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A Portugal Telecom (PT) está a preparar uma oferta "arrasadora" no mercado da televisão por subscrição. Apesar da intenção de concorrer às licenças da televisão digital terrestre (TDT), a PT tem já elaborado um plano de uma oferta de televisão por satélite, com 120 canais, que poderá ser lançado em Março, apurou o DN.
Este serviço é visto como "uma bomba" no mercado, quer em termos de qualidade de serviço quer ao nível de preços. A oferta irá afectar sobretudo a TV Cabo, empresa que acaba de se separar do grupo PT e que detém mais de 80% de quota na televisão por cabo.
Fonte da PT disse ao DN que ainda não está certo o lançamento do serviço por satélite em massa, sendo, no entanto, uma das opções em cima da mesa. Outra das possibilidades é a concentração de esforços na televisão digital terrestre, cujo concurso irá ocorrer no primeiro semestre do próximo ano. Qualquer que seja a opção, será sempre desenvolvida em complemento do Meo, o actual serviço de triple play (pacote integrado de televisão, Internet e chamadas de voz fixa) da PT.
O problema do Meo é não poder ser massificado, pelo menos por enquanto, por exigir uma velocidade mínima de 8 megas. Para conseguir a massificação desejada já em 2008, a PT coloca a hipótese de oferecer uma "proposta arrasadora", qual como a classificaram fornecedores contactados pelo DN.
As vantagens do satélite é não depender de um concurso e de regras que ainda não estão claramente definidos. Além disso, o DN sabe que nem todas condições referidas no documento da consulta pública da TDT agradam à PT e que se não forem alteradas, a operadora pode mesmo desistir da corrida.
Uma dela é a condição imposta da cobertura da TDT ter de atingir 99% do território nacional. A segunda prende-se com a obrigatoriedade de uma cobertura total indoor, ou seja, dentro de casa, em todo o País (algo que obriga a um forte investimento). Por último, não é visto com agrado a possibilidade do operador vencedor ter de oferecer a caixa de recepção aos clientes (penalizando fortemente as receitas).
"A complementaridade natural do Meoé a TDT, embora existam outras alternativas tecnológicas, como o Wimax" afirmou ao DN. Contudo, as indefinições na TDT podem levar a PT a avançar com a opção do satélite. Abandonar o Meoé um cenário afastado, uma vez que é visto como um produto premium que pode concorrer lado a lado com uma oferta mais massificada.
Recorde-se que os objectivos apresentados no lançamento do Meoeram de atingir 30 mil no final deste ano e 100 mil no final de 2008. Números muito reduzidos quando comparados com os 1,5 milhões de clientes da TV Cabo.
"Guerra à PTM"
A oferta massificada de televisão da PT será o primeiro grande ataque à PT Multimédia, empresa que esta semana se separou definitivamente do grupo PT. É mais um concorrente no mercado das telecomunicações que poderá beneficiar os consumidores em termos de preços e ofertas de produtos.
Na quarta-feira, a PT deu por concluído o processo de spin-off, uma medida que resulta da estratégia defensiva da administração da PT face à oferta pública de aquisição de que foi alvo, por parte da Sonaecom. O grupo liderado por Henrique Granadeiro ainda detém 8,56% na PTM, mas garantiu que esta posição é para vender "assim que possível", desde que o comprador se comprometa a respeitar um período de "lock up" [período de impedimento de venda] de seis meses. A PT reiterou ainda que não terá influência na gestão da empresa liderada por Rodrigo Costa.
Para os accionistas da PT esta semana foi também histórica. A operadora transferiu para as suas contas 154,9 milhões de acções da PTM, correspondentes a 50,1% do capital.
Mas mesmo com o spin-off concluído, o processo continua a dar que falar. A sobreposição de accionistas não é vista por alguns concorrentes como uma verdadeira separação, uma matéria onde os próprios reguladores já mostraram reservas.
Porém, Daniel Proença de Carvalho, chaiman da PTM, voltou a destacar a indepedência da empresa, num almoço com a comunicação social realizado na terça-feira.
A Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santos são os maiores accionistas da PTM, como 15% e 12,2% respectivamente, dois bancos que também estão no "núcleo duro da PT". A Telefónica é outra das "grandes" que marca presença nas empresa ex-irmãs.
