Porquê o Linux?

um pouco, nada de muito profundo.
Mas quando preciso de uma ferramenta mais XPTO, deparo-me sempre com a mediocridade de IDEs (e não editores) e ferramentas visuais para manipulamento de base de dados

A nível de IDEs, não considero NetBeans ou Eclipse medíocres. Quanto às ferramentas visuais para BDs, não ando muito por dentro do assunto, mas penso que o MySQL ou o PostgreSQL já têm alguma coisa de jeito.
 
A meu ver nenhum está ao nível do Visual Studio nem pouco mais ou menos. O problema do Visual Studio, na minha opinião, é que ajuda demais. Faz muita coisa por ti e nem sabes bem o que está a acontecer, o que é mau (profissionalmente).

Geralmente até prefiro codificar tudo manualmente, porque gosto de ter controlo. Especialmente na gestão de datasets até me arrepia que o gajo faça a gestão toda sozinho...

Isso acaba por ser um bocado o que encontras no universo linux em geral. No windows normalmente tens interfaces muito bonitinho mas muitas vezes as camadas inferiores estão vedadas. No linux a parte da interface muitas vezes fica em segundo plano, mas ganhas muito poder ao poder mexer em tudo manualmente e és encorajado a isso.
 
Isso acaba por ser um bocado o que encontras no universo linux em geral. No windows normalmente tens interfaces muito bonitinho mas muitas vezes as camadas inferiores estão vedadas. No linux a parte da interface muitas vezes fica em segundo plano, mas ganhas muito poder ao poder mexer em tudo manualmente e és encorajado a isso.

Acho um resumo interessante da filosofia linux. O que explica os dois sentimentos mais comuns em linux: adorar ou detestar. Ou se detesta porque o interface é fraco e limitado e para fazer alterações a sério tens que ir à consola ou ao ficheiro de configuração, ou se adora, porque uma vez que abras o capot, tens tudo ao teu dispor.
 
Acho um resumo interessante da filosofia linux. O que explica os dois sentimentos mais comuns em linux: adorar ou detestar. Ou se detesta porque o interface é fraco e limitado e para fazer alterações a sério tens que ir à consola ou ao ficheiro de configuração, ou se adora, porque uma vez que abras o capot, tens tudo ao teu dispor.

Há que distinguir claramente duas situações. Uso profissional e não-profissional. Para um profissional, saber o que está por baixo do capot, se estivermos a falar de nível relativamente baixo, é perda de tempo (a não ser que estejas a falar de aplicações extremamente exigentes em termos de performance), e tempo é algo que não existe em fartura.

Como hobby, pode ser engraçado andar a alterar o ficheiro de configuração, mas no mundo tenho pouco tempo para brincar. Quero que as coisas funcionem e rápido. E em Windows apesar de todas as ajudas, pode fazer o SQL todo à mão se quiseres...
 
Isso acaba por ser um bocado o que encontras no universo linux em geral. No windows normalmente tens interfaces muito bonitinho mas muitas vezes as camadas inferiores estão vedadas. No linux a parte da interface muitas vezes fica em segundo plano, mas ganhas muito poder ao poder mexer em tudo manualmente e és encorajado a isso.
Mas repara, a maior parte do tempo, apenas quero "ter as coisas feitas". A perfeição é consumidora de tempo.
Se a coisa fica mais lenta, compra-se mais Mem. ou CPU's (em ultimo caso segue-se para cluster). No meu caso, na maior parte do tempo não quero nem preciso de saber o que se passa nas catacumbas do SO ou da App.. Apenas espero que faça o trabalho que lhe peço, sem andar a perder tempo em tweakings e a ultra-configurar coisas que deviam ser simples.

Acho um resumo interessante da filosofia linux. O que explica os dois sentimentos mais comuns em linux: adorar ou detestar. Ou se detesta porque o interface é fraco e limitado e para fazer alterações a sério tens que ir à consola ou ao ficheiro de configuração, ou se adora, porque uma vez que abras o capot, tens tudo ao teu dispor.
E o meio termo, por onde anda? A mim parece-me que foi esquecido.
O que vejo por mim é que não posso/quero mudar radicalmente os meus hábitos e métodos de trabalho e por falta de ferramentas fáceis de usar e facilitadoras de dar o salto, ainda me sinto preso a tecnologias proprietárias.

