Olá Ric!
Presumo que estejas a ter aulas com o professor Paulino, certo? Se for esse o caso, deves sentir-te muitíssimo privilegiado. Eu próprio aprendi imenso com o professor e com as suas disciplinas de semiótica (semiótica da imagem estática; semiótica da imagem interactiva; semiótica da imagem dinâmica; video-documentário...).
Bom, mas vamos ao que verdadeiramente interessa. Eu recordo-me perfeitamente de ter feito um caso prático semelhante ao que tu referes. Lembro-me, na altura, que a chave para fazer um bom trabalho, passou pela representação de um espaço - no meu caso, a minha cidade - através dos meus próprios olhos, ou seja, a representação daquilo que eu vejo, que eu sinto. Apoia-te na tua sensibilidade sensorial e faz de tudo para transmitir sensações através das tuas fotografias. Apesar de o suporte fotográfico ser visual, é de todo possível transmitires mil e uma sensações com uma simples foto.
Pensa no significado que determinado espaço tem para ti, pensa no que sentes relativamente a esse espaço, na sua importância. Não te deixes levar pelas convenções sociais, e pelo que achas que é o mais "correcto". Pára por um segundo, respira, olha à tua volta, abre o teu coração e a tua mente e deixa que a objectiva da máquina possa captar tudo o que sentes. Se para isso for necessário fotografares uma parede, não hesites. Se sentires necessidade de fotografar um dejecto de cão, fá-lo. Deixa-te levar.
Aconselho-te a acrescentares umas pequenas linhas de texto para cada uma das fotografias. É muito importante que possas fazer uma desconstrução muito exacta e cuidada daquilo que vês através da fotografia.
Bom, espero que estas linhas orientadoras te possam ajudar!