser publicados.

Leste mal. Em primeiro lugar é uma liberdade não é uma regra nem uma obrigação. Existem algumas licenças de Software Livre que exigem que no caso de distribuires modificações a outros, tenhas também de distribuir o código fonte, mas nenhuma te exige a distribuição de todas as modificações, por exemplo modificações que faças apenas para uso privado, não sofrem dessa obrigação.
Uma liberdade não é uma obrigação. Software Livre é acerca de Liberdade não de obrigações.



Podem ainda pegar numa solução tua, alterá-la como quiserem, e no fim nem te dar o crédito devido pelo teu trabalho. Como é que te sentirias nesta situação?!?!

A lei obriga-te a dares crédito, independentemente de qualquer licença de software ou de modelo de licenciamento, por isso o que dizes é falso. Quanto ao resto já disse que ninguém obriga a distribuir modificações usadas apenas privadamente.

Para além disso quando trabalhas com base no trabalho de outros é justo contribuires de volta quando usas para mais do que algo privado.




E tu cobras pelas soluções de Software Livre???? Acho que não devias, sendo livre...

Pagam-me para trabalhar com o Software Livre, incluindo para fazer modificações. E sim é justo, ser livre não tem a ver com ser gratuito como já expliquei antes. Nem o movimento de Software Livre é contra o lucro, apenas achamos que algumas formas de o obter não são éticas.




Já agora, se uma solução de Software Livre der barraca, quem é responsabilizado??? Presumo que não seja quem a desenvolveu, pois nem dinheiro ganhou com isso...

Em soluções de software proprietário ninguém é responsabilizado, alias as próprias licenças dos softwares mencionam isso. Por isso se esse argumento é baseado no pressuposto de alguém ser responsabilizado no mundo do software proprietário. Sim, porque ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, não há garantias para o software.

Tais responsabilizações só existem com base em contratos especiais que só algumas empresas é que fazem por serem muito caros, a esses contratos chamamos Service Level Agreements e nem todos os fabricantes aceitam fazer esses contratos, com o Software Livre sempre podes procurar outra empresa que não o fabricante para te fazer um contrato desses, ou seja, nos casos em que o fabricante não quer fazer, podes arranjar alguém que o faça e mais ainda há concorrência o que aumenta a qualidade e baixa os preços.



Ou podemos contar pelos dedos o software da M$ em que esta tenta realmente ter o monopólio (IE e MediaPlayer por exemplo)...

Olha que não! Todos os softwares proprietários são inerentemente monopolios, mas para além disso muitos dos softwares da m$ reprensentam grandes monopólios como o window$, o internet explorer, o window$ media prayer, o servidor de media, servidores de partilha de ficheiros e de directorio, software de produtividade, várias API, etc... São muito mais dos que se podem contar com os dedos de uma mão.




Estas a confundir duas coisas fundamentalmente distintas. Uma é a qualidade de uma aplicação e outra é as condições de utilização da mesma.

Não estou não! A licença pode proibir-te de fazeres coisas com o software, mesmo que seja técnicamente possível fazer as coisas com o software, por exemplo lembro da licença de um software da m$ que não poderia ser utilizado para criar um site que diga mal da m$, outro exemplo é o software da m$, que segundo a qual a licença proibe a utilização noutro sistema operativo que não o window$ (pessoal que fazia aprensentações sobre o vi$ual foxpro sobre wine foi ameaçado pela m$ precisamente por isso), outras restrições existem noutros softwares, outros exemplos são os softwares que não podem por licença ser utilizados para fins comerciais, ou que não podem ser usados em salas de aula, ou que não podem ser utilizados para software do qual dependam vidas humanas, ou para quaisquer outros fins.


Já agora o Gimp não está a anos luz, o Gimp é para utilização nível de web é uma excelente solução ao nível do photoshop, as features que faltam ao gimp são relacionadas com impressão e publishing. O photoshop não tem nada como o script-fu e vê lá tu que até podes usar os filtros do photoshop no Gimp.

O Gimp existe porque é Software Livre e porque é o único que existe em diversas plataformas e porque é melhor do que a maior parte das pessoas pensam, principalmente do que os utilizadores do photoshop pensam (porque a interface é diferente).



