Não vejo o problema dos jogos serem outsourced, desde que venham com qualidade por ex. o God of War tá com MetaCritic de 91 e que me recorde não me lembro de o ver nos top's embora tenha chegado a estatudo de platinum... embora nem tudo possa ser atribuido a pirataria ela tem a sua cota parte de culpa.
Arrisco-me a ser polémico no que vou dizer (e há uma boa razão para nunca o ter ido dizer à thread dele ^^') mas... Não acho o God of War da PSP um bom exemplo de como um jogo portátil deve ser feito. Sim, é para os lados de um GoW numa consola portátil, que foi o que eles prometeram, mas não tão bom e não tem a mesma ambição, a ambição dele é ser o mais perto possivel de um GoW na PSP, isso e apenas isso, e como tal acaba por saber a oco... E muito mais curto. Mais que uma versão portátil de God of War é uma versão que faz compromissos para tentar ser como os seus congeneres em consolas caseiras mas que em ultima análise falha em sê-lo. (coisa que por exemplo, o Monster Hunter que tu referiste não falha, excepto talvez em trazer o modo online)
Porque é que falha? porque é uma experiencia menos refinada que em ultima análise prova porque é que a PS2 era uma melhor plataforma para ele... E no entanto foi feito de raiz para a PSP, com o erro de apenas querer recriar aquilo que há partida já estava bem mais afinado noutro sitio. Uma das razões é, sem duvida, ter sido outsourced, outra... é a própria premissa do projecto. Se resulta pior o mesmo genero... porque não variar um bocadinho a formula?
Sem contar que essa média do metacritic é bem inferior à cotação dos caseiros e já lhe estão a dar o desconto de "oh, é só um jogo de uma consola portátil" gostava de ver se lançassem esse GoW na PS2 e com 4 horas de jogo/como está. Arrisco-me a dizer que mais de 8.0 pelo jogo em questão era muito.
Então o que é um boa abordagem a um franchise estabalecido na conversão para uma portátil? um dos melhores exemplos de todos que posso dar seria o Zelda: Link's Awakening... de 1993. Anos e anos depois, com a re-edição do jogo para o GB color, podias vir do Ocarina of Time (pós-passagem para 3D) e encontrar ali um jogo feito de raiz numa consola de 8 bits mas que em escala rivalizava e surpreendia, ganhando o direito de ser um Zelda, e arrisco-me a dizer... não inferior ao Ocarina of Time, o que, se alguma coisa, prova que o medium é uma coisa totalmente secundária, quando bem entendido. Os outros Zeldas portáteis continuaram a fazer as coisas de forma diferente dos caseiros, mas esse é sem duvida um exemplo de topo de como as coisas devem ser feitas. Outro exemplo é o Monster Hunter Freedom 2 que já referimos acima, outro é o Dragon Quest IX que aí vem e o facto como os tipos pegaram na série depois da PS2 e foram expandi-lo em todas as direcções possiveis e imaginárias para uma consola bem mais fraca. (online quests/DLC, primeira revisão de classes em muitos anos, sistema de batalha modificado/evoluido quando não era mexido há muitos anos, etc) quando isso acontece numa consola portátil, e quando não é esse a tendencia actual do mercado... Há muita ambição por detrás... Muito mais do que simplesmente tentar recriar a experiencia de um franchise caseiro como o conhecemos numa consola portátil... e enquanto projecto outsourced. Que é um erro que os dois fabricantes já cometeram, atenção, assim exemplos flagrantes... o God of War: Chains of the Olympus numa e o Metroid Prime Hunters noutra. (sim, meto o Metroid Prime bastardo e outsourced na mesma linha do God of War bastardo e outsourced)
Ponto que pretendo passar... o ponto real de fazer um jogo para uma plataforma portátil não é encolher o outro até caber sofra o que sofrer, não é dar um cheirinho e fazer um jogo mais curto porque "é portátil, só o facto de isto existir já gozam" e 30 por uma linha... O ponto real é fazer algo tão bom, ou com qualidades que o suportem ao face à versão caseira. Não é fazer um jogo inferior ou um jogo que se tem de desculpar por estar no hardware em que está, é fazer exactamente o contrario, um jogo que se pode orgulhar de estar onde está e como está, e há várias formas de fazer isso; embora às vezes seja admitidamente dificil de ver como.
Também há bons exemplos de adaptações/abordagens da SCE... nomeadamente aquela adaptação algo livre Ape Escape para a PSP... O Ape Quest (RPG) que trás alguma frescura à coisa sem ter de ir de ser comparado em mecanica/controlos ao Ape Escape 3 da PS2... porque se tivesse... coitadinho.