Card7Fire
Power Member
Mostro-vos como o mais recente CPU dual core de baixo custo da Intel adora emoções fortes.
Qualquer coisa que não acontecia desde o original Celeron C300A para Slot 1. Algo de maravilhoso, portanto. Descobri o mais recente CPU com dois núcleos de baixo custo que é capaz de fazer um overclocking do outro mundo.
No que se refere a primeiras impressões, o E7200 parece ser apenas uma pechincha. Com uma velocidade base de 2,53 GHz num FSB a 1066 MHz, é construído num processo de 45 nm e apresenta uma cache L2 de 3 MB.
Pode ser comprado por cerca de 100 euros, um valor que o torna na melhor proposta de valor da gama Core 2 disponível no mercado. E porque se trata de uma peça de engenharia construída a 45 nm, apresenta um funcionamento com uma temperatura baixa. Mas os processadores deste calibre já conseguem atingir velocidades de 3,2 GHz, pelo que fica uma questão no ar: Até que ponto consegue este E7200 acelerar?
Mesmo com as definições normais, o desempenho é impressionante e a temperatura mantém-se nos 30ºC – atenção, com um cooler passivo dos mais barato.
Ao detalhePara vermos a diferença que o overclocking pode fazer no E7200, assinalei o aumento de desempenho em percentagem obtido em cada teste. Reparem no incremento significativo verificado em Crysis.
Em carga, sobe para os 50ºC, mas mesmo assim trata-se de uma marca mais do que aceitável para o trabalho do dia-a-dia e que não deixa de ser impressionante tendo em conta que se está a usar um dissipador passivo. Sentime assim confiante e decidi avançar logo para o extremo, os 3,2 GHz, fixando o FSB nos 337 MHz. Espante-se: não só o CPU funcionou sem problemas de estabilidade, como também a dissipação térmica continuou a funcionar sem problemas.
Subi um pouco mais o FSB, desta feita para os 350 MHz, e o E7200 mostrou os primeiros sinais de stress. Ainda entrei no Vista, mas fui logo brindado com um ecrã azul após ter dado início aos benchmarks. Mas o problema foi facilmente identificado e reparado. Mudei o cooler para um Akasa Blue Aurora e rapidamente voltei a ter um funcionamento estável, agora com 3,33 GHz – que, recorde-se, são 800 MHz (20 por cento) a mais sobre o valor padrão. Infelizmente, foi neste ponto que a minha diversão conheceu um fim, uma vez que a motherboard (uma Asus de gama baixa, a P5LD2-X/1333) “perdeu” todos os discos rígidos de interface SATA.
Mas mesmo assim, voltei à carga, entrei no BIOS, mexi na voltagem e o Vista carregou a uns já muito respeitáveis 3,70 GHz (FSB a 390 MHz), o que prova bem o imenso território para overclocking que este CPU tem para explorar.
01 Aplicar overclocking no processador tem tudo a ver com levar o FSB até ao limite máximo. Este não só afecta o processador como também a velocidade da memória. Embora algumas motherboards permitam fazer overclocking, é sempre bom ter instalados módulos de memória capazes de alguma aceleração extra e um cooler que consiga manter o processador fresco..
02 Mas o primeiro passo para atingir um bom overclocking não tem nada que ver com as definições ou com o hardware; tem que ver com saber colocar correctamente o dissipador, o que passa por fazer com que a pasta térmica seja colocada na proporção correcta para que não seja espremida pela superfície do cooler e acabe por ser projectada para fora do socket. Basta colocar uma pequena quantidade, depois de limpar a superfície para que o dissipador tenha um melhor contacto.
03 É claro que o BIOS representa uma parte fundamental no overclocking, sendo aliás o seu coração. Já as ferramentas para Windows ajudam alguma coisa, mas ainda têm de melhorar em muitos aspectos. Por isso, se a motherboard estiver preparada de série para oveclocking, tanto melhor, pois não só lhe dará opções mais avançadas como também as ferramentas de recuperação indicadas caso alguma coisa dê para o torto. 
04 Se quiserem tirar o máximo partido possível do Intel Core 2 E7200, então instalem um cooler suficientemente capaz. O Akasa Blue Aurora que usei portou-se bem, tendo ajudado a puxar o FSB dos 320 MHz base para uns muito respeitáveis 350 MHz.
