Petição pela reposição do GCompris no Magalhães

trmanco

Power Member
Para: Governo de Portugal e Assembleia da República

O software GCompris é um excelente programa educativo, em cuja tradução Portuguesa, presente no Magalhães, foram encontrados abundantes erros. Esses erros foram entretanto corrigidos estando a solução disponível para todos os utilizadores e escolas.

Neste contexto, erros na tradução para Português que foram prontamente corrigidos ainda a notícia não tinha sido publicada no Expresso, não se justifica na opinião dos subscritores que o GCompris seja removido da instalação base.

Na realidade, é precisamente na instalação base que é mais fácil garantir que a versão instalada está perfeitamente actual, com as correcções incluídas. Nos equipamentos já distribuídos a actualização é simples utilizando qualquer ligação à Internet, que deverá estar disponível em quase 100% das escolas.

É de notar que o outro sistema presente no Magalhães tem frequentemente problemas de segurança que normalmente demoram muito tempo a ser resolvidos (exigindo assim programas extra anti-vírus, anti-spyware, anti-pornware, entre outros), mas isso nunca foi razão para se apelar à sua remoção…

Nesse outro sistema é também habitual (e recomendável) fazer actualizações por Internet para resolver falhas de segurança e outros problemas que aparecem com alguma frequência.

Portanto, apesar de reconhecerem a gravidade dos erros de tradução, não lhes parece que estes sejam mais graves do que falhas de segurança ou outros bugs de software que podem ocorrer em qualquer sistema, mesmo naquele que é utilizado na maioria dos computadores pessoais.

Assim, não parece racional que a reacção aos problemas de tradução seja remover e ao invés de corrigir dado que para problemas mais graves, como os de segurança, nunca foi essa a indicação. Dado que as correcções se encontram disponíveis a remoção do software distancia-se ainda mais daquilo que pudesse parecer uma decisão ponderada.

De facto, quem lida com tecnologia deve saber que não lida com produtos perfeitos e que em determinadas ocasiões é necessário intervir para actualizar o sistema. O Magalhães não é excepção. Não é perfeito, mas não é por isso que perde o seu valor. E à medida que se forem corrigindo todos os problemas que se encontrem se irá cada vez mais acrescentando valor.

Assim sendo, os subscritores apelam ao Governo que não só cancele a decisão impulsiva de remoção do software, como também que tire proveito dos poderes que o Software Livre lhe confere. Apelam também a uma avaliação ponderada deste incidente e da forma como surgiu e tem sido noticiado, bem como à actualização do GCompris com o devido controle de qualidade e à sua manutenção, para benefício de todos.

Sincerely,

The Undersigned
http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2009/03/11/peticao-pela-reposicao-do-gcompris-no-magalhaes/

http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?gcomagpt
 
Ah bom! Acho porreiro as notícias supersensacionalistas que se têm feito passar nos últimos dias, tipo arma de arremesso, relativamente a estes erros de tradução, mas falar das actualizações... 'tá quieto.

É uma tristeza, só assim se sabe que é possível corrigir o problema, de forma fácil. Os media são uma vergonha.
 
Na minha opinião o software vai ser retirado de vez pois o mal está feito e a comunicação social (e logo a boa ou má reputação criada pelas noticias sobre algo ou algum acontecimento) é poderosa demais.

É duvidoso que interesse alguma coisa agora neste momento que o software possa ser actualizado e já traga as correcções. O mal está feito, os partidos políticos e todos os que deles se alimentam já atacaram e molestaram o pobre do Magalhães sobre algo que é basicamente um problema de localização do software Gcompris que (presumo eu!) está dependente de contribuições da comunidade.

Acho que má publicidade já não livra da remoção do mesmo e estou com a ideia de que a Caixa Mágica provavelmente não irá ficar muito tempo com o contrato do Magalhães... a ver vamos.
 
Esse tipo de erros não devia acontecer mas aconteceu e a solução deveria ser a sua correcção. O mais fácil é sem dúvida destruir.
E Já agora aos manuais escolares que aparecem com erros. Seguimos o mesmo critério?
 
