Open Source - Segurança - Windows e outros... *Discussão*

Tuaregue disse:
Pois só que o cliente diz, eu pago-lhe para resolver os problemas, e isso não me interessa, so quero que funcione, senão procuro outro para fazer o serviço. Já vi isto a acontecer, felizmente n foi comigo porque senão ia-me lgo embora.

Depende de para o que é que o cliente pagou, e o que diz no contracto... Não sou programador nem web designer e a ultima vez k vieram pra cima de mim com essa história sairam-se mal...
 
Tuaregue eu desenrrasco mas com duas condições:

. se aquilo der barraca não é comigo...é com o cliente/patrão que quis algo "martelado".

. quando for para fazer um futuro update/alteração/whatever posso e acabo sempre por demorar mais tempo pois tenho que tentar perceber o código martelado. E geralmente a coisa vai piorando pois vai ficando cada vez mais "martelado"....o que começa torto jamais se endireita.

Eu não tenho muito stress com browsers, pois o meu trabalho é a nível de layouts, e flash developer (sites, programação, etc). A programação a nível do browser é sempre um colega meu (programador) que o faz.

Mas sim, infelizmente a acessiblidade/universalidade raramente é algo com a qual os clientes se interessem.
 
Depois de ler isto tudo, bem quase tudo, deixem-me dizer que nada disto importa no mundo real, ponto.

Então começas por dizer uma grande asneira. Por várias razões mas uma delas é que lá por ser a práica comum não quer dizer que seja inteligente.


E não venham para cá com as mesmas filosofias do que é livre é bom, que têm de haver interioperatibilidade, porque isso são tudo tretas,

Tretas são o que tu disseste.



Eu também já pensei assim, só que cheguei à empresa e o chefe só disse: "O programa X, Y e Z são para manter, porque temos confiança no produto e no suporte técnico",

Isso não chega.
Em primeiro lugar, ter confiança num software proprietário é um acto de fé, e o mesmo se pode dizer em relação ao seu suporte. O que não faltam são casos em que essa confiança foi atraiçoada, porque o software deixa de responder às necessidade e o fabricanet não tem interesse em mudar o software, ou simplesmente deixa de fabricar e distribuir o software e quem fica agarrado são os clientes que não podem fazer nada quanto a isso.
Por isso esse argumento não é baseado na realidade.



o programa x, y e z só correm no Windows, o que vou fazer instalar o wine e ver se consigo pôr aquilo a funcionar no linux. Chego a outro departamento, e dizem-me o programa de conversão de cad para cnc tem de se manter, motivo, o utilizador já está habituado ao produto, já existem rotinas feitas, a produtividade com aquele programa é a mais elevada, e o programa só funciona com o windows.

Isso não é motivo suficientemente forte para impedir uma migração o software que usamos no Presente é sempre mais produtivo no Presente, porque já temos experiência nele, mas isso não impede que o no futuro se usarmos outro que o outro seja o mais produtivo, para além de que prendermo-nos a uma plataforma é mau para o negócio porque limita as escolhas tecnológicas e a gestão de TI.
Ou seja, novamente apesár de serem fáceis esses argumentos, eles não são suficientemente fortes se analisarmos as coisas a fundo.



Ah e no mundo real, os chefes tem sempre razão, mesmo que estejam errados, eles tem sempre razão, nós é que um dia iremos ter razão, e se o chefe quiser.

Ok, já sabemos que és lambe botas...



As empresas não querem saber de livredades nem maravilhas do género só querem as coisas a funcionar e à maneira delas e mais nada.

Acaste de provar tudo o que eu disse: para trabalharem à maneira delas, elas precisam de liberdade.





Eu não uso o IE no trabalho...e trabalho para a plataforma web, onde o IE deve ter uns 90% de share.
Deve ter muito menos que isso. Há varias razões
* nem todo o software que acede à web são browsers uma boa parte devem ser outros softwares (bots, etc...) e muito do software do mercado dos dispositivos moveis não usa ie (alguma vez viram symbian, ou GNU/Linux que são os sistemas operativos mais usados em telemoveis a correr ie?);
* quer o Opera, quer o Firefox, quer o Safari, juntos ultrapassam certamente os 10% (devem estár entre 10 e 15%, sendo que na Europa são mais) o que sumado ao que disse antes faz com que a share do ie tenha que ser menor que 90%;




Acho que estás a assumir demais que todos os erros que se encontram são só relativos a segurança...

De forma alguma!!


Nem todos os utilizadores de pc's se preocupam constantemente em saber se o sistema deles é ou não seguro. As pessoas querem é usar o sistema, "mai' nada"...

