Para quem diz que o unreal na ps3 não está bom:
A Epic entrou a matar na PlayStation3, oferecendo-lhe um shooter que enche as medidas.
Três meses após ter passado pelos PC, Unreal Tournament III chegou às PlayStation3 europeias. Trata-se de uma excelente réplica da versão para computadores, com o Unreal Engine 3 a mostrar as suas garras no hardware da consola Sony*. Um dos essenciais deste início de ano.
Começando pela “aventura” solitária, a Epic incluiu um argumento que a acompanha do início ao fim. Não sendo nada de extraordinário, oferece uma dose de sumo extra à experiência, isto para além de ser contado através de cutscenes de elevada espectacularidade, que ganham vida na utilizando o motor de jogo. Digamos que o estilo parece vindo de Gears of War, com o próprio protagonista a fazer lembrar o grande Marcus.
A passagem pela história é divertida, sendo responsável por nos familiarizar com os vários modos, armas, veículos e mecânica do multiplayer, a verdadeira estrela do franchise. Como é habitual, o bots presentes dão boa conta do recado, quase fazendo esquecer que nos encontramos em confronto contra personagens de inteligência artificial.
Convém referir que a aventura criada com o singleplayer em mente pode ser usufruída online, em estilo cooperativo, mas digamos que está longe de oferecer as delícias inerentes aos choques frontais competitivos. Mesmo assim, é uma mais valia.
Continuando com as incursões solitárias, o Instant Action não deixa de marcar presença, garantindo combates personalizados contra bots, estando na mão dos jogadores escolher o modo, mapa, números de adversários, tempo limite, etc, etc, etc. Também aqui estamos perante um bom treino para as delícias presentes no multiplayer online.
No que respeita a modos, nada de muito novo foi introduzido. Deathmatch, Team Deathmatch, Capture the Flag, Vehicle CTF e Duel juntam-se a Warfare, a estrela da companhia.
Este último é o digno substituto de Onslaught, sendo necessário capturar-se várias nodes antes de se poder enviar pelos ares a base do inimigo. Se no início parece um pouco complicado e demasiado complexo, após diversas incursões é fácil chegar-se à conclusão que se trata do melhor modo presente em UT III, com a coordenação entre os vários elementos da equipa a ser fundamental para se atingir a vitória.
O departamento das novidades é composto por uma mão cheia de veículos novinhos em folha, com o destaque da espectacularidade visual a ir directamente para os “bólides” dos Necris, autênticos aranhiços mecânicos que se movem com um realismo impressionante. A junção de tudo isto resulta em momentos de cortar a respiração e de uma hiperactividade que leva as batidas cardíacas até alto ritmo.
Em certos modos, todos os elementos presentes em campo têm acesso a pranchas anti-gravidade, que os fazem movimentar no terreno de forma rápida e eficiente. Então se for apanhada a boleia de um veículo aliado, é fácil e eficiente levar-se a bandeira do adversário até à nossa base, só para darmos um pequeno exemplo das muitas possibilidades desse mimo. Claro que um tiro certeiro poderá deitar tudo por terra... literalmente.
As armas não serão estranhas a quem tiver passado pelos anteriores episódios da saga, com cada uma a ganhar contornos absolutamente letais nas mãos certas, mesmo se nos encontrarmos dentro de um veículo. Ou seja, a mais fraquinha de todas tem possibilidades de ser puro veneno se utilizada na perfeição. Excelentemente balanceadas, portanto.
No que respeita a mapas, a construção dos cenários apresentados é magnífica, garantindo o que de melhor pode acontecer em duelos multiplayer online. Para além disso, são de uma beleza notável.
Em termos de jogabilidade, o Sixaxis dá excelente conta do recado. Aqueles que não se conseguirem adaptar ao “estilo consola”, poderão ligar um rato e um teclado à PS3, na tentativa de simular uma experiência semelhante à dos PC. Esta dupla poderá ser adaptada ao estilo do utilizador, com a sensibilidade do rato a ser gerida ao gosto do freguês. Muito bom!
Passando ao campo do grafismo, digamos que a Epic mostrou por A mais B como o Unreal Engine 3 pode correr de forma quase imaculada no hardware da PS3. Na verdade, estamos perante um dos mais soberbos jogos que passou pela consola Sony*.
Como referimos anteriormente, os cenários são de uma beleza notável, não tendo sido poucas as situações em que fomos miseravelmente abatidos por nos encontrarmos parados, em estado de êxtase, a observar a paisagem que nos rodeava. As delícias visuais estendem-se aos detalhes e animações das personagens, à fluidez dos veículos e aos deliciosos efeitos visuais. É também notório que as quebras de frames raramente acontecem e que a velocidade da acção é estonteante.
Uma das poucas contrariedades encontradas reside em certas texturas que demoram alguns segundos a formarem-se em determinados objectos. Nada de muito grave, que consiga estragar esta autêntica orgia de beleza gráfica.
A sonoplastia é totalmente UT. Queremos com isto dizer que músicas, efeitos e frases digitalizadas acompanham na perfeição o ritmo frenético da acção, tão próprio do franchise Epic.
Conclusão, Unreal Tournament III é um jogo essencial em qualquer PlayStation3 ligada online. Frenético, lindo de morrer, altamente jogável, repleto de conteúdos. O que mais se pode querer?
http://gameover.sapo.pt/article.html?id=37621&gamespace=28844&page=2
Fiquem bem