Continuas a confundir quem vende dominios porque tem uma conta na godaddy e tal, com um revendedor de dominios directamente do registrar. No segundo caso tens de estar de acordo com as regras que o registrar te impõe ou se as violas és pura e simplesmente desligado.
Em ambos casos. Não sei porque dizes confundir, os casos são indistintos nos registrars que já tenho conhecido.
O "revendedor" está ligado ao registrar por um contrato, que não tem nada a ver com o contracto que o registrar tem com o ICANN.
Por exemplo, o registrar está obrigado a aceitar a Uniform Dispute Resolution Policy. Ou seja, se o gajo me faz alguma e muda-me o domínio para o nome dele, a coisa não chega a ir a tribunal. É resolvida por uma espécie de tribunal arbitral com as regras do ICANN. Ou seja, é muito mais rápido.
Se um "revendedor" fizer a mesma coisa, a minha única solução contra ele é pô-lo em tribunal. Isto é uma diferença muito significativa. Ou seja, as regras dispostas nos contratos não são transitivas. Lá por o registrar ter certas obrigações, não quer dizer que os "revendedores" tenham as mesmas; têm regras, mas outras, o contrato é outro.
O que não faltam são pessoas a vender dominios a partir da godaddy e afins em que os dominios tem de ficar em nome deles pois é uma conta pessoal.
O quê?? Existe algum registrar que funcione assim? Todos os que eu conheço permitem por qualquer nome e qualquer contacto em qualquer dos campos.
A NetworkSolutions é um registrar e o registry. Ou seja, a goddady, enom, etc, acabam por ser revendedores da NetworkSolutions.
É preciso conhecer um pouco melhor como as coisas realmente funcionam para fazer afirmações como as que fazes.
Permite-me dizer-te que estás a ver mal, não é uma relação de revenda. (prometo não voltar a repetir esta frase, mas promete-me também não voltar a repetir o contrário)
E a Network Solutions NÃO É a registry, pelo menos não é a registry dos domínios com, net, org de que estamos a falar. Desconheço se é a registry de algum TLD. Enfim, não conheço a estrutura accionista da Network Solutions, isto é, se por acaso pertence à VeriSign ou não, mas a registry é a VeriSign.
O registo é uma relação a três para evitar o conflito. Tudo isto são questões legais, a relação de revenda, pelo contrário, faz-se por motivos económicos.
Repara, o registrar tem um contrato com o ICANN. É curioso, não é? O contrato dele não é com a registry. A registry, por sua vez, tem outro contrato com o ICANN. Desta forma, o ICANN fica um árbitro equidistante. Ninguém vai pôr o ICANN em tribunal, porque o ICANN não presta serviços; apenas recebe emolumentos não reembolsáveis pela manutenção dos contratos de registrar e de registry. Por outro lado, a registry não pode sansionar o registrar, quem o faz é o ICANN, assim o registrar não fica em conflito com a registry.
Por seu turno, eu, registrant, não me posso dirigir à registry directamente, dirijo-me (e pago) ao registrar. Assim, se eu me sentir lesado, não ponho a registry em tribunal (neste caso, não tinha muita sorte contra a VeriSign, mas eles não iam querer ter centenas de milhar de processos em tribunal), quem eu ponho em tribunal será quem tem a relação comigo, o registrar. Aqui se vê que a Network Solutions não deve pertencer à VeriSign, porque a VeriSign não tem interesse em ser simultaneamente registrar e registry.
Por exemplo, a FCCN, ao ser em simultâneo registrar e registry, fê-lo talvez para facilitar o registo de domínios em Portugal, por outro lado, por prestar serviços directamente aos registrants, assume uma responsabilidade muito maior. Está sujeita, mais cedo ou mais tarde, a ter um conflito em tribunal com algum registrant insatisfeito.
Ou seja, nada disto são motivos semelhantes à relação grossista, retalhista, etc. Tudo tem mais a ver com notários, solicitadores, etc.
A discussão já vai longa, tens razão, mas não me parece completamente OT, estamos a falar em detalhe das implicações de "quero ter um endereço .com". :-)