Acho que estás enganado. A m$ usou essa desculpa à uns anos quando o director do desenvolvimento do window$ disse que os produtos da m$ não tinham sido desenhados a pensar em segurança. Mas isso é errado.
Os utilizadores podem não ter consciência dos riscos que correm (a maior parte não tem), e a maior parte assume que a industria de software é tão madura quanto as outras e que por isso pensa na segurança das pessoas. Mas isso não quer dizer que não queiram saber da segurança, querem e a verdade é que quando percebem os riscos e a falta de qualidade nessa àrea eles ficam zangados.

Esse tipo de argumento é um argumento que defende a continuação do desleixo e da imaturidade da industria de software e é inaceitável.



Uns cobram a distribuição, outros o direito de utilização... A meu ver, são apenas opções e ópticas diferentes de mercado...

São forma diferentes dizes bem, mas que se materializão de formas diferentes no que tem a ver com a ética. Porque embora sejam à primeira vista ambos válidos a verdade é que quando analisamos em profundida e com a consciência que o software não é como os outros produtos porque tem uma natureza diferente, podemos perceber que fazer uma coisa é legitima do ponto de vista ético e outra não.

Quanto compras uma cadeira compras a cadeira e podes fazer o que quiseres com ela, podes modifica-la, etc... Porque é que não haveriamos de poder fazer o mesmo com o software? Afinal de contas também o compramos!





Usas palavras um pouco fortes a meu ver... "Extorção"?!?!?! Acho um pouco radical.

Uso palavras realistas!
O licenciamento proprietário seja de software seja de especificações tem o objectivo de exercer poder, de controlar quem pode aceder à informação e de comunicar e de forma compatível com todos os outros. A necessidade de interoperar para estarmos presentes de forma competitiva no mercado ou por motivos mais ligados com utilizações não profissionais, é na sociedade de informação inegável. Quem não puder interoperar fica de fora. Exercer o controlo da possibilidade de interoperar de forma proprietária é a meu ver extorção, para além de ser impeditivo de qualquer tipo de competição baseada no mérito, ou nas necessidades reais dos consumidores e não de artificios legais.




De qualquer forma, se por acaso um determinado produto proprietário (fechado) não quer abrir mão do seu "know how" (propriedade intelectual), então há bom remédio para isso. Faz-se uma solução que faça concorrência (paralelo) ao produto...

Há vários problemas com essa afirmação:

Problema 1
Quando os protocolos, formatos de dados, ou especificações de interoperação com hardware e/ou software são proprietários então existe o problema do licenciamento das especificações necessárias para poder criar implementações concorrentes.

Alguns fabricantes proprietários licenciam as especificações de forma a que qualquer um possa implementar o que quiser como, quiser e com os termos de licença que quisérem, no entanto são uma minoria quase sem significado e ainda assim muitos deles acabam por ou não fornecer toda a informação, ou por criar extenções às especificações que mantêm em segredo, alias não consigo lembrar-me de um único caso em que uma destas coisas não aconteça.

Outros fabricantes proprietários licenciam as especificações de forma proprietária, ou seja, limitando quem, quando e como podem implementar as especificações e quais os termos de licenciamento dessas implementações. Na maior parte dos casos isto tem por objectivo impedir o acesso às especificações de projectos de Software Livre, ou de qualquer outro fabricante proprietário que possa ser uma real ameaça competitiva real. Ora isto limita sériamente qualquer competição e alternativa util e por isso impede que uma quantidade significativa de consumidores possa ver essas alternativas como viáveis. Ou seja, existe apenas uma ilusão de concorrência.

Outros simplesmente não licenciam as especificações, o que força os concorrentes a recorrer à engenharia reversa.
A engenharia reversa pode garantir-te alguma compatibilidade, em coisas simples, ou ao fim de muitos anos, pode mesmo garantir compatibilidade significativa. No entanto a engenharia reversa não produz o suficiente para se criar produtos que possam competir totalmente com o produto que está a ser alvo dessa engenharia reversa, pois não consegue, fornecer o suficiente para as coias mais complicadas/complexas e porque é um jogo de apanhada, no qual acontece sempre o mesmo: quando o fugitivo está quase a ser apanhado, muda as regras do jogo, forçando o outro a recuar muitos metros dando de novo a vantagem ao fugitivo.


Problema 2
Em muitos casos e em muitos países a engenharia reversa, não só é proibida, como quem a realizar corre o risco de ir preso por violação de direito de autor, pior ainda é nos países em que há patentes de software (EUA e Japão) em que também podem estar a violar alguma patente. E ainda mais as leis que proibem a engenharia proibem cada vez mais, com penas mais pesadas e existem em cada vez mais países.
Quem promove este tipo de leis?
Obviamente que os fabricantes proprietários preocupados com a perda dos seus monopólios.