Por exemplo, no caso do PostgreSQL, eu sei que é um SGBD fantástico, muito melhor do que o que anda por aí (iykwim), mas sem um bom suporte de uma ferramenta visual, a manipulação deste SGBD (ou de qualquer outro) torna-se penosa, dolorosa e consumidora de tempo útil. Imaginem o que seria fazer a gestão de uma BD com +-1000 tabelas (ou criar uma bd desta dimensão) com apenas o PGAdmin. :wow:
A falta de ferramentas out-of-the-box, pelo menos no meu caso pessoal (des. software), não me permite largar outros SGBDs e SO proprietários.

resumindo: tempo=€€

edit:
@awake: concordo plenamente com o que disseste
 
Última edição:
Mas repara, a maior parte do tempo, apenas quero "ter as coisas feitas". A perfeição é consumidora de tempo.
Se a coisa fica mais lenta, compra-se mais Mem. ou CPU's (em ultimo caso segue-se para cluster). No meu caso, na maior parte do tempo não quero nem preciso de saber o que se passa nas catacumbas do SO ou da App.. Apenas espero que faça o trabalho que lhe peço, sem andar a perder tempo em tweakings e a ultra-configurar coisas que deviam ser simples.


E o meio termo, por onde anda? A mim parece-me que foi esquecido.
O que vejo por mim é que não posso/quero mudar radicalmente os meus hábitos e métodos de trabalho e por falta de ferramentas fáceis de usar e facilitadoras de dar o salto, ainda me sinto preso a tecnologias proprietárias.

Por exemplo, no caso do PostgreSQL, eu sei que é um SGBD fantástico, muito melhor do que o que anda por aí (iykwim), mas sem um bom suporte de uma ferramenta visual, a manipulação deste SGBD (ou de qualquer outro) torna-se penosa, dolorosa e consumidora de tempo útil. Imaginem o que seria fazer a gestão de uma BD com +-1000 tabelas (ou criar uma bd desta dimensão) com apenas o PGAdmin. :wow:
A falta de ferramentas out-of-the-box, pelo menos no meu caso pessoal (des. software), não me permite largar outros SGBDs e SO proprietários.

resumindo: tempo=€€


Se reparares bem, esse meio termo acaba por ser até onde vai o linux. Não és obrigado a saber mexer nas catacumbas para a maior parte das coisas. Elas estão lá, se precisares podes usar, se quiseres não usas. Não tens é também o outro extremo que encontras com facilidade coisas que fazem quase tudo por ti (para algumas coisas encontras, para programação por exemplo não).
No teu exemplo de bases de dados, eu pessoalmente não consigo conceber a ideia de usar algum tipo de interface gráfica para bases de dados dessa complexidade. Qualquer tipo de representação gráfica de um esquema que inclua 1000 tabelas é demasiado confuso para ser usado. Bases de dados é o tipo de ambiente onde sou muito mais produtivo se for para as catacumbas da linha de comandos.
 
É óbvio que não vou incluir num esquema 1000 tabelas. Mas já o fiz, por curiosidade (e ficou 10min a estabelecer os relacionamentos todos:-D).
Mas no caso de teres que modificar um módulo de uma aplicação (supondo que esta tem vários módulos integrados uns com os outros), consegues facilmente adicionar 30/40 tabelas a um diagrama e fazer-lhes tudo o que precisas, seja editar a estrutura, definir constraints, definir relacionamentos, etc, etc.
Isto já para não falar do tempo que poupas em código batido e em não teres de saber os nomes das tabelas e dos campos de cór. Parece que não, mas o ganho a nível de tempo, é bastante e a tua assimilação de como funciona a aplicação/BD é mais rápida e mais fácil. Pelo menos, eu sou assim ;)

Já agora, aqui para o noob de linux, que sabor de linux e que ferramentas imprescindíveis me aconselhariam, como desenvolvedor de software?

edit:
por exemplo, uma boa ferramenta para linux é o midnight manager: Editor texto fantástico (tem code coloring e tudo), manipulação de ficheiros 5*****. Faltam mais coisinhas destas ;) Tiram-me o MM e sou um gajo desgraçado :D
 
Última edição:
porque tenho amor ao dinheiro...