É incrível o excesso de importância que esta notícia teve. O software em si é bom, e tem erros. Espantem-se: tem erros. Poupem-me! Nenhum software é livre de erros. Mantenham o computador actualizado que verão progressos. Já chega de lamentos.
 
O problema é que alguns dos problemas nas traduções já tinham sido corrigidos.

Actualização de software no mundo dos políticos e jornalistas estou a ver que não existe.

Já agora, quando o Windows sofrer um "crash" ou deixar de funcionar, vamos desinstalar o Windows?
 
É incrível o excesso de importância que esta notícia teve. O software em si é bom, e tem erros. Espantem-se: tem erros. Poupem-me! Nenhum software é livre de erros. Mantenham o computador actualizado que verão progressos. Já chega de lamentos.
tu não viste os "erros", pois não? não eram de todo aceitáveis. uma coisa é haver um erro (engano), outra é um texto supostamente educativo escrito por alguém que de português pouco ou nada percebia.
 
tu não viste os "erros", pois não? não eram de todo aceitáveis. uma coisa é haver um erro (engano), outra é um texto supostamente educativo escrito por alguém que de português pouco ou nada percebia.
eu vi os erros, aliás, andei à procura deles mesmos em todo o software instalado no CM e não só no gcompris.
agora, vos digo, sim há erros muito graves mas acho que não era caso para retirar o gcompris mas sim apenas actualizá-lo!
para mim, muito, mas mesmo muito pior que os erros (que muitos deles não são assim tão perceptíveis, tirando uns "os opções"; "Agostot, Maro - in mozzila sunbird" etc) é a forma como as letras são ditas nas actividades do gcompris, não se percebe nada, mesmo nada do que o sujeito diz lol....:s

mas retirar é errado, é bastante mas mesmo bastante educativo o software!
 
Os erros do Magalhães apenas serviram como arma política contra o Governo.
Não interessa para nada que na notícia se dissesse "Mas apesar desta falha crítica relativa ao ensino do Português no software incluído no Magalhães, a mesma já foi resolvida com uma actualização gratuita do mesmo. Segundo fontes do Governo e Min. Educação, será apenas uma questão de tempo até tudo estar resolvido."

Nao teria impacto social e não seria noticia, entendem... como já disseram, é mais fácil destruir.
 
Os erros do Magalhães apenas serviram como arma política contra o Governo.
Não interessa para nada que na notícia se dissesse "Mas apesar desta falha crítica relativa ao ensino do Português no software incluído no Magalhães, a mesma já foi resolvida com uma actualização gratuita do mesmo. Segundo fontes do Governo e Min. Educação, será apenas uma questão de tempo até tudo estar resolvido."

Nao teria impacto social e não seria noticia, entendem... como já disseram, é mais fácil destruir.

Não foi só usado como uma arma contra o governo, também foi usado para destruir o software livre no Magalhães...

O governo prefere "dar" dinheiro a uma empresa estrangeira do que a uma empresa nacional... é simples... quando não houver dinheiro nos cofres do estado português, chupa-se no dedo.
 
Não foi só usado como uma arma contra o governo, também foi usado para destruir o software livre no Magalhães...

O governo prefere "dar" dinheiro a uma empresa estrangeira do que a uma empresa nacional... é simples... quando não houver dinheiro nos cofres do estado português, chupa-se no dedo.


Exacto... e é necessário ter em conta que quem toma este tipo de decisões não percebe nada de software, closed ou open-source. Quando têm um erro no computador do trabalho ou casa, mandam para o Dep. de IT ou pra loja da esquina. É similar aquela velha história de que os 95% de utilizadores que usam Windows só o fazem porque é o que vem instalado quando compram o computador (ou porque o vizinho arranja o mesmo pirateado).
 
Pelo que vem hoje na revista do CM, o autor do programa desconhecia que havia este alarido à volta do seu programa, e por vários factores. A noticia:

Emigrado em França, José Jorge nem sonhava ser notícia em Portugal. É dele a tradução do programa de jogos com erros – uma tradução feita “na desportiva” para a filha de dois anos

Até ao domingo passado, José Jorge nunca tinha ouvido falar no Magalhães. Muito menos suspeitava que o seu nome aparecia associado à polémica em torno dos erros encontrados num dos programas do computador enquanto tradutor do programa GCompris. 'Recebi uma mensagem do meu irmão, em Lisboa. Dizia que estava a fazer as capas dos jornais. E não era por boas razões'.