Ou seja, embora essa pareça ser uma solução simples e apelativa, na verdade, soluciona muito pouco, e é pouco util na maioria dos casos.



Mas é claro que isto já foi pensado, o problema é que mesmo depois de criar soluções concorrentes, as pessoas continuam a usar as proprietárias... É isso que chateia as pessoas, e que faz elas "exigirem" a partilha de conhecimento ao qual "acham" que têm direito...

Foi pensado e foi feito e como vimos pelo que expliquei antes não resolve o problema de falta de concorrência e a única forma de resolver é acedendo a especificações.
Repara, que as informações que se pedem não são as especificações de todo o software, nem das partes do software que podem ser diferenciadoras quando se compete com base no mérito das funcionalidades do software para a sua função nucleo e não em artificios para restringir a liberdade dos utilizadores. São apenas as necessárias para garantir interoperatibilidade, são coisas pequenas, mas que fazem toda a diferença no que toca a haver a possibilidade de haver competição real.




Se por acaso, eu quiser cobrar por esse conhecimento, então posso fazê-lo, pois sou "livre", e da mesma maneira, as pessoas são "livres" de o aceitar ou não...

Toda a liberdade tem limites. És livre de cobrar, mas não o qualquer valor, nem de qualquer forma. É por isso que nas sociedade modernas, democráticas e livres, existem entidades reguladoras que garantem que o interesse geral da sociedade em que haja competição baseada no mérito e de forma justa é preservado sobre o interesse de lucro de uma pessoa, é também por isso que certas actividades são controladas pelo estado de forma a garantir um equilibrio que garanta o interesse geral da sociedade sobre o interesse individual a lucrar. Sem impedir o direito ao lucro, mas limitando-o e compatibilizando-o com o interesse geral. No que toca ao software e a outras tecnologias e mudanças em outros sectores afectados pela evolução tecnológica o equilibrio ainda não existe do ponto de vista legal, muito pelo contrário, em vez de estarmos a aproximarmo-nos desse equilibrio como aconteceu no Passado em relação ao direito de autor e a outras leis temos acentuado o desiquilibrio. Até nas sociedades capitalistas o direito ao lucro tem limites.



É claro, se eu quiser "cobrar" a uma pessoa a "o acesso/utilização do meu conhecimento", e lhe disser que apenas o "acedem/utilizam" caso comprem também o conhecimento deste meu amigo aqui ao lado....

Cobrar pelo acesso é legitimo em muitos casos (não vou dizer todos, porque não é verdade), mas o resto é pura extorção, colonalismo do pensamento, é um atentado à liberdade, aos direitos humanos (principalmente nos países mais pobres e nos países que dependem da importação de tecnologia) e é para além de ilegal totalmente ediondo.



Bem, nesse caso estamos a fumentar um monopólio
Oligopólio...




Aqui é que disseste tudo, e acabaste de me dar razão...

Nope!


O monopólio do qual a m$ foi acusada, foi de favorecer produtos deles com outros produtos deles,

Não foi só, e é por isso que ainda há disputa no que toca ao processo com a UE. A UE está a obrigar a m$ a publicar especificações e a m$ para além de se ter recusado inicialmente, acabou por entregar documentação sem qualidade suficiente para ser minimamente util (segundo um especialista escolhido pela m$ e nomeado pela UE para dar o parecer) e ainda por cima para atirar areia para os olhos das pessoas criou uma oferta de licenciamento parcial de código-fonte, que também não é o que a UE pediu (aliás a UE disse mesmo que não queria isso como parte da solução para esta questão e eu concordo totalmente com isso). Para além disso existem diversos processos de violação das leis de competição contra a m$ com base em várias coisas diferentes.






Primeiro falas na obrigação de partilha de conhecimento do qual as pessoas não têm nenhum direito,

Isso é falso! Têm o direito! E a prova disso é que a m$ foi obrigada quer nos EUA, quer na UE a fornecer essa informação. Acontece que nos EUA, o tribunal permitiu à m$ escolher os termos nos quais fornece a informação e obviamente que os termos escolhidos foram termos que impedem que qualquer concorrente a sério aceda a essa informação por razões de incompatibilidade de licenciamento e pelos preços praticados, na UE a Comissão foi mais inteligente e está a obrigar a m$ a fazer a coisa em termos compatíveis com todos os tipos de licenciamento e a preços razoáveis para todos.