Se amanhã o Apache passa-se a ser closed e o IIS software livre, continuavas na mesma a ter um producto superior no Apache, assumindo que a qualidade da equipa de developers se mantinha constante.

Se a Apache Foundation deixasse de distribuir o Apache como Software Livre, na hora seguinte alguém fazia um fork e continuava o desenvolvimento de um fork como Software Livre, também perderia a maior parte dos developers, porque muitos deles só colaboram no projecto por este ser livre. Existem forks proprietários do Apache (a licença do Apacher permite isso) e nenhum deles tem grande sucesso.





Mais um exemplo, Quake. A ID tarda não calha liberta o source dos motores antigos em GPL. E isso faz deles melhores?

Estás enganado, existem dezenas ou mesmo centenas de forks desses motores que introduzem melhorias, são é pouco conhecidos porque não têm grande interesse. Ser Software Livre não garante que milhares de programadores agarrem no código e o melhorem o que faz é criar a possibilidade legal e técnica de isso acontecer.

Mas há estudos que provam que a maior parte do software desenvolvido de forma comunitária tende a ter mais qualidade que o software equivalente desenvolvido de forma fechada.



Ao contrário do Open Source Software o objectivo principal do movimento de Software Livre não é a qualidade dos produtos, mas sim um objectivo politico/filosófico de garantir a liberdade. Quanto mais liberdade mais e melhores as possibilidades técnicas para aumentar a qualidade e por isso frequêntemente a liberdade e a qualidade andam de mãos dadas, mas isso é apenas um efeito colateral bem vindo, não o propósito do movimento de Software Livre. Qualidade é um problema técnico, liberdade é um problema filosófico, a questão é que a falta de liberdade limita as possibilidades técnicas (e o outras).





É?? Humn...então o clamav é inútil na protecção de maquinas com windoze e server linux...
Deve ser deve...

Precisamente estou farto de ver anti-virus livres a portarem-se melhor que proprietários (que até têm condições melhores a nível de hardware).



O Windows e mais bonito e mais basico e o Linux/Unix e mais viciante e aprende-se mais.

Desafio-te a defenderes essas afirmações:
Mais bonito? Deves tar a ver mal a coisa: http://melro.deviantart.com/
Se com básico quiseres dizer mais dificil de usar e com menos funcionalidades então concordo. O contrário não é verdade. Com um desktop moderno como o Gnome o GNU/Linux é mais fácil de usar e seja como for o GNU/Linux tem mais funcionalidades.
Quanto ao aprenderes mais isso não tem qualquer tipo de fundamento.
 
Última edição:
falco disse:
Já agora o Gimp não está a anos luz, o Gimp é para utilização nível de web é uma excelente solução ao nível do photoshop, as features que faltam ao gimp são relacionadas com impressão e publishing. O photoshop não tem nada como o script-fu e vê lá tu que até podes usar os filtros do photoshop no Gimp.

Desculpa lá, mas só o facto de falares em filtros como se fosse uma all mighty feature diz logo que não entendes memso o que é o PS em ambiente profissional... Os poucos filtros que são genuinamente utéis duvido que os possas usar, pq são executáveis externos e não as "coisas giras e inuteis" ao estilo filter factory. E quanto a script-fu, javascript diz-te alguma coisa? É que uma das features menos conhecidas e usadas do PS é precisamente essa. Eu já perdi a conta a quantos scripts já escrevi para uso próprio. Batch processing em condições extremas. Mas o facto de ser muito pouco usado revela o obvio, dá jeito se existir, senão passa-se bem sem.

falco disse:
do photoshop pensam (porque a interface é diferente).

A interface não é diferente. É só abstracta e um verdadeiro paradigma de não-usabilidade. Acredita que já usei mais apps gráficas do que alguma vez vais ouvir falar na vida, e, em termos de usabilidade, a interface do GIMP está juntamente com outros no fundo da tabela.

falco disse:
Ser Software Livre não garante que milhares de programadores agarrem no código e o melhorem o que faz é criar a possibilidade legal e técnica de isso acontecer.

Erhmmm, isso foi precisamente o que eu disse...

falco disse:
Precisamente estou farto de ver anti-virus livres a portarem-se melhor que proprietários (que até têm condições melhores a nível de hardware).