A partir de Auch, uma pequena localidade próxima de Toulouse, a reacção incluiu mais gargalhadas do que aborrecimento: 'Deu-me para rir da situação, porque a minha tradução foi feita na desportiva'.

Passe-se a explicar a modalidade. Há dois anos, José Jorge, emigrado em França, limitou-se a traduzir a versão gaulesa do programa de actividades para crianças a pensar na filha mais nova. A ideia era desenvolver a língua portuguesa em casa, visto que há muito se apartou do idioma de Camões. 'Tenho o francês como primeira língua. Desde que saí de Portugal que não escrevo em português. Os erros que havia são erros por conhecer várias línguas. Misturei um pouco com o espanhol'.

Estava longe de pensar que a sua versão circularia pelas mãos de mais de 200 mil crianças portuguesas. 'Nunca soube que o GCompris ia ser inserido no Magalhães. Fui contactado em Outubro por pessoas da Caixa Mágica. Diziam que iam melhorar a tradução, mas nunca me enviaram a edição melhorada'.

Em comunicado de imprensa, a propósito da notícia avançada pelo semanário ‘Expresso’, a empresa de software Caixa Mágica esclareceu: 'José Jorge, o tradutor original, tem uma licenciatura em Filosofia e uma licenciatura em Informática, trabalhando neste momento em Tecnologias de Informação e sendo devidamente qualificado para a responsabilidade'.

A história não é bem assim, conta o próprio. José nasceu em Bordéus há 35 anos, filho de emigrantes. Com três anos, a família tentou a sorte em Portugal, instalando-se perto do Fundão. A experiência na Beira Interior durou apenas até José completar os 10 anos. 'Vivi em Portugal só até à quarta classe. Daí ter dito que o meu português era de quarta classe. Acharam que não tinha estudado mais'. Estudou, de facto, Filosofia, mas não terminou o curso. 'Estive lá apenas dois anos, depois deu--me para virar para a Informática'. Hoje é técnico informático na segurança social. Casado com uma francesa, pai de duas raparigas e um rapaz, com nove, seis e quatro anos, confessa-se 'instalado'. Melhor instalado que o programa GCompris.

'É um software livre, ou seja, a ideia é cada um poder participar na sua evolução, sem exigência de controlo de qualidade. Aliás, em 2000 não tinha sequer corrector ortográfico. Mas quando há um contrato entre o Governo e um fornecedor do Magalhães tem que haver um controlo e ele tem que ser pago. Não houve esse controlo de qualidade'.

in Correio da Manhã
 
Ya, tipo tem erros, mas alguém já experimentou mesmo o software? Acho que acima de tudo o software é intuitivo, só tive que escolher a linguagem das vozes em português (nota-se tão bem que vive em França)

Atenção: Experimentei no Ubuntu, logo as traduções devem ser diferentes.
 
Última edição:
Teria ficado bem ao Expresso explicar ao cidadão comum como é que o desenvolvimento do programa e da tradução foram feitos. Infelizmente não vi em notícia alguma daquela altura uma explicação a dizer que o trabalho foi feito voluntariamente e sem remuneração e que qualquer pessoa pode ajudar a melhorar o programa.
 
Quando a primeira coisa que alguém faz quando adquire o Magalhães é formatar o disco e instalar um SO diferente, para que é que se vão dar ao trabalho de fazer uma petição a exigir que voltem a instalar um programa no portátil se depois vão logo apagá-lo de seguida?
 
Mais um belo exemplar de como se pode "mandar abaixo".
O pessoal da caixa mágica deveria ter revisto aquilo mas não é caso para retirar o software de lá se é assim tão bom. Eu ainda não o vi no da minha filhota.
Agora por acaso vi de relance a noticia no jornal da rtp mas também ouvi qualquer coisa de como tinha sido já resolvido.
O Expresso fez o mesmo??? Pergunto isso porque não vejo o Expresso.