No fim, dizes que para se responsabilizar alguém, é forçosamente necessário extorquir-lhes dinheiro

Muito pelo contrário, uma indmenização por danos causados por incompetência, ou por negligência não é de forma alguma extorção, para além de ser algo decido pelos tribunais. E não constituir por isso de qualquer maneira extorção, nem nada que se lhe assemelhe do ponto de vista moral. O que seria de nós se as empresas não fossem responsáveis pela qualidade dos seus produtos e que não tivessem de assumir responsabilidade por pagar os danos causados na maior parte das industrias.
Os direitos dos consumidores são extorção?


Isto mostra alguma incoerência, ao mostrar um altruísmo atroz e louvável, mas que pode ser mascarado, já que não se vê mal nenhum na optica yankee de que "tudo e todos podem ser processados custe o que lhes custar"...

Estás totalmente errado! Eu acho é que para haver responsabilização as empresas têm que pagar os custos da reparação dos danos causados, caso contrário não há qualquer responsabilidade por parte da empresa e quem sai prejudicado por atitudes criminosas é o consumidor.



Começo mesmo a pensar que a tua actividade principal é mesmo relacionada com administração de sistemas, e não própriamente com desenvolvimento de software

Faço das duas. Numas alturas faço mais uma coisa noutras mais outra.




Tou a ver que quando vendes um serviço, também não dás garantias nenhumas ao teu cliente...

Não podes falar disso sem saberes. Sempre que apropriado fazem-se aquilo que é a única garantia no mercado da informática que são os sevice level agreements, que forçam os prestadores de serviços a garantir um nível de qualidade sob a pena de o cliente não ter de pagar, ou de receber pelo prejuízo causado pela quebra do nível de qualidade de serviço. Infelizmente são poucas as empresas que actuam desta forma.






Concordo contigo, mas também eu não me lembro de dizer isso...

Não disseste directamente, mas disseste algo que poderia sugerir isso.





Os clientes têm na mesma essa escolha, quer paguem pela sua utilização ou pela sua manutenção...

Quando estão presos a formatos de ficheiros, protocolos, ou outras coisas então não têm essa liberdade de escolha.




???????????????????? Isso seria louvável se estivesses a trabalhar para ti, sendo para um cliente, tens é de o servir o melhor que puderes, pois é para isso que és pago...

Existem duas coisas, chamadas ética profissional e brio profissional. A um profissional não cabe apenas satisfazer as necessidades do cliente, cabe também a um profissional a obrigação moral, ética e muitas vezes legal (não estou a falar especificamente de informática), de fazer as coisas de forma socialmente responsável e segura. É por isso que em muitas áreas existem a ordens profissionais.



Mas sim, infelizmente a acessiblidade/universalidade raramente é algo com a qual os clientes se interessem.

É por isso que deveria haver legislação nesse sentido...
 
falco: lambe botas, não. Estou externo à empresa e trabalho com aquilo que dão, se vou para lá impôr é fácil saber o meu destino. A primeira coisa que e disseram quando cheguei a esta empresa foi: "Gastamos muito dinheiro no sistema informático (pc+erp+crm+cad+etc), por isso se quer trabalhar connosco tem de usar isto e mais nada.", como disse estou externo à empresa e quando acabar prestação de serviços saio, e o resto é com eles, lambe botas não é o meu género, mas quem tem poder manda, eu não tenho poder, e muito rápido aprendi que o cliente tem sempre razão. mesmo depois de ser avisado que está enganado.

Ah, preciso do dinheiro para viver, não me posso dar à liberdade de ficar sem dinheiro., posso-te dizer que já bati de frente com um chefe de produção e eu tinha razão, mas o boss só disse: "o chefe de produção é que sabe.", que faço eu aqui? bazo? ou como e calo?
 
Boas all...

Só uns comentários aos post's sobre programação na WEB.. visto que trabalho nessa área...

kidloco disse:
Eu não uso o IE no trabalho...e trabalho para a plataforma web, onde o IE deve ter uns 90% de share. Se não funciona no IE já não é comigo, pois eu tenho a certeza que o meu trabalho está bem feito e a não funcionar no IE (E funcionar nos outros browsers) é porque a culpa é do IE e não minha...como tal, eu não vou "martelar" uma coisa só para dar no IE.

Eu tb tenho a certeza que o meu código está certo, mas infelizmente não me posso marimbar...

Eu ainda a semana passada estive a fazer uma aplicação para um cliente, e ia dizer aos 100 ou 150 tipos que usam aquilo: "Quero lá saber que não dê no IE, usem mas é o FF que não têm problemas nenhuns!" E eles viravam-se para mim ( ou melhor para os meus chefes ) e diziam: "Isto não trabalha no IE, não queremos! Mudamos de empresa e acabou-se o contrato!"

