Opinião Preconceito sobre os videojogos na sociedade/no agregado familiar

Não havia sequer uma única questão que considerasse as possibilidades positivas de jogar online com amigos (principalmente até em tempo de pandemia), ou da internet, era praticamente tudo a alertar para o bicho papão.
As questões são descabidas quando retiradas do seu contexto pedagógico. Pode-se estar a tentar incutir um comportamento ou a avaliar a prevalência do mesmo, numa turma. E os destinatários do resultado dessa avaliação podem nem ser as crianças, mas os encarregados de educação, com vista a um reforço da sua vigilância (como na última tira).
 
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Questões incluídas num questionário para a disciplina de TIC do 5° ano de escolaridade. Nota-se a "isenção" (ou falta da mesma), bem como um certo preconceito com que abordam o tema dos videojogos.

De alguma forma em vez de ensinarem e passarem a mensagem de que os videojogos podem ser conciliados com uma vida social saudável não só para a criança como para qualquer pessoa, não, implica-se que estar com amigos é uma atividade antagónica de passar algum tempo a jogar, como se as crianças não pudessem estabelecer ligações afetivas e amizades brincando e jogando online também??

Não havia sequer uma única questão que considerasse as possibilidades positivas de jogar online com amigos (principalmente até em tempo de pandemia), ou da internet, era praticamente tudo a alertar para o bicho papão. Em parte é compreensível porque é dirigido a crianças e é necessário alertar para os diversos perigos existente na internet, mas parece que se faz isso incorrendo em preconceito e ideias feitas sobre jogos online.
Isso serve de alerta para as crianças. Eu hoje em dia sempre que vejo uma criança tem sempre ou um tablet na mão ou um smartphone na mão e não estão a falar com ninguém, estão a jogar. Claro que têm direito a jogar, mas também há que impor limites às crianças.
 
Nunca tive problemas com os meu pais quanto ao gosto que sempre tive pelos jogos. Para isso também ajudou o facto de sempre ter tido um percurso regular, normal, na vida. Apesar de ser calmo e introvertido, sempre pratiquei desporto, e sempre me integrei bem nos ambientes por onde vou passando. Ainda assim identifico-me com muito do que já foi dito por aqui.

Sou professor de EF e das poucas vezes que o tema dos jogos veio à baila em conversas informais com colegas, e eu casualmente mencionei que até jogava, foi visível o julgamento instantâneo. LOL

Não sei se é pelo contrassenso de ser professor de EF e ao mesmo tempo gostar de estar sentado a jogar, mas acho sinceramente que não. Acho que é simplesmente um preconceito generalizado.

Não é que agora procure fugir do assunto ativamente, mas a verdade é que esses olhares "julgamentais" existem, e quase prefiro não dar a minha opinião quando o assunto surge.

No entanto, é evidente que como tudo o que se pode tornar um vício, tem também os seus riscos, principalmente se não for controlado em idade jovens. É aqui que se começa muitas vezes a desenvolver tipos de personalidades "desajustadas" sobretudo em termos sociais. Até sou da opinião que as redes sociais são muito mais responsáveis por esse tipo de inadequação social, mas não é por sermos fãs de videojogos que devemos fechar o olho ao que podem trazer de negativo também.

Já agora, relativamente aos documentos aqui postados da seguranet e afins, relembro que muitas vezes são apontados a idades mais jovens, de pré-adolescência, e pedagogicamente nessas faixas etárias a hipérbole e o exagero são das formas mais eficazes de se ensinar algo.
 
Olá malta, gostava da vossa ajuda num tema (não sei se é o tópico mais indicado, caso não seja, peço a moderador para o colocar no tópico mais indicado), a minha irmã hoje teve uma conversa comigo sobre o mal que os jogos fazem mal às pessoas, eu referi que isso depende, pessoas que jogam o gta e depois matam as pessoas, não é culpa do jogo, mas sim da pessoa que já tem problemas, eu sempre joguei gta e nunca me deu sequer vontade e matar alguém, mas ela depois refere que os especialistas dizem isso e eles é sabem, eu referi que existem muitos especialistas que estão errados, que falam unicamente para aparecer nos jornais e assim com temas controversos, será que alguém tem exemplos de especialistas que conseguem referir que os jogos não é o problema, ou que não devemos generalizar?