@ Pedrocas Quando a primeira coisa que alguém faz quando adquire o Magalhães é formatar o disco e instalar um SO diferente, para que é que se vão dar ao trabalho de fazer uma petição a exigir que voltem a instalar um programa no portátil se depois vão logo apagá-lo de seguida?

Só se o comprares na loja. Eu creio que o CM está bem naquilo. A filhota tem trabalhado e não se queixa. Mais uma coisa: é bem mais rápido que o windows.
 
Última edição:
Ya, tipo tem erros, mas alguém já experimentou mesmo o software? Acho que acima de tudo o software é intuitivo, só tive que escolher a linguagem das vozes em português (nota-se tão bem que vive em França)

Atenção: Experimentei no Ubuntu, logo as traduções devem ser diferentes.

Não interessa a distribuição que se usa... o Gcompris tem voluntarios próprios para traduzir o mesmo pois é agnostico em relação ao SO em que corre.

Teria ficado bem ao Expresso explicar ao cidadão comum como é que o desenvolvimento do programa e da tradução foram feitos. Infelizmente não vi em notícia alguma daquela altura uma explicação a dizer que o trabalho foi feito voluntariamente e sem remuneração e que qualquer pessoa pode ajudar a melhorar o programa.

Achas que alguém se importou em saber como é feito o desenvolvimento deste tipo de software? E se isso realmente interessa saber como noticia para o "cidadão José"?

Quando a primeira coisa que alguém faz quando adquire o Magalhães é formatar o disco e instalar um SO diferente, para que é que se vão dar ao trabalho de fazer uma petição a exigir que voltem a instalar um programa no portátil se depois vão logo apagá-lo de seguida?

Que eu saiba o Magalhães traz Windows e Caixa Mágica em 2 partições diferentes, pelo menos foi o que vi quando estive a mexer num por breves momentos numa ***** e também me pareceu que traz um programa parecido ao Gcompris também para Windows.
 
sim vamos culpar o senhor que traduziu isso o melhor que podia :\

outra questão é, o governo ou quem criou este projecto preocupou-se em criar software especifico para esta campanha? eu cá acho que não ( ok não sei mesmo ), isto é mais que esperado, ainda por cima em linux,está errado? corrige-se,
o problema foi mesmo como isto foi pegado em primeira mão,como é obvio foi logo transformado em arma de arremesso
o que nao falta para ai é más traduções(como está visto qualquer um pode fazer uma)
 
Quando a primeira coisa que alguém faz quando adquire o Magalhães é formatar o disco e instalar um SO diferente, para que é que se vão dar ao trabalho de fazer uma petição a exigir que voltem a instalar um programa no portátil se depois vão logo apagá-lo de seguida?
O Magalhães está bem como está e cumpre a sua função. Além disso e como já aqui foi explicado por um dos pais, o Caixa Mágica corre melhor do que o XP...
Ter dual boot é uma excelente opção e faz com que as crianças tenha contacto com ambas as realidades desde muito cedo. Com isso, só temos a ganhar.

Não me identifico com nenhum partido político, portanto, estou à vontade para analisar esta questão de forma imparcial. Este projecto do governo apesar de não ser perfeito, foi uma excelente iniciativa. Quem entender que deve aderir, que o faça, quem não quiser, também ninguém lhe vai apontar o dedo.

Em relação à polémica em volta deste programa que continha erros ortográficos, tem de ser visto como uma guerra partidária onde os jornais e a televisão aproveitaram e mediatizarem esta questão para verem ainda mais "sangue". É uma pena ! Pois critica-se sem que haja o objectivo de melhorar a situação. É a típica crítica do bota-abaixo.
Ainda não há muito tempo, e porque a memória é curta, tínhamos um Windows com mistura de Português e "Brasileirices" ( sem querer ofender os nossos irmãos Brasileiros...) e nunca ouvi críticas sobre esta matéria...

Se o programa está corrigido, não vejo mal algum em o utilizar.
 
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