P4p a caminho

kikofra

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ISPs e distribuidoras de software aliam-se para aumentar eficácia do tráfego de P2P


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Até agora as produtoras de software de partilha de ficheiros têm visto o seu negócio dificultado devido às interferências dos operadores de Internet no sentido de limitar a largura de banda das suas redes disponível para os protocolos de P2P.
Veja-se, por exemplo, o caso da Azureus que se queixou em Novembro passado à Comissão Federal das Comunicações dos EUA por este ISP bloquear o tráfego de P2P sem informar os seus assinantes. Isto porque apesar de apenas uma minoria de utilizadores descarregar conteúdos como filmes e músicas de redes P2P, o peso deste tipo de material em comparação com todos os outros tipos de tráfego pode resultar por vezes num congestionamento da rede para os demais.
Contudo, este cenário de antagonismo entre distribuidoras de software P2P e ISPs poderá ter os dias contados: uma equipa de investigadores da Universidade de Yale desenvolveu uma arquitectura designada P4P que poderá aumentar em 30 por cento as velocidadesde transferência de dados, bem como diminuir a largura de banda ocupada pelo P2P em 60 por cento - caso os resultados atingidos em laboratórios sejam replicáveis num cenário real.
A primeira experiência irá ter lugar já este mês nos Estados Unidos, através de um teste organizado pela Verizon e pela Pando, empresa responsável pela aplicação de P2P com o mesmo nome. Também na calha está uma parceria entre a AT&T e a espanhola Telefónica.
O P4P resulta de uma iniciativa da Associação da Indústria de Computação Distribuída (DCIA) que pretende implementar um conjunto de boas práticas no sentido de melhorar a eficácia do tráfego de P2P. Um dos objectivos consiste em reduzir a distância que os pacotes de dados precisam de percorrer para chegar até ao utilizador final. Assim, em vez de um utilizador que se encontra em Lisboa ter que se ligar a outro “par” situado na Austrália, ele poderá ligar-se a um outro utilizador situado no Porto que tenha o mesmo ficheiro pretendido.
A longo prazo, esta cooperação entre ISPs e produtoras de software P2P poderá passar por um acordo em que estas últimas se comprometerm a partilhar parte das receitas geradas com publicidade em troca de uma melhor qualidade de serviço por parte dos operadores.



Fonte: remixtures
 
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