Obrigado
 
Olá malta, gostava da vossa ajuda num tema (não sei se é o tópico mais indicado, caso não seja, peço a moderador para o colocar no tópico mais indicado), a minha irmã hoje teve uma conversa comigo sobre o mal que os jogos fazem mal às pessoas, eu referi que isso depende, pessoas que jogam o gta e depois matam as pessoas, não é culpa do jogo, mas sim da pessoa que já tem problemas, eu sempre joguei gta e nunca me deu sequer vontade e matar alguém, mas ela depois refere que os especialistas dizem isso e eles é sabem, eu referi que existem muitos especialistas que estão errados, que falam unicamente para aparecer nos jornais e assim com temas controversos, será que alguém tem exemplos de especialistas que conseguem referir que os jogos não é o problema, ou que não devemos generalizar?

Obrigado
Tudo faz mal se for em excesso e principalmente se as pessoas tiverem problemas mentais.
Pela lógica da tua irmã religião faz mal, namoro/casamento faz mal, ver filmes faz mal, ser fã de artistas faz mal. Desde que se procure há sempre alguém que cometeu crimes pelas mais diversas razões. Nos jogos existe sempre essa tendência de os querer culpar mais que noutros temas. Acho que este fórum tem bastantes jogadores assíduos mas ainda nenhum se tornou criminoso.
 
Tudo faz mal se for em excesso e principalmente se as pessoas tiverem problemas mentais.
Pela lógica da tua irmã religião faz mal, namoro/casamento faz mal, ver filmes faz mal, ser fã de artistas faz mal. Desde que se procure há sempre alguém que cometeu crimes pelas mais diversas razões. Nos jogos existe sempre essa tendência de os querer culpar mais que noutros temas. Acho que este fórum tem bastantes jogadores assíduos mas ainda nenhum se tornou criminoso.
Eu referi isso, eu ainda falei que então que os filmes deviam ser banidos porque existem filmes muito violentos, e a resposta dela foi: mas um filme são 2 horas e acaba, um jogo jogas todos os dias, ao ouvir isto faço enorme facepalm e digo: que me impede de ver um filme todos os dias? Ou ver uma serie todos os dias? ou aquelas pessoas que fizeram binge ao squid game?

Quando as pessoas querem condenar jogos e assim pouco há a fazer, eu culpo os "especialistas" que vão ao Goucha falar mal dos mesmos.
 
Eu referi isso, eu ainda falei que então que os filmes deviam ser banidos porque existem filmes muito violentos, e a resposta dela foi: mas um filme são 2 horas e acaba, um jogo jogas todos os dias, ao ouvir isto faço enorme facepalm e digo: que me impede de ver um filme todos os dias? Ou ver uma serie todos os dias? ou aquelas pessoas que fizeram binge ao squid game?

Quando as pessoas querem condenar jogos e assim pouco há a fazer, eu culpo os "especialistas" que vão ao Goucha falar mal dos mesmos.


Eu já desisti, ora aparecem uns a dizer que demasiada exposição torna as pessoas burras, outros violentos, outros que acaba com os relacionamentos, no fundo tudo quer aparecer e mandar uma laracha.

Se forem pessoas que aceitem dialogar ainda perco tempo a tentar explicar, agora se forem casmurras nem tento, é mudar de assunto ou acaba ali a conversa que não tenho pachorra para andar a perder tempo com conversas sem nexo.
 

"O neurocientista aponta que o problema está no tempo que as crianças e jovens passam diante do ecrã, afetando a inteligência das gerações mais novas."

Por caso ela referiu isso tempo do ecrã e a capacidade de raciocínio, ela até diz que é devido às luzes durante a noite que atrofiam as pessoas, e eu ainda lhe disse: então se eu jogar à tarde já não tenho problemas visto que o problema é jogar no escuro :D.

