Artigo PC é a plataforma mais rentável

StreeTunder

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Decorre neste momento em São Francisco, e até ao próximo dia 27 de Março, mais uma edição da GDC - Game Developers Conference - e a PC Gaming Alliance aproveitou o evento para divulgar o relatório "The State of the PC Gaming Industry in 2008". Tal como o próprio nome indica, o relatório apresenta os dados mais relevantes sobre o comportamento do mercado de PC em 2008 e de entre as principais conclusões encontramos o facto de o PC ter sido mais uma vez a plataforma mais lucrativa, totalizando um volume de receitas superior a 11 mil milhões de dólares, só em termos do chamado Gaming Software (retalho, distribuição digital, subscrições online, publicidade e outros modelos de negócio).

Este valor é maior que a soma do volume de receitas de todas as consolas em conjunto, fazendo do PC a principal plataforma de gaming no mundo inteiro. Para este resultado muito contribuíram os valores registados pelos principais MMO do mercado, em particular o popular World of Warcraft, que por si só regista anualmente mil milhões, existindo ainda vários MMO asiáticos a registar valores acima dos 100 milhões cada um.

É caso para dizer: assim se vê a força do PC.

http://www.bgamer.pt/catalogue.ud12...%A7%A7200903261138010046611337728%A7%A7%A7%A7
 
É surpreendente de facto, não esperava tendo em conta que qualquer extrazito que sai para um jogo nas consolas costuma ser pago.

Exemplos:

(vamos partir do principio que 800 pontos são +/- 8 euros porque o valor em euros depende do preço a que se compra os pontos)

Três exemplos:

Fallout 3

Operation Anchorage - 800MSP
The Pitt - 800MSP

Call of Duty: WaW

Map Pack 1 - 800MSP

Street Fighter IV
http://screenshots.esferovite.net/2009-03-26_1743.png


O caso dos mapas passa-se com montanhas de jogos nas consolas enquanto que para PC mapas adicionais costumam ser grátis. Os sistemas de distribuição são realmente bons e tá sabido que a ocasião faz o ladrão developer cobrar :p.

Casos ainda mais ridículos são os dos temas. Uma vez arrisquei comprar um tema (dos mais baratos, 150MSP) de caca que era apenas uma imagem de fundo, imagem essa que podia ter encontrado na Internet e posto na pen para posteriormente meter como imagem de fundo na xbox, esse foi um sapito difícil de engolir.

Acho que agora devem perceber porque é que fiquei surpreendido por saber que o PC é a plataforma mais rentável :D.
 
Última edição:
Eu diria que "ninguém" compra esses extras. Só meia dúzia de gajos compram essas tretas.

Por outro lado eu diria que o PC consegue manter casos de sucesso a render mais tempo que as consolas. As consolas vivem muito do hit do momento. Se rendem mais tempo, dão mais dinheiro, mesmo que para período igual de tempo a facturação possa ser menor.
 
Não esquecer que o pc tem um mercado muito maior, estima-se que deve existir cerca de mil milhões de pcs em uso no mundo, se cerca de 10% jogar são logo 100 milhões de clientes.:rolleyes:
 
De facto esse é um dos problemas das consolas, para um jogo ter realmente sucesso tem quase necessariamente de ser o mais mainstream possível e ter uma grande campanha de marketing a acompanhar. Vive-se demasiado dos blockbusters, a grande maioria dos jogos têm mais de 80% das vendas nos primeiros 2 ou 3 meses e , mesmo em termos de online os títulos que se mantém no topo são os grandes franchises como COD, Halo, GTA ou Gears, o resto tem grandes dificuldades em manter uma comunidade de jeito e alguns meses depois já desapareceram do mapa. Pelo menos o XBLA, PSN e Wiiware têm oferecido algumas oportunidades aos indie developers de marcarem lugar nas consolas, apesar de ainda terem uma boa dose de limitações.

É por isso que há uma grande quantidade de géneros que supostamente serão de "nichos" - como por exemplo simuladores de combate ou jogos de Grand Strategy, que são dois géneros com um grau de complexidade muito elevado e pouco atractivos para as massas - e que ainda assim são bastante lucrativos, pois vendem bem durante muito tempo e mantêm comunidades estáveis capazes de suportar o jogo durante vários anos. A maioria nem faz ideia da existência de alguns destes títulos mas curiosamente chegam a vender mais dum milhão, o que é mesmo muito bom tendo em conta os baixos custos de desenvolvimento que apresentam e o tamanho reduzido das equipas envolvidas na sua criação.

