É fácil! Tens de pensar que uma fotografia é sempre resultado da conjugação de três factores: Velocidade de obturação, abertura do diafragma e sensibilidade, sendo que este último item no caso das digitais se reflecte em valores de ISO.
Quando estás a fotografar, usas sempre um meter para medir qual a exposição correcta, que te é definida sempre com três valores, correspondentes aos três factores supra mencionados. No caso de fotografia nocturna, se estiveres com um valor de ISO baixo (baixa sensibilidade do sensor à luz), será preciso compensar com tempos de obturação mais altos (velocidade baixa) e o diafragma mais aberto, porque num cenário destes existe muito menos luz que numa situação diurna.
Como geralmente, as velocidades mais lentas a que o ser humano consegue fotografar com alguma nitidez estão a volta dos 1/60 de segundo, e existem limitações ao nível das aberturas máximas das lentes (isto sem esquecer que a profundidade de campo também entra em jogo), a solução mais comum é subir a sensibilidade (ISO) de modo a atingir velocidades de disparo que nos permitam resultados nítidos, que em conjunto com um dado valor de abertura, nos permitam ter a exposição correcta.
O preço a pagar por aumentar a sensibilidade é o deterioramento da qualidade de imagem, mas não se pode ter tudo. O valor de ISO mais baixo que te tiveres na tua máquina, exceptuando os valores Low, será sempre a sensibilidade aonde conseguirás melhores resultados em termos de qualidade de imagem.
Apesar de tudo, no digital já se conseguem resultados muito melhores com ISOs elevados do que se conseguia no filme (que neste caso são conhecidos por ASA), de qualquer das maneiras, não se fazem milagres. Bons nocturnos, na generalidade das situações, conseguem-se com o auxílio de um tripé!