... pá eu até gosto do clamav, mas muito sinceramente, não está on-par com outras soluções. Em termos de speed, nem pensar, especialmente os ports pra plataformas não-nativas. Em termos de fiabilidade de detecção, lá vai melhorando. E melhora rápidamente pq é levado ao colo. Ppl da "comunidade" (e eu até estou incluido) tem acesso a Kasperskys/NAVs/McAfee's e outros espalhados por ai e vai submentendo tudo o que apanha de novo (ou que tenha na colecção privada...) para poder ser confirmado e incluido na DB do Clamav. Duvido que as firmas de AV's (apesar de terem os mecanismos disponivéis...) tenham a quantidade (e qualidade) de samples submetidas por users que o Clamav tem. Neste caso particular, poderiamos citar Newton, "Se consegui ver mais além, é porque subi aos ombros de gigantes.".

De qqr modo, não estou a dizer mal do bixo, pq alias, é uma das soluções que uso (em conjunto com o Squid+SafeSquid) para primeira linha de defesa para os browsers. E em breve com Samba e samba-vscan para fileserver. Mas a verdade é que (pelo menos atm) preferia poder usar um Kaspersky no server, só não o faço pq não $$$ posso.

E bom, pelo menos o topic voltou aos AV's :)
 
Bolas!... Quando vi por alto o tamanho do post até me assustei...

falco disse:
Em primeiro lugar não é vulgar os utilizadores de GNU/Linux usarem o utilizador root para mais que tarefas de manutenção, porque ao contrário do que acontece em window$, não é comum aplicações de trabalho normal precisarem de permissões de administrador, porque as próprias distribuições de GNU/Linux incentivam a não utilização de utilizadores com permissões de administração, que são os motivos pelos quais os utilizadores de window$ tendem a usar utilizadores com permissões de administração.

Em segundo lugar, sim já acedi à web utilizando o utilizador root. E o resultado foi que não vi a minha segurança comprometida.
Mas tens de admitir que ambas as entidades que desenvolveram os dois sistemas tiveram mentalidades e visões diferentes do que queriam dos seus sistemas.... Um sistema foi desenvolvido com a finalidade de ser servidor (embora seja largamente usado como workstation e pc também), e outro (XP) foi desenvolvido para ser workstation/pc, ou seja, facilitar ao máximo a utilização do computador por parte do utilizador (plug&play, etc...), independentemente de uma ser mais correcta que outra ou não...

Eu também uso o meu xp como administrador (já passei meses sem sequer ter AV), tenho agora o AVG Free, e não apanhei virus nenhum durante o tempo todo da instalação (mais de um ano) e farto-me de ir à net, portanto não é assim tão incrivel fazeres o mesmo no linux...
Agora,... no xp, meia dúzia de cliques e estás up&running, mesmo que estejas todo aberto. Se quiseres segurança, então começas a cortar. No linux a óptica de instalação é ao contrário, queres menos segurança, então começas a abrir. Nada te impede de num xp (mesmo antes de te ligares à net) de começares a parar serviços, tirar permissões, rever políticas...


falco disse:
(...) e outro é que o window$ tem as suas componentes tão integradas que quando uma falha causa "um sarilho do caraças" que pode facilmente provocar a escalada de privilégios.
?????????????????????



falco disse:
O que a abertura no código provoca na maioria esmagadora dos testes é as equipas de desenvolvimento acharem e corrigirem as falhas mais depressa e fazem essas correcções chegar aos utilizadores muito mais depressa, do que quando o código é fechado.
Isto, é claro, partindo do príncipio que chegam lá mais depressa... É que assume-se que quem encontrar o erro/falha num anti-virus em que tem acesso à sua fonte, a primeira coisa que vai fazer é corrigir o erro/falha e enviar por mail ao developer.... Lolll, não me parece. Quem desenvolve código "do Demo (versão beta)" não tem própriamente uma mentalidade muito cívica. Para ser sincero, nem sei o que os move, e olha que já parei a olhar para "Dial-Ups", "Search-Bars", viroses, Spam's e Active-X's "do Demo" sem perceber o que realmente era pretendido por quem os fez....


falco disse:
Claro que tens. O Software Livre não te impede de fazeres isso. O que te impede é de cobrar por licenças. Podes cobrar pelo serviços de desenvolvimento do software (quando fores contratado para isso), podes cobrar pelo acto de distribuição, podes cobrar para dar assistência, etc...