Ela referiu que os especialistas dizem isto e aquilo, eu ainda disse que muitos querem é tempo de antena, e conseguem isso falando de temas controversos, quando um gta é lançado e é falado em todo lado devido aos records de vendas, aparecem uns quantos "especialistas" a condenar os jogos. Enfim.
 
Tópico mais indicado para o tema: https://forum.zwame.pt/threads/prec...os-na-sociedade-no-agregado-familiar.1052975/


Eu vi essa reportagem ontem, e a mensagem por trás é que passar demasiado tempo em frente a um ecrã, unicamente para fins lúdicos, pode ser prejudicial. Se o tempo passado em frente ao ecrã não for unicamente para fins lúdicos, mas também para trabalho ou cultivação pessoal, onde se aprenda alguma coisa, o ecrã já não é tão prejudicial assim. Senso comum.

Pode-se então dizer, que é uma estigmatização da situação, pois se o mesmo acontecer com quem passa horas por exemplo a ver revistas apenas para fins lúdicos, em vez de ler outro tipo de revistas, de carácter científico por exemplo, está a estupidificar-se. Ou quem lê uma BD em vez de um livro "a sério", entre outras 'n' situações equiparáveis.

Não me parece que se esteja a criar uma geração de seres humanos estúpidos ou burros, e que o QI das novas gerações seja em média mais baixo, como afirmou o tal especialista, simplesmente os jovens hoje em dia nascem mais aptos para outras coisas, face aos jovens das gerações anteriores. Se são coisas que podem ser proveitosas para a sua vida ou para a sociedade, ou não, isso já são outros 500. Os nossos avós em miúdos eram prós no pião, e se lhes metessem um tablet nas mãos provavelmente não se entenderiam com aquilo. Hoje é o contrário, apenas isso. Ambas as gerações se divertiam(em) à sua maneira, a diferença acaba por estar só na socialização.

Mesmo assim, depende de caso para caso, e as coisas não são tão lineares assim. O meio socio-económico terá também muito peso, sendo mesmo talvez o que terá mais peso, no desenvolvimento e oportunidades de cada criança e jovem, independentemente do tempo que passam em frente a um ecrã "zombificados".

Sempre houve ao longo da História pessoas inteligentes, e outras menos inteligentes, e não é graças aos ecrãs que as deixarão de existir, até porque os ecrãs já existem há bem mais de meio século, e no entanto a tecnologia evolui para patamares nunca antes imaginados, significando que as novas gerações não estão a ficar tão burras assim.

Concordo no entanto, que o apego das crianças e jovens a um telemóvel ou tablet, pode sim penalizar a sua socialização com outros, já que a interacção física e presencial é diferente da interacção à distância e online, mas isso também é um comportamento que se vê nos adultos hoje em dia. Não obstante, sempre houve também crianças mais introvertidas que outras.

De qualquer das formas, o nosso cérebro é altamente adaptável, especialmente nas idades mais jovens, pelo que muitas das conjecturas me parecem rebuscadas. Pode haver sim um impacto na socialização de uma criança, se a mesma se isolar à frente de um ecrã em vez de conviver com outras, mas o resto é corrigível.
Cabe aos educadores educar correctamente, e estimular as crianças a novas experiências e fornecer-lhes novos métodos de aprendizagem e ferramentas para que as mesmas possam descobrir os seus gostos, podendo vir a influenciar o seu futuro pessoal e profissional.

A premissa até é boa, pegando num tema de relevo actual e de certa forma preocupante, mas no fundo é apenas mais uma "reportagem" sensionalista, rotulando quem passa muito tempo em frente a um ecrã para fins lúdicos de "menos inteligente" e de forma generalista.
 
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Tópico mais indicado para o tema: https://forum.zwame.pt/threads/prec...os-na-sociedade-no-agregado-familiar.1052975/



Eu vi essa reportagem ontem, e a mensagem por trás é que passar demasiado tempo em frente a um ecrã, unicamente para fins lúdicos, pode ser prejudicial. Se o tempo passado em frente ao ecrã não for unicamente para fins lúdicos, mas também para trabalho ou cultivação pessoal, onde se aprenda alguma coisa, o ecrã já não é tão prejudicial assim. Senso comum.

