Dragon Quest: Journey of the Cursed King é o oitavo jogo da série Dragon Quest. O jogo foi lançado para a PlayStation 2, sendo uma das obras-de-arte da Level-5, que também trabalhou na série Dark Cloud. Yuji Horii supervisionou o projeto, enquanto
Akira Toriyama (criador de
Dragon Ball) voltou a ficar encarregue do design das personagens e inimigos, enquanto Koichi Sugiyama voltou a assumir o papel de compositor da banda sonora.
Este foi um jogo histórico por uma razão muito simples: foi o primeiro título de uma das séries mais icónicas e amadas deste meio a chegar à Europa. No Japão, DQ é A série de RPG, cuja popularidade ultrapassa inclusive a da série Final Fantasy, não se percebendo as reticências da Enix em lançar esta série na Europa, especialmente após o enorme sucesso de Final Fantasy na primeira PlayStation. Apenas com a junção da Squaresoft e da Enix é que a empresa resolveu que era tempo de Dragon Quest chegar ao Velho Continente (os EUA já tinham recebido alguns títulos, sob o nome de Dragon Warrior).
Dragon Quest é a série de RPG japonês mais tradicional que podem encontrar, com tudo o que de bom e menos bom esta expressão representa. Assim, podem contar com combates aleatórios e por turnos, uma curva de dificuldade exigente e uma trama clássica do Bem Vs Mal. E Journey of the Cursed King não é exceção. Mas é também dos jogos mais completos, mais bem executados e mais divertidos que rodou na PS2.
O personagem principal é denominado por Hero, podendo receber o nome que o jogador entender. É o personagem mais versátil do jogo, sendo bom tanto no ataque físico como na magia, podendo usar espadas, lanças e bumerangues. Na sua demanda vai contar com a ajuda de três carismáticas personagens. O Hero é um guarda real de Trodain que viaja com o Rei Trode na busca de Dhoulmagus para o fazer pagar pelos seus crimes, pois o vilão roubou um ceptro mágico e lançou uma maldição sobre Trodain, transformando a princesa Medea num cavalo, o adorado monarca num troll e os restantes membros do palácio em inocentes plantas.
O melhor meio de locomoção de sempre num RPG: um tigre dentes de sabre
Yangus é um bandido reformado que conheceu Hero quando tentou obrigar o Rei Trode a pagar portagem para passar pela "sua" ponte, usando sempre uma linguagem rude e bastante cómica, podendo manejar diversas armas, como martelos e foices. Jessica Albert é uma jovem feiticeira que tem família em Alexandria. Vive numa mansão com a sua mãe e quer vingar a morte de seu irmão Alistair, assassinado por Dhoulmagus, acabando por se reunir ao nosso grupo para conseguir alcançar o seu objetivo de vingança, sendo uma expert no chicote. Angelo é um cavaleiro templário da Abadia de Maella que procura vingança pelo assassinato do Abade Francisco. É um jovem mentiroso, trapaceiro e engatatão, características que o colocam no epicentro do mais variado tipo de problemas.
Dragon Quest VIII recorre ao intemporal estilo gráfico em cel-shading, sendo o primeiro jogo da série a adotar visuais em 3D. O resultado final é excelente, sendo das obras da sua geração que melhor recorre a esta técnica, sendo perfeitamente jogável nos dias de hoje. Aliás, para os fãs dos RPGs da velha guarda, ainda hoje não há melhor do que este Dragon Quest.
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Ao contrário do que alguns analistas mais pessimistas previam, Journey of the Cursed King foi muito bem recebido pela crítica, sendo unanimemente aclamado como um dos melhores do género da sua geração, tendo vendas bastante boas. Esta aceitação europeia levou a que a série renascesse, com a SquareEnix a decidir começar a lançar os DQ em solo europeu, sendo a Nintendo DS a casa da série nos anos que se seguiram.
Quem gosta de RPGs tem de ter Dragon Quest: Journey of the Cursed King na sua prateleira. É tão simples como isto.
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