Pedir dinheiro para trabalhar não é imoral, nem foi isso que eu disse. Há é formas diferentes de o fazer, umas são éticas e morais e outras não. Para mim o modelo proprietário é imoral.

Software Livre não significa software à borla, liberdade não tem o mesmo significado que gratuito.
Não vejo qualquer lógica nesse teu argumento, o facto de alguém te oferecer generosamente algo não obriga a que os outros te façam o que quer que seja gratuitamente, nem estou a ver porque raio é que obrigaria. Podes explicar melhor?
Espera lá.... Se fores contractado para desenvolver, então podes ser pago (por quem contracta, e que não vai receber qualquer dinheiro com a "venda", pois não há licenças), se distribuires (o que não foi criado por ti) então podes cobrar, e podes cobrar a assistência...
Tu vais contractar alguém para desenvolver uma ferramenta de software livre com a qual não vais poder fazer dinheiro?!?!?! Para isso esperas que alguém a desenvolva para que a possas usar e dar assistência.
Logo, por essa ordem de ideias, os programadores não têm direito a serem pagos pelo seu trabalho, porque este existe gratuitamente (acesso à fonte) na net ou na última distro. Isto é claro, quer dizer que já ninguém dá valor ao que o programador desenvolve, pois existe "melhor" e mais "barato" na net. Se todo o software fosse assim, ninguém era programador, e eram todos administradores de sistemas ou qualquer outra coisa do género, pois quem é programador também precisa de dinheiro para viver. Muitos dos que desenvolvem para software livre, têm um emprego normalíssimo nas 9 às 6 a desenvolver para uma empresa que vende software proprietário, quer sejam licenças, ou mesmo soluções inteiras talhadas à medida...
Agora vê a ginástica que vais fazer para justificares a tua remuneração ao cliente... "Olhe, o que vou pôr aqui, é software doutra pessoa qualquer, que eu saquei na net à pála. O software é totalmente gratuito, pois qualquer um tem acesso ao código do mesmo, no entanto, vou-lhe levar esta pipa de massa para o instalar".... Imagino a cara do cliente se fores 100% sincero na situação...


falco disse:
O direito de autor tem por objectivo dar um monopólio sobre diversos aspectos da utilização e da distribuição das obras que o direito de autor cobre. O licenciamento proprietário tem por objectivo explorar esses monopólios ao máximo, daí que mesmo que o mercado inteiro não esteja monopolizado os seus clientes estão, são monopólios mais pequenos mas não deixam de ser monopólios, mas mais ainda o facto de o software proprietário fechar o acesso aos dados, limitar as interioperatibilidade com protocolos fechados e de outras formas ele tende sempre a monopolizar sempre que atinge uma quota de mercado que lhe permita liderar o mercado de forma inequivoca, ou seja, o que seria uma liderança normal e regular, torna-se num monopolio inerentemente.

(...) Não percebi essa afirmação...
O infologia vende licenças de software de gestão de empresas. Tu podes alterar a base de dados do programa (certos campos) de forma a que este se porte como tu queres (foi desenhada dessa maneira) e podes desenvolver aplicações paralelas à solução que complemente as sus funcionalidades. A infologia sabe que existem montes de empresas a fazer isto e no entanto não se fecha. Ela prórpria dá formação em como agir com a solução deles, só não te entrega a solução numa bandeja ("Ora aqui tem o nosso trabalho todo, por favr faça o que quer com ele, venda-o, assita-o, etc..."). E este é um exemplo.


falco disse:
A m$ não te obriga directamente a isso. Mas o que acontece é que para poderes trocar ficheiros com utilizadores do m$ office precisas de suportar os seus formatos de ficheiros, e nenhum software o suporta totalmente (alguns suportam uma boa parte mas em muitos casos isso não chega) porque são proprietários a sua especificação secreta.
A verdade é que a obrigação é intrinseca porque no mundo em que estamos somos quase obrigados a comunicar e interoperar e por isso somos obrigados a ser compatíveis com a maioria. O problema é que para sermos compatívies com o software proprietário temos que frequentemente que recorrer a esse software proprietário, porque os concorrentes não são suficientemente compatíveis.