Olha que bom não era...a mim pagam-me para por a trabalhar em tudo o que seja brownser...principalmente em IE e FF e ópera lá vou dando uns toques que é para satisfação pessoal..

kidloco disse:
Nunca nos devemos desviar dos nossos ideais.

Sem dúvida nenhuma...mas o mercado de trabalho infelizmente não é assim... pelo menos da perceção que tenho...porque se for ao contrário isto anda tudo num mar de rosas...

God_Lx disse:
Mas se o código dele tá impecável, e o problema é do IE não é ele k tem de mudar, é a Microsoft...

Concordo e não concordo..lol...tentando explicar-me...

Se o código está certo, segue todas as regras e afins, o problema é da MS e ela é que deveria mudar... mas e há sempre um mas... tu estás a ser pago para desenvolver algo para a web, quem for utilizar quer utilizar no seu browser favorito, seja IE, FF, Opera ou o que quer que seja... tu tens a responsabilidade ( no caso de estares a desenvolver um produto para alguém ) de que aquilo trabalhe minimamente bem em todo o sítio...

Esta é a minha maneira de ver as coisas..


kidloco disse:
Tuaregue eu desenrrasco mas com duas condições:

. se aquilo der barraca não é comigo...é com o cliente/patrão que quis algo "martelado".

. quando for para fazer um futuro update/alteração/whatever posso e acabo sempre por demorar mais tempo pois tenho que tentar perceber o código martelado. E geralmente a coisa vai piorando pois vai ficando cada vez mais "martelado"....o que começa torto jamais se endireita.

Ás vezes digo isso aos meus patrões...e eles só respondem isso tem que trabalhar...e mais nada... depois quando se tiver que alterar...altera-se e pronto..demore o tempo que demorar...os clientes é quem manda..

kidloco disse:
Mas sim, infelizmente a acessiblidade/universalidade raramente é algo com a qual os clientes se interessem.

Até hoje só houve um cliente que pegou no site e o levou ao W3C validator para o verificar... o resto dos clientes é tudo pessoal que praticamente não percebe nada daquilo...

Tuaregue disse:
Pois só que o cliente diz, eu pago-lhe para resolver os problemas, e isso não me interessa, so quero que funcione, senão procuro outro para fazer o serviço. Já vi isto a acontecer, felizmente n foi comigo porque senão ia-me lgo embora.

Ora aí está..o cliente quer é que aquilo trabalhe..quer lá saber que o IE não siga os padrões ou que faça isto ou aqueloutro..ele quer é que aquilo funcione..e o resto são pormenores..

Hasta all e sorry pelo off-topic.. [[]]
 
Hmmm, tbm estamos a fazer uma tempestade num copo d'água não... a maior defici~encia do IE é no render engine e, bom... isso resolve-se com tables :(

Poix, deviamos tar todos a usar CSS, mas da maneira que aquilo é, tables é consistente e CSS não... Ou pelo menos em termos de layouts... Mais ou menos... Mas mais que menos...

Se formos para scripting ai é mais complexo, mas desde que não usemos nada proprietário, funca quase sempre a 100%, mesmo que se tenha de dar uma voltinha ao bilhar grande para o conseguir.

Eu por norma desenvolvo a olhar para o FF. Depoiz vejo no IE. Se a diferença for minima, fica, senão arranjo para ficar bom no IE. $$$ talks, bs walks... Como o resto do ppl já disse, filosofar é bonito, pagar as contas ao fim do mês tbm...

Claro que tbm não começo um projecto sem explicar ao cliente o problema IE/Standard. E fica á discrição dele trabalhar a 100% no IE e +- nos outros (em termos visuais), ou gastar $$$ para eu escrever coisas separadas e detecção de browser.

Mas, e é um mas bem grande, a MS recentemente disse que muito hack antigo pura e simplesmente não vai funcionar no IE7. O que vai deixar muita gente atrapalhada, pq têm sites que funcionam 100% baseados em hacks.

Claro que tbm temos exemplos flagrantes de m***a que é inaceitável. Tipo o simulador de IRS da DGCI. Ora, se aquilo é Javascript, que raio interressa qual browser se usa??? Mas o facto é que, 3 versões depois e ainda não funciona nos outros. Vindo de uma entidade oficial, ai sim, é inaceitável que assim seja.

Edit: s/Java/Javascript... E sim, claro que dá para acessar, mas o raio do HTML daqueles gajos tem tantos erros que nenhum browser 1/2 decente consegue perceber aquilo. Nitidamente uma m***a feita por quem não sabe um raio sobre standards...
 