O mercado das telecomunicações já foi sinónimo de uma só empresa. Desde a liberalização do sector, houve novas empresas a nascer. Algumas ficaram pelo caminho outras juntaram-se a concorrentes. Nenhuma nasceu tão forte como a PT Multimédia.
in http://dn.sapo.pt/2007/11/09/dnbolsa/pt_prepara_megaoferta_televisao.html
Este serviço é visto como "uma bomba" no mercado, quer em termos de qualidade de serviço quer ao nível de preços. A oferta irá afectar sobretudo a TV Cabo, empresa que acaba de se separar do grupo PT e que detém mais de 80% de quota na televisão por cabo.
Fonte da PT disse ao DN que ainda não está certo o lançamento do serviço por satélite em massa, sendo, no entanto, uma das opções em cima da mesa. Outra das possibilidades é a concentração de esforços na televisão digital terrestre, cujo concurso irá ocorrer no primeiro semestre do próximo ano. Qualquer que seja a opção, será sempre desenvolvida em complemento do Meo, o actual serviço de triple play (pacote integrado de televisão, Internet e chamadas de voz fixa) da PT.
O problema do Meo é não poder ser massificado, pelo menos por enquanto, por exigir uma velocidade mínima de 8 megas. Para conseguir a massificação desejada já em 2008, a PT coloca a hipótese de oferecer uma "proposta arrasadora", qual como a classificaram fornecedores contactados pelo DN.
As vantagens do satélite é não depender de um concurso e de regras que ainda não estão claramente definidos. Além disso, o DN sabe que nem todas condições referidas no documento da consulta pública da TDT agradam à PT e que se não forem alteradas, a operadora pode mesmo desistir da corrida.
Uma dela é a condição imposta da cobertura da TDT ter de atingir 99% do território nacional. A segunda prende-se com a obrigatoriedade de uma cobertura total indoor, ou seja, dentro de casa, em todo o País (algo que obriga a um forte investimento). Por último, não é visto com agrado a possibilidade do operador vencedor ter de oferecer a caixa de recepção aos clientes (penalizando fortemente as receitas).
"A complementaridade natural do Meoé a TDT, embora existam outras alternativas tecnológicas, como o Wimax" afirmou ao DN. Contudo, as indefinições na TDT podem levar a PT a avançar com a opção do satélite. Abandonar o Meoé um cenário afastado, uma vez que é visto como um produto premium que pode concorrer lado a lado com uma oferta mais massificada.
Recorde-se que os objectivos apresentados no lançamento do Meoeram de atingir 30 mil no final deste ano e 100 mil no final de 2008. Números muito reduzidos quando comparados com os 1,5 milhões de clientes da TV Cabo.
"Guerra à PTM"
A oferta massificada de televisão da PT será o primeiro grande ataque à PT Multimédia, empresa que esta semana se separou definitivamente do grupo PT. É mais um concorrente no mercado das telecomunicações que poderá beneficiar os consumidores em termos de preços e ofertas de produtos.
Na quarta-feira, a PT deu por concluído o processo de spin-off, uma medida que resulta da estratégia defensiva da administração da PT face à oferta pública de aquisição de que foi alvo, por parte da Sonaecom. O grupo liderado por Henrique Granadeiro ainda detém 8,56% na PTM, mas garantiu que esta posição é para vender "assim que possível", desde que o comprador se comprometa a respeitar um período de "lock up" [período de impedimento de venda] de seis meses. A PT reiterou ainda que não terá influência na gestão da empresa liderada por Rodrigo Costa.
Para os accionistas da PT esta semana foi também histórica. A operadora transferiu para as suas contas 154,9 milhões de acções da PTM, correspondentes a 50,1% do capital.
Mas mesmo com o spin-off concluído, o processo continua a dar que falar. A sobreposição de accionistas não é vista por alguns concorrentes como uma verdadeira separação, uma matéria onde os próprios reguladores já mostraram reservas.
Porém, Daniel Proença de Carvalho, chaiman da PTM, voltou a destacar a indepedência da empresa, num almoço com a comunicação social realizado na terça-feira.
A Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santos são os maiores accionistas da PTM, como 15% e 12,2% respectivamente, dois bancos que também estão no "núcleo duro da PT". A Telefónica é outra das "grandes" que marca presença nas empresa ex-irmãs.
O mercado das telecomunicações já foi sinónimo de uma só empresa. Desde a liberalização do sector, houve novas empresas a nascer. Algumas ficaram pelo caminho outras juntaram-se a concorrentes. Nenhuma nasceu tão forte como a PT Multimédia.
in http://dn.sapo.pt/2007/11/09/dnbolsa/pt_prepara_megaoferta_televisao.html
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