(...) Há carradas de exemplos disto:

* formatos do m$ office
embora o openoffice.org consiga abrir e guardar documentos nos formatos da m$, sempre que um documento tem uma formatação mais complexa, ou utiliza as features mais avançadas do m$ office, algo fica desfigurado, ou inacessível.
Quanto ao monopólio... Uma coisa é ter um produto que é largamente utilizado pelo público alvo, outra é fumentar o monopólio... Em certos casos a m$ fumentou o monopólio dos seus productos (e lixou-se), noutros está apenas a a vender e protejer o que é seu.

Tu desenvolves uma aplicação. Ela toda está sustentada num determinado formato de ficheiro (que tu desenvolveste para a aplicação que criaste). Ao longo do tempo, a tua aplicação é tão boa que começa a ganhar tamanho e uma larga fatia do mercado, pois as pessoas já não passam sem ela. Quase todos os utilizador de computadores têm de ter a tua aplicação porque acham que já nem vivem sem ela, e de repente, aparece-te um gajo à frente e diz:
- "Oh façabôre!... O xôr não se importa de partilhar as especificações dos ficheiros da sua aplicação?!??! É que a gente quer desenvolver uma aplicação concorrente"....
Bolas!!... Que ninguém diga que está bem... E no fim, aindaa te acusam de fascista por não quereres dar.
Quanto ao DOM, CSS, JavaScript, XML, etc que são assentes em RFC's de terceiros, acho que tens toda a razão... Quanto a ficheiros do Office....


falco disse:
* o sistema de ficheiros NTFS não é totalmente suportado em outros sistemas operativos devido à sua natureza proprietária;
O Windows nem sequer "vê" um disco formatado em ext2 ou ext3 ou qualquer outra coisa do género...


falco disse:
O problema não é incluir os produtos deles, isso todos fazem (Apple, Sun, distribuições de GNU/Linux, etc...). O Problema é fazer isso e ao mesmo tempo limitar o que os concorrentes podem fazer para incluir os produtos deles nas instalações do window$ e a interoperatibilidade. Esse é que é o verdadeiro problema.
Quem não percebeu agora, fui eu...


falco disse:
Tal coisa como propriedade intelectual, não existe na realidade. A partir do momento em que contas uma ideia a alguém ela deixa de ser tua porque tu não podes ser dono dos pensamentos dos outros, isso seria completamente inaceitável para além de impossível.
Isto não acontece se a tua ideia apenas é percebida por um processador ou por quem consegue fazer reverse engineering e ler assembly no fim.... É que eles não contam a ideia


falco disse:
Porque podes virar a coisa ao contrário: o trabalho de modificação foi feito por mim e não pelo autor horiginal e por isso seria injusto ele ser compensado pelo meu trabalho.
Mas "ele" não é compensado pelo teu trabalho. A alteração és tu quem a tem, "ele" só tem a versão dele...
Quanto a software proprietário, isto não existe. Uma empresa paga a programadores e analistas para desenvolverem uma solução para ela. No fim, a empresa quer fazer dinheiro com isso. Se a solução fôr boa, e os utilizadores estiverem dispostos a pagar o que a empresa pede, tanto melhor, pois vais ser um sucesso. Caso contrário, outras empresas e outras ideias virão. É tão simples como isto...


falco disse:
O direito de controlar modificações é frequêntemente utilizado pelos fabricantes proprietários para sequestrar o código fonte dos que fazem as modificações (não só o código fonte dessa modificação como também de futuros trabalhos semelhantes), para os impedir de ganharem dinheiro de forma legitima com o seu trabalho, ou até mesmo de utilizar o seu trabalho para fins não comerciais (ciêntificos, simples curiosidade, correção de bugs, interoperatibilidade, beneficiência, etc...)
Esta não percebi.... Quem desenvolve software proprietário para uma empresa não é pago, é isso?!?!?! Eu se trabalho numa industria textil, não digo ao meu patrão "Atenção, fui eu que fiz esta camisola, por isso, se a quiser vestir..."