Última edição:
Lancaster,

Cabe a nós tentar educar os clientes. Ele quer que dê em IE por mais hacks que se usem ? ok, faz-se a vontade...mas temos sempre de dar a facadinha (quando pudemos).

A diferença de uma coisa martelada no flash nota-se apenas a nível de alterações/updates. Enquanto numa coisa bem feita um update é rápido, em algo martelado é geralmente mais lento. E é isso que tens que dar a entender ao cliente/patrão.

Por exemplo: tive aqui a fazer uma coisa pra PT que tinha um pouco de 3D. Fez-se uma maqueta, curtiram e parti pra finalização da coisa. Mandámos o trabalho final e passado 1 dia queriam aclarar uma cor. Eu avisei que o processo demorava, por isso mandámos apenas 1 screen para aprovação. Aprovaram e fiz outra vez o trabalho todo. Entregámos a coisa e passado 1 dia acharam que a cor ainda não estava boa e queriam uma cor ainda mais clara. Aí disse "basta...essa alteração leva 2 dias" e não levava, mas se não os "educasse", nunca mais acabava esta história. Conclusão: eles disseram "2 dias ? ok, então fica como está que está bom".

O problema em Portugal, é que não se educam os clientes.
 
falco disse:
«Uns cobram a distribuição, outros o direito de utilização... A meu ver, são apenas opções e ópticas diferentes de mercado...»
Quanto compras uma cadeira compras a cadeira e podes fazer o que quiseres com ela, podes modifica-la, etc... Porque é que não haveriamos de poder fazer o mesmo com o software? Afinal de contas também o compramos!
Aí é que te enganas redondamente... Tu não compras o software, o que tu compras é uma licença de utilização do software, e isso são coisas bem diferentes, e aí é que está a diferença toda...
Tu se compras o software, quem to vendeu já nem sequer o pode desenvolver mais, pois deixou de ser dele. Tu tens direito (pois compraste) não só ao código-fonte, como design, know-how (porque foram feitas as escolhas que foram feitas, etc), bem... Tens direito a tudo envolvendo o projecto porque o compraste.
Quando compras uma licença de utilização, tens direito a isso mesmo, utilizar a aplicação, e mais nada... Não tens direito a código-fonte, formato de ficheiros, nada...

É claro que todas as empresas que vendem software licenciado (licenças), poderiam acabar com isso a vender só o software, mas para um utilizador comum, isso não seria a melhor solução pelas seguintes razões:
1. Seria dezenas, centenas ou milhares de vezes mais cara que uma licença de utilização.
2. O que interessa ao cliente (utilizador final) é poder tirar partido da aplicação com o mínimo de custos, e não ser o detentor da "patente" do software.
3. O que ele quer é usar, e esperar que uma nova versão que lhe melhore o trabalho. Se compra o projecto e quer um update ao mesmo, então tem mesmo de contractar programadores para o fazer...



falco disse:
Quando os protocolos, formatos de dados, ou especificações de interoperação com hardware e/ou software são proprietários então existe o problema do licenciamento das especificações necessárias para poder criar implementações concorrentes.
Interoperabilidade com hardware?!?!?! Quê?!?! Drivers?!?!?!
Quanto a formatos de ficheiros.... Ninguém tem o direito a os ter, a não ser a que o software passe a ser teu, quando o comprares...


falco disse:
Toda a liberdade tem limites. És livre de cobrar, mas não o qualquer valor, nem de qualquer forma. É por isso que nas sociedade modernas, democráticas e livres, existem entidades reguladoras que garantem que o interesse geral da sociedade em que haja competição baseada no mérito e de forma justa é preservado sobre o interesse de lucro de uma pessoa, é também por isso que certas actividades são controladas pelo estado de forma a garantir um equilibrio que garanta o interesse geral da sociedade sobre o interesse individual a lucrar.
Quem é que impede o IST de vender soluções Open-Source caríssimas ao estado português?!?!?! Eles cobram o que quiserem, o estado dá se quiser. Simples, não é?!?! Se deu, ou é burro, ou corrupto, ou não teve opções...
Também ninguém me impede de vender aqui o meu P2 450Mhz por €4000.00, ou impede?!?!? É claro que ninguém mo comprava, mas isso agora...


