PlanIT Valley <- Paredes

tripas

To fold or to FOLD?
Cisco constrói fábrica em Paredes e cria até 1000 novos empregos

A multinacional de origem norte-americana Cisco, líder mundial em soluções tecnológicas, prepara-se para anunciar a construção, no concelho de Paredes, de um centro mundial de investigação, desenvolvimento e produção de sensores de rede. O anúncio será feito depois de amanhã, na Casa de Cultura de Paredes, pelo vice-presidente para a Inovação da Cisco, Thierry Martens. O ministro da Economia, Vieira da Silva, deverá estar presente.

Não foi por enquanto possível apurar o montante de investimento em causa, até porque os intervenientes no processo assinaram um contrato de sigilo, mas tratar-se-á de uma empresa com um peso futuro significativo ao nível das exportações portuguesas. Um observador deste processo estima, inclusive, que este centro mundial de sensores de rede poderá ter um impacto na economia portuguesa semelhante ao que teve a fábrica de automóveis Autoeuropa aquando da sua fundação.

A Cisco obteve financiamento para o novo centro junto da banca internacional e prevê-se que a primeira mão-de-obra, com elevado grau de especialização, entre ao serviço da empresa dentro de ano e meio. A multinacional estima que a força de trabalho poderá variar entre 400 e mil postos de trabalho quando o centro de sensores de rede entrar em velocidade de cruzeiro. Trata-se do segundo maior centro da Cisco deste género, encontrando-se o primeiro em Londres. Entre o começo das negociações com a multinacional norte-americana e o arranque do funcionamento do centro de sensores de rede em Paredes terão decorrido cerca de três anos e meio.

Esta é a primeira empresa a instalar-se no chamado PlanIT Valley, uma cidade sustentável e inteligente que irá nascer em Paredes com muita ambição: prevê-se a criação de 20 a 30 mil empregos num prazo de seis a sete anos. Trata-se de um projecto com Potencial de Interesse Nacional (PIN), com um investimento previsto na ordem dos 10 mil milhões de euros.

Pelo que o PÚBLICO apurou, nas próximas semanas serão anunciadas mais duas empresas que irão instalar-se no PlanIT Valley, também já considerado por alguns como o Silicon Valley português. São também duas empresas de base tecnológica, uma delas britânica e outra com dimensão multinacional. Notícias recentes têm apontado nomes como McLaren, Microsoft e Siemens como algumas das empresas que seguirão ao passos da Cisco.

Numa primeira fase, o PlanIT Valley irá dispor de uma área de 37 hectares (cerca de 37 campos de futebol), sendo que a Cisco ocupará um edifício dentro deste espaço. As perspectivas de evolução global desta multinacional apontam para 40 por cento dentro dos próximos dez anos.
http://economia.publico.pt/Noticia/...aredes-e-cria-ate-1000-novos-empregos_1443781



Um investimento global de 10 mil milhões de euros vai permitir à Cisco Systems e à Living PlanIT, empresa especializada em tecnologia urbana, desenvolver em Paredes, no distrito do Porto, a primeira cidade sustentável e inteligente da Europa.

A parceria estratégica será assinada na segunda-feira, quando serão divulgados os pormenores do projecto, noticia a TSF. As empresas esperam captar cerca de 12 mil parceiros empresariais de todo o mundo e criar 20 a 30 mil postos de trabalho em sete anos.

A McLaren, a Microsoft e a Siemens são alguns dos nomes apontados. O PlanIT Valley, o nome dado à cidade sustentável e inteligente que irá nascer emparedes, com 37 hectares, é um projecto com Potencial de Interesse Nacional.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=211729
 
Última edição:
Cheira-me que antes de começarem a fábrica ainda vão negociar a mudança da terra pra Walls. Como os americanos não conseguem dizer os 'rês'.. heh
 
Hoje ao almoço, num noticiário qualquer, passaram uma reportagem acerca deste assunto que, sem dúvida, deixou-me entre interrogações, pois parece demasiado bom para ser verdade.
Esperemos para ver no que vai dar, já que no papel parece bom, vamos agora ver como correm as coisas no terreno, já que um dos envolvidos referiu que este é um projecto de médio-longo prazo, mas que pretendem ter tudo "alinhavado" até 2015.

We´ll see...
 
Vai para lá trabalhar muita gente, mesmo que vinda de fora, a trabalhar e gastar lá os salários. Ou seja o consumo vai aumentar, trazendo beneficios imediatos ao retalho e serviços.

Exactamente! O pessoal às vezes é que não vê as coisas com profundidade. Além disso isto passa a ser um chamariz para outra grandes corporações. Alia-se a mão de obra qualificada e os bons preços da mesma, o que empresas deste calibre necessitam.

E isto se se desenrolar como deve ser vai acabar por puxar por outras industrias também.

A ainda a salientar o excelente projecto urbano da PlanIT que prima pela sustentabilidade e qualidade, parabéns Paredes.
 
Se isto realmente se concretizar para o próximo ano tiro mestrado em BI!

Eu como natural de paredes e licenciado em informática, esta oportunidade seria outro sobre azul!
 