Leste mal. Em primeiro lugar é uma liberdade não é uma regra nem uma obrigação. Existem algumas licenças de Software Livre que exigem que no caso de distribuires modificações a outros, tenhas também de distribuir o código fonte, mas nenhuma te exige a distribuição de todas as modificações, por exemplo modificações que faças apenas para uso privado, não sofrem dessa obrigação.
Uma liberdade não é uma obrigação. Software Livre é acerca de Liberdade não de obrigações.





falco disse:
Pagam-me para trabalhar com o Software Livre, incluindo para fazer modificações. E sim é justo, ser livre não tem a ver com ser gratuito como já expliquei antes. Nem o movimento de Software Livre é contra o lucro, apenas achamos que algumas formas de o obter não são éticas.
Uma coisa é trabalhares com software livre, outra, é desenvolveres software livre... Se estás a falar de Php's ou MySql's ou Apache, então estás a dar-me razão, pois o software que desenvolves não é publicado para ser usado por quem quer que seja. Tu ou a tua entidade empregadora esperam fazer dinheiro com isso...



falco disse:
Em soluções de software proprietário ninguém é responsabilizado, alias as próprias licenças dos softwares mencionam isso. Por isso se esse argumento é baseado no pressuposto de alguém ser responsabilizado no mundo do software proprietário. Sim, porque ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, não há garantias para o software.
É claro que é. Quantas vezes já ouviste dizer "Ah, e tal, porque este windows é uma maravilha, porque a microsoft só faz disto".... Agora com linux por exemplo "Ah, e tal, porque eu não gosto do linux, e qualquer coisa é uma maravilha (sim, porque eu não sei quem fez isto, nem sei quem responsabiliar por isto)"...
Não é por não mandares uma carta de reclamação, que tu não os responsabilizas por isto ou por aquilo. De qualquer forma a m$ não é a unica a fazê-lo. Quantos casos conheces de pessoas que querem reclamar à adobe por causa do photoshop. Eu sou sncero, ainda não conheci nenhum...


falco disse:
Olha que não! Todos os softwares proprietários são inerentemente monopolios, mas para além disso muitos dos softwares da m$ reprensentam grandes monopólios como o window$, o internet explorer, o window$ media prayer, o servidor de media, servidores de partilha de ficheiros e de directorio, software de produtividade, várias API, etc... São muito mais dos que se podem contar com os dedos de uma mão.
Podias facilmente acusar o linux da mesma coisa. Quando uma ferramenta é desenvolvida para linux, não estás à espera que ela funcione igualmente em windows...
Monopólio, é quando desenvolves várias soluções independentes que funcionam em conjunto fazendo que a concorrência não consiga sobreviver...



Resumindo, acho que existem montes de gente que diz que por exemplo o linux é mais seguro que o windows quando não sabem nem conhecem o suficiente dum ou do outro... E há montes também, que diz que o linux é sem dúvida melhor, quando a maior parte dos utilizadores de informática não querem/precisam saber como se configura isto ou aquilo e não têm os conhecimentos básicos para o poder fazer...
Quer um quer outro tem coisas muito boas, agora, acho que não é pelo licenciamento que as pessoas vão ou não ser convertidas para Software Livre...
Eu já fui muito adepto do softwate livre e open source e das técnologias inerentes, mas cada vez mais, tenho menos e menos vontade de lhe tocar...

Abraço.
 
El_UnO disse:
Ve a Red Hat que vende uma distribuicao de Linux empresarial e responsabiliza-se totalmente pelo suporte. E tens o codigo fonte integralmente na net e podes fazer isos, ou mesmo tirar isos nao-oficiais baseadas em Red Hat Enterprise, como o CentOS. O suporte e naturalmente importante, pois tens que ter algumas garantias em ambientes mais criticos :P
Não tem duas distros?!?!?! Uma com o código na net, e outra não?!?!?!

El_UnO disse:
Software proprietario:

User: Isto tem um bug. Corrijam isso...
Developer: Ok, assim que acabar os outros 123414 :P

Software aberto/livre:

User/Developer: Descobri um bug que esta linha 245. Ca vai um patch para tapar...
Developer: Obrigado
O Comunismo também funciona muito bem em teoria, já na prática é o que se vê...
 