Pode-se então dizer, que é uma estigmatização da situação, pois se o mesmo acontecer com quem passa horas por exemplo a ver revistas apenas para fins lúdicos, em vez de ler outro tipo de revistas, de carácter científico por exemplo, está a estupidificar-se. Ou quem lê uma BD em vez de um livro "a sério", entre outras 'n' situações equiparáveis.

Não me parece que se esteja a criar uma geração de seres humanos estúpidos ou burros, e que o QI das novas gerações seja em média mais baixo, como afirmou o tal especialista, simplesmente os jovens hoje em dia nascem mais aptos para outras coisas, face aos jovens das gerações anteriores. Se são coisas que podem ser proveitosas para a sua vida ou para a sociedade, ou não, isso já são outros 500. Os nossos avós em miúdos eram prós no pião, e se lhes metessem um tablet nas mãos provavelmente não se entenderiam com aquilo. Hoje é o contrário, apenas isso. Ambas as gerações se divertiam(em) à sua maneira, a diferença acaba por estar só na socialização.

Mesmo assim, depende de caso para caso, e as coisas não são tão lineares assim. O meio socio-económico terá também muito peso, sendo mesmo talvez o que terá mais peso, no desenvolvimento e oportunidades de cada criança e jovem, independentemente do tempo que passam em frente a um ecrã "zombificados".

Sempre houve ao longo da História pessoas inteligentes, e outras menos inteligentes, e não é graças aos ecrãs que as deixarão de existir, até porque os ecrãs já existem há bem mais de meio século, e no entanto a tecnologia evolui para patamares nunca antes imaginados, significando que as novas gerações não estão a ficar tão burras assim.

Concordo no entanto, que o apego das crianças e jovens a um telemóvel ou tablet, pode sim penalizar a sua socialização com outros, já que a interacção física e presencial é diferente da interacção à distância e online, mas isso também é um comportamento que se vê nos adultos hoje em dia. Não obstante, sempre houve também crianças mais introvertidas que outras.

De qualquer das formas, o nosso cérebro é altamente adaptável, especialmente nas idades mais jovens, pelo que muitas das conjecturas me parecem rebuscadas. Pode haver sim um impacto na socialização de uma criança, se a mesma se isolar à frente de um ecrã em vez de conviver com outras, mas o resto é corrigível.
Cabe aos educadores educar correctamente, e estimular as crianças a novas experiências e fornecer-lhes novos métodos de aprendizagem e ferramentas para que as mesmas possam descobrir os seus gostos, podendo vir a influenciar o seu futuro pessoal e profissional.

A premissa até é boa, pegando num tema de relevo actual e de certa forma preocupante, mas no fundo é apenas mais uma "reportagem" sensionalista, rotulando quem passa muito tempo em frente a um ecrã para fins lúdicos de "menos inteligente" e de forma generalista.
Concordo com o que disseste, mas o que a minha irmã interpretou (estou a assumir que ela viu essa reportagem, ainda não falei com ela sobre o assunto) que os ecrãs e as luzes não são bons para as pessoas, eu ainda referi que sou programador, e desde cedo sempre estive exposto a ecrãs, serei eu menos inteligente por causa disso? Ela trabalha em HR e está constantemente exposta a um ecrã durante o dia, será que está a ficar "burra" devido a isso?

São temas um pouco controversos, e basta uma reportagem destas para deixar as pessoas com o tal preconceito, e depois é dificil debater com este tipo de pessoas, já tem a ideia enterrada na cabeça, e se não for alguém com um PHD a dizer o contrario, as coisas não entram.

Provavelmente ela fica a pensar nestas coisas porque a filha "passa a vida" a olhar para o tablet, mas apenas vê vídeos do luca neto e afins, que penso não acrescenta nada, não conheço bem o conteúdo, mas penso que não esteja a dizer nenhuma barbaridade.
 
Concordo com o que disseste, mas o que a minha irmã interpretou (estou a assumir que ela viu essa reportagem, ainda não falei com ela sobre o assunto) que os ecrãs e as luzes não são bons para as pessoas, eu ainda referi que sou programador, e desde cedo sempre estive exposto a ecrãs, serei eu menos inteligente por causa disso? Ela trabalha em HR e está constantemente exposta a um ecrã durante o dia, será que está a ficar "burra" devido a isso?