Exactamente! O pessoal às vezes é que não vê as coisas com profundidade. Além disso isto passa a ser um chamariz para outra grandes corporações. Alia-se a mão de obra qualificada e os bons preços da mesma, o que empresas deste calibre necessitam.

E isto se se desenrolar como deve ser vai acabar por puxar por outras industrias também.

A ainda a salientar o excelente projecto urbano da PlanIT que prima pela sustentabilidade e qualidade, parabéns Paredes.

O que tem é que se ter em conta que algo desta suposta envergadura terá obrigatoriamente que ser muito bem orçamentado/financiado. Segundo o que li no JN, já se fala em 10 mil milhões ao longo de 10 anos, repartido entre umas 1200 empresas. E quanto é que a Cisco e as empresas que pretendem instalar-se já investiram? Bupkiss.. nicles. Corre-se o risco de ser mais uma 'feira de mão-de-obra' financiada pelo estado, em que a Cisco vem vender os seus sistemas e mal haja algum indício que o preço da mão-de-obra pode subir, as empresas se comecem a deslocalizar. Qimonda, anyone?

É que é tudo mt bonito, ainda hoje esteve o socrates a dizer que a Sharan é um carro português e tal.. mas a divisão dos lucros só passa indirectamente por a mão-de-obra qualificada gastar algum enquanto cá trabalha. O grosso vai para as sedes que não estão cá sediadas.
 
É que é tudo mt bonito, ainda hoje esteve o socrates a dizer que a Sharan é um carro português e tal.. mas a divisão dos lucros só passa indirectamente por a mão-de-obra qualificada gastar algum enquanto cá trabalha. O grosso vai para as sedes que não estão cá sediadas.


Essa é que é essa.
(off-topic: carro português? deve ser tipo o magalhães)

Enfim, se isto fosse o Dubai, nenhuma das empresas viria (porque não têm apoio do estado). Afinal, desde que veio o euro a mão de obra upa upa.
Cumps
 
O que tem é que se ter em conta que algo desta suposta envergadura terá obrigatoriamente que ser muito bem orçamentado/financiado. Segundo o que li no JN, já se fala em 10 mil milhões ao longo de 10 anos, repartido entre umas 1200 empresas. E quanto é que a Cisco e as empresas que pretendem instalar-se já investiram? Bupkiss.. nicles. Corre-se o risco de ser mais uma 'feira de mão-de-obra' financiada pelo estado, em que a Cisco vem vender os seus sistemas e mal haja algum indício que o preço da mão-de-obra pode subir, as empresas se comecem a deslocalizar. Qimonda, anyone?

É que é tudo mt bonito, ainda hoje esteve o socrates a dizer que a Sharan é um carro português e tal.. mas a divisão dos lucros só passa indirectamente por a mão-de-obra qualificada gastar algum enquanto cá trabalha. O grosso vai para as sedes que não estão cá sediadas.

Isto é realmente verdade, mas a alternativa de não investir em projectos como estes parece-me uma ideia pior ainda. :)

O investimento estrangeiro até pode ser baixo nestes casos, mas tudo o que seja animar a debil economia portuguesa (nem que seja dinamizar a imagem externa para atrair futuros investimentos maiores), parece-me boa politica.
 
. mas a divisão dos lucros só passa indirectamente por a mão-de-obra qualificada gastar algum enquanto cá trabalha. O grosso vai para as sedes que não estão cá sediadas.
É claro que os lucros vão para fora do país porque nós não temos nem escala nem know-how suficiente para criar empresas equivalentes à Cisco e afins. QUerias o quê? QUe viessem cá investir e depois deixassem cá o dinheiro para nos o gastarmos? A ser implementado (e é um grande se...) é benéfico pois há tranferência de tecnologia, desenvolvimento de recursos humanos em áreas knowledge-based que, mesmo que/quando venham a ir embora, podem ser sempre utilizadas por outras empresas que lhes tenham prestado serviços ou mesmo pelo RH que cá ficam. Mais directamente, tem vantagem em fixar mão-de-obra portuguesa qualificada (que está agora a ir para o estrangeiro devido ao marasmo português), impostos pagos, fixação de outras empresas em áreas conexas, eventuais ligações a universidade com a partilha e transfeR~encia de conhecimento, etc. O portuguÊs tem muita mania de apenas olhar para o lado negativo das coisas. Até parece que só fica bem quando tudo está na merd@ com toda a gente no desempreço. Presos por ter cão e por não ter.
 
Isto é realmente verdade, mas a alternativa de não investir em projectos como estes parece-me uma ideia pior ainda. :)

O investimento estrangeiro até pode ser baixo nestes casos, mas tudo o que seja animar a debil economia portuguesa (nem que seja dinamizar a imagem externa para atrair futuros investimentos maiores), parece-me boa politica.

Claro. Aliás, tudo o investimento que permita mudar o nosso paradigma de desenvolvimento económico, principalmente em regiões deprimidas com oé o caso de paredes, é bem vindo.
 
Nem todo o investimento muda o paradigma. Basta dizer que isto é um projecto ligeiramente megalómano (temos um 'brilhante track-record nesses) e que a Cisco e parceiros ainda não meteu um cêntimo, até pelo contrário (segundo o JN).