falco disse:
«O monopólio do qual a m$ foi acusada, foi de favorecer produtos deles com outros produtos deles,»
Não foi só, e é por isso que ainda há disputa no que toca ao processo com a UE. A UE está a obrigar a m$ a publicar especificações e a m$ para além de se ter recusado inicialmente, acabou por entregar documentação sem qualidade suficiente para ser minimamente util (segundo um especialista escolhido pela m$ e nomeado pela UE para dar o parecer) e ainda por cima para atirar areia para os olhos das pessoas criou uma oferta de licenciamento parcial de código-fonte, que também não é o que a UE pediu (aliás a UE disse mesmo que não queria isso como parte da solução para esta questão e eu concordo totalmente com isso). Para além disso existem diversos processos de violação das leis de competição contra a m$ com base em várias coisas diferentes.
Foi exactamente o que eu disse.
Uma coisa é eles favorecerem produtos deles com outros produtos também deles. Outra coisa é dar o Código-Fonte/Know-How/Propriedade-Intelectual a toda a gente... É que esse tipo de favorecimento nada tem a ver com licenciamento de software do qual tu és tão contra.
Outra coisa é tu estares a falar de software licenciado, outra é falares do windows especificamente (pois parece-me que seja mesmo disso que estejas a falar)... A M$ não é só windows (SO)...
 
Arh!!! disse:
Também ninguém me impede de vender aqui o meu P2 450Mhz por €4000.00, ou impede?!?!? É claro que ninguém mo comprava, mas isso agora...

Desde que eu vi um par de rimms há coisa de duas semanas ser vendido por 500€... Já não digo nada...
 
Se tivesses uma box mission-critical que só funcasse com ram em ZIP's, a ram pifasse e te pedissem €500 prai por 4MB dela, em muitos casos ias preferir largar o $$$ que ver a coisa mal parada... E acredita que há por ai muito material que anda a ser "remendado" a esses preços. São casos em que a unica outra opção não é uma opção que se possa sequer considerar...
 
(advogado do diabo = ON)
Sinceramente não percebo qual é a do pessoal estar sempre a bater na micro, porque não fornece as especificações dos ficheiros, porque favorece os produtos deles, desculpem-me lá, só compra licenças de utilização para produtos microsoft quem quer, se compraram tivessem antes informado dos pós e contras, não se informaram então azar, as pessoas são livres escolher o que bem entendem mas depois também têm de sofrer as consequências boas ou más daquilo que compraram. Eles são uma empresa e como tal tem de ter lucro e de vender o peixe deles se vender esse peixe passa por favorecer a interligação entre produtos micro então que seja. Desculpem lá mas estas conversas de eles tem de ..., e de ..., e mais de ..., eu continuo a dizer só compra quem quer, e se compram depois sofram as consequências, o mesmo se passa para o Linux e MacOS X, e afins.
(advogado do diabo = OFF)
 
Segundo a lei têm mesmo de...Há leis anti-monopolistas que têm de ser cumpridas, portanto enquanto não as cumprirem não podem reclamar. E tanto não as cumprem que podes ver as talhadas consecutivas que têm levado por comissões anti-trust pelo mundo inteiro.
 
TuxBoss disse:
Segundo a lei têm mesmo de...Há leis anti-monopolistas que têm de ser cumpridas, portanto enquanto não as cumprirem não podem reclamar. E tanto não as cumprem que podes ver as talhadas consecutivas que têm levado por comissões anti-trust pelo mundo inteiro.

(Eu só quis lançar a confusão:002: , mas já que a lancei)
Essas talhadas não fizeram muita mossa na Microsoft, eles cederam como bem entenderam, vocês acreditam mesmo que essa leis anti-monopolio vão ser aplicadas a doer à Microsoft? Os governos, as comissões, (you name it), precisam da Microsoft, eles não podem mudar assim de um dia para o outro para MacOSX/Linux/(insira aqui o seu SO de eleição), devido aos custos da transição, devido aos utilizadores, exemplo a cidade de Munique (sim tb sei de casos de sucesso), exemplo a IBM que disse que não vai comprar licenças do Vista, e que vai substituir gradualmete os dektop windows por Linux (Red Hat). O Office é dono e senhor do mercado e enquanto assim for..., tb não conheço melhor IDE que o Visual Studio, mas tb n digo que não exista.
 
