NGC Resident Evil Zero

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Resident Evil Zero(RE0) é mais um capitulo da mais famosas série de survival horror, da autoria da Capcom para a Nintendo GameCube, tendo sido lançado no início de 2002. A ideia de criar uma prequela para Resident Evil ocorreu ainda na parte final do desenvolvimento do jogo original, lançado na PlayStation e na Saturn, ganhando força devido ao enorme sucesso do primeiro jogo desta famosa franquia.

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Após o lançamento de RE 1, a Capcom colocou temporariamente a ideia na gaveta, direcionando a sua atenção para a criação de uma sequela para o seu mais recente sucesso. O projeto da prequela apenas voltou para o cimo da mesa em 1998, sendo a plataforma eleita a Nintendo 64, mais concretamente o malogrado add on 64DD, o que causou alguma estranheza na comunidade gamer, afinal de contas a série era um sucesso na primeira consola da Sony.

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No entanto, as baixas vendas do periférico no Japão e a ausência do seu lançamento no resto do mundo fez a Capcom arrepiar caminho, readaptando o jogo para ser lançado num cartucho normal da N64 (com recurso ao Expansion pack), o que obrigou a redesenhar o jogo, para se adaptar à menor quantidade de MB disponíveis. No início de 1999 a produção do jogo foi anunciada por Yoshiki Okamoto, presidente da Capcom da época, tendo sido apresentado o primeiro vídeo no inicio do ano seguinte, na Tokyo Game Show, sendo apresentado como o grande projeto da Capcom para a 64 bits da Nintendo.

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A ideia da Capcom era tornar RE0 no jogo mais difícil da saga, aproximando-o do clássico Sweet Home (1989), querendo que o ponto forte do jogo fosse a intensa atmosfera de suspense, evitando o gameplay mais virado para a ação, que diferenciava RE2 de RE1. Para além da atmosfera tenebrosa, a Capcom quis também introduzir um elemento diferenciador, que fizesse o jogo destacar-se aos olhos dos jogadores. Aproveitando o facto de os infames loadings serem praticamente inexistentes na consola da Nintendo, a Capcom criou um inovador sistema de parceiros, havendo assim dois personagens principais em RE0, sendo que o jogador poderia alternar o controlo em tempo real, sem haver lugar a compassos de espera. O protótipo do jogo suportava ainda um modo cooperativo, de forma a que dois amigos pudessem desfrutar da aventura.

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Querendo ter o jogo preparado para chegar às prateleiras no segundo semestre de 2000, a Capcom rapidamente concluiu que não iria conseguir cumprir este objetivo. Depois de ter espremido até ao tutano a capacidade do cartucho da N64 para a sua versão de Resident Evil 2, a Capcom não estava a conseguir colocar em prática as ideias que tinha para esta prequela no reduzido espaço do cartucho da N64, numa época em que para além dos CDs da primeira PlayStation, já haviam os GDRoms da Dreamcast e começava a aparecer o DVD, pelo que a gigante japonesa teve de assumir uma posição que muito desagradou os fãs: cancelar a versão N64 (que na época ainda ia a sensivelmente 20% do seu desenvolvimento) e refazer o projeto para uma consola com a capacidade de armazenamento necessária e que garantisse que o sistema de troca de parceiros decorreria sem loadings intermináveis. Em setembro de 2000 a Capcom anuncia que o seu jogo seria lançado na recentemente anunciada Game Cube, anunciando também um remake do primeiro jogo, assim como a exclusividade do quarto capitulo e o port do segundo e terceiro jogo, tornando assim a nova consola da Nintendo a máquina definitiva para os fãs de Resident Evil.

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A GC é a maquina de culto para os fãs de RE

O jogo conta a estória da divisão de elite do R.P.D, a S.T.A.R.S, que é enviada para investigar uma série de terríveis assassinatos nas Montanhas Arklay, região do município de Raccoon, juntando Rebecca Chambers , a médica do esquadrão, e Billy Coen, um homem condenado à morte, que conseguiu sobreviver a um comboio empestado com os mais diversos tipos de simpáticos zombies. A diferença entre os dois personagens é que Rebecca pode administrar produtos químicos com seu kit de mistura e cabe em espaços apertados, mas é mais frágil. Em comparação, Billy pode mover objetos pesados, carrega um isqueiro e suporta mais danos que Rebecca, porém, não pode misturar ervas (ao contrário dos jogos anteriores, onde qualquer personagem podia misturá-las). O jogo também acaba com a utilização de baús colocados em locais fixos para o jogador armazenar itens. Em vez disso, o jogador pode deixar itens no chão para dar lugar a novos; os locais onde foram deixados os itens são exibidos no mapa.

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Apesar das constantes mudanças de plataforma e de quase quatro anos de desenvolvimento, RE0 recebeu boas reviews, sendo mesmo para muitos um dos melhores jogos da série, por ser dos que melhor transporta para os jogadores o sentimento de tensão e desconforto que os produtores do primeiro jogo idealizaram para a série. O sistema de troca de personagens em tempo real não agradou a todos e o opção pelo famoso control tank também não foi do agrado de alguns jogadores, que reclamavam um esquema de controlo mais moderno, como o de Eternal Darkness, mas a verdade é que RE0 foi aclamado como um dos melhores jogos do género da sua geração e um dos clássicos da saudosa Game Cube. Em 2008, o jogo recebeu um port para a Wii e em 2016 foi lançada uma versão HD para as consolas de alta-definição, vendendo mais de 2.5 milhões de cópias, das quais 1.25 foram da versão original do cubo.

Ainda hoje é dos survival horror mais imersivos que podem encontrar no mercado. Mais do que recomendado.

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Análise MultiConsolas nº 30, maio 2003

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