Para que gastar dinheiro em S.O. mais Office mais anti-virus , quando se pode ter td de graça ?

sei que o motivo é invalido porque muita gente faz pirataria,mas para que fazer fazer quando se tai alternativas boas? eu só faço pirataria de coisas sem alternativa...

a relação Qualidade/Preço é muito melhor :P em relação ao Window's e MAC.
e sempre se aprende algo diferente
 
Awake, estava a falar para o Armadillo. Neste ponto por acaso até estou de acordo contigo.


A que IDEs (e para que linguagens) te estás a referir?
És a primeira pessoa que conheço que critica o Linux na área das facilidades oferecidas a programadores..

Eu já o referi. E considero o Visual Studio um IDE de topo, infelizmente em Linux não há nada que se assemelhe. Em Mac, bem temos o XCode, que tem algumas vantagens mas falta-lhe uma ou outra coisa que considero excelente (incluido o IntelliSense). Por exemplo, programar em C++ em Linux, ainda não encontrei nada tão bom como o VS. Gosto muito mais de IDE's, onde tenho os ficheiros todo agrupados, onde posso com dois cliques ir até à função que preciso, onde tenho a IntelliSense que me permite saber o nome do método que quero chamar sem ter de ir à classe ver, etc, etc. É certo que o Eclipse permite isso, mas Eclipse, na minha opinião, para Java sim, mas para C/C++ não. Mas em Linux ainda consegue ser a melhor opção. Dentro dos editores, gosto especialmente do Kate, mas é a tal coisa, não tem as funcionalidades de um IDE.

um pouco, nada de muito profundo.
Mas quando preciso de uma ferramenta mais XPTO, deparo-me sempre com a mediocridade de IDEs (e não editores) e ferramentas visuais para manipulamento de base de dados

A minha especialidade não é bases de dados, mas por acaso tinha a ideia contrária. Talvez por não ser bem a minha área actualmente.

porque tenho amor ao dinheiro...

Para que gastar dinheiro em S.O. mais Office mais anti-virus , quando se pode ter td de graça ?

sei que o motivo é invalido porque muita gente faz pirataria,mas para que fazer fazer quando se tai alternativas boas? eu só faço pirataria de coisas sem alternativa...

a relação Qualidade/Preço é muito melhor :P em relação ao Window's e MAC.
e sempre se aprende algo diferente

Se lesses estes últimos posts tinhas a tua resposta. Para mim torna-se quase indispensável usar Windows, por exemplo. E depois, prefiro dar o dinheiro que dei por um Mac do que usar Linux, mas isso são opiniões, e respeito a tua.
 
Comecei a usar o Ubuntu há menos de um mês e estou bastante satisfeito.
1º Ao contrário daquilo que sempre ouvi é bastante user-friedly. O interface gráfico é fácil de usar para quem acaba de migrar do Windows

2º A instalação de software e hardware é bem mais simples. Fiquei alegremente surpreendido quando liguei a impressora pela primeira vez e o SO me diz imediatamente que está pronto a imprimir

3º Sinto que tenho mais controlo sobre o PC. Quando uso o Windows sinto que passo a vida a a tentar impedi-lo de fazer coisas que não quero que ele faça. Mesmo com o controlo débil que tenho sobre o Ubuntu, sinto que tenho acesso a uma camada mais profunda do SO, que está bem escondida por trás do interface do Windows.

4º Ainda não parei de descobrir coisas para fazer. O Windows já se tinha tornado demasiado familiar e no Ubuntu tenho muito mais para explorar

5º É levezinho para o PC e para a carteira

6º Não sei muito de programação mas sou um adepto da filosofia de software livre

Ainda estou dependente do Windows para alguns programas que tenho mesmo de usar, mas cada vez que entro já só me apetece voltar ao ubuntu
 
onde tenho a IntelliSense que me permite saber o nome do método que quero chamar sem ter de ir à classe ver, etc, etc. É certo que o Eclipse permite isso, mas Eclipse, na minha opinião, para Java sim, mas para C/C++ não.

Para C++ já experimentaste o KDevelop? Se bem me lembro, a última vez que trabalhei com ele já tinha o IntelliSense. Tens também o anjuta para o Gnome que é parecido ao KDevelop. Ambos têm também um form designer incluido. Estes são só dois exemplos, mas há mais editores e IDE's para Linux com algumas das caracteristicas que precisas.