Que não temos know-how, pode ser bem verdade.. mas também não vejo nenhuma distância gigantesca na qualidade da investigação que se faz nos países nórdicos e aqui. A questão é a implementação. Basta ver a AutoEuropa e a falecida Qimonda, pra perceber que conseguimos criar mão-de-obra qualificada, se nos motivarmos. A questão é não sermos explorados.. Na Eslováquia por enquanto não se importam muito e nota-se que deram bem o salto, com a samsung, opel/chevrolet a apostarem fortemente. De cá, fogem a pés juntos.. a verdade é que pelo menos desde 97 que a europa de leste tem tido muito mais vontade e capacidade pra se sujeitar às multinacionais. E nós devíamos fazer a escalada do meio-termo, tanto porque já passamos por isso com os apoios europeus que estão a acabar (daí não estar a ver o financiamento pra Paredes), como pra estancar a saída das brilhantes mentes investigadoras que temos, que são os únicos capazes de sustentar o desenvolvimento de alguns projectos coerentes, caso surjam verdadeiros empreendedores, e não a 'velha' guarda de empresários acomodados (a cortar salários) que temos. Ainda ontem vi na sic notícias que um gajo arranjou 3 milhões pra construir um fazedor de velas a partir de óleo vegetal. E há bem pouco tempo gastou-se bem mais num protótipo de análises sanguíneas caseiro num aparelho no formato de leitor de cds, que planeiam vender por 300€. Projectos práticos de consumo (pref. frequente), levados até ao final, é que precisamos. Não é só mão-de-obra desqualificada e serviços. Ndrives e outros não chegam.. Ou então nunca teremos uma única marca que poderemos chamar nossa.
 
Nem todo o investimento muda o paradigma. Basta dizer que isto é um projecto ligeiramente megalómano (temos um 'brilhante track-record nesses) e que a Cisco e parceiros ainda não meteu um cêntimo, até pelo contrário (segundo o JN).

Que não temos know-how, pode ser bem verdade.. mas também não vejo nenhuma distância gigantesca na qualidade da investigação que se faz nos países nórdicos e aqui. A questão é a implementação. Basta ver a AutoEuropa e a falecida Qimonda, pra perceber que conseguimos criar mão-de-obra qualificada, se nos motivarmos. A questão é não sermos explorados.. Na Eslováquia por enquanto não se importam muito e nota-se que deram bem o salto, com a samsung, opel/chevrolet a apostarem fortemente. De cá, fogem a pés juntos.. a verdade é que pelo menos desde 97 que a europa de leste tem tido muito mais vontade e capacidade pra se sujeitar às multinacionais. E nós devíamos fazer a escalada do meio-termo, tanto porque já passamos por isso com os apoios europeus que estão a acabar (daí não estar a ver o financiamento pra Paredes), como pra estancar a saída das brilhantes mentes investigadoras que temos, que são os únicos capazes de sustentar o desenvolvimento de alguns projectos coerentes, caso surjam verdadeiros empreendedores, e não a 'velha' guarda de empresários acomodados (a cortar salários) que temos. Ainda ontem vi na sic notícias que um gajo arranjou 3 milhões pra construir um fazedor de velas a partir de óleo vegetal. E há bem pouco tempo gastou-se bem mais num protótipo de análises sanguíneas caseiro num aparelho no formato de leitor de cds, que planeiam vender por 300€. Projectos práticos de consumo (pref. frequente), levados até ao final, é que precisamos. Não é só mão-de-obra desqualificada e serviços. Ndrives e outros não chegam.. Ou então nunca teremos uma única marca que poderemos chamar nossa.
COncordo com tudo o que dizes. No entanto, caso a Cisco e afins resolva vir para Portugal pode ser uma forma de incentivar novas empresas em áreas de ponta onde os empresários portugueses tradicionais normalmente não investem. Isso permitirá um acesso mais fácil dos nossos investigadores e dos nossos jovens de ter acesso a grandes multinacionais que podem vender os seus produtos ou ajudar no desenvolvimento dos mesmos, caso se apercebam que os portugueses têm tanta ou mais capacidade de fazer aquilo que os outros fazem. Por isso, caso a cisco venha com benefícios fiscais fantásticos (em linha com o que se faz por essa europa fora), que venha. Julgo que os benefícios superam os eventuais custos associados. Para além disso, se não vier para POrtugal vai para qualquer outro país europeu, pelo que prefiro que vanha para cá que sempre ajuda a fixar os nossos jovens mais do que preparados para fazer o que os outros fazem. Já agora, o movimento de fuga das multinacionais de Portugal para os países de Leste prende-se, acima de tudo, com as diferenças salariais. É que com um engenheiro na Eslovénia a receber metade ou 1/3 do que um português recebe, não há produtividades que nos valham (passem isso para mão-de-obra menos especializada em que a diferença ainda é maior...). Soma-se a isso algumas diferenças ao nível do custos dos restantes factores (energia, electricidade, etc.) e estamos metidos numa alhada.
 
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