Arh!!! disse:
Não tem duas distros?!?!?! Uma com o código na net, e outra não?!?!?!

Le o que escrevo. Falei no CentOS que e baseado no codigo fonte do Red Hat ENTEPRISE. Sim, a paga. Nao tens as isos, mas tens o codigo fonte na INTEGRA disponivel.

E tens o fedora tambem, claro :)

Arh!!! tas enganado em muitas coisas sobre GNU/Linux e o modelo software livre e como este pode ser utilizado para fazer dinheiro. Poderia alongar-me mais mas nao o vou fazer pois isto ja esta muito offtopic e pouco tem a ver com segurança. :)

De qualquer forma aconselho-te este livro:

http://www.oreilly.com/catalog/opensources/book/toc.html

Especialmente os artigos do Robert Young (Red Hat) e do Brian Behlendorf (Apache) :)
 
Última edição:
falco disse:
Post Original de falco
(...) e outro é que o window$ tem as suas componentes tão integradas que quando uma falha causa "um sarilho do caraças" que pode facilmente provocar a escalada de privilégios.
Arh!!! disse:
?????????????????????

Ele refere-se provavelmente ao dia em que o IE deixou de ser um browser e passou a ser um componente do OS. Dos mais buguentos e exploitados da história. E claro está, que essa decisão vai ser sempre vista como a pior da história. E sejamos sinceros, foi uma decisão tomada para ganhar as browser wars pelo caminho mais fácil e não por mérito. Só acho comico que na UE se obrigue a MS a lançar um Windows sem Media Player e não se obrigue os gajos a tirar o icone azul do desktop... Claro que era uma coisa futil, pq não se pode tirar o IE do XP a sério, mas tirando o icone o ppl tinha de ir buscá-lo, o que dava pelo menos uma chance a que fossem buscar outra coisa qqr...

Ou melhor ainda, obrigar a MS a meter como página de abertura de first run do IE uma págima onde explicassem aos users a existência de outros browsers, com links para os respectivos sites e tudo :D Claro que 90% prai escolhiam o IE, mas pelo menos ficava "educados" quanto a terem opções.

Bolas!!... Que ninguém diga que está bem... E no fim, aindaa te acusam de fascista por não quereres dar.

Eu acho muito bem que não dêm. E acho ainda melhor que os governos e entidades oficiais os laguem por causa disso mesmo. Não é por questões de quem tem monopólio e que tais, é pelo simples principio de interoperabilidade. Ou existe, ou não. Alias, eu sempre achei que a historia do formato Office era estupidez. Deviam era dizer ás pessoas que a partir de data x só se aceitavam documentos em OpenDocument ou coisa OpenStandard semelhante e acabou-se. A partir dai cada um usa o raio que quiser, desde que os ficheiros cheguem cá no formato x é irrelevante a app que os cria. Se a MS não quisesse criar um exporter compativél, perdia mercado (coisa que nunca lhes agrada muito). Em PT, em termos de tribunais (tanto quanto eu acompanhei até á uns tempos...) a lei era explicita. O formato era RTF e para imagens eram formatos plenamente "conhecidos" como JPEG e TIFF. E prontos, acabou-se a discussão. As comunicações entre todas as partes tavam a usar o minimo denominador comum, que diga-se chega e sobra, e ningum tinha desculpas de "não consigo ver o ficheiro".
 
El_UnO disse:
Le o que escrevo. Falei no CentOS que e baseado no codigo fonte do Red Hat ENTEPRISE. Sim, a paga. Nao tens as isos, mas tens o codigo fonte na INTEGRA disponivel.
Foi uma pergunta!!!



El_UnO disse:
Arh!!! tas enganado em muitas coisas sobre GNU/Linux e o modelo software livre e como este pode ser utilizado para fazer dinheiro.
Bem sei que sim, e o software livre não me é totalmente desconhecido.
Os exemplos que dei, é o facto que se critica as empresas que licenciam o seu software, defendendo que ele deve ser livre, e no fim defendem que se cobre por uma assistência a esse mesmo software livre.
Acho muito bem que haja OpenSource/SoftwareLivre, mas isso não quer dizer que o ache mais certo que o licenciado, apenas o vejo como uma abordagem de mercado diferente...
 
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