São temas um pouco controversos, e basta uma reportagem destas para deixar as pessoas com o tal preconceito, e depois é dificil debater com este tipo de pessoas, já tem a ideia enterrada na cabeça, e se não for alguém com um PHD a dizer o contrario, as coisas não entram.

Provavelmente ela fica a pensar nestas coisas porque a filha "passa a vida" a olhar para o tablet, mas apenas vê vídeos do luca neto e afins, que penso não acrescenta nada, não conheço bem o conteúdo, mas penso que não esteja a dizer nenhuma barbaridade.
Por jogos e Lucas Neto é completamente despropositado e injusto para os jogos. Tenho uma filha que também passou por essa fase, aquilo não acrescenta nada e em exagero no mínimo faz com que os miúdos ganhem uns tiques na linguagem. Por exemplo estou a jogar o It takes two com a minha filha, e aquilo puxa pela destreza física e mental.
Em miúdos tudo deve ser controlado, e agora existem conteúdos youtube completamente estupidificantes. A tua irmã não deveria confundir a filha andar a ver youtube com o tu jogares.

Em adultos qualquer pessoa é livre de decidir como usa o seu tempo livre, apesar de haver muito adulto que acha que a forma como gasta is seus tempos livres é mais digno ou melhor para o intelecto.
Desde que se tenha responsabilidade, não se gaste dinheiro do orçamento familiar, e a família /trabalho estejam em primeiro ninguém vai virar um desgraçado ou assassino.
Eu na brincadeira disse a minha mulher, ou podia jogar consola ou ir para hobbies mais tradicionais como mulheres e jogo. Escolheu os jogos de consola [emoji57]
 
Nesse dia alguém me recomendou essa reportagem mas como já ando nisto há uns tempos resolvi limitar o meu tempo de ecran e fui antes jogar computador. O ecran é mais pequeno, deve ser melhor.
 
A exposição aos ecrãs não torna pessoas burras, numa era em que a informação está tão acessível às pessoas temos sim tudo para ter acesso a muito melhor informação e mais rápidamente, comparando que eu em miudo tinha que ir para a biblioteca procurar livros da especialidade, ou comprar livros e revistas com os pequenos trocos que tinha. Agora sim, a decisão do conteúdo que as pessoas decidem procurar e tomar o seu tempo, independentemente do ecrã, se ficaram mais burras é com elas.

Em míudos, sim considero que os pais devem orientar um pouco o que os miúdos podem consumir no seu tempo com os equipamentos, e também promoverem mais atividade física, mas infelizmente vejo até muitas vezes o contrário, já que todos os dias vou fazer o meu exercício físico nos parques da cidade e vejo famílias que ambos os pais estão grudados nos telemóveis e os míudos estão nas suas brincadeiras sozinhos na relva. Eu não sou pai, mas a ultima coisa que fazia era perder tempo na porcaria de um telemóvel enquanto podia estar a aproveitar tempo com os meus filhos.

Estes assuntos estão sempre a vir ao de cima de tempos a tempos por pessoas que definitivamente não têm abertura crítica para os debater, como essa reportagem, tal como antes se dizia que crimes violentos eram causados por causa dos jogos, filmes de acção e Dragon Ball...
 
Se não houver um equilíbrio, tudo faz mal. Se eu ficar 12 horas seguidas a jogar, bem é que não há de fazer, mas se ficar a ver televisão o mesmo tempo também de certeza que não faz bem. Andar de bicicleta faz bem, mas fazer como o outro 50 horas de seguida sem dormir a subir a Los Machucos também de certeza que não faz bem. Agora, também acho que há que corrigir certos comportamentos. Evitar por exemplo que os miúdos fiquem ao telemóvel quando está toda a gente na mesa para a refeição. Quanto à violência, é algo que já ouvi muitas vezes e dou sempre o exemplo do filme Taxi Driver, em que um sujeito qualquer começou a perseguir a Jodie Foster, tentou matar o Presidente Reagan e até em Tribunal quando lhe faziam questões, o homem dizia para perguntarem ao Travis (personagem principal do filme), para chegar à conclusão que no limite não se poderia jogar nada, ver nada, ler nada, já que poderia sempre haver alguém negativamente influenciado por um aspeto qualquer, ainda que isso não aconteça a 99.9% das pessoas.
 