A meu ver, o problema é que nos habituamos a uma determinada ferramenta ou determinada "mariquice" (atenção às aspas e não, não sou daqueles que usa o emacs para programar) e depois já não queremos outra coisa.

Miguel
 
De vez em quando tenho de criar código em C para trabalhos da universidade e o "Code::Blocks" foi a IDE mais simples e visualmente apelativa que encontrei para trabalhar em Linux.

http://www.codeblocks.org/

Muito boa mesmo, recomendo para o pessoal que precisa de uma ferramenta simples para entregar trabalhos.

:)
 
Boas...
Já andei numa de gentoo, depois ubuntu e agora fedora...

As vantagens são muitas.... Mas a que eu mais gosto é o nível de adaptação do ambiente ao utilizador. No Windows tens de te habituar aos ambiente, aqui o ambiente adapta-se ao teu gosto...

Para trabalhar uso vim para quase tudo ..... uso eclipse para php e outras coisas e Netbeans para java....

Para quem não tem ideia daquilo que se pode fazer com o vim, aqui fica uma ideia....
 
Vim não é aquele editor que tens de decorar não sei quantos comandos marados?

Não.... isso é emacs.... lol
Só usas o comandos se quiseres. O gvim facilita o processo para quem não está a vontade... Mas os "comandos" são uma vantagem....

PS.
Mais logo meto ai o .vimrc....
 
Comecei a utilizar Linux por mera curiosidade, com o RH 6.1. Na altura, achei que era demasiado difícil e pouco funcional (não tinha som, a placa gráfica estava subaproveitada). Como era apenas um puto, e queria mais jogar que outra coisa, desisti por algum tempo do Linux. Isto no longínquo ano de 1999.

Peguei novamente no Linux, desta feita com o Slackware 8.0. A sua filosofia KISS dificultou bastante as coisas no meu caso. Hoje em dia é um princípio que aprecio bastante, que confere bastante transparência ao sistema, o que útil na hora de resolver algum problema. Lembro-me claramente das peripécias (e do ridículo) que foi digitar comandos DOS numa prompt bash, desesperadamente em busca de algum local onde me agarrar e começar a construir alguma base de conhecimentos. A minha experiência anterior em DOS e W9x de pouco me servia, num sistema cujos princípios eram radicalmente diferentes. O acesso à internet em ambiente Linux era-me impossível através de um winmodem, na altura (sabia lá como o configurar! :P)

Aprendi, através de noites muito mal dormidas e mantendo um sistema dual-boot que me permitia consultar a internet em busca de respostas. Posso dizer que o google (tal como em muitos casos aqui presentes) foi o meu mestre no que diz respeito a Linux e Unix em geral. Tenho as partizanzices do costume (vi/m forever, hell yeah!) apesar de ser flexível (uso o emacs quando tem de ser!).

Depois do Slackware (ao qual me afeiçoei muito), passei pelo Debian durante o resto da minha vivência *nix (experimentando outros pelo caminho). Hoje em dia mantenho o Ubuntu e o Slackware em convivência pacífica com o Windows XP MCE. Virtualizo alguns (tais como o Arch Linux, que me voltou a ensinar uma lição de simplicidade no que toca a sistemas operativos), e mantenho alguma animosidade relativamente a tudo quanto é Mac OS X (simpatizo com os anteriores, coitados :P).

A história do habitual, portanto :x2:
 
Porque... é melhor? ( ou não :/ )

Uso Linux já à uns anitos e tem sido só vantagens.
Felizmente possuo um MAC que server para substituir o windows perfeitamente e eu adoro-o e admiro-o visto que ao contrário do windows corre num kernel de linux o que me dá muito geito.
Visto que eu trabalho muitas vezes com servers ( quando n tou nas aulas ) que ou estão em debian ou em solaris preciso muito da "shell" que todos os linuxes têm para fazer todas as conecções.
No meu portátil, que originalmente trazia o windows vista agora uso o BackTrack :P ( porque será? ) que me dá muito geito no dia a dia xD
E acabo com a tradicional: "Linux for Human Beeings!"


PS 1º Post :D. Nem tratei do avantar nem nada... preguiça :P
 
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