Última edição:
Tuaregue disse:
(Eu só quis lançar a confusão:002: , mas já que a lancei)
Essas talhadas não fizeram muita mossa na Microsoft, eles cederam como bem entenderam, vocês acreditam mesmo que essa leis anti-monopolio vão ser aplicadas a doer à Microsoft? Os governos, as comissões, (you name it), precisam da Microsoft, eles não podem mudar assim de um dia para o outro para MacOSX/Linux/(insira aqui o seu SO de eleição), devido aos custos da transição, devido aos utilizadores, exemplo a cidade de Munique (sim tb sei de casos de sucesso), exemplo a IBM que disse que não vai comprar licenças do Vista, e que vai substituir gradualmete os dektop windows por Linux (Red Hat). O Office é dono e senhor do mercado e enquanto assim for..., tb não conheço melhor IDE que o Visual Studio, mas tb n digo que não exista.
O acordo com portugal diz-me que fizeram mossa. Afinal não é estranho virem beneficiar Portugal, que por acaso é o país do Sr. Durão Barroso, (homem por sinal com alguma influencia na UE, vá-se lá saber porquê...) e pouco tempo depois de a mesma UE ter dado uma talhada de umas centenas de milhões de euros em multas por comportamentos monopolistas?
O windows ganha dinheiro no mercado de workstations empresariais (não de servers pois nesse a maioria corre *nix e derivados), ora quando os seus maiores clientes (aka serviços publicos) começam a adoptar ferramentas que não são deles vão começar a ficar com o rabinho a arder vão, mas o problema nem é tanto de se é mais de quanto tempo até que...
Os governos europeus não vão colocar sistemas importantes e com conteúdos potencialmente "apetitosos" a correr um sistema proprietário e ainda por cima made in USA. Já foi provado em alguns casos que a MS facultou o conhecimento de certas falhas desconhecidas do publico em geral a departamentos do governo dos EUA que por sua vez os facultaram a empresas que os usaram para praticar espionagem industrial.
Portanto, sim, na Europa a MS vai acabar por se ir abaixo.
 
TuxBoss disse:
(...) que por acaso é o país do Sr. Durão Barroso, (homem por sinal com alguma influencia na UE, vá-se lá saber porquê...)
Isto aqui não é os EUA... O presidente da comissão europeia não tem tantos poderes como o presidente dos estados unidos... Já por algumas ocasiões o Sr. Durão Barroso se esteve a "queimar"...

TuxBoss disse:
O windows ganha dinheiro no mercado de workstations empresariais (não de servers pois nesse a maioria corre *nix e derivados) (...)
Portanto, sim, na Europa a MS vai acabar por se ir abaixo.
Isso é fundamentado em quê?!?! Quais são os países que estavam até há pouco tempo a tentar fazer a migração para linux??? Quantos, dos 25, consegues numerar???
Se estiveres a falar de servidores web para venda de alojamento de pequenos/médios sites, desses que "compramos" quando queremos alojar as nossas pequenas aplicações web, aí nem contexto, agora generalizar a "todos" os servidores (nomeadamente estatais)... Já agora lista alguns na UE...
Posso-te dizer que conheço (por alto) as infraestruturas de algumas empresas aqui em Portugal, e não te consigo numerar uma que seja corrida com linux em servidores. A unica que conheço é mesmo aquela em que trabalho e a unica máquina que tem linux serve apenas para controlar o tráfego web da rede toda (e nem sei porque é em linux). Todos os outros servidores (e são alguns) são em windows 2000/2003...
 
Última edição:
http://news.netcraft.com/archives/2006/03/06/march_2006_web_server_survey.html
Acho que a diferença numérica é suficientemente grande para justificar no minimo "alguma" vantagem do apache sobre os "microsoft" products, ora se me apresentares valores que digam que 50% dos servidores analisados correm apache num windows OS eu sem qualquer tipo de problema dou-te toda a razão.

Quanto ao Durão Barroso, bom ele alguma influência terá na UE senão para que é que existia o cargo?
 
Arh!!! disse:
Isso é fundamentado em quê?!?! Quais são os países que estavam até há pouco tempo a tentar fazer a migração para linux??? Quantos, dos 25, consegues numerar???

Alemanha, França, Reino Unido, Bélgica e Italia. Sao os que me lembro que avançaram com varias medidas para adoptar software livre na administracao publica. E ha muitos mais a nivel mundial, como o Brasil... :P
 
TuxBoss disse:
http://news.netcraft.com/archives/2006/03/06/march_2006_web_server_survey.html
Acho que a diferença numérica é suficientemente grande para justificar no minimo "alguma" vantagem do apache sobre os "microsoft" products
Mas afinal estamos a falar de alojamento de sites ou de servidores?!?!?! Um servidor não tem de ser um servidor web ou tem?!?!
Se prestasses mais atenção ao que tinha escrito...

Arh!!! disse:
Se estiveres a falar de servidores web para venda de alojamento de pequenos/médios sites, desses que "compramos" quando queremos alojar as nossas pequenas aplicações web, aí nem contexto, (...)

TuxBoss disse:
Quanto ao Durão Barroso, bom ele alguma influência terá na UE senão para que é que existia o cargo?
Para presidir talvez... Não é para decidir por toda a gente!
 
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