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Bom bom é estar há frente da televisão a consumir conteúdo de forma passiva. Isso é que é muito bom para as crianças e adultos.
Preconceitos deste género são cíclicos, quando eu era miúdo a conversa era a mesma com a televisão e a respectiva violência. É sempre assim e sempre será, as pessoas desconfiam do que não conhecem e tomam correlações como causas.

Muitos da minha geração passaram muitas horas a jogar todo o tipo de jogos na sua infância/juventude e desde então a taxa de crimes violentos em Portugal só diminui. Estranho...

Essa conversa dos videojogos promoverem a violência é uma importação americana, onde arranjam estas desculpas em vez de atacar o verdadeiro problema que é a militarização da sociedade, nomeadamente permitirem que armas de até calibre militar circulem livremente.

Agora naturalmente que é como tudo, crianças ou adultos dedicarem todo o tempo livre a uma só actividade acaba em desequilíbrios físicos e/ou mentais, mas isso é transversal.
 
Eu encaro os jogos como uma arte. Tal como considero livros e filmes.

Eu sei que hoje em dia os jogos estão virados para uma componente social (MP) e de dopamina (FOMO, BP's e afins) mas muitos jogos são literalmente arte.

Seja na história, na música, no gameplay ou nas mensagens que transmitem. Temos jogos que são autênticos filmes e alguns um livro digno de se "ler".

Há é que saber que é uma indústria que cresceu imenso e que se tornou predatória como muitas outras e também "educar" quem está mais susceptível a cair neste esquemas.
 
Concordo com o que disseste, mas o que a minha irmã interpretou (estou a assumir que ela viu essa reportagem, ainda não falei com ela sobre o assunto) que os ecrãs e as luzes não são bons para as pessoas, eu ainda referi que sou programador, e desde cedo sempre estive exposto a ecrãs, serei eu menos inteligente por causa disso? Ela trabalha em HR e está constantemente exposta a um ecrã durante o dia, será que está a ficar "burra" devido a isso?

São temas um pouco controversos, e basta uma reportagem destas para deixar as pessoas com o tal preconceito, e depois é dificil debater com este tipo de pessoas, já tem a ideia enterrada na cabeça, e se não for alguém com um PHD a dizer o contrario, as coisas não entram.

Provavelmente ela fica a pensar nestas coisas porque a filha "passa a vida" a olhar para o tablet, mas apenas vê vídeos do luca neto e afins, que penso não acrescenta nada, não conheço bem o conteúdo, mas penso que não esteja a dizer nenhuma barbaridade.
A crítica do tal especialista e da reportagem é mesmo essa, o facto de os ecrãs servirem precisamente cada vez mais apenas para fins lúdicos nas idades mais jovens, quando poderia e deveria ser usado para outras coisas mais proveitosas e para aprendizagem. Aí até concordo e acaba por ser senso comum como disse, mas o problema não é dos ecrãs em si, é do tipo de utilização que é dado aos mesmos e de quem educa (que a propósito, educar é função dos pais, e não dos professores ou dos educadores de infância).

Se os ecrãs são utilizados não só para fins lúdicos mas também para trabalho, estudo ou outro tipo de actividades, mesmo que lúdicas, mas com algum proveito mental, então não vejo qualquer problema, desde que haja equilíbrio na sua utilização.

Tem havido no entanto dois problemas que podem ser atribuídos à utilização excessiva de ecrãs nas idades mais jovens: a possível falta de socialização com outras crianças, que passar várias horas diárias pode acarretar e vir a ter impacto no futuro na interacção com outras pessoas, mas também o já comprovado aumento expressivo de casos de miopia em idades mais jovens, dado os olhos habituarem-se a focar quase exclusivamente ao perto desde cedo.
 
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