A nível mainstream, diria que um bom exemplo é a série Battlefield. Veja-se o Battlefield 2, um jogo que saiu em 2005. Por esta altura já ultrapassou os 5 milhões de unidades vendidas e continua a ter uma grande comunidade online. Por outro lado, o Bad Company vendeu 1.6 milhões no total (X360/PS3) e já há muito tempo que não consta do Top 10 de jogos mais jogados no XBL e PSN, isto em duas plataformas que têm o grosso das suas vendas nos meses iniciais. Com o Bad Company 2 a caminho (desta feita também para PC) e a comunidade online a diminuir cada vez mais, a probabilidade de atingir o mesmo sucesso que o Battlefield 2 é mesmo muito reduzida.

Ainda temos alguns casos mais notáveis, como o Starcraft. É um jogo com 11 anos que já ultrapassou os 11 milhões de vendas, e curiosamente vendeu mais de 1.5 milhões desde que o Starcraft 2 foi anunciado em Maio de 2007. Quem diz Starcraft diz outros tantos, mas é certo que a Blizzard, Maxis e Valve são três das produtoras onde este sucesso é ainda mais evidente e os seus jogos acabam por vender muitos milhões durante grandes períodos de tempo. Isto só vem demonstrar a importância de cativar uma fanbase na plataforma em vez de lançarem jogos na tentativa de lucrar com as tendências actuais do mercado, tal como tem acontecido ultimamente com a enchente de shooters que se tem verificado. A userbase das consolas simplesmente não é suficiente para acomodar dezenas ou centenas de jogos com comunidades activas como acontece no PC, quer a nível de preferências, maturidade ou quantidade de utilizadores, que é um dos principais motivos para os jogos continuarem a vender durante vários anos.

Relativamente aos extras, diria que é mais uma das razões capazes de alienar uma fanbase. Não há qualquer necessidade de cobrar por estes extras banais, mas por incrível que pareça até DLC simplesmente ridículo como "horse armor" (Oblivion) vendeu bem nas consolas segundo a Bethesda, apesar de cobrarem 200 MSP. Felizmente existem comunidades de modding para PC e os developers oferecem este conteúdo gratuitamente. Por outro lado temos as expansões, que são algo pelo qual estou disposto a pagar, pois adicionam imenso conteúdo ao jogo (em vários casos chegam a ser quase como uma sequela) e são lançadas a preço reduzido, suportando a comunidade e ajudando a prolongar a vida do jogo. É pena esta tendência não ser adoptada nas consolas - provavelmente o melhor exemplo é o The Lost and The Damned para o GTA IV -, porque seria bem melhor do que as sequelas recicladas que são lançadas frequentemente.
 
Última edição:
Não basta. É preciso saber a que jogos isso corresponde e quantas cópias o jogo vendeu em 1º lugar.
Isso já é ser picuinhas.
A verdade é que muita gente, pelo menos as pessoas que eu conheço, costumam comprar dlc.
Uns mais que outros, mas normalmente, quando se gosta de algum jogo especifico tende-se a comprar sempre dlc.
Eu por exemplo compro dlc habitualmente, seja para o forza, pgr, burnout, gta, tdu e muitos mais.
Por exemplo, em jogos do estilo guitar hero/rock band as vendas por dia de músicas são gigantes.
 
@Timber

É pa... olha que isso do ninguém comprar os DLC não me cheira, pelo menos pelo que me apercebo a jogar SF4 ainda houve uma porrada de gente a comprar os fatinhos novos para os personagens (aliás alguns estão tão porreiros que se calhar vou comprar o pack completo quando ele sair)

Eu por exemplo comprei o DLC do Darth Vader para o Soul Calibur 4

Tens DLC que são autênticas expansões do jogo e que valem o dinheiro que custam, outras que nem por isso, por exemplo o Worms no XBLA tem uma porrada de DLC que não vale mesmo a pena.

Aliás mesmo no PC tens uma classe inteira de jogos online gratuitos que sobrevivem precisamente à custa do que tu considerarias como DLC num jogo de consolas, basta veres o sucesso de empresas como a aeria e a ijji, até mesmo empresas de jogos mais antigas como a acclaim já apostaram nesse tipo de jogos em que o conteúdo "extra" é a pagantes e basta passeares num shin megami tensei - imagine ou num gunz para te aperceberes que há montes de gente que paga por esses mesmos "extras".
 
Casos ainda mais ridículos são os dos temas. Uma vez arrisquei comprar um tema (dos mais baratos, 150MSP) de caca que era apenas uma imagem de fundo, imagem essa que podia ter encontrado na Internet e posto na pen para posteriormente meter como imagem de fundo na xbox, esse foi um sapito difícil de engolir.

