GT5rclear:
Lá vem a equalização... Não percebi muito bem se estavas a defender a equalização, portanto não me interpretes mal, mas o que é certo é que é um engano.
Muito bem. Então porque raio é que existem pessoas a gastar milhares de euros numa fonte (um leitor de CD's, por exemplo) e depois outros milhares num amplificador? Porque é que não gastam muito mais na fonte e muito menos no amplificador? Só podem ser maluquinhos, não? É que no mundo do Hi-Fi toda a gente diz que, num sistema, existe uma ordem de percepção de melhorias na qualidade de som quanto aos aparelhos, ou seja, a seguinte lista está por uma ordem onde o primeiro "aparelho" é o que faz mais diferença no som:
1º - Sala/divisão e as suas condições (dimensão, objectos presentes, etc.)
2º - Colunas e a sua posição na divisão
3º - Amplificador
4º - Fonte
5º - Cabos
Sim, claro que o amplificador não "inventa" detalhes, isso é óbvio. Mas são só os detalhes que fazem "a qualidade de som"?. E se tiveres um mau amplificador (nem é preciso ser mau, basta não ser do mesmo "nível" que a fonte), não vais aproveitar os detalhes. No fundo, estás a desperdiçar detalhe. Imagina que tens um amplificador X e uma fonte Y, ambos do mesmo "nível". Estás muito satisfeito com o som. Fazes um upgrade da fonte para uma melhor (com a mesma assinatura sónica). O que é que acontece? Provavelmente nada, já que o amp não consegue, digamos, "acompanhar" a fonte. No fim de contas, é muito mais fácil, muito mais notável e muito menos dispendioso fazer um upgrade a um amplificador. Já tive "milhentos" sistemas cá em casa e em todos, de todos os upgrades que fazia, era com o amplificador que notava mais diferenças (e não estou só a falar de potência).
Vou-te dar um bom exemplo meu recente: tenho umas Tannoy Sensys 1. Acompanho-as com um Marantz PM-52, um amplificador decente, nada de espectacular, custou ao meu pai 100 contos à quase 20 anos. Tocam os dois excelentemente bem. Um dia decidi experimentar as Tannoy com os monoblocos do meu pai, uns Musical Fidelity X-A200 (cada um foi 1200€ à 8 anos) e o leitor de CD's do meu pai, um Musical Fidelity XRAY-V3 (1100€ à 3 anos). A diferença no som foi abismal, curiosamente para bem pior (não funcionavam bem com as Tannoy; o grave era demasiado "seco", os agudos diminuíram demasiado e ainda mais curiosamente, o palco diminuiu consideravelmente; em geral parecia que estava a ouvir com um amplificador muito menos potente; e estamos a falar de um Marantz com 70w por canal e de uns MF com 200w por canal...; resumindo, a potencia não é definitivamente tudo). Ouvia ligeiramente mais detalhe do que com o meu PM-52 em conjunto com o CD-72, mas não muitíssimo mais. Depois decidi experimentar o XRAY-V3 com o PM-52. Resultado? Mais detalhe, mas o som do PM-52 ainda estava lá todo presente (e ainda bem

). Como vês, um amp faz definitivamente mais diferença no som. Claro que esta diferença pode ser para melhor ou para pior. Com um leitor de CD's a diferença também pode ser para melhor ou para pior, mas a diferença é muito menos perceptível, pelo que as preocupações com as "combinações" com o resto do sistema não são tão importantes como são com um amplificador.