Olha que eu acho que seria capaz de vencer o Lan Di, num hipotético confronto final.
O Ryo evolui imenso ao longo do jogo: começa por ser um miúdo mimado e cheio de ódio, e acaba( com a Batalha contra o Do Niou no telhado em Kowlon), por adquirir uma paz espiritual e uma força que dantes não detinha, e que me atrevo a dizer possivelmente supera a do seu pai quando morreu.
Quero dois quilos e seiscentas gramas daquilo que andas a fumar!
Iwao Hazuki era um mestre sábio e experiente.
Qualquer comparação com o filho perde-se na constante busca do Ryo por vingança, coisa que Iwao não faria.
A personalidade de Iwao descobre-se ao longo dos jogos, com constantes chamadas de atenção de terceiros ao Ryo sobre o erro da sua demanda, logo a começar com a governanta Ine-San.
Em vez de proteger os espelhos, sem os quais a busca de Lan Di será eternamente infrutífera, está constantemente a aproximá-los de si.
Basicamente, estamos no controlo de um idiota carismático, mas que nem te passe pela cabeça compará-lo com o pai.
Com mais batalhas, e mais lutas penso que estaria pronto a vencer o Lan Di no fim do 3º jogo.
Bem pelo contrário, os constante confrontos apenas o aproximam do precipicio moral.
A sabedoria não se ganha pela agressão, mas na forma de a evitar.
Se houvesse apenas um ponto onde o Ryo não se poderia comparar com o pai, seria este, mas há outros.
As artes marciais servem para disciplinar e proteger, e não para serem usadas como instrumento de agressão voluntária contra um ser humano.
Se por um lado o Ryo não procura os combates com os quais se vai deparando ao longo do jogo, por outro está em constante rota de colisão com o Lan Di.
O que é que o Ryo vai fazer quando encontrar o Lan Di?
Se não o matar arrisca-se a ser ele próprio morto, se não for pelo Lan Di, por outro Chi You Men.
Se o matar tornar-se-á pior que o próprio Lan Di.
Repito, o Ryo é um idiota, e nós estamos no seu controlo.
Faz tudo parte do charme do jogo.
Eu predigo que a haver um terceiro jogo, o Ryo vai acabar por matar alguem (não me refiro ao Lan Di, estou a imaginar mais um regresso do Chai), e isso irá criar um paradigma moral que vai mudar os objectivos do jogo.
Acho que possivelmente haveria uma batalha anterior a essa, quem sabe até na caverna em que termina o segundo jogo, contra o mesmo Lan Di, em que seria humilhado( tal como foi com a primeira batalha contra o Do Niou em Kowlon).
Puxa, trava, expira!
Ele há pessoal que se esqueçe de expirar e depois dá nisto.
Mas após isso aperfeicoar-se-ia e dar-lhe-ia cabo do canastro, porém não o matando, pois a historia ensinou-lhe que a vingança, desvia-lo-ia do caminho do bem e da justiça.
Seguir esse argumento é equivalente a um qualquer episódio dos Morangos com Açucar. (aka. seco e sem surpresas).
É fazer do Shenmue um qualquer filme Chop Socky dos anos 70 de baixo orçamento, com fraco enredo, pancaria gratuita e efeitos sonoros duvidosos.
Eu até acho, e há na Internet muitas conjecturas sobre isso, que o Lan Di não seria mais que um aquecimento para os inimigos que depois surgiriam no caminho do Ryo, cada um chefe de uma provicia, que Ryo deveria derrotar, até chegar ao inimigo final, o big boss do Chyoumen. Que talvez até seja Zimning, o irmão de Xiuing Hong, que se perdeu no caminho do mal( daí ela tanto ajudar o Ryo).
Isso é tudo muito bonito, mas consegues enfiar isso tudo de forma credivél em um único jogo!?
Aaaaahhhh...........não........
O primeiro jogo tinha um único capitulo e passava-se apenas no interior do bairro de Yokosuka e nas docas.
O segundo jogo tinha cinco capitulos e passava-se em alguns bairros de Hong Kong e Kowloon.
O que tu sugeres iria precisar de pelo menos dois jogos inteiros apenas para desenvolver a forma de criar esses objectivos de forma credivél e integrá-los numa história coesa com uma multitude de eventos a tomar lugar no desenrolar da história.
Por essa altura o jogo iria cair em clichês e tarefas aborrecidas e repetitivas.
Por outras palavras, essas tuas ideias e conjunturas que lês na net são impraticaveis.
Toda a boa vontade do mundo não acrescentaria nada á história do jogo.
Basicamente, essas coisas que lês na net vem de pessoal que quer mais, e mais, e mais, e mais.
E eu digo-vos que com mais ou menos conteudo, deem-se por contentes se alguma vez houver um terceiro jogo............de todo.
Não nos podemos esquecer também do poder da Shenhua, que faz um par com o Ryo, tal qual o espelho da Fenix faz com o do Dragão. Daí advém ainda mais pooder para o Ryo, quase de certeza
O papel da Shenhua não está descrito em lado nenhum, até agora mostrou ser pouco mais do que a narradora sobre o conceito que guia a história.
É uma personagem interessante mas muito pouco desenvolvida, essa tarefa estaria de forma óbvia destinada a ser descortinada no terceiro jogo.
Sem saber qual o objectivo do jogo, nem sequer sabemos qual a importância que a Shenhua tem de todo.
Tanto pode ser o catalizador da história como apenas mais uma de tantas migalhas de que o jogo nos oferece para completar o enredo.