Desculpa o OT mas eu sou mesmo noob na xbox, dá para lá colocar como imagem de fundo a imagem que quisermos? Não fazia ideia... pensei que o motivo pelo qual os temas se vendiam na xbox era precisamente por não dar para fazer isso... (sim sou n00b)
 
Pagar por extras que acho que deveria ter direito quando comprei o X jogo, para mim é simplesmente impensável, nunca irei apoiar essa mentalidade.

E no PC a distribuição digital está a ganhar cada vez mais peso, principalmente a Steam com as suas promoções que quase obrigam um gajo a deixar lá dinheiro.
 
Isso já é ser picuinhas.
A verdade é que muita gente, pelo menos as pessoas que eu conheço, costumam comprar dlc.
Uns mais que outros, mas normalmente, quando se gosta de algum jogo especifico tende-se a comprar sempre dlc.
Eu por exemplo compro dlc habitualmente, seja para o forza, pgr, burnout, gta, tdu e muitos mais.
Por exemplo, em jogos do estilo guitar hero/rock band as vendas por dia de músicas são gigantes.
Não é ser picuinhas, é fazer as coisas como deve ser.

Um DLC que vale (digamos) 10 milhoes de euros se corresponder a um jogo que vendem 2 milhoes de copias não é o mesmo em termos de sucesso que a um jogo que vendeu 200 mil copias.

Outra coisa são jogos que sao concebidos para renderem no tempo como os jogos de bandas. Não é comparável com um jogo completo que depois tem um DLC com uns níveis extra ou algo assim. E algum DLC são expansões o que considero substancialmente diferente doutro tipo de DLC.

Enfim existem muitos pormenores.

@Timber

É pa... olha que isso do ninguém comprar os DLC não me cheira, pelo menos pelo que me apercebo a jogar SF4 ainda houve uma porrada de gente a comprar os fatinhos novos para os personagens (aliás alguns estão tão porreiros que se calhar vou comprar o pack completo quando ele sair)

Eu por exemplo comprei o DLC do Darth Vader para o Soul Calibur 4

Tens DLC que são autênticas expansões do jogo e que valem o dinheiro que custam, outras que nem por isso, por exemplo o Worms no XBLA tem uma porrada de DLC que não vale mesmo a pena.

Aliás mesmo no PC tens uma classe inteira de jogos online gratuitos que sobrevivem precisamente à custa do que tu considerarias como DLC num jogo de consolas, basta veres o sucesso de empresas como a aeria e a ijji, até mesmo empresas de jogos mais antigas como a acclaim já apostaram nesse tipo de jogos em que o conteúdo "extra" é a pagantes e basta passeares num shin megami tensei - imagine ou num gunz para te aperceberes que há montes de gente que paga por esses mesmos "extras".
Como disse acho que existe muitas diferenças entre tudo o que é vendido pós compra da cópia principal. Existe muita coisa a analisar e a própria forma como a empresa conduz o assunto (por exemplo com os pés como a DICE/EA com o BF e expansões ou com classe como a Relic e o Dawn of War e Company of Heroes)
 
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PC games sales up 18 per cent in 2008

PC gaming software revenues rose by 18 per cent to USD 12.7 billion in 2008, according to a new report from the PC Gaming Alliance (PCGA).

The non-profit corporation's 2008 Horizon's Report suggests that the overall market value for PC games and games hardware was USD 68 billion in 2008. This figure is expected to rise to USD 143 billion by 2013.

The total installed userbase of PCs that could be used to play games (including both desktops and notepads) was estimated at 228 million. By 2013 this figure is estimated to rise to 600 million, making the PC by far the most prevalent games format in the world
.

"PC gaming extends way beyond a dedicated niche of hardcore PC gamers and high-end PC gaming systems," said Bob O'Donnell, IDC vice president for clients and displays. "In fact, surveys of US consumers show that about 60 per cent of all consumers over 18 play some kind of games and about 59 percent of them prefer PCs as their primary platform."

The report suggests that software growth was driven by online sales, particularly in Asia, with online revenue trends closely following changes in broadband penetration.

"In 2008, China became the leading market for PC games and almost all the revenue in China was from online business models that involved no physical retail component," said DFC Intelligence analyst David Cole. "Going forward, we expect China’s business model will be implemented on a global basis."

The full Horizon's Report is available to all PCGA members, further information can be found at the corporation's official website.
 
É como um bálsamo para o ego. :004:

Tenho PC, PS3, X360 e outras, mas a plataforma principal é mesmo o PC, e sinto-me bem ao saber que faço parte da estatística que faz desta plataforma a mais rentável, e nem sequer gasto muito dinheiro, nunca dei mais de 30€ por um jogo, e o habitual é mesmo os 20€, e até mesmo os 10€, e até menos se contarmos com os jogos que vem nas revistas.

É bonito de se ver, sim senhora.
 
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