E UEu Oi. A critica que se faz ao Balmer não é tanto o que fez bem. Sim triplicou, mas não deixa de ser interessante que uma empresa com o telemóvel e um tablet tem mais "revenue" que toda a MS, uma empresa com muitos mais produtos e á bem pouco tempo mais presença no mercado. E pode muito bem ter hipotecado o seu futuro na computação pessoal. Claro que não é do dia para a noite que se vê isso, mas há indícios disso, a Sony por exemplo já abandonou os PCs.
- Repare-se a Internet é o que é hoje praticamente sem grande inovação da MS, mesmo ao nível dos serviços. Penso que a sua inovação teve mais relevância nas empresas muito por via das bases de dados relacionais, mas essa pode muito melhor dar conta de produtos beta e com muitas deficiências, tanto que a grande maioria dos consultores usa apenas o básico para não se queimar. Fez mesmo negócio há volta disso.
- No mercado de consumo está há vista.
Vamos ver o que faz este novo CEO. Há superfície parece-me muito bom. Não sei no entanto se é a pessoa que traz consigo a revolução cultural na empresa que lhe permita efetivamente inovar. Tem provas dadas na Cloud, é um indício, mas tanto o Office como o Windows me parecem produtos que vêm de departamentos completamente intrencheirados.
Ainda não percebi bem qual é a sua visão de futuro que mais ninguém saiba. Por outro lado resta saber se consegue juntar a empresa e fundamentalmente os consumidores nessa visão de futuro. A começar por exemplo com as inúmeras insuficiências do Internet Explorer no SP2. Muitos sites funcionam mal. Coisa que não acontece tanto no Safari nem no Chrome. Copy e Paste por exemplo no meu SP2 nunca funcionou, tanto que tenho que ir para o desktop para o efeito. Não é assim que consegue juntar o consumidor á volta dessa visão de futuro.
Streaming de qualquer coisa para com o Play To para a XBÒX ONE também não funciona bem. O formato dos conteúdos que tenho não são suportados. Formato esse que funciona muito bem e são bastante usados por todo o lado. Tanto que não uso a X1 para isso. A coisa mais forte da X360 de futuro era o Party Chat. Na X1 funciona mal. Os gestos do Kinect na X1 funcionam mal. O reconhecimento de voz funciona mais ao menos, 90%. Isto é bastante, imaginem um touca screen que regista-se apenas 90 em 100 dos toques, não dava com nada. Em 100 toques falhava 10. Em 10 toques falhava 1. Não é bom. O que é que funciona bem, os jogos. Mas isso também já funcionava na x360. Mas mesmo esses, por exemplo o FIFA a maior parte das vezes não consigo encontrar um match online sem dar erro.
Este é o futuro que a MS sempre nos deu. Coisas novas com grande potencial prático e inovadoras, mas devido a implementações pouco robustas e caras na pratica pouco ou nada contribuem para o desenvolvimento tecnológico. Aconteceu isso nos seus Smartphones antes do iPhone, nos seus Tablets PC e esta a acontecer na X1. A MS não pode falhar na X1, no entretenimento familiar a única coisa que a nova geração do pensamento tecnológico atacou de frente.
Querem exemplos? Na imprensa e nos forums em relação há X1 discute-se fundamentalmente o que sempre se discutiu. Os exclusivos. Nada mudou para melhor na substância. O paradigma não mudou. E fundamentalmente nada do que foi prometido como revolucionário teve efeitos práticos relevantes. Ou seja, é tudo em prol de um status tecnológico caduco que cada vez mais tem menos a haver com a vida do consumidor que que soluções práticas e que funcionem bem. Uma coisa é certa, a MS não vai ter desta feita mais 10 anos.
O novo CEO diz quer que a MS se foque em coisas que ajudem o consumidor a fazer mais. Pois bem, na X1 a nova geração contas feitas faz muito pouco mais do que fazia na geração anterior e em algumas coisas importantes faz até menos. Pode-se dizer, que vai melhorar etc etc. É possível, mas não foi isso que foi prometido por alturas das apresentações antes do lançamento. Essa conversa só veio quando os consumidores começaram a relatar deficiências. Deficiências essas que eram óbvias para quem tivesse a consola durante uns dia na sala. E não vai ter 10 anos mais para as corrigir.
Pior, temos já empresas como a Sony a abandonar o negócio dos PCs. O que vem a seguir? A Samsung? A ACER está pelas ruas da amargura. Ora era bonito. É começar a ver as prateleiras vazias de PCs .